Desverdecimento da tangerina 'Poncã'(Citrus reticulata Blanco) sob diferentes concentrações de etileno e temperaturas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Daniel Nogueira
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10260
Resumo: O desverdecimento é uma prática que tem sido amplamente utilizada em diversos países, visando homogeneizar e melhorar a cor dos frutos cítricos destinados ao consumo ao natural. Consiste na exposição dos frutos ao etileno em câmaras que permitem o controle das condições ambientais. O etileno desencadeia uma série de reações enzimáticas que estimulam a troca de pigmentos, com degradação da clorofila e revelação e síntese de carotenóides. O objetivo deste trabalho foi estudar o desverdecimento da tangerina 'Poncã' em diferentes temperaturas e doses de etileno. O experimento foi montado segundo o esquema de parcelas subdivididas, tendo na parcela um fatorial 3 x 4 (três temperaturas por quatro concentrações de etileno), sendo 15, 20 e 25 oC e 0, 5, 50 e 100 μL/L, respectivamente, e na subparcela os horários de avaliação às 48, 96 e 144 horas, no delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, sendo o horário inicial (0 hora) considerado como testemunha. Os frutos, com a cor da casca totalmente verde, foram colhidos em pomar comercial da região de Viçosa, MG, sendo, após a colheita, selecionados conforme a homogeneidade de cor e tamanho. Em seguida, foram colocados em baldes de polietileno de alta densidade fechados hermeticamente, fazendo-se, então, as aplicações de etileno por 96 horas; os baldes eram abertos para aeração de 12 em 12 horas. A coleta dos frutos, para análises dos pigmentos, da cor da casca, dos sólidos solúveis totais (SST), da acidez total titulável (ATT) e da perda de massa, foi realizada em intervalos de 48 horas. Calculou-se, também, a relação SST/ATT, sendo os dados submetidos às análises de variância e regressão e ao teste de Dunnett. As diferentes concentrações de etileno propiciaram queda mais acentuada de clorofilas a e b e, conseqüentemente, de clorofila total no intervalo entre 48 e 96 horas após o início dos tratamentos na temperatura de 25 oC. Já a quantidade de carotenóides apresentou apenas ligeiro decréscimo, não variando com a temperatura. A variação de cor seguiu a tendência observada nos pigmentos, de maneira que as maiores diferenças de cores foram verificadas à medida que aumentaram a temperatura e as concentrações de etileno. Nas concentrações de 50 e 100 μL/L, sob as temperaturas de 20 e 25 oC, houve o aparecimento de manchas na casca dos frutos. Já a perda de massa e os parâmetros de qualidade SST, ATT e relação SST/ATT não sofreram influência significativa das temperaturas de armazenamento ou das doses de etileno. Verificou-se que o desverdecimento constitui uma eficiente técnica para melhoria da qualidade visual da tangerina `Poncã ́. Nas condições do experimento, a concentração de 5 μL/L de etileno e a temperatura de 25 oC propiciaram os melhores resultados de desverdecimento.
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spelling Finger, Fernando LuizCecon, Paulo RobertoCorrêa, Paulo CésarMartins, Daniel Nogueirahttp://lattes.cnpq.br/8223700842650634Vieira, Gerival2017-05-08T17:51:59Z2017-05-08T17:51:59Z2003-03-10MARTINS, Daniel Nogueira. Desverdecimento da tangerina 'Poncã' (Citrus reticulata Blanco) sob diferentes concentrações de etileno e temperaturas. 2003. 57f. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2003.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10260O desverdecimento é uma prática que tem sido amplamente utilizada em diversos países, visando homogeneizar e melhorar a cor dos frutos cítricos destinados ao consumo ao natural. Consiste na exposição dos frutos ao etileno em câmaras que permitem o controle das condições ambientais. O etileno desencadeia uma série de reações enzimáticas que estimulam a troca de pigmentos, com degradação da clorofila e revelação e síntese de carotenóides. O objetivo deste trabalho foi estudar o desverdecimento da tangerina 'Poncã' em diferentes temperaturas e doses de etileno. O experimento foi montado segundo o esquema de parcelas subdivididas, tendo na parcela um fatorial 3 x 4 (três temperaturas por quatro concentrações de etileno), sendo 15, 20 e 25 oC e 0, 5, 50 e 100 μL/L, respectivamente, e na subparcela os horários de avaliação às 48, 96 e 144 horas, no delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, sendo o horário inicial (0 hora) considerado como testemunha. Os frutos, com a cor da casca totalmente verde, foram colhidos em pomar comercial da região de Viçosa, MG, sendo, após a colheita, selecionados conforme a homogeneidade de cor e tamanho. Em seguida, foram colocados em baldes de polietileno de alta densidade fechados hermeticamente, fazendo-se, então, as aplicações de etileno por 96 horas; os baldes eram abertos para aeração de 12 em 12 horas. A coleta dos frutos, para análises dos pigmentos, da cor da casca, dos sólidos solúveis totais (SST), da acidez total