Colagem e soldagem de madeira termorretificada de Fraxinus excelsior
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/26442 |
Resumo: | Termorretificação consiste no aquecimento da madeira, a temperaturas entre 160 e 260oC, resultando na degradação parcial de seus constituintes químicos, e alterações na sua estrutura devido à ação do calor. Esta tecnologia visa melhorar algumas propriedades da madeira, tais como estabilidade dimensional e resistência à biodeterioração, obtendo-se um produto final com maior valor agregado. A colagem e/ou soldagem da madeira termorretificada, que são técnicas utilizadas para união de peças de madeira, podem aumentar suas possibilidades de aplicação, principalmente na construção civil. O objetivo deste trabalho foi avaliar as propriedades e a qualidade da linha de cola, utilizando adesivos estruturais, e da linha de solda, pela técnica de soldagem por fricção linear induzida mecanicamente, de madeira de Fraxinus excelsior, in natura e tratadas termicamente a 215 ̊ C, por um período de 35 horas. Foram determinados pH, capacidade tampão, densidade básica, umidade de equilíbrio higroscópico, retratibilidade, dimensões anatômicas dos vasos (diâmetro e frequência) e das fibras (comprimento, largura, diâmetro do lume e espessura da parede) e a composição química da madeira (quantitativa e por espectroscopia de infravermelho próximo) in natura e termorretificada. Para avaliação da colagem, madeira de Fraxinus excelsior, in natura e termorretificada, foi colada com adesivos à base de resorcinol-fenol-formaldeído (RFF) e melamina-uréia-formaldeído (MUF), determinando-se o seu teor de sólidos, pH, viscosidade, tempo de trabalho, além da medição do ângulo de contato dos adesivos com a superfície da madeira. Após a colagem, as juntas foram avaliadas quanto a sua resistência ao cisalhamento e porcentual de falha na madeira da linha de cola, em condição seca e úmida (imersão por 24h em água). A soldagem foi realizada entre duas peças de madeira de freixo, com dimensões de 10,0 × 5,0 × 2,0 cm (comprimento x largura x espessura) cada, por movimento linear friccional de uma superfície contra a outra no sentido longitudinal radial. Os parâmetros do processo avaliados foram o tempo de soldagem (3 a 6 s), a pressão exercida nas superfícies durante o processo de soldagem (13 a 16 MPa) e a pressão de resfriamento (8 e 10 MPa), e as juntas soldadas foram avaliadas quanto a sua resistência ao cisalhamento na linha de solda. A madeira termorretificada teve menor pH, umidade de equilíbrio higroscópico, retratibilidade e teores de holoceluloses e maior capacidade tampão, teor de extrativos e lignina (solúvel, insolúvel e total). Houve redução no ângulo de contato do adesivo RFF de 32% e um aumento de 2% para o adesivo MUF, na madeira termorretificada em relação à in natura. As lâminas de madeira in natura coladas com adesivo RFF apresentaram maior resistência ao cisalhamento, em condição seca, com valor médio igual a 123,17 kgf.cm -2 , sendo, aproximadamente 40 a 50% mais resistentes em relação aos demais tratamentos. A porcentagem de falha na madeira, na condição seca, foi igual a 100% para todos os tratamentos, indicando que houve bom desempenho na ligação madeira-adesivo. Observou-se redução da resistência ao cisalhamento na linha de solda após o tratamento térmico. Para a madeira in natura, 55% dos tratamentos testados tiveram resistência ao cisalhamento na linha de solda superior a 102 kgf.cm -2 , atendendo o limite mínimo especificado pela Norma EN 204 (2001), para adesivos não estruturais, e na madeira termorretificada o valor máximo de resistência ao cisalhamento na linha de solda obtido foi de 98,69 kgf.cm -2 . Comparando as duas técnicas utilizadas para junção de peças de madeira de freixo, in natura, a soldagem demonstrou-se como uma técnica promissora, visto que a sua resistência ao cisalhamento não diferiu significativamente da resistência da junta colada com o adesivo tradicional no mercado, o resorcinol-fenol-formaldeído. Avaliando os efeitos positivos da termorretificação nas propriedades da madeira (menor umidade de equilíbrio higroscópico e maior estabilidade dimensional) com os efeitos negativos (redução da resistência ao cisalhamento na linha de cola e solda), conclui-se que a madeira termorretificada pode ser indicada para produtos de ambientes externos, como pisos, cercas, revestimentos, estruturas de portas e janelas. |
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Carneiro, Angélica de Cássia OliveiraFreitas, Thaís Pereirahttp://lattes.cnpq.br/6281391072567023Carvalho, Ana Márcia Macedo Ladeira2019-08-02T18:37:32Z2019-08-02T18:37:32Z2019-02-22FREITAS, Thaís Pereira. Colagem e soldagem de madeira termorretificada de Fraxinus excelsior. 2019. 