Fatores influenciadores do comportamento de vigilância de uma população de Muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus, Kuhl, 1820) (Primates: Atelidae)
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/28227 |
Resumo: | O muriqui-do-Norte (Brachyteles hypoxanthus) é o maior primata das américas e ocorre exclusivamente em remanescentes florestais da Mata Atlântica do Sudeste do Brasil. Estudamos dois grupos e um subgrupo de B. hypoxanthus residentes na Reserva do Patrimônio Natural Feliciano Miguel Abdala (RPPN FMA), Caratinga, Minas Gerais, de agosto de 2015 até julho de 2016. Monitoramos um total de 197 indivíduos para investigarmos os aspectos biológicos e ecológicos que poderiam estar associados ao comportamento de vigilância. Especificamente, utilizamos modelos de ocupação para avaliar se o tamanho do grupo, o sexo, o cuidado parental (i.e., proporção de registros com filhotes), a classe etária e a localização do indivíduo (i.e., solo ou árvore) influenciariam a frequência de ocorrência do comportamento de vigilância. Também utilizamos modelos lineares generalizados (GLMs) para avaliarmos a influência destas mesmas variáveis sobre o direcionamento da vigilância na população. Utilizamos o direcionamento de vigilância como um “proxy” para o monitoramento social (i.e., direcionamento para indivíduos do grupo) ou para a defesa contra estímulos externos (i.e., direcionamento para fora do grupo). Analisamos 11.942 registros de comportamento de vigilância por varredura instantânea (scan- sampling) coletados durante 12 meses de estudo. A probabilidade de ocorrência do comportamento de vigilância foi alta (~ 100%) para a população. Entretanto, somente o tamanho do grupo influenciou a frequência de ocorrência do comportamento de vigilância e nenhuma variável influenciou o direcionamento da vigilância. Nossos achados mostraram uma correlação negativa entre a frequência de ocorrência do comportamento de vigilância e o tamanho do grupo. Além do mais, vimos que 93% das vezes o comportamento de vigilância foi direcionado para defesa contra estímulos externos, sugerindo que a função primária da vigilância nos muriquis da RPPN FMA é antipredatória. Sugerimos que a população de muriquis da RPPN FMA seja influenciada negativamente por diversos fatores (ou ameaças) externas, o que a estimula adotar um comportamento de vigilância antipredatória como estratégia de defesa. Esta estratégia parece ser ainda mais intensificada por grupos menores, os quais podem ser mais vulneráveis a predadores. Estudos futuros com outras populações de muriqui-do-norte, em paisagens com diferentes graus de distúrbio antropogênico e níveis de habituação diferentes, são fundamentais e poderão elucidar mais detalhes sobre os fatores ecológicos e demográficos que podem influenciar na conservação da espécie. Palavras-chave: Comportamento antipredatório. Monitoramento social. Escaneamento. Efeito de borda. Fragmentação. Perda de habitat. |
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Strier, Karen BarbaraMassara, Rodrigo LimaAlves, Pedro Paulo Rezendehttp://lattes.cnpq.br/9192498524938245Santos, Jorge Abdala Dergam dos2021-09-09T11:46:19Z2021-09-09T11:46:19Z2020-04-28ALVES, Pedro Paulo Rezende. Fatores influenciadores do comportamento de vigilância de uma população de Muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus, Kuhl, 1820) (Primates: Atelidae). 2020. 35 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2020.https://locus.ufv.br//handle/123456789/28227O muriqui-do-Norte (Brachyteles hypoxanthus) é o maior primata das américas e ocorre exclusivamente em remanescentes florestais da Mata Atlântica do Sudeste do Brasil. Estudamos dois grupos e um subgrupo de B. hypoxanthus residentes na Reserva do Patrimônio Natural Feliciano Miguel Abdala (RPPN FMA), Caratinga, Minas Gerais, de agosto de 2015 até julho de 2016. Monitoramos um total de 197 indivíduos para investigarmos os aspectos biológicos e ecológicos que poderiam estar associados ao comportamento de vigilância. Especificamente, utilizamos modelos de ocupação para avaliar se o tamanho do grupo, o sexo, o cuidado parental (i.e., proporção de registros com filhotes), a classe etária e a localização do indivíduo (i.e., solo ou árvore) influenciariam a frequência de ocorrência do comportamento de vigilância. Também utilizamos modelos lineares generalizados (GLMs) para avaliarmos a influência destas mesmas variáveis sobre o direcionamento da vigilância na população. Utilizamos o direcionamento de vigilância como um “proxy” para o monitoramento social (i.e., direcionamento para indivíduos do grupo) ou para a defesa contra estímulos externos (i.e., direcionamento para fora do grupo). Analisamos 11.942 registros de comportamento de vigilância por varredura instantânea (scan- sampling) coletados durante 12 meses de estudo. A probabilidade de ocorrência do comportamento de vigilância foi