Quantificação de biomarcadores e caracterização do uso de defensivos agrícolas por agricultores familiares do Alto Paranaíba-MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Lucélia Cristina
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10825
Resumo: Os defensivos agrícolas são largamente utilizados para proteger as culturas do ataque de pragas, doenças e plantas invasoras, minimizando as perdas de rendimento. Ao mesmo tempo, há evidências diretas e indiretas de perigos envolvidos no uso destes insumos químicos para os seres humanos e o meio ambiente. O objetivo deste trabalho foi identificar, descrever e analisar o uso defensivos agrícolas, com ênfase na agricultura familiar, por produtores do Alto Paranaíba, MG, como um fator de risco para a saúde, e avaliar essa exposição por meio da quantificação dos biomarcadores enzimáticos AChE, FA, TGO e TGP. As informações foram coletadas através de entrevista semiestruturada, as quais foram gravadas com auxílio de gravador de voz e transcritas. Foram mensuradas a atividade das enzimas AChE, TGO, TGP e FA divididas em dois grupos: exposto, composto por agricultores familiares que trabalhavam ativamente nas atividades agrícolas; e controle composto por pessoas que não tinham exposição direta prévia a defensivos agrícolas. Os dados referentes às condições socioeconômicas foram analisados por meio da estatística descritiva. O conteúdo das entrevistas foi analisado por meio da técnica de Bardin (2006). As concentrações dos biomarcadores foram analisados pelo teste F a 5% de probabilidade. Do total de participantes, 86,7% eram agricultores cujas atividades agrícolas eram realizadas predominantemente pela mão-de-obra familiar que executavam todas as etapas da produção, dentre elas a pulverização com defensivos. A estratégia para o controle de pragas adotado informado por 100% dos entrevistados foi exclusivamente a aplicação de defensivos agrícolas, pois estes agricultores tem a concepção de que são indispensáveis para o controle de pragas. Os defensivos possuem diferentes denominações segundo os entrevistados, os quais incluem: remédio, veneno, produto e agrotóxico. Todos os agricultores relataram não ter local próprio, como preconiza a legislação, para a guarda tanto dos defensivos, quanto das embalagens vazias, mas garantiam que eram armazenados em locais isolados do contato de crianças e animais e separado de outros equipamentos. A logística reversa das embalagens vazias era deficiente, sendo ressaltadas as dificuldades de entrega das mesmas. A maioria dos produtores (66,7%) só aplicam defensivos mediante a receita agronômica, enquanto 33,3% aplicam considerando o próprio conhecimento. O uso dos Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) foi confirmado pelos participantes, porém era comum ser limitado a apenas algumas peças. Os itens menos usados foram os óculos (33,3%) e as luvas (53,3%) e os mais usados foram a roupa (73,3%) e a máscara (66,7%). Segundo os relatos, os agricultores consideram os defensivos perigosos para a saúde. O sintoma de intoxicação aguda mais comum entre os agricultores foi a cefaleia, porém não tinham a conduta de procurarem os serviços de atendimento médico mediante mal-estar durante ou após as pulverizações. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos exposto e controle em qualquer parâmetro bioquímico. Os resultados da AChE encontrados com níveis próximos ao mínimo dos valores de referência, pertenciam aos produtores que não usavam os EPI. Os agricultores foram expostos aos defensivos com proteção insuficiente e inadequada, necessitando portando, de treinamentos e orientações para melhor proteção.
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spelling Abranches, Monise VianaReis, Marcelo Rodrigues dosAlves, Lucélia Cristinahttp://lattes.cnpq.br/3827166974296112Mendes, Fabrícia Queiroz2017-06-22T18:50:10Z2017-06-22T18:50:10Z2017-03-03ALVES, Lucélia Cristina. Quantificação de biomarcadores e caracterização do uso de defensivos agrícolas por agricultores familiares do Alto Paranaíba-MG. 2017. 42 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia - Produção Vegetal) - Universidade Federal de Viçosa, Rio Paranaíba. 2017.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10825Os defensivos agrícolas são largamente utilizados para proteger as culturas do ataque de pragas, doenças e plantas invasoras, minimizando as perdas de rendimento. Ao mesmo tempo, há evidências diretas e indiretas de perigos envolvidos no uso destes insumos químicos para os seres humanos e o meio ambiente. O objetivo deste trabalho foi identificar, descrever e analisar o uso defensivos agrícolas, com ênfase na agricultura familiar, por produtores do Alto Paranaíba, MG, como um fator de risco para a saúde, e avaliar essa exposição por meio da quantificação dos biomarcadores enzimáticos AChE, FA, TGO e TGP. As informações foram coletadas através de entrevista semiestruturada, as quais foram gravadas com auxílio de gravador de voz e transcritas. Foram mensuradas a atividade das enzimas AChE, TGO, TGP e FA divididas em dois grupos: exposto, composto por agricultores familiares que trabalhavam ativamente nas atividades agrícolas; e controle composto por pessoas que não tinham exposição direta prévia a defensivos agrícolas. Os dados referentes às condições socioeconômicas foram analisados por meio da estatística descritiva. O conteúdo das entrevistas foi analisado por meio da técnica de Bardin (2006). As concentrações dos biomarcadores foram analisados pelo teste F a 5% de probabilidade. Do total de participantes, 86,7% eram agricultores cujas atividades agrícolas eram realizadas predominantemente pela mão-de-obra familiar que executavam todas as etapas da produção, dentre elas a pulverização com defensivos. A estratégia para o controle de pragas adotado informado por 100% dos entrevistados foi exclusivamente a aplicação de defensivos agrícolas, pois estes