105 f. Tese (Doutorado em Ciência Florestal) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2019.https://locus.ufv.br//handle/123456789/26442Termorretificação consiste no aquecimento da madeira, a temperaturas entre 160 e 260oC, resultando na degradação parcial de seus constituintes químicos, e alterações na sua estrutura devido à ação do calor. Esta tecnologia visa melhorar algumas propriedades da madeira, tais como estabilidade dimensional e resistência à biodeterioração, obtendo-se um produto final com maior valor agregado. A colagem e/ou soldagem da madeira termorretificada, que são técnicas utilizadas para união de peças de madeira, podem aumentar suas possibilidades de aplicação, principalmente na construção civil. O objetivo deste trabalho foi avaliar as propriedades e a qualidade da linha de cola, utilizando adesivos estruturais, e da linha de solda, pela técnica de soldagem por fricção linear induzida mecanicamente, de madeira de Fraxinus excelsior, in natura e tratadas termicamente a 215 ̊ C, por um período de 35 horas. Foram determinados pH, capacidade tampão, densidade básica, umidade de equilíbrio higroscópico, retratibilidade, dimensões anatômicas dos vasos (diâmetro e frequência) e das fibras (comprimento, largura, diâmetro do lume e espessura da parede) e a composição química da madeira (quantitativa e por espectroscopia de infravermelho próximo) in natura e termorretificada. 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Avaliando os efeitos positivos da termorretificação nas propriedades da madeira (menor umidade de equilíbrio higroscópico e maior estabilidade dimensional) com os efeitos negativos (redução da resistência ao cisalhamento na linha de cola e solda), conclui-se que a madeira termorretificada pode ser indicada para produtos de ambientes externos, como pisos, cercas, revestimentos, estruturas de portas e janelas.The heat treatment consists on heating the wood, at temperatures between 160 and 260oC, resulting in partial degradation of its chemical constituents, and changes in its structure due to the heat action. This technology aims to improve some wood properties, such as dimensional stability and biodeterioration resistance, obtaining a final product with higher added value. The bonding and/or welding of heat-treated wood, which are techniques used to join pieces of wood, can increase their possibilities of application, especially in civil construction. The objective of this work was to evaluate the properties and quality of the glue line, using structural adhesives, and the weld line, by the technique of mechanically induced friction welding, of Fraxinus excelsior wood, in natura and heat-treated at 215 ̊ C, for a period of 35 hours. Were determined the pH, buffer capacity, basic density, hygroscopic equilibrium moisture, shrinkage, anatomical dimensions of vessels (diameter and frequency) and fibers (length, width, lumen diameter and wall thickness) and the chemical composition (quantitative and by near-infrared spectroscopy) of the wood in natura and heat-treated. For the bonding evaluation, Fraxinus excelsior wood joints, in natura and heat-treated, were bonded using adhesives based on resorcinol-phenol- formaldehyde and melamine-urea-formaldehyde, which were characterized for their solids content, pH, viscosity, pot life beyond measuring the adhesives contact angle with the wood surface. After bonding, the joints were evaluated for their shear strength and failure percentage in the wood, in dry and wet conditions (immersion for 24 hours in water). The welding was performed between two pieces of ash wood, with dimensions of 10.0 × 5.0 × 2.0 cm (length x width x thickness) each, by linear frictional movement of one surface against the other in the radial longitudinal direction. The process parameters evaluated were the welding time (3 to 6 s), the pressure exerted on the surfaces during the welding process (13 to 16 MPa) and the cooling pressure (8 and 10 MPa), and the welded joints were evaluated for their shear strength in the weld line. The heat-treated wood has lower pH, hygroscopic equilibrium moisture, shrinkage and holocellulose contents and higher buffer capacity, extractive and lignin (soluble, insoluble and total) content. There was a reduction in the contact angle of the RFF adhesive of 32% and a 2% increase for the MUF adhesive in heat-treated wood in relation to in natura. The bonded joints of the wood in natura with RFF adhesive presented the highest shear strength in dry condition, with a mean value of 123.17 kgf.cm -2 , which is approximately 40 to 50% higher than the other treatments. The wood failure percentage in the dry condition was equal 100% for all treatments, indicating that there was a good performance in the wood-adhesive bond. It was observed a reduction of the shear strength in the weld line after the heat treatment. For the in natura wood, 55% of the treatments tested had shear strength in the weld line higher than 102 kgf/cm2, attending the minimum limit specified by EN 204 (2001), for non-structural adhesives, and for heat-treated wood the maximum shear strength value obtained in the welded line was 98.69 kgf/cm2. Comparing the two techniques used for joining pieces of ash wood, in natura, the welding proved to be a promising technique, since its shear strength did not differ significantly from the strength of the joint bonded with the traditional adhesive on the market, the resorcinol-phenol-formaldehyde. Evaluating the positive effects of heat treatment on wood properties (lower hygroscopic equilibrium moisture and greater dimensional stability) with negative effects (reduction of shear strength in the glue line and weld), it can be concluded that heat-treated wood may be indicated for outdoor products, such as floors, fences, sheeting, door and window structures.