Determinantes da distribuição e morfologia de aranhas de solo de florestas tropicais
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11856 |
Resumo: | As condições e recursos de um habitat são os fatores que frequentemente demonstram efeitos na distribuição e atuam como pressão de seleção sobre as espécies. Esses fatores são mais estudados em pequena escala geográfica e limitados a determinadas espécies ou ambientes. Determinar os fatores que predizem a riqueza e abundância das espécies em larga escala geográfica e para várias espécies, é um dos grandes desafios da ecologia. Este conhecimento se faz cada vez mais urgente frente às ameaças à conservação da biodiversidade em refúgios da biodiversidade, como as florestas tropicais, que estão sofrendo cada vez mais com a ação antrópica. Neste estudo investigamos quais fatores, em escala geográfica, predizem a riqueza e abundância de aranhas de solo. Além disso, testamos se o hábitat atua como pressão seletiva, favorecendo morfologias mais achatadas de aranhas que se locomovem no interior, comparadas às que se locomovem sobre a serapilheira. Nossa hipótese é que as condições são mais importantes para explicar a riqueza e abundância desses indivíduos do que os recursos, por serem precursores dos fatores bióticos. Entre as variáveis de condições, antecipamos que a altura da serapilheira seria a característica de hábitat mais importante para explicar a riqueza e abundância de aranhas de solo. Encontramos que apenas uma condição, a profundidade da serapilheira, explicou a riqueza e abundância de aranhas, o que corroborou as duas hipóteses propostas. Além da distribuição dessas aranhas, investigamos também se a serapilheira além de atuar como determinante na distribuição de aranhas de solo, ela exerce pressão na morfologia desses organismos. Nossas hipóteses para isso é que aranhas da família Oonopidae, que vivem dentro da serapilheira, possuem maior achatamento dorsoventral do que aranhas da família Ctenidae e zoodariidae que vivem sobre a serapilheira. Também que o achatamento dorsoventral dos indivíduos das famílias Oonopidae pode ser influenciado de acordo com o nível de compactação da serapilheira. Encontramos que os indivíduos das famílias Oonopidae possuem maior achatamento dorsoventral do que indivíduos da família Ctenidae e Zodariidae. Entretanto, esse achatamento dorsoventral dos indivíduos de Oonopidae não é influenciado pelos diferentes níveis de compactação da serapilheira. Concluímos que a serapilheira é uma condição que propicia não só recursos importantes para as aranhas de solo, como disponibilidade de alimento, mas também outras condições como seus microclimas. Por isso, a serapilheira tem importância na distribuição das aranhas de solo em macroescala geográfica. E talvez por isso exerce pressão de seleção na morfologia das famílias que vivem dentro da serapilheira, selecionando tamanhos mais achatados que permitem melhor manobrabilidade dos organismos entre os diferentes níveis de compactação dos seus micro-habitats. |
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Kloss, Thiago GechelRoxinol, José Augusto Martinshttp://lattes.cnpq.br/4030026721245000Sperber, Carlos Frankl2017-10-03T12:08:06Z2017-10-03T12:08:06Z2016-07-22ROXINOL, José Augusto Martins. Determinantes da distribuição e morfologia de aranhas de solo de florestas tropicais. 2016. 53 f. Dissertação (Mestrado em Entomologia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2016.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11856As condições e recursos de um habitat são os fatores que frequentemente demonstram efeitos na distribuição e atuam como pressão de seleção sobre as espécies. Esses fatores são mais estudados em pequena escala geográfica e limitados a determinadas espécies ou ambientes. Determinar os fatores que predizem a riqueza e abundância das espécies em larga escala geográfica e para várias espécies, é um dos grandes desafios da ecologia. Este conhecimento se faz cada vez mais urgente frente às ameaças à conservação da biodiversidade em refúgios da biodiversidade, como as florestas tropicais, que estão sofrendo cada vez mais com a ação antrópica. Neste estudo investigamos quais fatores, em escala geográfica, predizem a riqueza e abundância de aranhas de solo. Além disso, testamos se o hábitat atua como pressão seletiva, favorecendo morfologias mais achatadas de aranhas que se locomovem no interior, comparadas às que se locomovem sobre a serapilheira. Nossa hipótese é que as condições são mais importantes para explicar a riqueza e abundância desses indivíduos do que os recursos, por serem precursores dos fatores bióticos. Entre as variáveis de condições, antecipamos que a altura da serapilheira seria a característica de hábitat mais importante para explicar a riqueza e abundância de aranhas de solo. Encontramos que apenas uma condição, a profundidade da serapilheira, explicou a riqueza e abundância de aranhas, o que corroborou as duas hipóteses propostas. Além da distribuição dessas aranhas, investigamos também se a serapilheira além de atuar como