Pollination of two species of Vellozia (Velloziaceae) from high-altitude quartzitic grasslands, Brazil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sarto, Mário César Laboissiérè del
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Jacobi, Claudia Maria
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062007000200007
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/25348
Resumo: Foram pesquisados os polinizadores e o sistema reprodutivo de duas espécies de Vellozia (Velloziaceae) de campos rupestres quartzíticos do sudeste do Brasil. Vellozia leptopetala é arborescente e cresce exclusivamente sobre afloramentos rochosos, V. epidendroides é de porte herbáceo e espalha-se sobre solo pedregoso. Ambas têm flores hermafroditas e solitárias, e floradas curtas em massa. Avaliou-se o nível de auto-compatibilidade e a necessidade de polinizadores, em 50 plantas de cada espécie e 20-60 flores por tratamento: polinização manual cruzada e autopolinização, polinização espontânea, agamospermia e controle. O comportamento dos visitantes florais nas flores e nas plantas foi registrado. As espécies são auto-incompatíveis, mas produzem poucas sementes autogâmicas. A razão pólen-óvulo sugere xenogamia facultativa em ambas. Foram visitadas principalmente por abelhas, das quais as mais importantes polinizadoras foram duas cortadeiras (Megachile spp.). Vellozia leptopetala também foi polinizada por uma espécie de beija-flor territorial. A produção de sementes em frutos de polinização cruzada sugere que limitação por pólen é a causa principal da baixa produção natural de sementes. Isto foi atribuído ao efeito combinado de cinco mecanismos: autopolinização prévia à antese, elevada geitonogamia resultante de arranjo floral, número reduzido de visitas por flor pelo mesmo motivo, pilhagem de pólen por diversas espécies de insetos e, em V. leptopetala, deposição de pólen heteroespecífico em conseqüência da promiscuidade dos beija-flores.
id UFV_094996954eff05d275b5a55a34ee3b93
oai_identifier_str oai:locus.ufv.br:123456789/25348
network_acronym_str UFV
network_name_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
repository_id_str 2145
spelling Sarto, Mário César Laboissiérè delJacobi, Claudia Maria2019-05-21T14:31:44Z2019-05-21T14:31:44Z2007-041677941Xhttp://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062007000200007http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/25348Foram pesquisados os polinizadores e o sistema reprodutivo de duas espécies de Vellozia (Velloziaceae) de campos rupestres quartzíticos do sudeste do Brasil. Vellozia leptopetala é arborescente e cresce exclusivamente sobre afloramentos rochosos, V. epidendroides é de porte herbáceo e espalha-se sobre solo pedregoso. Ambas têm flores hermafroditas e solitárias, e floradas curtas em massa. Avaliou-se o nível de auto-compatibilidade e a necessidade de polinizadores, em 50 plantas de cada espécie e 20-60 flores por tratamento: polinização manual cruzada e autopolinização, polinização espontânea, agamospermia e controle. O comportamento dos visitantes florais nas flores e nas plantas foi registrado. As espécies são auto-incompatíveis, mas produzem poucas sementes autogâmicas. A razão pólen-óvulo sugere xenogamia facultativa em ambas. Foram visitadas principalmente por abelhas, das quais as mais importantes polinizadoras foram duas cortadeiras (Megachile spp.). Vellozia leptopetala também foi polinizada por uma espécie de beija-flor territorial. A produção de sementes em frutos de polinização cruzada sugere que limitação por pólen é a causa principal da baixa produção natural de sementes. Isto foi atribuído ao efeito combinado de cinco mecanismos: autopolinização prévia à antese, elevada geitonogamia resultante de arranjo floral, número reduzido de visitas por flor pelo mesmo motivo, pilhagem de pólen por diversas espécies de insetos e, em V. leptopetala, deposição de pólen heteroespecífico em conseqüência da promiscuidade dos beija-flores.The pollinators and breeding system of two species of Vellozia (Velloziaceae) from high-altitude quartzitic grasslands in SE Brazil were studied. Vellozia leptopetala is shrubby and grows solely on rocky outcrops, V. epidendroides is herbaceous and grows on stony soils. Both bear solitary, hermaphrodite flowers, and have massive, short-lasting annual blooms. We evaluated the level of self-compatibility and need for pollinators of 50 plants of each species and 20-60 flowers per treatment: hand self- and cross-pollination, spontaneous pollination, agamospermy and control. The behavior of floral visitors on flowers and within plants was recorded. Both species are mostly self-incompatible, but produce a small number of seeds by self-fertilization. The pollen-ovule ratio suggests facultative xenogamy. They were visited primarily by bees, of which the most important pollinators were two leaf-cutting bees (Megachile spp.). Vellozia leptopetala was also pollinated by a territorial hummingbird. Low natural seed production compared to cross-pollination seed numbers suggests that pollen limitation is the main cause of low seed set. This was attributed to the combined effect of five mechanisms: selfing prior to anthesis, enhanced geitonogamy as a result of large floral displays, low number of visits per flower for the same reason, pollen theft by many insect species, and, in V. leptopetala, delivery of mixed pollen loads on the stigma as a consequence of hummingbird promiscuity.engActa Botanica Brasilicav. 21, n. 02, p. 325- 333, abr./ jun. 2007Pollen limitationGeitonogamyRocky grasslandsSelf-incompatibilitySerra do CipóPolínicaGeitonogamiaCampos rupestresAuto-incompatibilidadeSerra do CipóPollination of two species of Vellozia (Velloziaceae) from high-altitude quartzitic grasslands, Brazilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALartigo.pdfartigo.pdftexto completoapplication/pdf169823https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/25348/1/artigo.pdf15a71ae9f34341f79d9c6faa3fda79c7MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/25348/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/253482019-05-21 11:32:52.445oai:locus.ufv.br:123456789/25348Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452019-05-21T14:32:52LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
