Impasses conceituais envolvendo a categoria pluriatividade: as relações das atividades não-agrícolas com a agricultura
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/19515 |
Resumo: | A falta de convergência interpretativa em torno de uma categoria analítica ou conceito gera um campo de disputa acerca do seu poder explicativo. Este é o caso da categoria “pluriatividade”, sobre a qual ainda pairam divergências interpretativas derivadas da sua concepção, mesmo após quase três décadas de sua utilização. A literatura existente sobre a categoria pluriatividade no Brasil, se divide em termos de interpretação: uma corrente a percebe como sinônimo de agricultura de tempo parcial, compreendendo-a como um fenômeno de existência em tempos pregressos, se referindo, basicamente, à combinação de atividades agrícolas, para-agrícolas e/ou não-agrícolas. Outra corrente interpretativa concebe a categoria “pluriatividade” como um fenômeno novo, advindo de características contemporâneas, que não existiam em tempos pretéritos. Nesta corrente a categoria “pluriatividade” caracterizaria um fenômeno típico de regiões marcadas pela maior intersetorialidade da economia. Assim, o presente estudo buscou analisar a força explicativa de ambas as correntes teóricas, primeiramente, na literatura acadêmica, e de forma complementar em contextos empíricos. Aplicou-se, na pesquisa, setenta e um questionários em duas regiões com dinâmicas econômicas diferenciadas, a fim de analisar se a combinação de atividades agrícolas com não agrícolas apresentavam características diferenciadas nas mesmas. As conclusões da pesquisa apontaram para a concepção da pluriatividade como fenômeno associado ao combate da pobreza rural, mas, também, como um fenômeno associado à diversificação do mercado de trabalho para os moradores do meio rural. Em relação as regiões pesquisadas foram encontradas diferenças em relação a aplicabilidade da categoria pluriatividade, apontando que o agroturismo e turismo rural mostraram-se diferentes nas regiões pesquisadas, visto que um evidenciou um ciclo de retroalimentação das atividades não agrícolas na agricultura, enquanto na outra região a agricultura existiu de forma residual com o predomínio do turismo. E por fim, nos casos estudados faz sentido a tese de que a pluriatividade descreve um fenômeno distinto daquele referente a simples combinação de atividades agrícolas com não agrícolas. |
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Pinto, Neide Maria de AlmeidaSilva, Márcia Danielly Cavalcantihttp://lattes.cnpq.br/1932610354438564Fiúza, Ana Louise de Carvalho2018-05-11T18:53:29Z2018-05-11T18:53:29Z2017-07-04SILVA, Márcia Danielly Cavalcanti. Impasses conceituais envolvendo a categoria pluriatividade: as relações das atividades não-agrícolas com a agricultura. 2017. 118f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2017.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/19515A falta de convergência interpretativa em torno de uma categoria analítica ou conceito gera um campo de disputa acerca do seu poder explicativo. Este é o caso da categoria “pluriatividade”, sobre a qual ainda pairam divergências interpretativas derivadas da sua concepção, mesmo após quase três décadas de sua utilização. A literatura existente sobre a categoria pluriatividade no Brasil, se divide em termos de interpretação: uma corrente a percebe como sinônimo de agricultura de tempo parcial, compreendendo-a como um fenômeno de existência em tempos pregressos, se referindo, basicamente, à combinação de atividades agrícolas, para-agrícolas e/ou não-agrícolas. Outra corrente interpretativa concebe a categoria “pluriatividade” como um fenômeno novo, advindo de características contemporâneas, que não existiam em tempos pretéritos. Nesta corrente a categoria “pluriatividade” caracterizaria um fenômeno típico de regiões marcadas pela maior intersetorialidade da economia. Assim, o presente estudo buscou analisar a força explicativa de ambas as correntes teóricas, primeiramente, na literatura acadêmica, e de forma complementar em contextos empíricos. Aplicou-se, na pesquisa, setenta e um questionários em duas regiões com dinâmicas econômicas diferenciadas, a fim de analisar se a combinação de atividades agrícolas com não agrícolas apresentavam características diferenciadas nas mesmas. As conclusões da pesquisa apontaram para a concepção da pluriatividade como fenômeno associado ao combate da pobreza rural, mas, também, como um fenômeno associado à diversificação do mercado de trabalho para os moradores do meio rural. Em relação as regiões pesquisadas foram encontradas diferenças em relação a aplicabilidade da categoria pluriatividade, apontando que o agroturismo e turismo rural mostraram-se diferentes nas regiões pesquisadas, visto que um evidenciou um ciclo de retroalimentação das atividades não agrícolas na agricultura, enquanto na outra região a agricultura existiu de forma residual com o predomínio do turismo. E por fim, nos casos estudados faz sentido a tese de que a pluriatividade descreve um fenômeno distinto daquele referente a simples combinação de atividades agrícolas com não agrícolas.The lack of interpretive convergence around an analytical category or concept generates a field of dispute about its explanatory power. This is the case of the "pluriactivity" category, which still has interpretive divergences derived from its conception, even after almost three decades of its use. The literature on the category of pluriactivity in Brazil is divided in terms of interpretation: a current perceives it as a synonym of part-time agriculture, understanding it as a phenomenon of existence in previous times, basically referring to the combination of activities agricultural, para-agricultural and / or non- agricultural. Another interpretive current conceives of the category "pluriativity" as a new phenomenon, coming from contemporary characteristics that did not exist in the past. In this chain the category "pluriactivity" would characterize a typical phenomenon of regions marked by the greater intersectoriality of the economy. Thus, the present study sought to analyze the explanatory power of both theoretical currents, first, in the academic literature, and in a complementary way in empirical contexts. In the survey, seventy-one questionnaires were applied in two regions with different economic dynamics, in order to analyze whether the combination of agricultural and non- agricultural activities had different characteristics in them. The conclusions of the research pointed to the conception of pluriactivity as a phenomenon associated with the fight against rural poverty, but also as a phenomenon associated with the diversification of the labor market for rural dwellers. In relation to the regions surveyed, there were differences in relation to the applicability of the pluriactivity category, pointing out that agrotourism and rural tourism were different in the regions surveyed, since one showed a feedback loop of non-agricultural activities in agriculture, whereas in the other region agriculture existed in a residual form with the predominance of tourism. Finally, in the cases studied, the thesis that pluriactivity describes a phenomenon different from that referring to a simple combination of agricultural and non-agricultural activities makes sense.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de ViçosaAgricultura - Aspectos sociaisAgricultura em tempo parcialAgricultura familiarExtensão RuralImpasses conceituais envolvendo a categoria pluriatividade: as relações das atividades não-agrícolas com a agriculturaConceptual impasses involving the category pluriactivity: the relations of the non-agricultural activities with the agricultureinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Economia RuralMestre em Extensão RuralViçosa - MG2017-07-04Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf1589065https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/19515/1/texto%20completo.pdf8c9cd1ce7cb31f92ed59ffe7b630a051MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/19515/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3663https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/19515/3/texto%20completo.pdf.jpg93ea1a5a3a762a141a52aad7c53ba4b1MD53123456789/195152018-05-17 09:52:11.626oai:locus.ufv.br:123456789/19515Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452018-05-17T12:52:11LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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