Biological control of broad mites in chili pepper and physic nut

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Autor(a) principal: Cruz, Fredy Alexander Rodríguez
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://locus.ufv.br/handle/123456789/931
Resumo: O ácaro-branco Polyphagotarsonemus latus (Banks, 1904) (Acari: Tarsonemidae) é uma praga chave de distribuição mundial que ataca várias espécies de plantas de alto valor econômico. No Brasil, este ácaro é considerado praga chave da cultura de pimenta malagueta e do pinhão manso, devido a sua frequente ocorrência em areas produtoras e aos danos causados. Na maioria das vezes seu controle é baseado na aplicação de produtos químicos, com todos os problemas derivados de seu uso abusivo. Uma alternativa ao controle químico é o uso do controle biológico. Os principais inimigos naturais dos ácaros fitófagos são ácaros da família Phytoseiidae. Vários inimigos naturais hão sido registrados em associação com o ácaro-branco no Brasil, os fitoseídeos (Amblyseius herbicolus, Neoseiulus barkeri, Euseius concordis, Iphiseiodes zuluagai and Typhlodromus transvaalensis) e uma espécie da família Blattisociidae (Lasioseius floridensis). Como um primeiro passo para a seleção de agentes de controle biológico para o ácaro-branco, foram avaliadas as taxas de predação e oviposição das espécies A. herbicolus, N. barkeri e L. floridensis em duas situações: uma mistura dos estádios do ácaro-branco e em todos os diferentes estádios da praga. Num segundo passo, foi avaliado em condições de casa de vegetação, a eficiência dos fitoseídeos, A. herbicolus e N. barkeri, no controle do ácaro branco em pimenta malagueta em diferentes relações predador: presa. Num segundo experimento, foi avaliado o controle em plantas de pimenta malagueta infestadas com o ácaro-branco, com e sem liberação de predadores e seu impacto na produção de frutos. Um terceiro passo, foi avaliado o controle do ácaro- branco em plantas de pinhão manso e pimenta malagueta infestadas artificialmente com a praga em condições de campo, com e sem liberação dos fitoseídeos e seu efeito na produção da pimenta malagueta. Nos experimentos de laboratório, os fitoseídeos predaram e ovipositaram quando se usou a mistura dos estádios do ácaro-branco e em cada um dos estádios. Amblyseius herbicolus apresentou uma maior taxa de predação e oviposição, nas duas situações avaliadas em comparação a N. barkeri. Entretanto, L. floridensis apresentou taxas de predação e oviposição baixas ou nulas nas duas situações avaliadas. Em casa de vegetação, A. herbicolus e N. barkeri controlaram as populações do ácaro-branco nas diferentes relações predador:presa; as plantas controle mostraram sintomas de um ataque severo sete dias após a infestação, incluindo a queda de folhas. No segundo experimento, os fitoseídeos mantiveram baixas as populações de ácaro-branco através do tempo. Assim mesmo, as plantas de pimenta malagueta com presença dos predadores apresentaram um maior número de frutos com maior peso do que as plantas controle. As plantas controle exibiram danos severos, incluindo queda de folhas. Em condições de campo, plantas de pinhão manso sem predadores exibiram altíssimas populações do ácaro-branco, sintomas severos, queda de folhas e altos valores na escala de notas de dano. Entretanto, plantas com predadores mostraram baixas populações da praga ao longo do tempo e não manifestaram sintomas severos. Em pimenta malagueta, as plantas sem predadores apresentaram maior número de ácaros-branco, curvamento e bronzeamento das folhas, porém a queda de folhas foi muito menor que registrada no experimento de casa de vegetação. Plantas de pimenta malagueta com presença de predadores exibiram baixo número de ácaros-branco e não apresentaram bronzeamento nem queda de folhas. Não houve diferença estatística no número e peso de frutos entre plantas de pimenta malagueta com e sem predadores, mas as plantas controle apresentaram frutos mais pequenos. Os predadores A. herbicolus e N. barkeri, foram efetivos no controle de populações do ácaro-branco nos diferentes passos avaliados neste estudo. As duas espécies predaram e ovipositaram ao se alimentar da praga. Em condições de casa de vegetação as plantas de pimenta malagueta foram beneficiadas pela presença dos predadores apresentando baixas populações da praga através do tempo, resultando na produção de frutos maiores e mais pesados. Em campo, os dois fitoseídeos tiveram a capacidade de manter em baixas densidades as populações do ácaro- branco no tempo, tanto em pinhão manso quanto em pimenta malagueta evitando o aparecimento de sintomas severos como os registrados nas plantas controle. Amblyseius herbicolus e N. barkeri podem ser considerados bons agentes de controle biológico do ácaro-branco. As duas espécies controlaram populações da praga em diferentes relações predador:presa, em condições de cultivo protegido e no campo. Os predadores conseguiram-se manter e aumentar em número no tempo, tanto em casa de vegetação quanto no campo, confirmando os resultados de laboratório. Adicionalmente, os predadores conseguiram aumentar seu número em baixas densidades de ácaro-branco, indicando que eles podem fazer uso de recursos alternativos como o pólen ou néctar das flores de pimenta malagueta. O potencial de controle destes fitoseídeos pode ser aproveitado em outras culturas susceptíveis ao ataque do ácaro-branco, como papaia, feijão, batata ou gérbera, tanto em casa de vegetação quanto em campo aberto.
