Cadê a graça? Integração conceptual e humor não-verbal
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Data de Publicação: | 2007 |
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Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://www.cch.ufv.br/revista/pdfs/vol7/artigo7vol7-1.pdf http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/12997 |
Resumo: | A criação e interpretação do humor têm sido tradicionalmente associadas tanto a fatores afetivos, envolvendo mecanismos de alívio ou hostilidade (FREUD, 1905), quanto a fatores cognitivos (KOESTLER, 1964; GIORA, 1991). Algumas teorias linguísticas do humor têm como foco a incongruidade produzida pela bissociação de dois frames de referência e a mudança abrupta entre scripts ou desvios de interpretação, disparados pela ambiguidade ou pela contradição (RASKIN, 1985; ATTARDO, 1992). Claramente as manifestações humorísticas não estão restritas ao domínio das formas linguísticas. Temos a ocorrência do humor como gênero, por exemplo, em filmes mudos ou em espetáculos de mímica ou em charges ou, ainda, em tirinhas de jornal. Este trabalho tem como objetivo examinar o humor não-verbal, ou parte visual e parte verbal, a partir da perspectiva da integração conceptual ou mesclagem (FAUCONNIER, 1997; FAUCONNIER & TURNER, 2002). Dessa forma, vamos anali- sar aqui exemplos de diferentes tipos de humor não-verbal — um fotograma de um filme mudo, um cartoon ‘religioso’ e uma charge política — para entendermos como se produz o efeito cômico nessas semioses. O desafio de compreensão consiste em ativar informações apropriadas face às pistas imagéticas e/ou verbais apresentadas e reanalisá-las em uma estrutura mais abstrata. Observamos que o uso do humor pode significar uma forma de resistência, nos mostrando o ridículo de uma situação séria ou a seriedade de uma situação ridícula. |
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Este trabalho tem como objetivo examinar o humor não-verbal, ou parte visual e parte verbal, a partir da perspectiva da integração conceptual ou mesclagem (FAUCONNIER, 1997; FAUCONNIER & TURNER, 2002). Dessa forma, vamos anali- sar aqui exemplos de diferentes tipos de humor não-verbal — um fotograma de um filme mudo, um cartoon ‘religioso’ e uma charge política — para entendermos como se produz o efeito cômico nessas semioses. O desafio de compreensão consiste em ativar informações apropriadas face às pistas imagéticas e/ou verbais apresentadas e reanalisá-las em uma estrutura mais abstrata. Observamos que o uso do humor pode significar uma forma de resistência, nos mostrando o ridículo de uma situação séria ou a seriedade de uma situação ridícula.porRevista de Ciências HumanasVol. 7, N.1, p. 99-108, Jan./Jun. 2007Discurso humorísticoHumor não-verbalMesclagemCadê a graça? Integração conceptual e humor não-verbalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALartigo7vol7-1.pdfartigo7vol7-1.pdftexto completoapplication/pdf94939https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/12997/1/artigo7vol7-1.pdf56b945e4493fe91dabab343454e89549MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/12997/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILartigo7vol7-1.pdf.jpgartigo7vol7-1.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg4630https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/12997/3/artigo7vol7-1.pdf.jpg3e6d3a0dc11a1adb70f509b88239241fMD53123456789/129972017-11-13 22:00:37.318oai:locus.ufv.br:123456789/12997Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452017-11-14T01:00:37LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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A criação e interpretação do humor têm sido tradicionalmente associadas tanto a fatores afetivos, envolvendo mecanismos de alívio ou hostilidade (FREUD, 1905), quanto a fatores cognitivos (KOESTLER, 1964; GIORA, 1991). Algumas teorias linguísticas do humor têm como foco a incongruidade produzida pela bissociação de dois frames de referência e a mudança abrupta entre scripts ou desvios de interpretação, disparados pela ambiguidade ou pela contradição (RASKIN, 1985; ATTARDO, 1992). Claramente as manifestações humorísticas não estão restritas ao domínio das formas linguísticas. Temos a ocorrência do humor como gênero, por exemplo, em filmes mudos ou em espetáculos de mímica ou em charges ou, ainda, em tirinhas de jornal. Este trabalho tem como objetivo examinar o humor não-verbal, ou parte visual e parte verbal, a partir da perspectiva da integração conceptual ou mesclagem (FAUCONNIER, 1997; FAUCONNIER & TURNER, 2002). Dessa forma, vamos anali- sar aqui exemplos de diferentes tipos de humor não-verbal — um fotograma de um filme mudo, um cartoon ‘religioso’ e uma charge política — para entendermos como se produz o efeito cômico nessas semioses. O desafio de compreensão consiste em ativar informações apropriadas face às pistas imagéticas e/ou verbais apresentadas e reanalisá-las em uma estrutura mais abstrata. Observamos que o uso do humor pode significar uma forma de resistência, nos mostrando o ridículo de uma situação séria ou a seriedade de uma situação ridícula. |
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