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaMadeira - Tratamento térmicoMadeira - QualidadeJuntas adesivasJuntas soldadasEnergia de Biomassa FlorestalColagem e soldagem de madeira termorretificada de Fraxinus excelsiorBonding and welding of Fraxinus excelsior heat-treated woodinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Engenharia FlorestalDoutor em Ciência FlorestalViçosa - MG2019-02-22Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf2722151https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/26442/1/texto%20completo.pdf00056a1e576dfe1fc45c1c17a1e79b11MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/26442/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/264422019-08-02 15:38:00.591oai:locus.ufv.br:123456789/26442Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452019-08-02T18:38LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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Termorretificação consiste no aquecimento da madeira, a temperaturas entre 160 e 260oC, resultando na degradação parcial de seus constituintes químicos, e alterações na sua estrutura devido à ação do calor. Esta tecnologia visa melhorar algumas propriedades da madeira, tais como estabilidade dimensional e resistência à biodeterioração, obtendo-se um produto final com maior valor agregado. A colagem e/ou soldagem da madeira termorretificada, que são técnicas utilizadas para união de peças de madeira, podem aumentar suas possibilidades de aplicação, principalmente na construção civil. O objetivo deste trabalho foi avaliar as propriedades e a qualidade da linha de cola, utilizando adesivos estruturais, e da linha de solda, pela técnica de soldagem por fricção linear induzida mecanicamente, de madeira de Fraxinus excelsior, in natura e tratadas termicamente a 215 ̊ C, por um período de 35 horas. Foram determinados pH, capacidade tampão, densidade básica, umidade de equilíbrio higroscópico, retratibilidade, dimensões anatômicas dos vasos (diâmetro e frequência) e das fibras (comprimento, largura, diâmetro do lume e espessura da parede) e a composição química da madeira (quantitativa e por espectroscopia de infravermelho próximo) in natura e termorretificada. Para avaliação da colagem, madeira de Fraxinus excelsior, in natura e termorretificada, foi colada com adesivos à base de resorcinol-fenol-formaldeído (RFF) e melamina-uréia-formaldeído (MUF), determinando-se o seu teor de sólidos, pH, viscosidade, tempo de trabalho, além da medição do ângulo de contato dos adesivos com a superfície da madeira. Após a colagem, as juntas foram avaliadas quanto a sua resistência ao cisalhamento e porcentual de falha na madeira da linha de cola, em condição seca e úmida (imersão por 24h em água). A soldagem foi realizada entre duas peças de madeira de freixo, com dimensões de 10,0 × 5,0 × 2,0 cm (comprimento x largura x espessura) cada, por movimento linear friccional de uma superfície contra a outra no sentido longitudinal radial. Os parâmetros do processo avaliados foram o tempo de soldagem (3 a 6 s), a pressão exercida nas superfícies durante o processo de soldagem (13 a 16 MPa) e a pressão de resfriamento (8 e 10 MPa), e as juntas soldadas foram avaliadas quanto a sua resistência ao cisalhamento na linha de solda. A madeira termorretificada teve menor pH, umidade de equilíbrio higroscópico, retratibilidade e teores de holoceluloses e maior capacidade tampão, teor de extrativos e lignina (solúvel, insolúvel e total). Houve redução no ângulo de contato do adesivo RFF de 32% e um aumento de 2% para o adesivo MUF, na madeira termorretificada em relação à in natura. As lâminas de madeira in natura coladas com adesivo RFF apresentaram maior resistência ao cisalhamento, em condição seca, com valor médio igual a 123,17 kgf.cm -2 , sendo, aproximadamente 40 a 50% mais resistentes em relação aos demais tratamentos. A porcentagem de falha na madeira, na condição seca, foi igual a 100% para todos os tratamentos, indicando que houve bom desempenho na ligação madeira-adesivo. Observou-se redução da resistência ao cisalhamento na linha de solda após o tratamento térmico. Para a madeira in natura, 55% dos tratamentos testados tiveram resistência ao cisalhamento na linha de solda superior a 102 kgf.cm -2 , atendendo o limite mínimo especificado pela Norma EN 204 (2001), para adesivos não estruturais, e na madeira termorretificada o valor máximo de resistência ao cisalhamento na linha de solda obtido foi de 98,69 kgf.cm -2 . Comparando as duas técnicas utilizadas para junção de peças de madeira de freixo, in natura, a soldagem demonstrou-se como uma técnica promissora, visto que a sua resistência ao cisalhamento não diferiu significativamente da resistência da junta colada com o adesivo tradicional no mercado, o resorcinol-fenol-formaldeído. Avaliando os efeitos positivos da termorretificação nas propriedades da madeira (menor umidade de equilíbrio higroscópico e maior estabilidade dimensional) com os efeitos negativos (redução da resistência ao cisalhamento na linha de cola e solda), conclui-se que a madeira termorretificada pode ser indicada para produtos de ambientes externos, como pisos, cercas, revestimentos, estruturas de portas e janelas. |
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