Resposta dos preços agrícolas e industriais a choques monetários e cambiais na economia brasileira: 1990 a 2000
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8938 |
Resumo: | As economias de mercado são muito influenciadas por variáveis macroeconômicas, como nível de emprego, taxa de inflação, taxa de câmbio e déficit público. As políticas macroeconômicas têm papel fundamental no desempenho das cadeias produtivas do setor agrícola, e as políticas econômicas de origem monetária por exemplo, utilizando-se de instrumentos clássicos como o open market, a taxa de redesconto e a taxa do compulsório bancário, afetam o setor primário da economia. Quando tais políticas são expansivas, o que se observa é redução nas taxas de juros, e isso pode levar a um aumento na disponibilidade de crédito para a agricultura, provocando, assim, aumento nos níveis de estoques e, em conseqüência, nos níveis de preços das commodities; no caso inverso, piora o termo de troca agrícola. Quanto às políticas cambiais, a apreciação da taxa de câmbio implica perda de competitividade das commodities agrícolas; a depreciação, por sua vez, implica ganho de competitividade. Neste trabalho, utilizaram-se como abordagem teórica os modelos monetários de overshooting para evidenciar os choques monetários e cambiais não antecipados sobre os preços agrícolas e industriais no curto prazo. Na análise empírica, utilizou-se o modelo de auto-regressão vetorial (VAR), bem como testes econométricos, para detectar quebra estrutural nas séries econômicas brasileiras. Os preços agrícolas foram mais afetados, no curto prazo, por políticas monetárias e cambiais na década de 90 quando comparados com os preços industriais. Os preços agrícolas levam, em média, 13 meses para se ajustarem aos choques transitórios sobre o nível de equilíbrio de longo prazo, enquanto preços industriais são fixos no curto prazo. Os choques não esperados na taxa de câmbio tendem a afetar mais os preços agrícolas e industriais do que a oferta monetária no curto prazo. Os preços agrícolas levam, em média, 11 meses para se ajustarem a choques não esperados na taxa de câmbio, enquanto os preços industriais se ajustam, na média, em sete meses. Tal resultado condiz com a conjuntura econômica brasileira da década de 90, ou seja, o processo de abertura comercial, a implementação do Mercosul e o processo de globalização da economia no mercado de capitais. Evidenciou-se que políticas monetárias expansionistas favorecem a agricultura no curto prazo e a política cambial flutuante (depreciação) beneficia, relativamente, a agricultura vis-à-vis a indústria no curto prazo. |
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Teixeira, Erly CardosoSantos, Maurinho Luiz dosCunha, Cleyzer Adrian dahttp://lattes.cnpq.br/8809108474226649Vieira, Wilson da Cruz2016-10-25T13:22:05Z2016-10-25T13:22:05Z2002-07-23CUNHA, Cleyzer Adrian da. Resposta dos preços agrícolas e industriais a choques monetários e cambiais na economia brasileira: 1990 a 2000. 2002. 84 f. Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2002.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8938As economias de mercado são muito influenciadas por variáveis macroeconômicas, como nível de emprego, taxa de inflação, taxa de câmbio e déficit público. As políticas macroeconômicas têm papel fundamental no desempenho das cadeias produtivas do setor agrícola, e as políticas econômicas de origem monetária por exemplo, utilizando-se de instrumentos clássicos como o open market, a taxa de redesconto e a taxa do compulsório bancário, afetam o setor primário da economia. Quando tais políticas são expansivas, o que se observa é redução nas taxas de juros, e isso pode levar a um aumento na disponibilidade de crédito para a agricultura, provocando, assim, aumento nos níveis de estoques e, em conseqüência, nos níveis de preços das commodities; no caso inverso, piora o termo de troca agrícola. Quanto às políticas cambiais, a apreciação da taxa de câmbio implica perda de competitividade das commodities agrícolas; a depreciação, por sua vez, implica ganho de competitividade. Neste trabalho, utilizaram-se como abordagem teórica os modelos monetários de overshooting para evidenciar os choques monetários e cambiais não antecipados sobre os preços agrícolas e industriais no curto prazo. Na análise empírica, utilizou-se o modelo de auto-regressão vetorial (VAR), bem como testes econométricos, para detectar quebra estrutural nas séries econômicas brasileiras. Os preços agrícolas foram mais afetados, no curto prazo, por políticas monetárias e cambiais na década de 90 quando comparados com os