Fatores locais estruturadores da riqueza de espécies de formigas arborícolas em cerrado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pic, Mireille
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11161
Resumo: Comunidades estruturadas por fatores locais são limitadas pelas interações biológicas, ou pelos recursos e pelas condições existentes no habitat. Com a finalidade de se testar a influência de fatores locais em comunidades de formigas arborícolas, buscou-se determinar se (i) a riqueza, o volume da vegetação e a heterogeneidade do habitat influenciam a diversidade das comunidades de formigas e se (ii) existe alguma evidência de competição entre espécies de formigas e se esta competição é uma importante força estruturadora destas comunidades. As coletas de formigas foram realizadas em 300 árvores, distribuídas dentro de 30 parcelas de 20 x 50 m, na Área de Proteção Ambiental (APA) Gama-Cabeça-de-Veado. As formigas foram amostradas por meio de coleta manual e com pitfalls colocados nas árvores. Em cada parcela, foram amostrados todos os indivíduos lenhosos com diâmetro superior a 5 a 30 cm do solo. Para analisar a influência das variáveis da vegetação sobre a riqueza de espécies de formigas arborícolas, utilizaram-se análises de regressão simples, em que a variável resposta foi sempre a riqueza da comunidade de formigas e a variável explicativa, cada uma das variáveis da vegetação anteriormente descritas. Não foi encontrada relação significativa entre a riqueza da vegetação arbórea e a riqueza de espécies de formigas e entre a heterogeneidade da estrutura do habitat e a riqueza de espécies de formigas. Esses resultados sugerem que as formigas arborícolas podem ser principalmente generalistas tanto em relação aos recursos quanto ao habitat. O volume da vegetação influenciou positivamente a riqueza de espécies de formigas nas parcelas. Para explicar essa relação, foi sugerida a seguinte hipótese: maior volume da vegetação significa maior quantidade de recursos disponíveis e condições microambientais mais adequadas. Essa maior quantidade de recursos e condições mais adequadas poderá favorecer a entrada de novas espécies, em vez de favorecer o aumento das populações já existentes. Os resultados deste trabalho indicam que a quantidade de recursos pode ser limitante nessas comunidades de formigas arborícolas. A fim de verificar se existem evidências de competição nessas comunidades, utilizou-se uma análise de modelos nulos de co-ocorrência. Essas análises foram feitas em duas escalas: parcela e árvores. A análise das comunidades de formigas da parcela indicou que as espécies destas comunidades ocorrem independentemente umas das outras, sugerindo que a parcela não representa a unidade espacial que as formigas utilizam como território. A análise de modelos nulos das comunidades de formigas em árvores detectou que estas são estruturadas por fatores biológicos. O padrão obtido pode estar relacionado a três processos: históricos ou filogenéticos, especialização das formigas quanto ao habitat e competição interespecífica. Como a quantidade de recursos para formigas arborícolas em cerrado pode ser limitante, conclui-se que a competição pode ser a força estruturadora dessas comunidades.
