A trajetória da doença renal crônica em portadores de hipertensão arterial no contexto da atenção primária à saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/23700 |
Resumo: | A prevalência de doença renal crônica (DRC) vem aumentando mundialmente, com um incremento anual de 8 a 16%, que é maior do que o crescimento populacional geral. No Brasil, 10 milhões de indivíduos possuem algum grau de alteração renal, tendo como agravante, o fato de ser uma enfermidade desconhecida por muitos portadores. Além disso, 52 milhões correm risco de desenvolver a doença por serem idosos, obesos, portadores de hipertensão arterial (HA) ou diabetes mellitus (DM), os grupos mais propensos a problemas renais. É importante destacar que a DRC frequentemente cursa de forma silenciosa até os seus estágios mais avançados e, quando o indivíduo procura cuidados em saúde, já apresenta uma ou mais complicações da enfermidade, tais como anemia, distúrbio mineral e ósseo, acidose metabólica, desnutrição e alterações cardiovasculares. Infelizmente, a DRC tem sido subdiagnosticada e tratada de forma inadequada, resultando em evolução desfavorável e alto custo do tratamento. Neste contexto, destaca-se que os profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) têm papel importante no diagnóstico precoce, acompanhamento e encaminhamento dos pacientes a especialistas, quando necessário. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a trajetória da DRC em portadores de HA cadastrados na APS do município de Porto Firme, Minas Gerais, com ênfase na evolução da taxa de filtração glomerular (TFG) e complicações desta enfermidade. Trata-se de um estudo observacional, longitudinal, prospectivo, com enfoque no prognóstico da DRC. Em estudo anterior, realizado em 2012, 293 portadores de HA foram rastreados para o diagnóstico de DRC por meio da TFG estimada pela fórmula CKD-EPI e da análise de proteinúria e albuminúria em urina de 24 horas. Destes, 113 indivíduos foram diagnosticados com DRC. No presente estudo, os indivíduos diagnosticados com DRC foram avaliados a cada três meses, durante o período de 12 meses (maio/2015 a maio/2016). Para análise da função renal, foram avaliadas creatinina sérica e relação albumina/creatinina urinária. Quanto às complicações, para anemia avaliou-se hemoglobina, ferritina, capacidade total de ligação do Ferro, capacidade latente de ligação do Ferro e índice de saturação de transferrina. Para o distúrbio mineral e ósseo, avaliou-se cálcio, fósforo, PTH intacto, vitamina D - 1,25 dihidroxi e fosfatase alcalina. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), sob número de parecer 044/2012 e 1.139.717/2015. Como resultados, a fórmula CKD-EPI apresentou maior acurácia para estimar a TFG, podendo ser utilizada de forma simples e com baixo custo no diagnóstico precoce da DRC e na prevenção de agravos e enfermidades. Encontrou-se associação da DRC com idade, escolaridade, ureia e ácido úrico, sendo que a cada aumento de 1 ano na idade, o indivíduo tem 9% mais chances de apresentar a DRC; o aumento de 1 mg/dL na ureia e no ácido úrico eleva em 17% e em 29%, respectivamente, a chance do indivíduo apresentar a DRC. Em relação à progressão da DRC, avaliada durante o período de três anos (2012-2015), evidenciou-se uma redução estatisticamente significativa da TFG estimada em aproximadamente 2 mL/min/1,73m2 e aumento de 75,35 mg/g na albuminúria. Quando se avaliou os indivíduos com macroalbuminúria, a TFG estimada teve uma redução mais acentuada, equivalente a 7,53 mL/min/1,73m2, evidenciando que pacientes com marcadores de lesão renal apresentam risco aumentado para evolução da DRC. Em relação às complicações da DRC, os parâmetros indicadores de anemia e distúrbio mineral e ósseo tendem a progredir negativamente com o avanço de cada estágio da doença e ao longo do tempo. Observou-se redução estatisticamente significante para hemoglobina, hematócrito, capacidade total de ligação do Ferro, índice de saturação de transferrina, cálcio e TFG. Observou-se também aumento do PTH e creatinina. Quanto à trajetória da DRC, encontrou-se uma redução média de 4,34 (±13,03) mL/min/1,73m2 na TFG durante um ano (2015-2016). Dos indivíduos acompanhados, 44,7% apresentaram uma rápida