Melhoramento de feijão carioca com ênfase em precocidade

• Autor(a) principal: Vale, Naine Martins do
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
• Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6872
• topic: Phaseolus vulgaris; Feijão - Melhoramento genético; Feijão - Seleção; Feijão - Produtividade; Melhoramento Vegetal

O feijão (Phaseolus vulgaris L.) é um dos principais alimentos da dieta do brasileiro. No Brasil, os feijões com maior aceitação comercial são os dos grupos carioca e preto. Assim, os principais programas de melhoramento desta leguminosa têm dado ênfase a esses tipos de grãos. O feijão está entre as espécies de importância econômica com menor duração de ciclo que, para a maioria das cultivares recomendadas no Brasil, está em torno de 90 dias. Além do mais, em razão do seu reduzido ciclo, é possível cultivá- lo em várias épocas durante o ano. Contudo, em sistemas de produção em que o feijão é cultivado sob irrigação em sucessão a outras culturas, o uso de cultivares ainda mais precoces pode ser de interesse dos produtores. Desenvolver cultivares que associem precocidade, alta produtividade de grãos é um desafio. Nesse contexto, o trabalho teve como principal objetivo avaliar a capacidade geral (CGC) e específica (CEC) de combinação de genitores visando identificação de populações segregantes promissoras para seleção de linhagens de feijão carioca que associem precocidade e alto potencial produtivo. Os cruzamentos foram realizados em esquema de dialelo parcial 4 x 5, envolvendo quatro linhagens precoces de diferentes grupos comerciais (Goiano Precoce, XAN112, Carioca1070 e Rosinha Precoce) e cinco linhagens de grãos tipo carioca, ciclo normal e alto potencial de produção (RP1, VC15 e VC33, BRSMG Madrepérola e BRS Estilo). Os F 1 ’s juntamente com os genitores foram avaliados na safra da seca de 2013 em dois locais (Viçosa e Coimbra, Minas Gerais). Utilizou-se o delineamento experimental de blocos casualizados com três repetições e parcelas de duas linhas de 1,0 metro (m) de comprimento, espaçadas de 0,50 m, com 10 sementes por metro. As populações F 2 e seus genitores foram avaliados em 2013, na safra do inverno, em Coimbra, e na safra das águas, em Viçosa. Também foi utilizado o delineamento de blocos casualizados com três repetições, porém com parcelas de quatro linhas de 4,0 m de comprimento. As características avaliadas foram: dias decorridos entre a emergência e o florescimento produtividade de grãos. A análise dialélica foi realizada conforme vimodelo proposto por Griffing (1956), adaptado a dialelo parcial por Geraldi e Miranda Filho (1988). O efeito de tratamentos (médias dos 20 híbridos e 9 genitores), considerado como fixo, foi decomposto em capacidade geral (CGC) e específica de combinação (CEC); o efeito de ambientes foi considerado como aleatório. Houve interação dos efeitos de CGC e CEC com gerações e ambientes (safra e local) tanto para precocidade quanto para produtividade de grãos. No controle genético da precocidade houve predominância de efeitos aditivos e para produtividade de grãos de efeitos de dominância. A linhagem Goiano Precoce se destacou para ser utilizada como genitor em programas de melhoramento visando precocidade, enquanto que as linhagens RP1 e VC33 para o incremento da produtividade de grãos. Há complementação gênica para precocidade nos cruzamentos entre Goiano Precoce e as linhagens RP1, BRSMG Madrepérola e BRS Estilo, e para produtividade de grãos entre RP1 e Rosinha Precoce.