Corrupção e comércio internacional de minerais extrativos na América do Sul
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8228 |
Resumo: | Estudos mostram a existência de uma relação entre a variável institucional (corrupção) e comércio, no entanto, não existe consenso sobre os seus efeitos. Há uma primeira corrente que sinaliza que a corrupção limita as possibilidades do comércio, influenciando negativamente o crescimento econômico. Já a segunda, ao contrário, aponta que, sob algumas condições e setores, a corrupção pode afetar positivamente o comércio, estimulando o crescimento econômico. O setor de minerais, em face de suas características (forte demanda para exploração, estruturas de mercado imperfeitas, relevância geopolítica), adicionado à legislação vigente que o regulamenta, é um dos que mais se encontra propenso à corrupção. Notadamente, na América do Sul, essa é uma situação que tende a prevalecer em razão da pouca transparência e fracos ambientes institucionais. Parte da literatura aponta que em economias com ambientes institucionais fracos, ao se aumentar a corrupção, essa pode influir positivamente nos níveis de exploração, produção e comércio de recursos naturais. Deste modo, buscou-se, neste trabalho, averiguar se o comércio internacional de minerais extrativos, setor de grande relevância na América do Sul, tem sido afetado pela variável corrupção. Assim, o objetivo foi analisar o efeito dos diferenciais de corrupção no comércio internacional de minerais extrativos na América do Sul, no período de 1996 a 2013. Especificamente, foram analisados os subsetores de combustíveis, de metais e de pedras. O referencial teórico que dá sustentação ao problema em análise constitui-se da teoria da Economia Institucional e Comércio internacional e do Modelo de Gravidade no Comércio. O modelo gravitacional permite analisar o comércio setorial incluindo, além das variáveis gravitacionais padrão (PIB ́s e distância), variáveis institucionais (corrupção) e, ou, as que representam barreiras ao comércio (tarifas). O modelo gravitacional foi estimado empiricamente para três subsetores: combustíveis, metais e pedras. Os três modelos foram estimados usando Pseudo Poisson Máxima Verossimilhança por Efeitos Fixos. A variável de interesse foi o Diferencial de controle de corrupção entre o país j e i, ∆ ; que simplesmente representa a diferença entre o indicador de Controle da Corrupção do país importador e o país exportador. Nos modelos estimados, verificam-se, de modo geral, os sinais esperados, isto é, o PIB do país importador e o PIB do país exportador, como proxies dos tamanhos do mercado, têm efeitos positivos nas exportações dos três subsetores analisados. Já a distância, como proxy dos custos de transporte, mostrou-se negativa e significativa, com forte poder de explicação nos três subsetores de análise. A variável de interação entre corrupção e tarifas (Tx ∆ C), cujo coeficiente nos três subsetores foi negativo, indicou que sob altas tarifas, a corrupção tende a aumentar. Os resultados sugerem que o diferencial de controle da corrupção mostrou um efeito diferenciado no comércio dos diferentes minerais extrativos na América do Sul, no período de 1996 a 2013. Nos subsetores de Combustíveis e Pedras, os coeficientes de ΔC foram significativos e positivos, mostrando que a cada 0,1 unidades de aumento no diferencial de Controle de Corrupção têm-se um aumento nas exportações de Combustíveis e Pedras, em média, 0,27% e 0,15%, respectivamente. O que aponta que práticas menos corruptas por parte do país importador comparado com o país exportador aumenta o fluxo comercial do subsetor de combustíveis e pedras. Quanto ao subsetor de metais, o coeficiente o efeito de ΔC foi positivo, mas não significativo. Em conclusão, constatou-se a hipótese de que o diferencial de corrupção tem efeitos positivos e significativos no comércio internacional de combustíveis e pedras na América do Sul, no período de 1996 a 2013, o mesmo não foi observado no comércio de metais. Dessa forma, os resultados deste trabalho contribuem para ampliar a discussão sobre os efeitos das variáveis institucionais (corrupção) no comércio, os quais apresentaram ambiguidade em níveis desagregados de produtos. Esses resultados podem auxiliar na construção e implementação de políticas econômicas eficientes e eficazes voltadas ao fortalecimento institucional e comercial. |
id |
UFV_0fe040070ef40851287547e2a4d57041 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:locus.ufv.br:123456789/8228 |
