Astyanax paranae (Characiformes, Characidae) da Bacia do Alto Rio Paranaíba: estudos multidisciplinares e conservação da espécie

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Rosana de Mesquita
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27271
Resumo: Devido à enorme diversificação, tanto morfológica quanto comportamental dos peixes, estes se tornam um grupo de difícil identificação. Em algumas espécies do gênero Astyanax, que são peixes de pequeno porte, pertencentes à família Characidae, isso é bastante frequente. Astyanax paranae, espécie endêmica da Bacia do Paraná, tem como nicho preferencial regiões de cabeceiras de rios e riachos, o que contribui diretamente para um maior grau de endemismo e, possivelmente, para eventos importantes em processos evolutivos, como especiação alopátrica. Diante disso, espera-se que diferentes populações de alguns afluentes da Bacia do Paraná apresentem uma estruturação genética bem definida, assim como uma boa estruturação morfológica. Marcadores moleculares e morfometria geométrica são algumas das técnicas que permitem avaliar se o hábito sedentário em cabeceiras de tributários pode impedir fluxo gênico e facilitar que populações se diferenciem. Assim, o presente trabalho visa a utilização de tais ferramentas em estudos filogeográficos para reconstruir as relações evolutivas de nove populações de A. paranae na região do Alto Paranaíba. Para as análises filogenéticas houve extração de DNA de uma porção do fígado e/ou coração dos indivíduos, com posterior amplificação do gene mitocondrial Citocromo Oxidase b via PCR. Já na morfometria, os indivíduos depois de coletados foram fotografados e houve marcação dos pontos anatômicos (landmarks) para comparação das variações do shape entre as populações e posterior Análise dos Componentes Principais (PCA). Os resultados das análises filogenéticas por inferência Bayesiana demonstram a estruturação evidente de algumas populações, com uma leve sobreposição entre outras. Tais dados estão diretamente relacionados à proximidade e conectividade dos pontos de coleta. A rede de haplótipos confirma a maioria dos dados obtidos na Bayesiana, com diversidade haplotípica maior no centro da rede, e menor nas periferias, além disso, demonstra a população dispersora dos haplótipos, assim como a que manteve o haplótipo ancestral. Na morfometria os resultados diferem, já que não houve diferenciação morfológica expressiva entre as populações analisadas. Houve uma população que se diferenciou das demais em ambas as análises, demonstrando a importância de um ambiente conservado para a manutenção dos indivíduos no meio ambiente, assim como sua diferenciação genética. Os resultados encontrados demonstram a eficácia de análises moleculares e morfológicas em definir as relações evolutivas entre populações, dando crédito à sua utilização em estudos filogeográficos. Além disso, possibilitam ampliar um pouco o conhecimento da história evolutiva de A. paranae na bacia, assim como sua diferenciação e estruturação genética, o que pode ser aplicado em estratégias de manejo e conservação da mesma.