alta (~ 100%) para a população. Entretanto, somente o tamanho do grupo influenciou a frequência de ocorrência do comportamento de vigilância e nenhuma variável influenciou o direcionamento da vigilância. Nossos achados mostraram uma correlação negativa entre a frequência de ocorrência do comportamento de vigilância e o tamanho do grupo. Além do mais, vimos que 93% das vezes o comportamento de vigilância foi direcionado para defesa contra estímulos externos, sugerindo que a função primária da vigilância nos muriquis da RPPN FMA é antipredatória. Sugerimos que a população de muriquis da RPPN FMA seja influenciada negativamente por diversos fatores (ou ameaças) externas, o que a estimula adotar um comportamento de vigilância antipredatória como estratégia de defesa. Esta estratégia parece ser ainda mais intensificada por grupos menores, os quais podem ser mais vulneráveis a predadores. Estudos futuros com outras populações de muriqui-do-norte, em paisagens com diferentes graus de distúrbio antropogênico e níveis de habituação diferentes, são fundamentais e poderão elucidar mais detalhes sobre os fatores ecológicos e demográficos que podem influenciar na conservação da espécie. Palavras-chave: Comportamento antipredatório. Monitoramento social. Escaneamento. Efeito de borda. Fragmentação. Perda de habitat.The northern muriqui (Brachyteles hypoxanthus) is the largest primate of the Americas and occurs exclusively in forest remnants of the Atlantic Forest of southeastern of Brazil. Two groups and one sub-group of B. hypoxanthus residing in the Feliciano Miguel Abdala Natural Heritage Reserve (RPPN FMA), Caratinga, Minas Gerais, were studied from August 2015 to July 2016. A total of 197 individuals were monitored to investigate the biological and ecological aspects that could be associated with their vigilance behavior. Specifically, occupation models were used to evaluate if the size of the group, sex, parental care (i.e., proportion of records carrying offspring), age class and location of the individual (i.e., soil or tree) would influence the frequency of vigilance behavior. Generalized Linear Models (GLMs) were used to evaluate the influence of these same variables on the vigilance targeting in the population. The vigilance targeting was used as a “proxy” for social monitoring (i.e., directed toward other individuals of the group) or for defending against external stimulus (i.e., directed outside of the group). A total of 11,942 vigilance records were analyzed by instantaneous scan -samples conducted during the 12-months of the study. The probability of occurrence of vigilance behavior was high (~ 100%) for the population. However, only the size of the group influenced the frequency of occurrence of vigilance behavior and no variable influenced the target of vigilance. The findings showed a negative correlation between frequency of vigilance behavior and the size of the group. Furthermore, in 93% of the records, vigilance behavior was directed externally, suggesting that the primary function of vigilance in the RPPN FMA muriquis is anti-predatory. We suggest that the muriqui population of the RPPN FMA is influenced by several external factors (or threats) that lead to anti-predatory vigilance behavior as a defense strategy. This strategy appears to be further intensified in smaller groups, which may be more vulnerable to predators. Future studies with other populations of the northern muriqui in landscapes with different degrees of anthropogenic disturbance and different levels of habituation, are essential and may elucidate more details about the ecological and demographic factors that could impact the conservation of the species. Keywords: Anti-predatory behavior. Social monitoring. Scanning. The edge effect Fragmentation. Habitat loss.porUniversidade Federal de ViçosaAnimais - ComportamentoAnimais - Comportamento socialPredadoresPrimatas - HabitatEfeitos de bordaFragmentaçãoComportamento AnimalFatores influenciadores do comportamento de vigilância de uma população de Muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus, Kuhl, 1820) (Primates: Atelidae)Influencing factors of the vigilance behavior of a northern Muriqui (Brachyteles hypoxanthus, Kuhl, 1820) (Primates: Atelidae) populationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Biologia AnimalMestre em Biologia AnimalViçosa - MG2020-04-28Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf635679https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/28227/1/texto%20completo.pdf7c9fcd91d31623a99e68924a9a3efb15MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/28227/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/282272021-09-09 08:47:33.849oai:locus.ufv.br:123456789/28227Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452021-09-09T11:47:33LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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