dc.title.en.fl_str_mv Pollination of two species of Vellozia (Velloziaceae) from high-altitude quartzitic grasslands, Brazil
title Pollination of two species of Vellozia (Velloziaceae) from high-altitude quartzitic grasslands, Brazil
spellingShingle Pollination of two species of Vellozia (Velloziaceae) from high-altitude quartzitic grasslands, Brazil
Sarto, Mário César Laboissiérè del
Pollen limitation
Geitonogamy
Rocky grasslands
Self-incompatibility
Serra do Cipó
Polínica
Geitonogamia
Campos rupestres
Auto-incompatibilidade
Serra do Cipó
title_short Pollination of two species of Vellozia (Velloziaceae) from high-altitude quartzitic grasslands, Brazil
title_full Pollination of two species of Vellozia (Velloziaceae) from high-altitude quartzitic grasslands, Brazil
title_fullStr Pollination of two species of Vellozia (Velloziaceae) from high-altitude quartzitic grasslands, Brazil
title_full_unstemmed Pollination of two species of Vellozia (Velloziaceae) from high-altitude quartzitic grasslands, Brazil
title_sort Pollination of two species of Vellozia (Velloziaceae) from high-altitude quartzitic grasslands, Brazil
author Sarto, Mário César Laboissiérè del
author_facet Sarto, Mário César Laboissiérè del
Jacobi, Claudia Maria
author_role author
author2 Jacobi, Claudia Maria
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Sarto, Mário César Laboissiérè del
Jacobi, Claudia Maria
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv Pollen limitation
Geitonogamy
Rocky grasslands
Self-incompatibility
Serra do Cipó
Polínica
Geitonogamia
Campos rupestres
Auto-incompatibilidade
Serra do Cipó
topic Pollen limitation
Geitonogamy
Rocky grasslands
Self-incompatibility
Serra do Cipó
Polínica
Geitonogamia
Campos rupestres
Auto-incompatibilidade
Serra do Cipó
description Foram pesquisados os polinizadores e o sistema reprodutivo de duas espécies de Vellozia (Velloziaceae) de campos rupestres quartzíticos do sudeste do Brasil. Vellozia leptopetala é arborescente e cresce exclusivamente sobre afloramentos rochosos, V. epidendroides é de porte herbáceo e espalha-se sobre solo pedregoso. Ambas têm flores hermafroditas e solitárias, e floradas curtas em massa. Avaliou-se o nível de auto-compatibilidade e a necessidade de polinizadores, em 50 plantas de cada espécie e 20-60 flores por tratamento: polinização manual cruzada e autopolinização, polinização espontânea, agamospermia e controle. O comportamento dos visitantes florais nas flores e nas plantas foi registrado. As espécies são auto-incompatíveis, mas produzem poucas sementes autogâmicas. A razão pólen-óvulo sugere xenogamia facultativa em ambas. Foram visitadas principalmente por abelhas, das quais as mais importantes polinizadoras foram duas cortadeiras (Megachile spp.). Vellozia leptopetala também foi polinizada por uma espécie de beija-flor territorial. A produção de sementes em frutos de polinização cruzada sugere que limitação por pólen é a causa principal da baixa produção natural de sementes. Isto foi atribuído ao efeito combinado de cinco mecanismos: autopolinização prévia à antese, elevada geitonogamia resultante de arranjo floral, número reduzido de visitas por flor pelo mesmo motivo, pilhagem de pólen por diversas espécies de insetos e, em V. leptopetala, deposição de pólen heteroespecífico em conseqüência da promiscuidade dos beija-flores.
publishDate 2007
dc.date.issued.fl_str_mv 2007-04
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-05-21T14:31:44Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-05-21T14:31:44Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062007000200007
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/25348
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 1677941X
identifier_str_mv 1677941X
url http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062007000200007
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/25348
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.ispartofseries.pt-BR.fl_str_mv v. 21, n. 02, p. 325- 333, abr./ jun. 2007
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Acta Botanica Brasilica
publisher.none.fl_str_mv Acta Botanica Brasilica
dc.source.none.fl_str_mv reponame:LOCUS Repositório Institucional da UFV
instname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron:UFV
instname_str Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron_str UFV
institution UFV
reponame_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
collection LOCUS Repositório Institucional da UFV
bitstream.url.fl_str_mv https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/25348/1/artigo.pdf
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/25348/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 15a71ae9f34341f79d9c6faa3fda79c7
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)
repository.mail.fl_str_mv fabiojreis@ufv.br
_version_ 1801212964973314048