Espécies arbóreas potenciais para a revegetação de rejeito salino contaminado com arsênio
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/28637 http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/22760 |
Resumo: | O beneficiamento dos minérios de ouro explotados em Paracatu - MG gera rejeitos com características químicas e físicas limitantes ao crescimento de plantas, principalmente pelo elevado teor de arsênio (As) e salinidade. Para a revegetação desse material, é necessário identificar espécies capazes de se desenvolver sob essas condições. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de quatro espécies arbóreas para a revegetação de rejeito salino contaminado com As. O substrato de plantio consistiu em rejeitos provenientes do beneficiamento do minério B1. As espécies Tibouchina granulosa (quaresmeira), Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke (paricá), Euterpe edulis Mart. (juçara) e Cassia grandis (cássia-rósea) foram plantadas por meio de mudas e, após quatro meses de cultivo, foram avaliados atributos dos substratos e das plantas. Diversas plantas apresentaram sintomas causados, possivelmente, pela toxicidade de As. Esses sintomas foram mais evidentes e intensos nas plantas de quaresmeira e juçara. No entanto, somente as plantas de quaresmeira morreram, provavelmente devido à elevada taxa de translocação de As (51%) e à inexistência de mecanismos de tolerância da espécie. O potencial de uso das espécies para a revegetação do rejeito segue a ordem paricá > cássia-rósea. Paricá é a que apresenta o maior potencial para a implantação inicial de vegetação, demonstrando maior capacidade de adaptação às características do rejeito. As espécies juçara e quaresmeira não são recomendadas para a revegetação do rejeito. Possivelmente o arsênio e/ou a salinidade comprometem o desenvolvimento das plantas, sendo letais para a quaresmeira. |
id |
UFV_25a26e72014d75c8a21cf622562fdbc4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:locus.ufv.br:123456789/22760 |
network_acronym_str |
UFV |
network_name_str |
LOCUS Repositório Institucional da UFV |
repository_id_str |
2145 |
spelling |
Guimarães, Lorena Abdalla de Oliveira PrataAssis, Igor Rodrigues deDias, Luiz EduardoCordeiro, Amanda LonghiFreire, Aline Soares2018-12-12T10:46:34Z2018-12-12T10:46:34Z2017-071980-5098https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/28637http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/22760O beneficiamento dos minérios de ouro explotados em Paracatu - MG gera rejeitos com características químicas e físicas limitantes ao crescimento de plantas, principalmente pelo elevado teor de arsênio (As) e salinidade. Para a revegetação desse material, é necessário identificar espécies capazes de se desenvolver sob essas condições. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de quatro espécies arbóreas para a revegetação de rejeito salino contaminado com As. O substrato de plantio consistiu em rejeitos provenientes do beneficiamento do minério B1. As espécies Tibouchina granulosa (quaresmeira), Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke (paricá), Euterpe edulis Mart. (juçara) e Cassia grandis (cássia-rósea) foram plantadas por meio de mudas e, após quatro meses de cultivo, foram avaliados atributos dos substratos e das plantas. Diversas plantas apresentaram sintomas causados, possivelmente, pela toxicidade de As. Esses sintomas foram mais evidentes e intensos nas plantas de quaresmeira e juçara. No entanto, somente as plantas de quaresmeira morreram, provavelmente devido à elevada taxa de translocação de As (51%) e à inexistência de mecanismos de tolerância da espécie. O potencial de uso das espécies para a revegetação do rejeito segue a ordem paricá > cássia-rósea. Paricá é a que apresenta o maior potencial para a implantação inicial de vegetação, demonstrando maior capacidade de adaptação às características do rejeito. As espécies juçara e quaresmeira não são recomendadas para a revegetação do rejeito. Possivelmente o arsênio e/ou a salinidade comprometem o desenvolvimento das plantas, sendo letais para a quaresmeira.The processing of gold ores exploited in Paracatu, MG, generates tailings with chemical and physical characteristics adverse to plants growth, mainly by high concentration of arsenic (As) and salinity. The revegetation of this material requeres identify species capable of grow under these conditions. This study aimed to evaluate the potential of four tree species for revegetation of saline tailing contaminated with As. The planting substrate consisted of tailings from processing of ore called B1. The species Tibouchina granulosa (quaresmeira), Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke (paricá), Euterpe edulis Mart. (juçara)and Cassia grandis (cássia-rósea) were planted by seedlings and, after four months, the atributes of the substrate and plants were evaluated. Several plants showed symptoms possibly caused by As-toxicity. These symptoms were more evident and intense in quaresmeira and juçara. However, only the plants of quaresmeira died, probably due to the high rate of As-translocation (51 %) and absence of tolerance mechanisms of the specie. The potential use of species for revegetation of tailings follows the order paricá > cássia-rósea. Paricá is the one with the greatest potential for initial deployment of vegetation, demonstrating the greater ability to adapt to tailing characteristics. The juçara and quaresmeira species are not recommended for the revegetation of tailings. Probably arsenic and/or salinity affect the development of plants, being lethal to quaresmeira.porCiência Florestalv. 27, n. 3, p. 871– 881, jul.- set. 2017Substratos sulfetadosRecuperação ambientalEspécies nativasSulfide substratesLand reclamationNative speciesEspécies arbóreas potenciais para a revegetação de rejeito salino contaminado com arsênioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALartigo.pdfartigo.pdfartigoapplication/pdf398616https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/22760/1/artigo.pdf6e9b2efe17165adba561686e007bc81bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/22760/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/227602018-12-12 07:59:15.992oai:locus.ufv.br:123456789/22760Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452018-12-12T10:59:15LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
