Avaliação dos efeitos do treinamento de força na avaliação da independência funcional de pessoas com lesão medular: um estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Karla Raphaela da Silva Ramos
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/32188
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.082
Resumo: A Lesão Medular Espinhal (LME) pode levar a alterações sensoriais, motoras e autonômicas, gerando impactos econômicos, sociais e nas realizações das atividades de vida diária, resultando, assim, na redução da qualidade de vida do indivíduo. As alterações podem ter maior ou menor impacto, dependendo da gravidade e da extensão da lesão, e podem também estar associadas ao estilo de vida após a lesão. As limitações na realização das atividades diárias podem levar, ainda, a necessidade de auxílio de terceiros, além de interferir também nos domínios de atividade e de participação. A manutenção dos níveis de funcionalidade tem se tornado um dos principais objetivos das equipes multidisciplinares que atuam nos atendimentos de pessoas com LME. Nesse sentido, os exercícios físicos têm tomado força enquanto possibilidade de intervenção. Entretanto, nem sempre é fácil estabelecer parâmetros para o processo de avaliação desses indivíduos em resposta ao exercício físico como intervenção. É sob esse contexto que este estudo objetivou investigar as influências do treinamento de força sobre a independência funcional de pessoas com LME. Para isso, foi necessário entender quais instrumentos são mais utilizados nessa avaliação e quais os entendimentos que os autores possuem sobre os termos utilizados. Uma revisão sistemática foi realizada com buscas a partir das cominações dos termos evaluation OR assessment OR measurement AND “functional status” OR “functional capacity” AND “spinal cord injury”. Os resultados indicaram que, em relação ao instrumento utilizado para análise da funcionalidade, as escalas Functional Independence Measurement (45,45%) e Spinal Cord Independence Measure (27,27%) foram as mais utilizadas, além de forte associação da funcionalidade de pessoas com LME a medidas de mobilidade e deslocamento. No entanto, não se pode chegar a um consenso em relação aos entendimentos dos termos por parte dos autores. Um estudo de caso foi elaborado para avaliação da funcionalidade em um grupo de quatro adultos com LME de ambos os sexos, submetidos ao treinamento de força de intensidade moderada a alta duas vezes por semana, durante oito semanas. A independência para as atividades diárias foi avaliada por meio da versão brasileira da Spinal Cord Independence Measure – Self – Reported Version (brSCIM-SR). Entretanto, os resultados não foram conclusivos. Observa-se que, apesar da adequação quanto à utilização da escala, algumas interpretações dos voluntários podem ter dificultado as análises dos escores. Em conclusão, a utilização de instrumentos de avaliação da independência funcional em pessoas com LME em pesquisas e ações em comunidade é importante, e, instrumentos autoaplicáveis podem ser interessantes para reduzir gastos com a aplicação de testes. Também se chegou à hipótese de que as características do grupo relacionadas ao tempo de lesão e à adaptação à rotina e o fato de não estarem vinculadas a centros de reabilitação podem interferir nos resultados das aplicações dessas avaliações e na interpretação dos instrumentos pelos indivíduos, razão por que ainda necessitam de mais estudos. Palavras-chave: Avaliação funcional, Independência Funcional, Treinamento Resistido, Lesão Medular Espinhal.
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spelling Moreira, Osvaldo CostaFreitas, Karla Raphaela da Silva Ramoshttp://lattes.cnpq.br/1115520018290272Pereira, Eveline Torres2024-02-27T19:01:19Z2024-02-27T19:01:19Z2023-12-08FREITAS, Karla Raphaela da Silva Ramos. Avaliação dos efeitos do treinamento de força na avaliação da independência funcional de pessoas com lesão medular: um estudo de caso. 2023. 54 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.2023.https://locus.ufv.br//handle/123456789/32188https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.082A Lesão Medular Espinhal (LME) pode levar a alterações sensoriais, motoras e autonômicas, gerando impactos econômicos, sociais e nas realizações das atividades de vida diária, resultando, assim, na redução da qualidade de vida do indivíduo. As alterações podem ter maior ou menor impacto, dependendo da gravidade e da extensão da lesão, e podem também estar associadas ao estilo de vida após a lesão. As limitações na realização das atividades diárias podem levar, ainda, a necessidade de auxílio de terceiros, além de interferir também nos domínios de atividade e de participação. A manutenção dos níveis de funcionalidade tem se tornado um dos principais objetivos das equipes multidisciplinares que atuam nos atendimentos de pessoas com LME. Nesse sentido, os exercícios físicos têm tomado força enquanto possibilidade de intervenção. Entretanto, nem sempre é fácil estabelecer parâmetros para o processo de avaliação desses indivíduos em resposta ao exercício físico como intervenção. É sob esse contexto que este estudo objetivou investigar as influências do treinamento de força sobre a independência funcional de pessoas com LME. Para isso, foi necessário entender quais instrumentos são mais utilizados nessa avaliação e quais os entendimentos que os autores possuem sobre os termos utilizados. Uma revisão sistemática foi realizada com buscas a partir das cominações dos termos evaluation OR assessment OR measurement AND “functional status” OR “functional capacity” AND “spinal cord injury”. Os resultados indicaram que, em relação ao instrumento utilizado para análise da funcionalidade, as escalas Functional Independence Measurement (45,45%) e Spinal Cord Independence Measure (27,27%) foram as mais utilizadas, além de forte associação da funcionalidade de pessoas com LME a medidas de mobilidade e deslocamento. No entanto, não se pode chegar a um consenso em relação aos entendimentos dos termos por parte dos autores. Um estudo de caso foi elaborado para avaliação da funcionalidade em um grupo de quatro adultos com LME de ambos os sexos, submetidos ao treinamento de força de intensidade moderada a alta duas vezes por semana, durante oito semanas. A independência para as atividades diárias foi avaliada por meio da versão brasileira da Spinal Cord Independence Measure – Self – Reported Version (brSCIM-SR). Entretanto, os resultados não foram conclusivos. Observa-se que, apesar da adequação quanto à utilização da escala, algumas interpretações dos voluntários podem ter dificultado as análises dos escores. Em conclusão, a utilização de instrumentos de avaliação da independência funcional em pessoas com LME em pesquisas e ações em comunidade é importante, e, instrumentos autoaplicáveis podem ser interessantes para reduzir gastos com a aplicação de testes. Também se chegou à hipótese de que as características do grupo relacionadas ao tempo de lesão e à adaptação à rotina e o fato de não estarem vinculadas a centros de reabilitação podem interferir nos resultados das aplicações dessas avaliações e na interpretação dos instrumentos pelos indivíduos, razão por que ainda necessitam de mais estudos. Palavras-chave: Avaliação funcional, Independência Funcional, Treinamento Resistido, Lesão Medular Espinhal.Spinal cord injury can lead to sensory, motor, and autonomic changes that generally have economic and social impacts and affect daily life activities, resulting in a reduced quality of life for the individual. The importance of these changes can vary depending on the severity and extent of the injury, and may also be associated with the individual lifestyle after the trauma. Limitations in performing daily activities may require assistance from others, and can also interfere on both activity and participation domains. Maintaining functional levels has become one of the main goals of multidisciplinary teams working alongside individuals with spinal cord injuries, whereas physical exercises have been considered deemed important as a tool of intervention. However, it is not always easy to ensure appropriate parameters to evaluate the response of these individuals throughout exercise intervention. Therefore, the present study aimed to investigate the influences of resistance training on the functional independence of individuals with spinal cord injuries. Firstly, it was necessary to understand what instruments are most commonly used on this evaluation, as well as the authors understandings of the terms used. Therefore, a systematic review was conducted with searchings based on combinations of the terms “evaluation” OR “assessment” OR “measurement” AND “functional status” OR “functional capacity” AND “spinal cord injury”. Results have shown that the scales Functional Independence Measurement (45.45%) and Spinal Cord Independence Measure (27.27%) were the most commonly used to the analysis of functionality, with a strong association of functionality between measurements of mobility and displacement. However, the findings have found no consensus on authors understandings of the terms. A case study was conducted to assess the functionality of 4 adults (both men and women) with spinal cord injuries undertaking moderate to high-intensity resistance training twice a week for 8 weeks. Independence in daily activities was assessed using the Brazilian version of the Spinal Cord Independence Measure – Self-Reported Version – (brSCIM-SR). However, the results were not conclusive, as it was observed that despite the use of the scale can be considered appropriate, volunteers’ misinterpretations of the scale may have affected the accuracy of the scores. In conclusion, theuse of functional independence assessment instruments in individuals with spinal cord injuries in both research and community actions is valuable, and self-administered instruments may be interesting to reduce costs in testings. It was also hypothesized that factors such as; group characteristics in association to the duration of the injury, adaptation to routine, and not being linked to rehabilitation centers may interfere in the results of these assessments, as well as the interpretation of instruments by individuals. This hypothesis, however, needs further investigation. Keywords: Functional Assessment, Functional Independence, Resistance Training, Spinal Cord Injury.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaEducação FísicaEducação física para pessoas com deficiênciaMedula espinhal - Ferimentos e lesõesPessoas com deficiência física - Avaliação funcionalEducação FísicaAvaliação dos efeitos do treinamento de força na avaliação da independência funcional de pessoas com lesão medular: um estudo de casoEvaluation of the effects of strength training on the functional independence of individuals with spinal cord injury: a case studyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Educação FísicaMestre em Educação FísicaViçosa - MG2023-12-08Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf691305https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/32188/1/texto%20completo.pdfc5c7bf75da36e47fee08f2e9ea332eb8MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/32188/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/321882024-02-27 16:01:21.097oai:locus.ufv.br:123456789/32188Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452024-02-27T19:01:21LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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