Domicílios chefiados por mulheres e choques de renda: uma análise para as regiões metropolitanas brasileiras no período de 2011 a 2015
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/27510 |
Resumo: | A elevação do número de domicílios chefiados por mulheres é marcada pela maior emancipação feminina, advinda, principalmente, da maior presença das mulheres no mercado de trabalho, da redução do número de casamentos e da baixa fertilidade. Entretanto, elas ainda se encontram em desvantagens ao se tratar de rendimentos, apoio como chefes de domicílio e exposição a choques. Fatos que, somados à situação econômica desfavorável atual do país, levanta questões acerca da resposta dos domicílios chefiados por mulheres frente a choques macroeconômicos. Diante disso, o presente trabalho buscou responder às seguintes perguntas: Choques de renda, negativos e positivos, afetam a estrutura domiciliar, alterando as probabilidades das mulheres se tornarem chefes de domicílio nas regiões metropolitanas brasileiras? E, domicílios chefiados por mulheres que sofreram choques de renda (positivos e negativos), possuem chances diferentes de estarem mais vulneráveis à pobreza do que os domicílios chefiados por homens? Para tal, foram utilizados dados empilhados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de 2011 a 2015. A estratégia de identificação baseou-se na utilização da taxa de desemprego das regiões metropolitanas como choque de renda. Assim, considerou-se como choque positivo de renda a situação em que a taxa de desemprego de uma região se encontrasse um desvio padrão abaixo de sua média histórica e choque negativo de renda se ela estivesse um desvio acima de sua média histórica. Para avaliar alterações na renda que afetariam majoritariamente os homens e as mulheres, respectivamente, foram utilizados também choques na indústria e no setor de serviços. Com isso, duas equações foram estimadas através dos mínimos quadrados ordinários, a primeira buscou avaliar o efeito dos choques de renda sobre as chances das mulheres se tornarem chefes de domicílios e a segunda buscou avaliar o efeito da interação entre choques de renda e domicílios chefiados por mulheres sobre sua probabilidade de pobreza. Os resultados apontam que choques de renda negativos, geral e setoriais, assim como um choque positivo no setor de serviços, reduzem o poder de barganha feminino dentro do domicílio, diminuindo as chances da mulher se tornar chefe de domicílio nas regiões metropolitanas brasileiras e que os choques positivos geral e na indústria aumentam tal probabilidade. Além disso, os choques de renda ocorridos há três anos não são significativos para explicar as chances de pobreza dos domicílios chefiados por mulheres no Brasil metropolitano, com exceção para os domicílios chefiados por mulheres que sofreram choque negativo de renda no setor de serviços há três anos. Nesse caso, eles possuem menores chances de se encontrarem em condição de pobreza. Além do mais, domicílios chefiados por mulheres, por si só, sem considerar a ocorrência de choques, são significativamente mais prováveis de serem pobres do que domicílios chefiados por homens. |
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Batista, Andrezza Luizahttp://lattes.cnpq.br/9979920236886954Lelis, Lorena Vieira Costa2020-01-06T18:05:43Z2020-01-06T18:05:43Z2019-07-15BATISTA, Andrezza Luiza. Domicílios chefiados por mulheres e choques de renda: uma análise para as regiões metropolitanas brasileiras no período de 2011 a 2015. 2019. 64 f. Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2019.https://locus.ufv.br//handle/123456789/27510A elevação do número de domicílios chefiados por mulheres é marcada pela maior emancipação feminina, advinda, principalmente, da maior presença das mulheres no mercado de trabalho, da redução do número de casamentos e da baixa fertilidade. Entretanto, elas ainda se encontram em desvantagens ao se tratar de rendimentos, apoio como chefes de domicílio e exposição a choques. Fatos que, somados à situação econômica desfavorável atual do país, levanta questões acerca da resposta dos domicílios chefiados por mulheres frente a choques macroeconômicos. Diante disso, o presente trabalho buscou responder às seguintes perguntas: Choques de renda, negativos e positivos, afetam a estrutura domiciliar, alterando as probabilidades das mulheres se tornarem chefes de domicílio nas regiões metropolitanas brasileiras? E, domicílios chefiados por mulheres que sofreram choques de renda (positivos e negativos), possuem chances diferentes de estarem mais vulneráveis à pobreza do que os domicílios chefiados por homens? Para tal, foram utilizados dados empilhados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de 2011 a 2015. A estratégia de identificação baseou-se na utilização da taxa de desemprego das regiões metropolitanas como choque de renda. Assim, considerou-se como choque positivo de renda a situação em que a taxa de desemprego de uma região se encontrasse um desvio padrão abaixo de sua média histórica e choque negativo de renda se ela estivesse um desvio acima de sua média histórica. Para