id UFV_050dd2edd02be64701ac8974d7ebfb93
oai_identifier_str oai:locus.ufv.br:123456789/27271
network_acronym_str UFV
network_name_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
repository_id_str 2145
spelling Alves, Rosana de Mesquitahttp://lattes.cnpq.br/1854255024027285Kavalco, Karine Frehner2019-10-10T18:51:42Z2019-10-10T18:51:42Z2019-02-28ALVES, Rosana de Mesquita. Astyanax paranae (Characiformes, Characidae) da Bacia do Alto Rio Paranaíba: estudos multidisciplinares e conservação da espécie. 2019. 33 f. Dissertação (Mestrado em Manejo e Conservação de Ecossistemas Naturais e Agrários) - Universidade Federal de Viçosa, Rio Paranaíba. 2019.https://locus.ufv.br//handle/123456789/27271Devido à enorme diversificação, tanto morfológica quanto comportamental dos peixes, estes se tornam um grupo de difícil identificação. Em algumas espécies do gênero Astyanax, que são peixes de pequeno porte, pertencentes à família Characidae, isso é bastante frequente. Astyanax paranae, espécie endêmica da Bacia do Paraná, tem como nicho preferencial regiões de cabeceiras de rios e riachos, o que contribui diretamente para um maior grau de endemismo e, possivelmente, para eventos importantes em processos evolutivos, como especiação alopátrica. Diante disso, espera-se que diferentes populações de alguns afluentes da Bacia do Paraná apresentem uma estruturação genética bem definida, assim como uma boa estruturação morfológica. Marcadores moleculares e morfometria geométrica são algumas das técnicas que permitem avaliar se o hábito sedentário em cabeceiras de tributários pode impedir fluxo gênico e facilitar que populações se diferenciem. Assim, o presente trabalho visa a utilização de tais ferramentas em estudos filogeográficos para reconstruir as relações evolutivas de nove populações de A. paranae na região do Alto Paranaíba. Para as análises filogenéticas houve extração de DNA de uma porção do fígado e/ou coração dos indivíduos, com posterior amplificação do gene mitocondrial Citocromo Oxidase b via PCR. Já na morfometria, os indivíduos depois de coletados foram fotografados e houve marcação dos pontos anatômicos (landmarks) para comparação das variações do shape entre as populações e posterior Análise dos Componentes Principais (PCA). Os resultados das análises filogenéticas por inferência Bayesiana demonstram a estruturação evidente de algumas populações, com uma leve sobreposição entre outras. Tais dados estão diretamente relacionados à proximidade e conectividade dos pontos de coleta. A rede de haplótipos confirma a maioria dos dados obtidos na Bayesiana, com diversidade haplotípica maior no centro da rede, e menor nas periferias, além disso, demonstra a população dispersora dos haplótipos, assim como a que manteve o haplótipo ancestral. Na morfometria os resultados diferem, já que não houve diferenciação morfológica expressiva entre as populações analisadas. Houve uma população que se diferenciou das demais em ambas as análises, demonstrando a importância de um ambiente conservado para a manutenção dos indivíduos no meio ambiente, assim como sua diferenciação genética. Os resultados encontrados demonstram a eficácia de análises moleculares e morfológicas em definir as relações evolutivas entre populações, dando crédito à sua utilização em estudos filogeográficos. Além disso, possibilitam ampliar um pouco o conhecimento da história evolutiva de A. paranae na bacia, assim como sua diferenciação e estruturação genética, o que pode ser aplicado em estratégias de manejo e conservação da mesma.Due to the enormous diversification, both morphological and behavioural of the fishes, these become a group of difficult identification. In some species of the genus Astyanax, which are small size fish belonging to the Characidae family, this is quite frequent. Astyanax paranae, an endemic species of the Paraná Basin, has as preferred niche regions of headwaters of rivers and streams, which contributes directly to a greater degree of endemism and, possibly, to important events in evolutionary processes, such as allopatric speciation. Therefore, it's expected that different populations of some affluent of the Paraná Basin will present a well-defined genetic structure, as well as a good morphological structuring. Molecular markers and geometric morphometry are some of the techniques that allow us to evaluate whether the sedentary habit in tributaries headers can prevent gene flow and facilitate populations to differentiate. Thereby, the present work aims at the use of such tools in phylogeographic studies to reconstruct the evolutionary relationships of nine populations of the A. paranae in the Alto Paranaíba region. For the phylogenetic analyses, DNA was extracted from a portion of the liver and/or heart of the