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Tese (Doutorado em Ciência entomológica; Tecnologia entomológica) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2014.http://locus.ufv.br/handle/123456789/931O ácaro-branco Polyphagotarsonemus latus (Banks, 1904) (Acari: Tarsonemidae) é uma praga chave de distribuição mundial que ataca várias espécies de plantas de alto valor econômico. No Brasil, este ácaro é considerado praga chave da cultura de pimenta malagueta e do pinhão manso, devido a sua frequente ocorrência em areas produtoras e aos danos causados. Na maioria das vezes seu controle é baseado na aplicação de produtos químicos, com todos os problemas derivados de seu uso abusivo. Uma alternativa ao controle químico é o uso do controle biológico. Os principais inimigos naturais dos ácaros fitófagos são ácaros da família Phytoseiidae. 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Em campo, os dois fitoseídeos tiveram a capacidade de manter em baixas densidades as populações do ácaro- branco no tempo, tanto em pinhão manso quanto em pimenta malagueta evitando o aparecimento de sintomas severos como os registrados nas plantas controle. Amblyseius herbicolus e N. barkeri podem ser considerados bons agentes de controle biológico do ácaro-branco. As duas espécies controlaram populações da praga em diferentes relações predador:presa, em condições de cultivo protegido e no campo. Os predadores conseguiram-se manter e aumentar em número no tempo, tanto em casa de vegetação quanto no campo, confirmando os resultados de laboratório. Adicionalmente, os predadores conseguiram aumentar seu número em baixas densidades de ácaro-branco, indicando que eles podem fazer uso de recursos alternativos como o pólen ou néctar das flores de pimenta malagueta. O potencial de controle destes fitoseídeos pode ser aproveitado em outras culturas susceptíveis ao ataque do ácaro-branco, como papaia, feijão, batata ou gérbera, tanto em casa de vegetação quanto em campo aberto.The broad mite Polyphagotarsonemus latus (Banks 1904) is an important worldwide pest, with economic impact of several crops. In Brazil, this mite is considered a key pest of chili pepper and physic nut, due to their frequent occurrence in planting areas and damage caused to plant hosts. Its control is based on application of agrotoxics with several problems derived from misuse. An alternative to chemical control is biological control. The main natural enemies of phytophagous mites are predatory mites from the phytoseiidae family. Several natural enemies have been recorded in association with broad mites in Brazil, including the phytoseiids (Amblyseius herbicolus, Neoseiulus barkeri, Euseius concordis, Iphiseiodes zuluagai and Typhlodromus transvaalensis) and one blattisociid mite species (Lasioseius floridensis). As a first step to select biological control agents for broad mites, we evaluated the predation and oviposition rates of predatory mite of species A. herbicolus, N. barkeri and L. floridensis on a mixture of broad mite stages and on all different stages of the pest. As a second step, we evaluated under greenhouse conditions the phytoseiids A. herbicolus and N. barkeri on chili pepper with different predator:prey ratios. In a second experiment, we evaluated the control on chili pepper plants infested with broad mites, with and without predators and their impact on fruit production. In a third step, we assessed the control of broad mites on physic nut and chili pepper plants, artificially infested with the pest, under field conditions with and without phytoseiids and their effect on the chili pepper production. In laboratory experiments, the phytoseiids preyed and oviposited when offered a mix of broad mite stages or on each stage separately. Amblyseius herbicolus showed higher predation and oviposition rates on the mix of broad mite stages and on each stage separately compared with N. barkeri rates. Meanwhile, L. floridensis showed oviposition and predation rates low or zero on the mix of broad mite stages and on each stage separately. In the greenhouse, A. herbicolus and N. barkeri controlled broad mite population in the different predator:prey ratios; control plants showed symptoms of a severe attack seven days after infestation, including foliar abscission. In a second experiment, the phytoseiids maintained the broad mite populations at low density over time. Chili pepper plants with predators had a higher number of fruits with greater weight that control plants. Control plants showed higher values on scale notes of injury with severe damage, including foliar abscission. Under field conditions, physic nuts and chili peppers without predators showed a very high population of broad mites with higher values on scale notes of injury. These plants showed severe symptoms and foliar abscission. However, plants with predators showed a low population of pest through time with low values on scale notes of injury without presence of severe symptoms. In