agricultores tem a concepção de que são indispensáveis para o controle de pragas. Os defensivos possuem diferentes denominações segundo os entrevistados, os quais incluem: remédio, veneno, produto e agrotóxico. Todos os agricultores relataram não ter local próprio, como preconiza a legislação, para a guarda tanto dos defensivos, quanto das embalagens vazias, mas garantiam que eram armazenados em locais isolados do contato de crianças e animais e separado de outros equipamentos. A logística reversa das embalagens vazias era deficiente, sendo ressaltadas as dificuldades de entrega das mesmas. A maioria dos produtores (66,7%) só aplicam defensivos mediante a receita agronômica, enquanto 33,3% aplicam considerando o próprio conhecimento. O uso dos Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) foi confirmado pelos participantes, porém era comum ser limitado a apenas algumas peças. Os itens menos usados foram os óculos (33,3%) e as luvas (53,3%) e os mais usados foram a roupa (73,3%) e a máscara (66,7%). Segundo os relatos, os agricultores consideram os defensivos perigosos para a saúde. O sintoma de intoxicação aguda mais comum entre os agricultores foi a cefaleia, porém não tinham a conduta de procurarem os serviços de atendimento médico mediante mal-estar durante ou após as pulverizações. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos exposto e controle em qualquer parâmetro bioquímico. Os resultados da AChE encontrados com níveis próximos ao mínimo dos valores de referência, pertenciam aos produtores que não usavam os EPI. Os agricultores foram expostos aos defensivos com proteção insuficiente e inadequada, necessitando portando, de treinamentos e orientações para melhor proteção.The pesticides are widely used to protect crops from pests, diseases and invasive plants, minimizing the loss of income. At the same time there are direct and indirect evidence of the dangers involved in the use of chemical inputs to human beings and the environment. The aim of this study was to identify, describe and analyze the use of pesticides, with emphasis on family agriculture, by producers of the High Paranaíba, MG, as a risk fator for health and to assessing this exposure through the quantification of biomarkers enzyme AChE, FA, TGO e TGP. This information was collected through semi-structured interview, which was recorded with the aid of voice recorder and transcribed. Enzyme activities were measured AChE, TGO, TGP and FA divided into two groups: exposed, composed of family farmers who worked actively in agricultural activities and control composed of people who did not have previous direct exposure to agricultural pesticides. The data relating to socioeconomic conditions were analyzed through descriptive statistic. The content of the interviews was analyzed by means of the technique of Bardin (2006). The concentration of biomarkers was examined by F to 5% probability. Of the total participants, 86.7% were farmers whose agricultural activities were carried out mainly by family labour that performed all stages of production, including spraying with pesticides. The pest control strategy adopted by 100% of respondents was exclusively the application of agrochemicals, as these farmers have the conception that they are indispensable for pest control. The pesticides have different names according to the respondents, which include: medicine, poison, product and pesticide. All farmers have reported not having its own local advocates, legislation for both guard, how much of the empty containers, but ensured that the pesticides were stored in isolated places of contact of children and animals and separated from other equipment. The reverse logistics of empty containers was handicapped, and highlighted the difficulties of delivery. The majority of producers (66.7%) only apply pesticides by agricultural revenue, while 33.3% apply whereas the own knowledge. The use of Individual Protection Equipment (EPI) was confirmed the participants, but it was common to be limited to only a few pieces. The less used items were the glasses (33.3%) and gloves (53.3%) and the most used were the clothes (73.3%) and mask (66.7%). According to reports, farmers consider pesticides dangerous to health. The most common symptom of acute poisoning among farmers was the headache, however didn’t have the conduct of seeking medical care services through malaise during or after the spraying. There were no significant differences between exposed and control groups in any biochemical parameter. Find results found with levels near the minimum of the values of reference, belonged to producers who didn’t wear EPI. Farmers were exposed to pesticides with insufficient and inadequate protection, requiring porting, training and guidelines for better protection.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaAgricultoresDefensivos agrícolasEquipamento de proteção individualFitossanidadeQuantificação de biomarcadores e caracterização do uso de defensivos agrícolas por agricultores familiares do Alto Paranaíba-MGQuantification of biomarkers and characterization of the use of pesticides by farmers the Alto Paranaíba-MGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de AgronomiaMestre em AgronomiaRio Paranaíba - MG2017-03-03Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf401196https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10825/1/texto%20completo.pdff9c2323c390f58ce9ff2ba26be912817MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10825/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3519https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10825/3/texto%20completo.pdf.jpg276b09306c5a97a1dc5c269ac86b6e6cMD53123456789/108252017-06-22 23:00:18.19oai:locus.ufv.br:123456789/10825Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452017-06-23T02:00:18LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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