network_acronym_str |
UFV |
network_name_str |
LOCUS Repositório Institucional da UFV |
repository_id_str |
2145 |
spelling |
Salazar, Cristian Andres SanchezGomes, Marília Fernandes Maciel2016-07-14T13:03:48Z2016-07-14T13:03:48Z2016-02-24SANCHEZ SALAZAR, Cristian Andres. Corrupção e comércio internacional de minerais extrativos na América do Sul. 2016. 87 f. Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2016.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8228Estudos mostram a existência de uma relação entre a variável institucional (corrupção) e comércio, no entanto, não existe consenso sobre os seus efeitos. Há uma primeira corrente que sinaliza que a corrupção limita as possibilidades do comércio, influenciando negativamente o crescimento econômico. Já a segunda, ao contrário, aponta que, sob algumas condições e setores, a corrupção pode afetar positivamente o comércio, estimulando o crescimento econômico. O setor de minerais, em face de suas características (forte demanda para exploração, estruturas de mercado imperfeitas, relevância geopolítica), adicionado à legislação vigente que o regulamenta, é um dos que mais se encontra propenso à corrupção. Notadamente, na América do Sul, essa é uma situação que tende a prevalecer em razão da pouca transparência e fracos ambientes institucionais. Parte da literatura aponta que em economias com ambientes institucionais fracos, ao se aumentar a corrupção, essa pode influir positivamente nos níveis de exploração, produção e comércio de recursos naturais. Deste modo, buscou-se, neste trabalho, averiguar se o comércio internacional de minerais extrativos, setor de grande relevância na América do Sul, tem sido afetado pela variável corrupção. Assim, o objetivo foi analisar o efeito dos diferenciais de corrupção no comércio internacional de minerais extrativos na América do Sul, no período de 1996 a 2013. Especificamente, foram analisados os subsetores de combustíveis, de metais e de pedras. O referencial teórico que dá sustentação ao problema em análise constitui-se da teoria da Economia Institucional e Comércio internacional e do Modelo de Gravidade no Comércio. O modelo gravitacional permite analisar o comércio setorial incluindo, além das variáveis gravitacionais padrão (PIB ́s e distância), variáveis institucionais (corrupção) e, ou, as que representam barreiras ao comércio (tarifas). O modelo gravitacional foi estimado empiricamente para três subsetores: combustíveis, metais e pedras. Os três modelos foram estimados usando Pseudo Poisson Máxima Verossimilhança por Efeitos Fixos. A variável de interesse foi o Diferencial de controle de corrupção entre o país j e i, ∆ ; que simplesmente representa a diferença entre o indicador de Controle da Corrupção do país importador e o país exportador. Nos modelos estimados, verificam-se, de modo geral, os sinais esperados, isto é, o PIB do país importador e o PIB do país exportador, como proxies dos tamanhos do mercado, têm efeitos positivos nas exportações dos três subsetores analisados. Já a distância, como proxy dos custos de transporte, mostrou-se negativa e significativa, com forte poder de explicação nos três subsetores de análise. A variável de interação entre corrupção e tarifas (Tx ∆ C), cujo coeficiente nos três subsetores foi negativo, indicou que sob altas tarifas, a corrupção tende a aumentar. Os resultados sugerem que o diferencial de controle da corrupção mostrou um efeito diferenciado no comércio dos diferentes minerais extrativos na América do Sul, no período de 1996 a 2013. Nos subsetores de Combustíveis e Pedras, os coeficientes de ΔC foram significativos e positivos, mostrando que a cada 0,1 unidades de aumento no diferencial de Controle de Corrupção têm-se um aumento nas exportações de Combustíveis e Pedras, em média, 0,27% e 0,15%, respectivamente. O que aponta que práticas menos corruptas por parte do país importador comparado com o país exportador aumenta o fluxo comercial do subsetor de combustíveis e pedras. Quanto ao subsetor de metais, o coeficiente o efeito de ΔC foi positivo, mas não significativo. Em conclusão, constatou-se a hipótese de que o diferencial de corrupção tem efeitos positivos e significativos no comércio internacional de combustíveis e pedras na América do Sul, no período de 1996 a 2013, o mesmo não foi observado no comércio de metais. Dessa forma, os resultados deste trabalho contribuem para ampliar a discussão sobre os efeitos das variáveis