Drought shocks and its economic impacts on Northeastern Brazil
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21320 |
Resumo: | Esta tese estuda dois tópicos relacionados à choques de seca e desenvolvimento econômico usando dados brasileiros. No primeiro ensaio, estudamos os efeitos dos choques de seca sobre a alocação de mão de obra de famílias rurais no Nordeste do Brasil. Analisou-se se as famílias rurais usam a alocação de mão de obra para mitigar o efeito dos choques da seca. Embora estudos anteriores forneçam fortes evidências de que secas e inundações podem ter um efeito imediato sobre a renda rural, a medida em que as famílias ajustam a oferta de trabalho para mitigar esses efeitos tem sido pouco investigada. Documentar a importância quantitativa da oferta de trabalho e de outras respostas comportamentais dos agregados familiares é crucial para definir o direcionamento de políticas destinadas a mitigar as consequências adversas das alterações climáticas. A estratégia de identificação explora a variação nos registros de precipitação ao longo do tempo dentro dos municípios e baseia-se na suposição de que os choques climáticos, condicionais aos efeitos fixos do município e do ano, não estão correlacionados com outros determinantes latentes da oferta de trabalho. A análise inicial fornece evidências de que choques negativos de chuva afetam a renda familiar no ambiente estudado. Os resultados apresentam evidências de uma relação entre eventos negativos de precipitação e realocação do tempo de trabalho. Os choques causados pela seca estão significativamente associados a rendimentos mais baixos derivados do trabalho principal. Isto é especialmente verdade quando considerada a renda derivada das atividades agrícolas. Além disso, uma maior incidência de choques de seca está significativamente associada ao aumento da renda proveniente de empregos secundários fora do setor agrícola. Nossos resultados mostram que as secas afetam negativamente as horas gastas no trabalho agrícola, ao passo que levam a uma maior oferta de trabalho não agrícola. Os resultados mostram a importância das atividades não agrícolas como mecanismo de mitigação autônomo. O segundo ensaio investiga o impacto dos choques da seca sobre os resultados educacionais de crianças que frequentam escolas no Nordeste do Brasil. Em particular, avaliou-se como as secas podem afetar o desempenho dos alunos medido pela pontuação da Prova Brasil em matemática e português, um exame nacional padronizado. A hipótese é que choques de seca têm impacto negativo no desempenho dos alunos. Acredita-se que existem três mecanismos principais pelos quais os choques climáticos podem afetar a educação infantil: oferta escolar, saúde infantil e trabalho infantil. Os resultados fornecem evidências de que alunos de escolas rurais que são expostos a choques de seca têm pior desempenho em exames padronizados de matemática e português. Os resultados também sugerem que o efeito do choque parece ser mais prejudicial para meninas e para aqueles com mães com menor escolaridade. Também foram encontradas evidências sugestivas de que a seca tende a ser mais prejudicial para as crianças que estudam em escolas sem cisternas ou outros dispositivos de armazenamento de água. Portanto, investir em infraestrutura básica é uma estratégia política de baixo custo em áreas rurais que pode melhorar consideravelmente o desempenho escolar. Ao investigar os possíveis mecanismos de transmissão que ligam os choques climáticos ao desempenho escolar, encontrou-se que o impacto de choques negativos sobre a saúde infantil é um mecanismo importante que impulsiona os resultados. A exposição a um choque adicional de seca aumenta a taxa de hospitalização entre crianças. Além disso, mais um choque de seca por ano está associado a um aumento de 4,24% na probabilidade de uma criança estar empregada. Tanto a saúde quanto os efeitos relacionados ao mercado de trabalho podem estar associados à menor frequência escolar, portanto, contribuem para as fracas conquistas dos estudantes. Juntos, os dois ensaios contribuem para uma melhor compreensão sobre a relação entre eventos extremos climáticos e questões importantes de desenvolvimento econômico. |
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Branco, Danyelle Karine Santoshttp://lattes.cnpq.br/1721484050499602Féres, José Gustavo2018-08-22T17:56:46Z2018-08-22T17:56:46Z2018-07-05BRANCO, Danyelle Karine Santos. Drought shocks and its economic impacts on Northeastern Brazil. 2018. 77 f. Tese (Doutorado em Economia Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2018.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21320Esta tese estuda dois tópicos relacionados à choques de seca e desenvolvimento econômico usando dados brasileiros. No primeiro ensaio, estudamos os efeitos dos choques de seca sobre a alocação de mão de obra de famílias rurais no Nordeste do Brasil. Analisou-se se as famílias rurais usam a alocação de mão de obra para mitigar o efeito dos choques da seca. Embora estudos anteriores forneçam fortes evidências de que secas e inundações podem ter um efeito imediato sobre a renda rural, a medida em que as famílias ajustam a oferta de trabalho para mitigar esses efeitos tem sido pouco investigada. Documentar a importância quantitativa da oferta de trabalho e de outras respostas comportamentais dos agregados familiares é crucial para definir o direcionamento de políticas destinadas a mitigar as consequências adversas das alterações climáticas. A estratégia de identificação explora a variação nos registros de precipitação ao longo do tempo dentro dos municípios e baseia-se na suposição de que os choques climáticos, condicionais aos efeitos fixos do município e do ano, não estão correlacionados com outros determinantes latentes da oferta de trabalho. A análise inicial fornece evidências de que choques negativos de chuva afetam a renda familiar no ambiente estudado. Os resultados apresentam evidências de uma relação entre eventos negativos de precipitação e realocação do tempo de trabalho. Os choques causados pela seca estão significativamente associados a rendimentos mais baixos derivados do trabalho principal. Isto é especialmente verdade quando considerada a renda derivada das atividades agrícolas. Além disso, uma maior incidência de choques de seca está significativamente associada ao aumento da renda proveniente de empregos secundários fora do setor agrícola. Nossos resultados mostram que as secas afetam negativamente as horas gastas no trabalho agrícola, ao passo que levam a uma maior oferta de trabalho não agrícola. Os resultados mostram a importância das atividades não agrícolas como mecanismo de mitigação autônomo. O segundo ensaio investiga o impacto dos choques da seca sobre os resultados educacionais de crianças que frequentam escolas no Nordeste do Brasil. Em particular, avaliou-se como as secas podem afetar o desempenho dos alunos medido pela pontuação da Prova Brasil em matemática e português, um exame nacional padronizado. A hipótese é que choques de seca têm impacto negativo no desempenho dos alunos. 