determinante na distribuição de aranhas de solo, ela exerce pressão na morfologia desses organismos. Nossas hipóteses para isso é que aranhas da família Oonopidae, que vivem dentro da serapilheira, possuem maior achatamento dorsoventral do que aranhas da família Ctenidae e zoodariidae que vivem sobre a serapilheira. Também que o achatamento dorsoventral dos indivíduos das famílias Oonopidae pode ser influenciado de acordo com o nível de compactação da serapilheira. Encontramos que os indivíduos das famílias Oonopidae possuem maior achatamento dorsoventral do que indivíduos da família Ctenidae e Zodariidae. Entretanto, esse achatamento dorsoventral dos indivíduos de Oonopidae não é influenciado pelos diferentes níveis de compactação da serapilheira. Concluímos que a serapilheira é uma condição que propicia não só recursos importantes para as aranhas de solo, como disponibilidade de alimento, mas também outras condições como seus microclimas. Por isso, a serapilheira tem importância na distribuição das aranhas de solo em macroescala geográfica. E talvez por isso exerce pressão de seleção na morfologia das famílias que vivem dentro da serapilheira, selecionando tamanhos mais achatados que permitem melhor manobrabilidade dos organismos entre os diferentes níveis de compactação dos seus micro-habitats.The conditions and habitat resources are factors that often show effects on the distribution and act as selection pressure on the species. These factors are most studied in small geographical scales and limited cases of species and environments. Determine the factors that predict the richness and abundance of species on a large geographic scale and multi-species, it is one of the great challenges of ecology. These knowledge is increasingly urgent threats front of biodiversity conservation in havens of biodiversity, such as tropical forests, which are suffering increasingly with anthropic action. We investigated what factors in large scale, can predict the richness and abundance of soil spiders in 16 forest environments in Brazil. In addition, we tested the litter acts as a selective pressure by selecting different morphologies of these spiders. Our hypothesis is that the conditions are more important to explain the richness and abundance of these individuals than the resources, because they are precursors of biotic factors. And that between the conditions, the height of the litter better explain the richness and abundance of soil spiders. We found only one condition, the depth of litter, he explained the richness and abundance of spiders, which corroborated the two hypotheses proposed. In addition to the distribution of these spiders, also investigated the litter as well as acting as a determinant in the distribution of soil spiders, it exerts pressure on the morphology of these organisms. Our hypothesis for this is that the spider’s Oonopidae family living within the litter, have a higher dorsoventral flattening than Ctenidae and Zodariidae families of spiders living on the litter. In addition, the dorsoventral flattening of individuals of Oonopidae family can be influenced according to the compression level of litter. We found that individuals of Oonopidae family have higher dorsoventral flattening of individuals of Ctenidaeand Zodariidae families. However, this dorsoventral flattening of individuals of Oonopidae and Zodariidae is not influenced by the different levels of compression of litter. We conclude that litter is a condition that not only provides important resources for soil spiders as food availability, but also other conditions as their microclimates. Therefore, the litter is important in the distribution of soil spiders macro geographic scale. Maybe because it, the litter exerts selection pressure on the morphology of families living within the litter, selecting flatter sizes that enable better handling of organisms between the different levels of compression of their microhabitats.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaAranhaMorfologia (Animais)BiodiversidadeSerapilheiraFlorestas tropicaisCiências AgráriasAgronomiaFitossanidadeEntomologia AgrícolaDeterminantes da distribuição e morfologia de aranhas de solo de florestas tropicaisDeterminants of distribution and morphology of tropical forest soil spidersinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de EntomologiaMestre em EntomologiaViçosa - MG2016-07-22Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf594831https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/11856/1/texto%20completo.pdf558545a6bf0f408e1fcbd7f043a87ddcMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/11856/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3609https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/11856/3/texto%20completo.pdf.jpg7c73d3db034f721dd77bc1921ed7f0b9MD53123456789/118562017-10-03 23:00:23.051oai:locus.ufv.br:123456789/11856Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452017-10-04T02:00:23LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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