Validade empírica das redes de polissemia para o significado preposicional
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Data de Publicação: | 2017 |
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Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.17851/2237-2083.26.1.11-44 http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/17882 |
Resumo: | O presente artigo avalia a validade empírica de uma rede de polissemia proposta para a preposição em do português do Brasil, comparando as perspectivas do linguista e de usuários leigos da língua sobre categorização. A rede baseou-se no modelo cognitivo de Rede Esquemática, de R. Langacker (1987, 2008), com relações de esquema/ instância e de extensão semântica, e envolveu 48 frases da internet, que representavam 24 padrões de uso de em definidos pelo linguista. Participaram como sujeitos em um experimento psicolinguístico 32 estudantes de graduação, sem formação em linguística, todos eles falantes nativos de português do Brasil. Esses sujeitos classificaram as frases do corpus segundo semelhanças percebidas no significado da preposição. Em entrevistas individuais realizadas após a tarefa, os participantes relataram suas estratégias de categorização. Uma matriz de dissimilaridade criada com base na classificação feita pelos informantes foi submetida a análises de agrupamentos pelos métodos de Ward (1963) e de Tocher (apud RAO, 1952). 1 Este revelou sete categorias criadas pelos informantes, quatro das quais apresentaram motivação semântica mais forte que as outras três. O número de grupos formados variou entre os participantes, assim como variou o número de frases nos grupos criados. Além da coerência nas ligações entre as categorias, os resultados revelaram um nível relevante de isomorfismo entre a rede proposta originalmente e a avaliação dos informantes, corroborando a estrutura relacional dessa rede e uma parte significativa de sua granularidade. Em geral, este estudo também comprovou a maior saliência do espaço sobre os demais domínios, assim como a saliência do tempo entre domínios não espaciais. |
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Oliveira, Aparecida de Araújo OliveiraGoodGod, Pedro Ivo Vieira2018-02-23T15:01:21Z2018-02-23T15:01:21Z2017-1122372083http://dx.doi.org/10.17851/2237-2083.26.1.11-44http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/17882O presente artigo avalia a validade empírica de uma rede de polissemia proposta para a preposição em do português do Brasil, comparando as perspectivas do linguista e de usuários leigos da língua sobre categorização. A rede baseou-se no modelo cognitivo de Rede Esquemática, de R. Langacker (1987, 2008), com relações de esquema/ instância e de extensão semântica, e envolveu 48 frases da internet, que representavam 24 padrões de uso de em definidos pelo linguista. Participaram como sujeitos em um experimento psicolinguístico 32 estudantes de graduação, sem formação em linguística, todos eles falantes nativos de português do Brasil. Esses sujeitos classificaram as frases do corpus segundo semelhanças percebidas no significado da preposição. Em entrevistas individuais realizadas após a tarefa, os participantes relataram suas estratégias de categorização. Uma matriz de dissimilaridade criada com base na classificação feita pelos informantes foi submetida a análises de agrupamentos pelos métodos de Ward (1963) e de Tocher (apud RAO, 1952). 1 Este revelou sete categorias criadas pelos informantes, quatro das quais apresentaram motivação semântica mais forte que as outras três. O número de grupos formados variou entre os participantes, assim como variou o número de frases nos grupos criados. Além da coerência nas ligações entre as categorias, os resultados revelaram um nível relevante de isomorfismo entre a rede proposta originalmente e a avaliação dos informantes, corroborando a estrutura relacional dessa rede e uma parte significativa de sua granularidade. Em geral, este estudo também comprovou a maior saliência do espaço sobre os demais domínios, assim como a saliência do tempo entre domínios não espaciais.This paper evaluates the empirical validity of a polysemy network proposed for the preposition em in Brazilian Portuguese, by comparing the linguist’s and the non-specialist language user’s views of categorization. The network was based on the Schematic Network cognitive model of R. Langacker (2008, 1987), with scheme/instance and semantic extension relationships, and involved 48 sentences taken from the internet, which represented 24 usage patterns of em as defined by the linguist. Thirty-two undergraduate students with no training in linguistics, all native speakers of Brazilian Portuguese, took part as subjects in a psycholinguistic experiment in which they sorted these sentences according to similarities perceived in the meaning of em. After completing this task, the participants reported their categorization strategies in individual interviews. A dissimilarity matrix based on the participants’ classification was subjected to cluster analyses by the Ward (1963) and Tocher (cited in RAO, 1952) methods. The latter revealed seven categories created by the participants, four of which exhibited stronger semantic motivation than the other three. Participants differed in the number of groups they formed, and each participant created groups of different sizes. As well as coherent connections among categories, the results showed an important level of isomorphism between the originally proposed network and the participants’ evaluation, corroborating the relational structure of the network and a significant part of its granularity. Overall, the study also confirmed the greater predominance of space over the other domains and of time among non-spatial domains.porRevista de Estudos da Linguagemv. 26, n. 1, p. 11-44 , Novembro 2017Validade empíricaCategorizaçãoRede de polissemiaPreposiçãoExperimento psicolinguísticoValidade empírica das redes de polissemia para o significado preposicionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALartigo.pdfartigo.pdftexto completoapplication/pdf586912https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/17882/1/artigo.pdf1898e3a39dd5ad81fa0e13f84efe0471MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/17882/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILartigo.pdf.jpgartigo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg4647https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/17882/3/artigo.pdf.jpga6c32658597ae33e730ed2261db940efMD53123456789/178822018-02-23 23:00:38.525oai:locus.ufv.br:123456789/17882Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452018-02-24T02:00:38LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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O presente artigo avalia a validade empírica de uma rede de polissemia proposta para a preposição em do português do Brasil, comparando as perspectivas do linguista e de usuários leigos da língua sobre categorização. A rede baseou-se no modelo cognitivo de Rede Esquemática, de R. Langacker (1987, 2008), com relações de esquema/ instância e de extensão semântica, e envolveu 48 frases da internet, que representavam 24 padrões de uso de em definidos pelo linguista. Participaram como sujeitos em um experimento psicolinguístico 32 estudantes de graduação, sem formação em linguística, todos eles falantes nativos de português do Brasil. Esses sujeitos classificaram as frases do corpus segundo semelhanças percebidas no significado da preposição. Em entrevistas individuais realizadas após a tarefa, os participantes relataram suas estratégias de categorização. Uma matriz de dissimilaridade criada com base na classificação feita pelos informantes foi submetida a análises de agrupamentos pelos métodos de Ward (1963) e de Tocher (apud RAO, 1952). 1 Este revelou sete categorias criadas pelos informantes, quatro das quais apresentaram motivação semântica mais forte que as outras três. O número de grupos formados variou entre os participantes, assim como variou o número de frases nos grupos criados. Além da coerência nas ligações entre as categorias, os resultados revelaram um nível relevante de isomorfismo entre a rede proposta originalmente e a avaliação dos informantes, corroborando a estrutura relacional dessa rede e uma parte significativa de sua granularidade. Em geral, este estudo também comprovou a maior saliência do espaço sobre os demais domínios, assim como a saliência do tempo entre domínios não espaciais. |
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