individuals, with further amplification of the mitochondrial Cytochrome Oxidase b gene via PCR. In the morphometry, the individuals after being collected were photographed and there were marking of the anatomical points (landmarks) for comparison of the shape variations between the populations and subsequent Principal Component Analysis (PCA). The results of the phylogenetic analyzes by Bayesian inference demonstrate the evident structuring of some populations, with a slight overlap among others. These data are directly related to the proximity and connectivity of the collection points. The haplotype network confirms most of the data obtained in the Bayesian, with higher haplotypic diversity in the centre of the network, and lower in the peripheries, in addition, it demonstrates the dispersal population of the haplotypes, as well as that which maintained the ancestral haplotype. In the morphometry the results differ, since there was no morphological differentiation between the analyzed populations. There was a population, the of Parque de Exposições, that differed from the others in both analyzes, demonstrating the importance of a conserved environment for the maintenance of individuals in the environment, as well as their genetic differentiation. The results show the efficacy of molecular and morphological analyzes in defining evolutionary relationships among populations, giving credit to their use in phylogeographic studies. In addition, allowing a little knowledge of the evolutionary history of the A. paranae in the basin, as well as its differentiation and genetic structuring, which can be applied in management strategies and conservation of the same.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de ViçosaPeixesGenes MitocondriaisMorfometeria geométricaConservação das Espécies AnimaisAstyanax paranae (Characiformes, Characidae) da Bacia do Alto Rio Paranaíba: estudos multidisciplinares e conservação da espécieAstyanax paranae (Characiformes, Characidae) from the Upper Paranaíba River Basin: multidisciplinary studies and species conservationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaInstituto de Ciências Biológicas e da SaúdeMestre em Manejo e Conservação de Ecossistemas Naturais e AgráriosRio Paranaíba - MG2019-02-28Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf1465567https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27271/1/texto%20completo.pdf21f9d62e8f03fe531df9574eb0c324d5MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27271/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/272712019-10-10 15:56:54.709oai:locus.ufv.br:123456789/27271Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452019-10-10T18:56:54LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
dc.title.pt-BR.fl_str_mv Astyanax paranae (Characiformes, Characidae) da Bacia do Alto Rio Paranaíba: estudos multidisciplinares e conservação da espécie
dc.title.en.fl_str_mv Astyanax paranae (Characiformes, Characidae) from the Upper Paranaíba River Basin: multidisciplinary studies and species conservation
title Astyanax paranae (Characiformes, Characidae) da Bacia do Alto Rio Paranaíba: estudos multidisciplinares e conservação da espécie
spellingShingle Astyanax paranae (Characiformes, Characidae) da Bacia do Alto Rio Paranaíba: estudos multidisciplinares e conservação da espécie
Alves, Rosana de Mesquita
Peixes
Genes Mitocondriais
Morfometeria geométrica
Conservação das Espécies Animais
title_short Astyanax paranae (Characiformes, Characidae) da Bacia do Alto Rio Paranaíba: estudos multidisciplinares e conservação da espécie
title_full Astyanax paranae (Characiformes, Characidae) da Bacia do Alto Rio Paranaíba: estudos multidisciplinares e conservação da espécie
title_fullStr Astyanax paranae (Characiformes, Characidae) da Bacia do Alto Rio Paranaíba: estudos multidisciplinares e conservação da espécie
title_full_unstemmed Astyanax paranae (Characiformes, Characidae) da Bacia do Alto Rio Paranaíba: estudos multidisciplinares e conservação da espécie
title_sort Astyanax paranae (Characiformes, Characidae) da Bacia do Alto Rio Paranaíba: estudos multidisciplinares e conservação da espécie
author Alves, Rosana de Mesquita
author_facet Alves, Rosana de Mesquita
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt-BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1854255024027285
dc.contributor.author.fl_str_mv Alves, Rosana de Mesquita
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Kavalco, Karine Frehner
contributor_str_mv Kavalco, Karine Frehner
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv Peixes
Genes Mitocondriais
Morfometeria geométrica
topic Peixes
Genes Mitocondriais
Morfometeria geométrica
Conservação das Espécies Animais