chili pepper, plants without predators had higher number of broad mite, curling and bronzing of leaves, but leaf fall was much lower than recorded in the greenhouse experiments. Chili pepper plants with predators showed low number of broad mites and showed no symptoms. There was no statistical difference in the number and weight of fruits from chili pepper plants with and without predators, but control plants had smaller fruits. The predators A. herbicolus and the Brazilian strain of N. barkeri showed effectivess in controlling broad mite populations on the different steps evaluated in this study. Both predators preyed and oviposited when feeding on the pest. Under greenhouse conditions, chili pepper plants were benefited by presence of predators, showing low populations of broad mites through time, resulting in the production of larger fruits with higher weight. In field, both phytoseiids had the ability to maintain broad mite populations on low density through time on physic nut and chili pepper plants, preventing the development of severe symptoms in the plants. Amblyseius herbicolus and N. barkeri can be considered good biological control agents of the broad mite. Both species controled pest populations with different predator:prey ratios in protected cultivation and in the field. Predators were able to maintained and increased on number through time when fed on broad mite, confirming the laboratory results. The potential of control of A. herbicolus and N. barkeri can be exploited in other crops susceptible to broad mite attack as bean, papaya, potato or gerbera, both on the greenhouse and open field conditions.application/pdfporUniversidade Federal de ViçosaDoutorado em EntomologiaUFVBRCiência entomológica; Tecnologia entomológicaÁcaro no controle biológico de pragasÁcaro de plantasPolyphagotarsonemus latus - Controle biológicoMite in the biological control of pestsPlant mitesPolyphagotarsonemus latus - Biological controlCNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA::FITOSSANIDADE::ENTOMOLOGIA AGRICOLABiological control of broad mites in chili pepper and physic nutControle biológico do ácaro-branco em pimenta malagueta e em pinhão mansoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdfapplication/pdf676402https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/931/1/texto%20completo.pdfa5b1799aa7d49fbc648126a5b6da326bMD51TEXTtexto completo.pdf.txttexto completo.pdf.txtExtracted texttext/plain135439https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/931/2/texto%20completo.pdf.txta896e667a7015b4c9532d9eba6958cd8MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3539https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/931/3/texto%20completo.pdf.jpg1bcbde401cf4b4b83111ace48384a91cMD53123456789/9312016-04-06 23:20:31.617oai:locus.ufv.br:123456789/931Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452016-04-07T02:20:31LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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Como um primeiro passo para a seleção de agentes de controle biológico para o ácaro-branco, foram avaliadas as taxas de predação e oviposição das espécies A. herbicolus, N. barkeri e L. floridensis em duas situações: uma mistura dos estádios do ácaro-branco e em todos os diferentes estádios da praga. Num segundo passo, foi avaliado em condições de casa de vegetação, a eficiência dos fitoseídeos, A. herbicolus e N. barkeri, no controle do ácaro branco em pimenta malagueta em diferentes relações predador: presa. Num segundo experimento, foi avaliado o controle em plantas de pimenta malagueta infestadas com o ácaro-branco, com e sem liberação de predadores e seu impacto na produção de frutos. Um terceiro passo, foi avaliado o controle do ácaro- branco em plantas de pinhão manso e pimenta malagueta infestadas artificialmente com a praga em condições de campo, com e sem liberação dos fitoseídeos e seu efeito na produção da pimenta malagueta. Nos experimentos de laboratório, os fitoseídeos predaram e ovipositaram quando se usou a mistura dos estádios do ácaro-branco e em cada um dos estádios. Amblyseius herbicolus apresentou uma maior taxa de predação e oviposição, nas duas situações avaliadas em comparação a N. barkeri. Entretanto, L. floridensis apresentou taxas de predação e oviposição baixas ou nulas nas duas situações avaliadas. Em casa de vegetação, A. herbicolus e N. barkeri controlaram as populações do ácaro-branco nas diferentes relações predador:presa; as plantas controle mostraram sintomas de um ataque severo sete dias após a infestação, incluindo a queda de folhas. No segundo experimento, os fitoseídeos mantiveram baixas as populações de ácaro-branco através do tempo. Assim mesmo, as plantas de pimenta malagueta com presença dos predadores apresentaram um maior número de frutos com maior peso do que as plantas controle. As plantas controle exibiram danos severos, incluindo queda de folhas. 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