avaliar alterações na renda que afetariam majoritariamente os homens e as mulheres, respectivamente, foram utilizados também choques na indústria e no setor de serviços. Com isso, duas equações foram estimadas através dos mínimos quadrados ordinários, a primeira buscou avaliar o efeito dos choques de renda sobre as chances das mulheres se tornarem chefes de domicílios e a segunda buscou avaliar o efeito da interação entre choques de renda e domicílios chefiados por mulheres sobre sua probabilidade de pobreza. Os resultados apontam que choques de renda negativos, geral e setoriais, assim como um choque positivo no setor de serviços, reduzem o poder de barganha feminino dentro do domicílio, diminuindo as chances da mulher se tornar chefe de domicílio nas regiões metropolitanas brasileiras e que os choques positivos geral e na indústria aumentam tal probabilidade. Além disso, os choques de renda ocorridos há três anos não são significativos para explicar as chances de pobreza dos domicílios chefiados por mulheres no Brasil metropolitano, com exceção para os domicílios chefiados por mulheres que sofreram choque negativo de renda no setor de serviços há três anos. Nesse caso, eles possuem menores chances de se encontrarem em condição de pobreza. Além do mais, domicílios chefiados por mulheres, por si só, sem considerar a ocorrência de choques, são significativamente mais prováveis de serem pobres do que domicílios chefiados por homens.The increase in female headed household’s number is marked by female emancipation, mainly due to the greater presence of women in the labor market, the reduction of marriages and low fertility. However, they are still at disadvantage when it comes to income, support as household heads and exposure to shocks. Facts that, in addition to the current Brazilian economic situation, raises questions about the response of female headed households to macroeconomic shocks. Then, the present paper sought to answer the following questions: Do negative and positive income shocks affect the household structure, changing the chances of women becoming heads of households in the Brazilian metropolitan regions? And, female headed households who have experienced income shocks (positive and negative) have different chances of being more vulnerable to poverty than male headed households? For that, we used stacked data from the Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), from 2011 to 2015. The identification strategy was based on the use of the metropolitan region’s unemployment rate as an income shock. So, it was considered as a positive income shock if the unemployment rate of a region were a standard deviation below its historical average and as negative shock if it were a deviation above its historical average. To measure changes in income that would affect men and women, respectively, shocks were also used in the industry and in the service sector. Hence, two equations were estimated through ordinary least squares, the first sought to evaluate the effect of income shocks on women's chances of becoming household heads and the second one sought to evaluate the effect of the interaction between income shocks and female headed households on their probability of poverty. Their results indicate that negative shocks, general and sectoral, as well as positive shock in the service sector, reduce female bargaining power within the household, decreasing women's chances of becoming head of household in Brazilian metropolitan regions and that positive shocks, general and in industry, increase such a probability. In addition, income shocks occurred three years ago are not significant to explain the chances of poverty of households headed by women in metropolitan Brazil, except for households headed by women who suffered a negative income shock in the service sector three years ago. In this case, they are less likely to find themselves in poverty. In addition, female headed households alone, regardless of shocks, are significantly more likely to be poor than male headed households.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de ViçosaRenda - Distribuição - BrasilMulheres chefes de familia - Condições economicas - BrasilPobreza - BrasilEconomia do Bem-Estar SocialDomicílios chefiados por mulheres e choques de renda: uma análise para as regiões metropolitanas brasileiras no período de 2011 a 2015Female headed households and income shocks: an analysis for the Brazilian metropolitan area from 2011 to 2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Economia RuralMestre em Economia AplicadaViçosa - MG2019-07-15Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf686070https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27510/1/texto%20completo.pdf794e10bf307c93b3d0a43c2f7f155a3aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27510/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/275102020-01-27 13:52:10.994oai:locus.ufv.br:123456789/27510Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452020-01-27T16:52:10LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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