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Conservação das Espécies Animais
description Devido à enorme diversificação, tanto morfológica quanto comportamental dos peixes, estes se tornam um grupo de difícil identificação. Em algumas espécies do gênero Astyanax, que são peixes de pequeno porte, pertencentes à família Characidae, isso é bastante frequente. Astyanax paranae, espécie endêmica da Bacia do Paraná, tem como nicho preferencial regiões de cabeceiras de rios e riachos, o que contribui diretamente para um maior grau de endemismo e, possivelmente, para eventos importantes em processos evolutivos, como especiação alopátrica. Diante disso, espera-se que diferentes populações de alguns afluentes da Bacia do Paraná apresentem uma estruturação genética bem definida, assim como uma boa estruturação morfológica. Marcadores moleculares e morfometria geométrica são algumas das técnicas que permitem avaliar se o hábito sedentário em cabeceiras de tributários pode impedir fluxo gênico e facilitar que populações se diferenciem. Assim, o presente trabalho visa a utilização de tais ferramentas em estudos filogeográficos para reconstruir as relações evolutivas de nove populações de A. paranae na região do Alto Paranaíba. Para as análises filogenéticas houve extração de DNA de uma porção do fígado e/ou coração dos indivíduos, com posterior amplificação do gene mitocondrial Citocromo Oxidase b via PCR. Já na morfometria, os indivíduos depois de coletados foram fotografados e houve marcação dos pontos anatômicos (landmarks) para comparação das variações do shape entre as populações e posterior Análise dos Componentes Principais (PCA). Os resultados das análises filogenéticas por inferência Bayesiana demonstram a estruturação evidente de algumas populações, com uma leve sobreposição entre outras. Tais dados estão diretamente relacionados à proximidade e conectividade dos pontos de coleta. A rede de haplótipos confirma a maioria dos dados obtidos na Bayesiana, com diversidade haplotípica maior no centro da rede, e menor nas periferias, além disso, demonstra a população dispersora dos haplótipos, assim como a que manteve o haplótipo ancestral. Na morfometria os resultados diferem, já que não houve diferenciação morfológica expressiva entre as populações analisadas. Houve uma população que se diferenciou das demais em ambas as análises, demonstrando a importância de um ambiente conservado para a manutenção dos indivíduos no meio ambiente, assim como sua diferenciação genética. Os resultados encontrados demonstram a eficácia de análises moleculares e morfológicas em definir as relações evolutivas entre populações, dando crédito à sua utilização em estudos filogeográficos. Além disso, possibilitam ampliar um pouco o conhecimento da história evolutiva de A. paranae na bacia, assim como sua diferenciação e estruturação genética, o que pode ser aplicado em estratégias de manejo e conservação da mesma.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-10-10T18:51:42Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-10-10T18:51:42Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-02-28
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv ALVES, Rosana de Mesquita. Astyanax paranae (Characiformes, Characidae) da Bacia do Alto Rio Paranaíba: estudos multidisciplinares e conservação da espécie. 2019. 33 f. Dissertação (Mestrado em Manejo e Conservação de Ecossistemas Naturais e Agrários) - Universidade Federal de Viçosa, Rio Paranaíba. 2019.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://locus.ufv.br//handle/123456789/27271
identifier_str_mv ALVES, Rosana de Mesquita. Astyanax paranae (Characiformes, Characidae) da Bacia do Alto Rio Paranaíba: estudos multidisciplinares e conservação da espécie. 2019. 33 f. Dissertação (Mestrado em Manejo e Conservação de Ecossistemas Naturais e Agrários) - Universidade Federal de Viçosa, Rio Paranaíba. 2019.
url https://locus.ufv.br//handle/123456789/27271
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Viçosa
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Viçosa
dc.source.none.fl_str_mv reponame:LOCUS Repositório Institucional da UFV
instname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron:UFV
instname_str Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron_str UFV
institution UFV
reponame_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
collection LOCUS Repositório Institucional da UFV
bitstream.url.fl_str_mv https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27271/1/texto%20completo.pdf
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27271/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 21f9d62e8f03fe531df9574eb0c324d5
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)
repository.mail.fl_str_mv fabiojreis@ufv.br
_version_ 1801212995006627840