preços industriais. Os preços agrícolas levam, em média, 13 meses para se ajustarem aos choques transitórios sobre o nível de equilíbrio de longo prazo, enquanto preços industriais são fixos no curto prazo. Os choques não esperados na taxa de câmbio tendem a afetar mais os preços agrícolas e industriais do que a oferta monetária no curto prazo. Os preços agrícolas levam, em média, 11 meses para se ajustarem a choques não esperados na taxa de câmbio, enquanto os preços industriais se ajustam, na média, em sete meses. Tal resultado condiz com a conjuntura econômica brasileira da década de 90, ou seja, o processo de abertura comercial, a implementação do Mercosul e o processo de globalização da economia no mercado de capitais. Evidenciou-se que políticas monetárias expansionistas favorecem a agricultura no curto prazo e a política cambial flutuante (depreciação) beneficia, relativamente, a agricultura vis-à-vis a indústria no curto prazo.The market economies are largely influenced by macroeconomic variables, such as the employment level, inflation rate, exchange rate and public deficit. The macroeconomic policies have a fundamental role in the performance of the productive chains in agricultural sector. The economic policies from monetary origin, for example, by using the classic instruments such as the open market, the rediscount rate and the compulsory bank rate rather affect the primary sector of the economy. When such policies are expansible, the reduction in interest rates is observed, which may to lead to an increase in the availability of the credit for agriculture, so provoking an increase in the stock levels, therefore also in the levels of the commodity prices; on the inverse case, the term of the agricultural trade is worsened. Concerning to the exchange policies, the appreciation of the exchange rate implies a loss in competitiveness of the agricultural commodities; by its time, the depreciation implies some gain in competitiveness. In this study, the monetary overshooting models were used as theoretical approach in order to evidence either the monetary and exchange unexpected shocks upon the agricultural and industrial prices in the short run. In the empiric analysis, the vectorial auto-regression model was used (VAR), as well as the econometric tests to detect any structural break in the Brazilian economic series. The agricultural prices were more affected in the short run by monetary and exchange policies adopted in the 90-ies, when compared to the industrial prices. On the average, it takes about 13 months for the agricultural prices to be adjusted to the transitory shocks upon the balance level in the long run, whereas the industrial prices are fixed in the short run. The unexpected shocks in the exchange rate tend to mostly affect the agricultural and industrial prices than the monetary offer in the short run. The agricultural prices take about 11 months to adjust to the unexpected shocks in the exchange rate, while the industrial prices are adjusted within seven months, on the average. Such a result is according to the Brazilian economic conjuncture in the 90-ies, that is, commercial opening process, the Mercosul implementation, and the economy globalization process in the capital market. It was found that the expansionist monetary policies rather favor the agriculture in the short run, while the flotation exchange policies (depreciation) relatively benefits the agriculture vis-à-vis with the industry in the short run.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaDéficit públicoCréditoPolíticas cambiaisCiências Sociais AplicadasResposta dos preços agrícolas e industriais a choques monetários e cambiais na economia brasileira: 1990 a 2000Response of the agricultural and industrial prices to the monetary and exchange shocks in Brazilian economy: 1990 to 2000info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de EconomiaMestre em Economia AplicadaViçosa - MG2002-07-23Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf1673619https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8938/1/texto%20completo.pdf0fc8715ca5be0b39bfc842fb2d920fecMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8938/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3484https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8938/3/texto%20completo.pdf.jpg497fdb7f1651b88b70e14046523bbd4cMD53123456789/89382016-10-25 22:00:24.085oai:locus.ufv.br:123456789/8938Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452016-10-26T01:00:24LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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