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As coletas de formigas foram realizadas em 300 árvores, distribuídas dentro de 30 parcelas de 20 x 50 m, na Área de Proteção Ambiental (APA) Gama-Cabeça-de-Veado. As formigas foram amostradas por meio de coleta manual e com pitfalls colocados nas árvores. Em cada parcela, foram amostrados todos os indivíduos lenhosos com diâmetro superior a 5 a 30 cm do solo. Para analisar a influência das variáveis da vegetação sobre a riqueza de espécies de formigas arborícolas, utilizaram-se análises de regressão simples, em que a variável resposta foi sempre a riqueza da comunidade de formigas e a variável explicativa, cada uma das variáveis da vegetação anteriormente descritas. Não foi encontrada relação significativa entre a riqueza da vegetação arbórea e a riqueza de espécies de formigas e entre a heterogeneidade da estrutura do habitat e a riqueza de espécies de formigas. Esses resultados sugerem que as formigas arborícolas podem ser principalmente generalistas tanto em relação aos recursos quanto ao habitat. O volume da vegetação influenciou positivamente a riqueza de espécies de formigas nas parcelas. Para explicar essa relação, foi sugerida a seguinte hipótese: maior volume da vegetação significa maior quantidade de recursos disponíveis e condições microambientais mais adequadas. Essa maior quantidade de recursos e condições mais adequadas poderá favorecer a entrada de novas espécies, em vez de favorecer o aumento das populações já existentes. Os resultados deste trabalho indicam que a quantidade de recursos pode ser limitante nessas comunidades de formigas arborícolas. A fim de verificar se existem evidências de competição nessas comunidades, utilizou-se uma análise de modelos nulos de co-ocorrência. Essas análises foram feitas em duas escalas: parcela e árvores. A análise das comunidades de formigas da parcela indicou que as espécies destas comunidades ocorrem independentemente umas das outras, sugerindo que a parcela não representa a unidade espacial que as formigas utilizam como território. A análise de modelos nulos das comunidades de formigas em árvores detectou que estas são estruturadas por fatores biológicos. O padrão obtido pode estar relacionado a três processos: históricos ou filogenéticos, especialização das formigas quanto ao habitat e competição interespecífica. Como a quantidade de recursos para formigas arborícolas em cerrado pode ser limitante, conclui-se que a competição pode ser a força estruturadora dessas comunidades.Communities structured by local factors are limited by biologic interactions or by the resources and conditions which exist in the habitat. In order to test the influence of local factors in communities of arboricole ants, there was on attempt to determine if (i) the richness, the vegetation volume and the habitat heterogeneity influence the diversity of the ant communities, and if (ii) there is some evidence of competition among ant species and if this competition is a main force of structuration of these communities. Collection of ants was done on 300 trees distributed in 30 plots with 20 x 50 m, in the Environmental Protection Area (APA) called Gama-Cabeça-de-Veado. The ants were sampled through manual collection and pitfalls placed on the trees. In each plot, all the woody individuals with a diameter of more than 5 cm at 30 cm of ground level were sampled. To analyse the influence of the vegetation variables upon the species richness of arboricole ants, simple regression analyses were used, where the response variable always was the richness of ant communities, and the explicative variable was each of the variables of the vegetation above described. A significant relation was not found between the richness of arboreous vegetation and the richness of ant species, and between the heterogeneity of the habitat structure and richness of species of ants. These results suggest that the arboricole ants could be mainly generalist both in relation to the resources and the habitat. The volume of vegetation influenced positively the richness of ant species in the plots. To explain this relation, the author suggests the following hypothesis: a greater volume of vegetation signifies a greater amount of available resources and more suitable microenvironmental conditions. This greater amount of resources and more suitable conditions can favour the entrance of new ant species instead of favouring an increase of the already existent populations. The results of this work indicate that the amount of resources can be a limitant factor for these communities of arboricole ants. To verify if there is evidence of competition in these communities analysis of nul models of co-occurrence were used. These analyses were done in two scales: plot and trees. The analysis of ant coomunities in the plot indicated that the species of these communities occur independent of one or of the others, suggesting that the plot does not represent the spatial unit that the ants use as territory. The analysis of nul models of the ant communities on trees detected that these communities are structured by biologic factors. The pattern obtained could be related to three processes: historic or phyllogenetic, specialization of the ants to the habitat and interspecific competitions. As the amount of resources for arboricole ants in the cerrado can be limitant, it can be concluded that the competition could be the force which structures these communities.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaFormigas arborícolasDiversidade das comunidades de formigasCiências BiológicasFatores locais estruturadores da riqueza de espécies de formigas arborícolas em cerradoLocal factors which structure richness of ant species in the cerradoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de EntomologiaMestre em EntomologiaViçosa - MG2001-03-28Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf367649https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/11161/1/texto%20completo.pdfcb74289814ac226da4659c4133d0f824MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/11161/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3596https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/11161/3/texto%20completo.pdf.jpg03ea8eaa8576cdfdc24260405f91085aMD53123456789/111612017-07-11 23:00:28.932oai:locus.ufv.br:123456789/11161Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452017-07-12T02:00:28LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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