dc.title.pt-BR.fl_str_mv |
Espécies arbóreas potenciais para a revegetação de rejeito salino contaminado com arsênio |
title |
Espécies arbóreas potenciais para a revegetação de rejeito salino contaminado com arsênio |
spellingShingle |
Espécies arbóreas potenciais para a revegetação de rejeito salino contaminado com arsênio Guimarães, Lorena Abdalla de Oliveira Prata Substratos sulfetados Recuperação ambiental Espécies nativas Sulfide substrates Land reclamation Native species |
title_short |
Espécies arbóreas potenciais para a revegetação de rejeito salino contaminado com arsênio |
title_full |
Espécies arbóreas potenciais para a revegetação de rejeito salino contaminado com arsênio |
title_fullStr |
Espécies arbóreas potenciais para a revegetação de rejeito salino contaminado com arsênio |
title_full_unstemmed |
Espécies arbóreas potenciais para a revegetação de rejeito salino contaminado com arsênio |
title_sort |
Espécies arbóreas potenciais para a revegetação de rejeito salino contaminado com arsênio |
author |
Guimarães, Lorena Abdalla de Oliveira Prata |
author_facet |
Guimarães, Lorena Abdalla de Oliveira Prata Assis, Igor Rodrigues de Dias, Luiz Eduardo Cordeiro, Amanda Longhi Freire, Aline Soares |
author_role |
author |
author2 |
Assis, Igor Rodrigues de Dias, Luiz Eduardo Cordeiro, Amanda Longhi Freire, Aline Soares |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Guimarães, Lorena Abdalla de Oliveira Prata Assis, Igor Rodrigues de Dias, Luiz Eduardo Cordeiro, Amanda Longhi Freire, Aline Soares |
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv |
Substratos sulfetados Recuperação ambiental Espécies nativas Sulfide substrates Land reclamation Native species |
topic |
Substratos sulfetados Recuperação ambiental Espécies nativas Sulfide substrates Land reclamation Native species |
description |
O beneficiamento dos minérios de ouro explotados em Paracatu - MG gera rejeitos com características químicas e físicas limitantes ao crescimento de plantas, principalmente pelo elevado teor de arsênio (As) e salinidade. Para a revegetação desse material, é necessário identificar espécies capazes de se desenvolver sob essas condições. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de quatro espécies arbóreas para a revegetação de rejeito salino contaminado com As. O substrato de plantio consistiu em rejeitos provenientes do beneficiamento do minério B1. As espécies Tibouchina granulosa (quaresmeira), Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke (paricá), Euterpe edulis Mart. (juçara) e Cassia grandis (cássia-rósea) foram plantadas por meio de mudas e, após quatro meses de cultivo, foram avaliados atributos dos substratos e das plantas. Diversas plantas apresentaram sintomas causados, possivelmente, pela toxicidade de As. Esses sintomas foram mais evidentes e intensos nas plantas de quaresmeira e juçara. No entanto, somente as plantas de quaresmeira morreram, provavelmente devido à elevada taxa de translocação de As (51%) e à inexistência de mecanismos de tolerância da espécie. O potencial de uso das espécies para a revegetação do rejeito segue a ordem paricá > cássia-rósea. Paricá é a que apresenta o maior potencial para a implantação inicial de vegetação, demonstrando maior capacidade de adaptação às características do rejeito. As espécies juçara e quaresmeira não são recomendadas para a revegetação do rejeito. Possivelmente o arsênio e/ou a salinidade comprometem o desenvolvimento das plantas, sendo letais para a quaresmeira. |
publishDate |
2017 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017-07 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-12-12T10:46:34Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2018-12-12T10:46:34Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/28637 http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/22760 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
1980-5098 |
identifier_str_mv |
1980-5098 |
url |
https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/28637 http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/22760 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartofseries.pt-BR.fl_str_mv |
v. 27, n. 3, p. 871– 881, jul.- set. 2017 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Ciência Florestal |
publisher.none.fl_str_mv |
Ciência Florestal |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:LOCUS Repositório Institucional da UFV instname:Universidade Federal de Viçosa (UFV) instacron:UFV |
instname_str |
Universidade Federal de Viçosa (UFV) |
instacron_str |
UFV |
institution |
UFV |
reponame_str |
LOCUS Repositório Institucional da UFV |
collection |
LOCUS Repositório Institucional da UFV |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/22760/1/artigo.pdf https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/22760/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
6e9b2efe17165adba561686e007bc81b 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV) |
repository.mail.fl_str_mv |
fabiojreis@ufv.br |
_version_ |
1801213035725979648 |