Avaliação de linhagens de milho pipoca para a tolerância à seca em fase de germinação das sementes e crescimento inicial de plântulas

• Autor(a) principal: Ribeiro, Matheus Pereira
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
• Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28994; https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2021.126
• topic: Milho pipoca - Genética; Stress (Fisiologia); Tolerância - Índices; Interação genótipo-ambiente; Diversidade genética; Análise de componentes principais; Melhoramento Vegetal

A deficiência hídrica em uma planta pode ser observada quando a demanda por água é superior ao fornecimento. Em regiões tropicais, é comum a ocorrência de estresses abióticos, sendo a deficiência hídrica um dos mais importantes. Plantas que possuem maior capacidade de tolerar a seca tendem a se desenvolver melhor em ambientes onde a seca é uma condição limitante ao desenvolvimento. Assim, objetivou-se com este trabalho estudar a diversidade genética entre acessos de milho-pipoca, identificar genótipos para tolerância à seca e identificar as características que mais contribuíram para conferir tolerância à seca. Desse modo, foram avaliadas 28 linhagens provenientes das populações Viçosa e Beija-Flor pertencentes ao Programa Milho-Pipoca/UFV, testadas com uma testemunha tolerante (MG580PW) e uma suscetível (FS481PW) à seca, pertencentes à empresa LongPing High Tech. O experimento foi conduzido no Laboratório de Sementes do DAA/UFV, em DIC, no esquema fatorial 30x2, sendo o primeiro fator correspondente aos genótipos e o segundo correspondente aos ambientes: 0 e -0.3 MPa. A seca foi induzida em laboratório através de solução contendo PEG 6000. O comprimento de parte aérea (CPA) e comprimento da raiz principal (CRP) foram mensurados no software ImageJ; o comprimento total da raiz (CTR), comprimento total da raiz fina (CTRF) e volume total de raiz (VTR) foram mensurados no software WinRHIZO Pro 2013; a germinação (GER) foi obtida por contagem de plântulas normais seguindo a RAS; a massa fresca da parte aérea (MFPA) foi mensurada em balança analítica, e a relação raiz/parte aérea (RPA) foi mensurada utilizando a matéria seca da raiz e da parte aérea. A partir da análise dos dados foram construídos índices de tolerância à seca e de performance na seca e no controle, a partir do qual os genótipos foram classificados em tolerantes, suscetíveis e intermediários à seca com o auxílio do intervalo de confiança. As análises de GGE Biplot foram utilizadas para agrupar os genótipos nos ambientes estudados e para identificar o genótipo ideal para ambos os ambientes. As Análises de Componentes Principais (PCA) foram utilizadas para identificar as características que mais contribuiram para selecionar linhagens tolerântes à seca. A análise de diversidade foi utilizada para agrupar os genótipos. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e foi detectada variabilidade genética, distinção entre os ambientes e interação significativa entre genótipos e ambientes. De acordo com a posição dos genótipos no intervalo de confiança, 15-1334, 20-2009, 20-2012, 20-2024, 20-2031, 20-2039, 20-2044, e 20- 2048 foram classificadas como tolerantes à seca por ficaram posicionadas acima do limite superior. Do mesmo modo, 20-2005, 20-2006, 20-2011, 20-2014 e 20-2015 foram classificadas como suscetíveis à seca por ficaram posicionadas abaixo do limite inferior. Seguindo as análises de GGE Biplot, 20-2009 foi selecionada como o genótipo ideal para o desenvolvimento no controle e seca. Por fim, pela PCA pôde-se concluir que a seleção de linhagens de milho-pipoca para tolerância à seca em fase de germinação da semente e crescimento inicial da plântula pode ser baseada no CPA, CTR, MFPA e RPA em condição de deficiência hídrica induzida por PEG 6000. Palavras-chave: Estresse abiótico. Índice de tolerância. PEG 6000. Diversidade genética. GGE Biplot. PCA.