institucionais (corrupção) no comércio, os quais apresentaram ambiguidade em níveis desagregados de produtos. Esses resultados podem auxiliar na construção e implementação de políticas econômicas eficientes e eficazes voltadas ao fortalecimento institucional e comercial.Studies show the existence of a relation between the institutional variable (corruption) and trade. However, there is no consensus about its effects. A first stream indicates that corruption limits the possibilities of trade influencing negatively economic growth. The second, in contrast, points out that, under some conditions and sectors, corruption can positively affect trade, stimulating economic growth. The minerals sector, due to its characteristics (strong demand for exploration, imperfect market structures, geopolitical relevance), added the current legislation that regulates it, is more prone to corruption. Notably in South America, this is a situation that tends to prevail, due to the low transparency and weak institutional environments. Part literature shows that in economies with weak institutional environments, by increasing corruption, this can positively influence the levels of exploration, production and trade in natural resources. Thus, we sought to, in this work; ascertain whether international trade in extractive minerals, very important sector in South America, has been affected by the variable corruption. The objective of this study was to analyze the effect of differential of corruption control, ∆ , in international extractive minerals trade in South America, from 1996 to 2013. Specifically, the sub-sectors of fuels, metals and stones were analyzed. The theoretical framework that supports the problem in question constitutes the theory of Institutional Economics and International Trade and the gravity model in trade. The gravity model allow to analyze the sectoral trade including, in addition to the standard variable gravitational (PIB's and distance), institutional variables (corruption) and, or, those that represent barriers to trade (tariffs). The gravity model was empirically estimated three sub-sectors: fuel, metals and stones. The three models were estimated using Poisson Pseudo Maximum Likelihood for Fixed Effects. The variable of interest was the differential of corruption control among the country j and i, ∆ ; it simply represents the difference between the control indicator of the importing country Corruption and the exporting country. In estimated models are verified, in general, the expected signals. That is, the GDP of the importing country and the GDP of the exporting country, as proxies of market size, have positive effects on exports from the three sub-sectors analyzed. Already the distance, as a proxy for transport costs, was negative and significant, with strong explanatory power in the three sub-sectors analysis. The variable interaction between corruption and tariffs (TxΔC), whose coefficient in the three sub-sectors was negative, indicated that at high tariffs, corruption tends to increase. The results suggest that differential of corruption control showed a different effect on trade of different extractive minerals in South America, in the 1996-2013 period. In the sub-sectors of fuels and Stones, the ΔC coefficients were significant and positive, showing that every 0.1 increase in units in the Corruption Control differential have an increase in exports of fuels and stones, on average, 0.27 % and 0.15%, respectively. What points less corrupt practices by the importing country compared to the exporting country increases the trade flow of the subsector of fuels and stones. As for the subsector of metal, the coefficient the ΔC effect was positive but not significant. In conclusion, there was the assumption that the differential of corruption has positive and significant effects on international trade in fuels and stones in South America, from 1996 to 2013, the same not being observed in the metal trade. The results of this research contribute to expand the discussion on the effects of institutional variables (corruption) in trade. These effects showed that ambiguity disaggregated product levels. These results can help in the construction and implementation of efficient and effective economic policies aimed at commercial and institutional strengthening.