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Ao investigar os possíveis mecanismos de transmissão que ligam os choques climáticos ao desempenho escolar, encontrou-se que o impacto de choques negativos sobre a saúde infantil é um mecanismo importante que impulsiona os resultados. A exposição a um choque adicional de seca aumenta a taxa de hospitalização entre crianças. Além disso, mais um choque de seca por ano está associado a um aumento de 4,24% na probabilidade de uma criança estar empregada. Tanto a saúde quanto os efeitos relacionados ao mercado de trabalho podem estar associados à menor frequência escolar, portanto, contribuem para as fracas conquistas dos estudantes. Juntos, os dois ensaios contribuem para uma melhor compreensão sobre a relação entre eventos extremos climáticos e questões importantes de desenvolvimento econômico.This thesis studies two topics on drought shocks and related economic development using Brazilian data. In the first essay, we study the effects of drought shocks on rural households labor allocation in Northeastern Brazil. We analyze whether rural households use labor allocation to mitigate the effect of drought shocks. While previous studies provide strong evidence that droughts and floods can have an immediate effect on rural income, the extent to which families adjust labor supply to mitigate these effects has been very little investigated. Documenting the quantitative importance of labor supply and other behavioral household responses is crucial for shaping the targeting of policies intended to mitigate the adverse consequences of climate change. Our identification strategy exploits variation in rainfall records over time within municipalities, and relies on the assumption that weather shocks, conditional on municipality and year fixed-effects, are not correlated with other latent determinants of labor supply. We begin our analysis by providing evidence that negative rainfall shocks affect household income in our setting. The results present evidence of a relationship between negative rainfall events and labor time reallocation. We find that drought shocks are significantly associated with lower income derived from one’s main job. This is especially true when we consider income derived from farm activities. Moreover, a higher incidence of drought shocks is significantly associated with increased income from secondary jobs. Our results show that droughts negatively affect hours spent on farm work, whereas it leads to increased supply of non-agricultural jobs. The results show the importance of non-agricultural activities as an autonomous mitigation mechanism. The second essay investigates the impact of drought shocks on educational outcomes of children attending schools in rural Northeastern Brazil. In particular, we assess how droughts may affect students achievement measured by Prova Brasil scores in math and language, a national standardized exam. We believe that there are three main different mechanisms through which weather shocks may affect child schooling: school supply, infant health, and child labor. The findings provide evidence that students from schools that are exposed to drought shocks perform worse on standardized math and Portuguese exams. Our results also suggest that the shock effect seem to be more detrimental for girls and those students with lower educated mothers. We also find suggestive evidence that drought tends to be more harmful to children that study in schools with no cistern or other water storage device. Therefore, investing in basic infrastructure is a low-cost policy strategy in rural areas that may considerably improve school performance. By investigating the potential transmission mechanisms linking weather shocks to school performance, we find that the impact of negative rainfall shocks on child health is an important mechanism driving our results. Exposure to a drought shock increase the hospitalization rate among children. In addition to that, one more drought shock per year is associated to a 4.24% increase in the likelihood of a child being employed. Both health and job-market related effects may be associated to lower school attendance and therefore contribute to poor student achievements. Together, the two essays contribute to a better understanding about the relationship between extreme weather-related events and important economic development issues.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorengUniversidade Federal de ViçosaSecas - Brasil, NordesteFamílias rurais - Condições econômicas - Brasil, NordesteMobilidade de mão-de-obra - Brasil, NordesteCrescimento e Desenvolvimento EconômicoDrought shocks and its economic impacts on Northeastern BrazilChoques de seca e seus impactos econômicos no Nordeste do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Economia RuralDoutor em Economia AplicadaViçosa - MG2018-07-05Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf1115625https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/21320/1/texto%20completo.pdfb293e2a15bcccf631d5853c618651828MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/21320/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3577https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/21320/3/texto%20completo.pdf.jpg84a9f6f40da18c485948401526702fd4MD53123456789/213202018-08-22 23:00:46.15oai:locus.ufv.br:123456789/21320Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452018-08-23T02:00:46LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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