titulável (ATT) e da perda de massa, foi realizada em intervalos de 48 horas. Calculou-se, também, a relação SST/ATT, sendo os dados submetidos às análises de variância e regressão e ao teste de Dunnett. As diferentes concentrações de etileno propiciaram queda mais acentuada de clorofilas a e b e, conseqüentemente, de clorofila total no intervalo entre 48 e 96 horas após o início dos tratamentos na temperatura de 25 oC. Já a quantidade de carotenóides apresentou apenas ligeiro decréscimo, não variando com a temperatura. A variação de cor seguiu a tendência observada nos pigmentos, de maneira que as maiores diferenças de cores foram verificadas à medida que aumentaram a temperatura e as concentrações de etileno. Nas concentrações de 50 e 100 μL/L, sob as temperaturas de 20 e 25 oC, houve o aparecimento de manchas na casca dos frutos. Já a perda de massa e os parâmetros de qualidade SST, ATT e relação SST/ATT não sofreram influência significativa das temperaturas de armazenamento ou das doses de etileno. Verificou-se que o desverdecimento constitui uma eficiente técnica para melhoria da qualidade visual da tangerina `Poncã ́. Nas condições do experimento, a concentração de 5 μL/L de etileno e a temperatura de 25 oC propiciaram os melhores resultados de desverdecimento.Degreening is an important commercial practice used in several countries to improve and homogenize the skin color on citrus fruits if they are consumed as fresh product. The practice consists in expose the fruits to ethylene in chambers which allow the control of the environmental conditions. The ethylene triggers a series of enzymatic reactions related to changes in pigments composition, as degradation of chlorophyll and synthesis of carotenoids. The goal of this work was to evaluate the degreening processes in tangerine ponkan submitted to different temperatures and doses of ethylene. The experiment was arranged as factorial with subdivided parcels; in the parcel a factorial 3 x 4 was set (3 temperatures by 4 concentrations of ethylene), 15, 20 and 25 oC by 0,5, 50 and 100 μL/L, respectively; and the sub-parcel times of evaluation were 48, 96 and 144 hours set up in random design with four replicas, where time zero (0 hour) was considered the control. The fruits were harvested with complete green skin in a commercial orchard in Viçosa-MG, followed by selection for color and size. After, the fruits were placed in polyethylene buckets and closed, followed by addition of ethylene for 96 hours. The buckets were opened for aeration at every 12 hours and fruits were removed for pigment, skin color, total soluble solids (TSS), total titratable acidity (TTA) and loss weight analysis at every 48 hours. The ratio TSS/TTA was estimated from the original analysis. The data were submitted to variance analysis, regression analysis and means separated by the Dunnet test. The different concentrations of ethylene induced sharp decrease in chlorophyll a and b contents, and consequently to total chlorophyll content in the intervals of 48 and 96 hours after the beginning of the treatments at 25 oC. However, for the content of carotenoids only a slight decrease was observed regardless the temperature of storage. The changes in color followed the trend observed for the pigments, in which the largest differences in color were observed as ethylene and temperature were increased. For the concentrations of 50 and 100 μL/L at 20 and 25 oC treatments spots appeared in the skin. Weight loss and the quality attributes as TSS, TAA and ratio TSS/TTA were not affected by the temperature or ethylene dosages. Based on data, the degreening was an efficient technique to improve the visual appearance of the tangerine ponkan. Under this experiment conditions, the concentration of 5 μL/L ethylene and temperature of 25 oC showed the best results.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de ViçosaTangerina - Maturação - Efeito do etilenoTangerina - Maturação - Efeito da temperaturaTangerina - QualidadeCiências AgráriasDesverdecimento da tangerina 'Poncã'(Citrus reticulata Blanco) sob diferentes concentrações de etileno e temperaturasDegreening of tangerine ponkan (Citrus reticulatam Blanco) submitted to different concentrations of ethylene and temperatureinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de FitotecniaMestre em FitotecniaViçosa - MG2003-03-10Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf708722https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10260/1/texto%20completo.pdf3874ee96b42b730accbe96b58c7de49eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10260/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3614https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10260/3/texto%20completo.pdf.jpgaa6599c307b76e3eac6366750ebeafb2MD53123456789/102602017-05-08 23:00:29.342oai:locus.ufv.br:123456789/10260Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452017-05-09T02:00:29LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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