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaComércio exterior - América do SulEconomia internacionalCorrupçãoRecursos naturais - América do SulEconomia InternacionalCorrupção e comércio internacional de minerais extrativos na América do SulCorruption and international trade of mineral products in South Americainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de EconomiaMestre em Economia AplicadaViçosa - MG2016-02-24Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf2076525https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8228/1/texto%20completo.pdf3ccebadfcab47e16bb3b8d25b14c038bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8228/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3630https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8228/3/texto%20completo.pdf.jpgb218a1784076ddaa629d8fac2dbd5080MD53TEXTtexto completo.pdf.txttexto completo.pdf.txtExtracted texttext/plain207147https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8228/4/texto%20completo.pdf.txt8a9d286fa1bfc3772af2a340f4ccc88cMD54123456789/82282016-07-15 07:05:41.439oai:locus.ufv.br:123456789/8228Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452016-07-15T10:05:41LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
dc.title.pt-BR.fl_str_mv |
Corrupção e comércio internacional de minerais extrativos na América do Sul |
dc.title.en.fl_str_mv |
Corruption and international trade of mineral products in South America |
title |
Corrupção e comércio internacional de minerais extrativos na América do Sul |
spellingShingle |
Corrupção e comércio internacional de minerais extrativos na América do Sul Salazar, Cristian Andres Sanchez Comércio exterior - América do Sul Economia internacional Corrupção Recursos naturais - América do Sul Economia Internacional |
title_short |
Corrupção e comércio internacional de minerais extrativos na América do Sul |
title_full |
Corrupção e comércio internacional de minerais extrativos na América do Sul |
title_fullStr |
Corrupção e comércio internacional de minerais extrativos na América do Sul |
title_full_unstemmed |
Corrupção e comércio internacional de minerais extrativos na América do Sul |
title_sort |
Corrupção e comércio internacional de minerais extrativos na América do Sul |
author |
Salazar, Cristian Andres Sanchez |
author_facet |
Salazar, Cristian Andres Sanchez |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Salazar, Cristian Andres Sanchez |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Gomes, Marília Fernandes Maciel |
contributor_str_mv |
Gomes, Marília Fernandes Maciel |
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv |
Comércio exterior - América do Sul Economia internacional Corrupção Recursos naturais - América do Sul |
topic |
Comércio exterior - América do Sul Economia internacional Corrupção Recursos naturais - América do Sul Economia Internacional |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
Economia Internacional |
description |
Estudos mostram a existência de uma relação entre a variável institucional (corrupção) e comércio, no entanto, não existe consenso sobre os seus efeitos. Há uma primeira corrente que sinaliza que a corrupção limita as possibilidades do comércio, influenciando negativamente o crescimento econômico. Já a segunda, ao contrário, aponta que, sob algumas condições e setores, a corrupção pode afetar positivamente o comércio, estimulando o crescimento econômico. O setor de minerais, em face de suas características (forte demanda para exploração, estruturas de mercado imperfeitas, relevância geopolítica), adicionado à legislação vigente que o regulamenta, é um dos que mais se encontra propenso à corrupção. Notadamente, na América do Sul, essa é uma situação que tende a prevalecer em razão da pouca transparência e fracos ambientes institucionais. Parte da literatura aponta que em economias com ambientes institucionais fracos, ao se aumentar a corrupção, essa pode influir positivamente nos níveis de exploração, produção e comércio de recursos naturais. Deste modo, buscou-se, neste trabalho, averiguar se o comércio internacional de minerais extrativos, setor de grande relevância na América do Sul, tem sido afetado pela variável corrupção. Assim, o objetivo foi analisar o efeito dos diferenciais de corrupção no comércio internacional de minerais extrativos na América do Sul, no período de 1996 a 2013. Especificamente, foram analisados os subsetores de combustíveis, de metais e de pedras. O referencial teórico que dá sustentação ao problema em análise constitui-se da teoria da Economia Institucional e Comércio internacional e do Modelo de Gravidade no Comércio. O modelo gravitacional permite analisar o comércio setorial incluindo, além das variáveis gravitacionais padrão (PIB ́s e distância), variáveis institucionais (corrupção) e, ou, as que representam barreiras ao comércio (tarifas). O modelo gravitacional foi estimado empiricamente para três subsetores: combustíveis, metais e pedras. Os três modelos foram estimados usando Pseudo Poisson Máxima Verossimilhança por Efeitos Fixos. A variável de interesse foi o Diferencial de controle de corrupção entre o país j e i, ∆ ; que simplesmente representa a diferença entre o indicador de Controle da Corrupção do país importador e o país exportador. Nos modelos estimados, verificam-se, de modo geral, os sinais esperados, isto é, o PIB do país importador e o PIB do país exportador, como proxies dos tamanhos do mercado, têm efeitos positivos nas exportações dos três subsetores analisados. Já a distância, como proxy dos custos de transporte, mostrou-se negativa e significativa, com forte poder de explicação nos três subsetores de análise. A variável de interação entre corrupção e tarifas (Tx ∆ C), cujo coeficiente nos três subsetores foi negativo, indicou que sob altas tarifas, a corrupção tende a aumentar. Os resultados sugerem que o diferencial de controle da corrupção mostrou um efeito diferenciado no comércio dos diferentes minerais extrativos na América do Sul, no período de 1996 a 2013. Nos subsetores de Combustíveis e Pedras, os coeficientes de ΔC foram significativos e positivos, mostrando que a cada 0,1 unidades de aumento no diferencial de Controle de Corrupção têm-se um aumento nas exportações de Combustíveis e Pedras, em média, 0,27% e 0,15%, respectivamente. O que aponta que práticas menos corruptas por parte do país importador comparado com o país exportador aumenta o fluxo comercial do subsetor de combustíveis e pedras. Quanto ao subsetor de metais, o coeficiente o efeito de ΔC foi positivo, mas não significativo. Em conclusão, constatou-se a hipótese de que o diferencial de corrupção tem efeitos positivos e significativos no comércio internacional de combustíveis e pedras na América do Sul, no período de 1996 a 2013, o mesmo não foi observado no comércio de metais. Dessa forma, os resultados deste trabalho contribuem para ampliar a discussão sobre os efeitos das variáveis institucionais (corrupção) no comércio, os quais apresentaram ambiguidade em níveis desagregados de produtos. Esses resultados podem auxiliar na construção e implementação de políticas econômicas eficientes e eficazes voltadas ao fortalecimento institucional e comercial. |
publishDate |
2016 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-07-14T13:03:48Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2016-07-14T13:03:48Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-02-24 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SANCHEZ SALAZAR, Cristian Andres. Corrupção e comércio internacional de minerais extrativos na América do Sul. 2016. 87 f. Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2016. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8228 |
identifier_str_mv |
SANCHEZ SALAZAR, Cristian Andres. Corrupção e comércio internacional de minerais extrativos na América do Sul. 2016. 87 f. Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2016. |
url |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8228 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Viçosa |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Viçosa |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:LOCUS Repositório Institucional da UFV instname:Universidade Federal de Viçosa (UFV) instacron:UFV |
instname_str |
Universidade Federal de Viçosa (UFV) |
instacron_str |
UFV |
institution |
UFV |
reponame_str |
LOCUS Repositório Institucional da UFV |
collection |
LOCUS Repositório Institucional da UFV |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8228/1/texto%20completo.pdf https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8228/2/license.txt https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8228/3/texto%20completo.pdf.jpg https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8228/4/texto%20completo.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
3ccebadfcab47e16bb3b8d25b14c038b 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 b218a1784076ddaa629d8fac2dbd5080 8a9d286fa1bfc3772af2a340f4ccc88c |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV) |
repository.mail.fl_str_mv |
fabiojreis@ufv.br |
_version_ |
1801213008714661888 |