progressão da DRC (redução na TFG maior que 5 mL/min/1,73m2 em um ano). Outro achado importante do presente estudo foi a variação não linear nos valores da TFG encontrados ao longo do tempo, ora com aumento, ora com redução da TFG, o que indica a necessidade de mais estudos para uma compreensão mais precisa da trajetória da DRC, a fim de orientar a tomada de decisões clínicas. Por fim, destaca-se o importante papel dos profissionais que atuam na APS para o diagnóstico precoce, acompanhamento e encaminhamento dos pacientes a especialistas, além da identificação e correção das principais complicações e comorbidades da DRC, que são fundamentais para o retardo na progressão da doença e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. |
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Rosa, Carla de Oliveira BarbosaCosta, Glauce Dias daCarvalho Junior, Paulo MarcondesSilva, Luciana Saraiva dahttp://lattes.cnpq.br/0289479620415641Cotta, Rosângela Minardi Mitre2019-02-26T11:18:44Z2019-02-26T11:18:44Z2017-09-29SILVA, Luciana Saraiva da. A trajetória da doença renal crônica em portadores de hipertensão arterial no contexto da atenção primária à saúde. 2017. 118 f. Tese (Doutorado em Ciência da Nutrição) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2017.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/23700A prevalência de doença renal crônica (DRC) vem aumentando mundialmente, com um incremento anual de 8 a 16%, que é maior do que o crescimento populacional geral. No Brasil, 10 milhões de indivíduos possuem algum grau de alteração renal, tendo como agravante, o fato de ser uma enfermidade desconhecida por muitos portadores. Além disso, 52 milhões correm risco de desenvolver a doença por serem idosos, obesos, portadores de hipertensão arterial (HA) ou diabetes mellitus (DM), os grupos mais propensos a problemas renais. É importante destacar que a DRC frequentemente cursa de forma silenciosa até os seus estágios mais avançados e, quando o indivíduo procura cuidados em saúde, já apresenta uma ou mais complicações da enfermidade, tais como anemia, distúrbio mineral e ósseo, acidose metabólica, desnutrição e alterações cardiovasculares. Infelizmente, a DRC tem sido subdiagnosticada e tratada de forma inadequada, resultando em evolução desfavorável e alto custo do tratamento. Neste contexto, destaca-se que os profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) têm papel importante no diagnóstico precoce, acompanhamento e encaminhamento dos pacientes a especialistas, quando necessário. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a trajetória da DRC em portadores de HA cadastrados na APS do município de Porto Firme, Minas Gerais, com ênfase na evolução da taxa de filtração glomerular (TFG) e complicações desta enfermidade. Trata-se de um estudo observacional, longitudinal, prospectivo, com enfoque no prognóstico da DRC. Em estudo anterior, realizado em 2012, 293 portadores de HA foram rastreados para o diagnóstico de DRC por meio da TFG estimada pela fórmula CKD-EPI e da análise de proteinúria e albuminúria em urina de 24 horas. Destes, 113 indivíduos foram diagnosticados com DRC. No presente estudo, os indivíduos diagnosticados com DRC foram avaliados a cada três meses, durante o período de 12 meses (maio/2015 a maio/2016). Para análise da função renal, foram avaliadas creatinina sérica e relação albumina/creatinina urinária. Quanto às complicações, para anemia avaliou-se hemoglobina, ferritina, capacidade total de ligação do Ferro, capacidade latente de ligação do Ferro e índice de saturação de transferrina. Para o distúrbio mineral e ósseo, avaliou-se cálcio, fósforo, PTH intacto, vitamina D - 1,25 dihidroxi e fosfatase alcalina. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), sob número de parecer 044/2012 e 1.139.717/2015. Como resultados, a fórmula CKD-EPI apresentou maior acurácia para estimar a TFG, podendo ser utilizada de forma simples e com baixo custo no diagnóstico precoce da DRC e na prevenção de agravos e enfermidades. Encontrou-se associação da DRC com idade, escolaridade, ureia e ácido úrico, sendo que a cada aumento de 1 ano na idade, o indivíduo tem 9% mais chances de apresentar a DRC; o aumento de 1 mg/dL na ureia e no ácido úrico eleva em 17% e em 29%, respectivamente, a chance do indivíduo apresentar a DRC. Em relação à progressão da DRC, avaliada durante o período de três anos (2012-2015), evidenciou-se uma redução estatisticamente significativa da TFG estimada em aproximadamente 2 mL/min/1,73m2 e aumento de 75,35 mg/g na albuminúria. Quando se avaliou os indivíduos com macroalbuminúria, a TFG estimada teve uma redução mais acentuada, equivalente a 7,53 mL/min/1,73m2, evidenciando que pacientes com marcadores de lesão renal apresentam risco aumentado para evolução da DRC. Em relação às complicações da DRC, os parâmetros indicadores de anemia e distúrbio mineral e ósseo tendem a progredir negativamente com o avanço de cada estágio da doença e ao longo do tempo. Observou-se redução estatisticamente significante para hemoglobina, hematócrito, capacidade total de ligação do Ferro, índice de saturação de transferrina, cálcio e TFG. Observou-se também aumento do PTH e creatinina. Quanto à trajetória da DRC, encontrou-se uma redução média de 4,34 (±13,03) mL/min/1,73m2 na TFG durante um ano (2015-2016). Dos indivíduos acompanhados, 44,7% apresentaram uma rápida progressão da DRC (redução na TFG maior que 5 mL/min/1,73m2 em um ano). Outro achado importante do presente estudo foi a variação não linear nos valores da TFG encontrados ao longo do tempo, ora com aumento, ora com redução da TFG, o que indica a necessidade de mais estudos para uma compreensão mais precisa da trajetória da DRC, a fim de orientar a tomada de decisões clínicas. Por fim, destaca-se o importante papel dos profissionais que atuam na APS para o diagnóstico precoce, acompanhamento e encaminhamento dos pacientes a especialistas, além da identificação e correção das principais complicações e comorbidades da DRC, que são fundamentais para o retardo na progressão da doença e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.The prevalence of chronic kidney disease (CKD) has been increasing worldwide, with an annual increase of 8 to 16%, which is higher than overall population growth. In Brazil, 10 million individuals have some degree of renal alteration, having as an aggravation, the fact that it is an illness unknown to many patients. In addition, 52 million are at risk of developing the disease because they are elderly, obese, high blood pressure (AH) or diabetes mellitus (DM), the groups most prone to kidney problems. It is important to note that CKD often goes quietly to its most advanced stages and, when the individual seeks health care, already presents one or more complications of the disease, such as anemia, mineral and bone disorders, metabolic acidosis, malnutrition, and cardiovascular changes. Unfortunately, CKD has been underdiagnosed and inadequately treated, resulting in unfavorable outcome and high cost of treatment. In this context, it should be highlighted that the professionals who work in Primary Health Care (PHC) play an important role in the early diagnosis, follow-up and referral of patients to specialists, when necessary. Thus, the objective of the present study was to evaluate the trajectory of CKD in AH patients registered in APS in the city of Porto Firme, Minas Gerais, with emphasis on the evolution of the glomerular filtration rate (GFR) and complications of this disease. This is a observational, longitudinal, prospective study with a focus on the prognosis of CKD. In a previous study carried out in 2012, 293 AH patients were screened for the diagnosis of CKD by means of the GFR estimated by the CKD-EPI formula and the analysis of proteinuria and albuminuria in 24-hour urine. Of these, 113 individuals were diagnosed with CKD. In the present study, individuals diagnosed with CKD were evaluated every three months during the 12-month period (May/2015 – May/2016). For renal function analysis, serum creatinine and urinary albumin/creatinine ratio were evaluated. As for complications, anemia was evaluated for hemoglobin, ferritin, total iron binding capacity, latent Iron binding capacity and transferrin saturation index. For mineral and bone disorders, calcium, phosphorus, intact PTH, vitamin D-1,25 dihydroxy and alkaline phosphatase were evaluated. The study was approved by the Human Research Ethics Committee of the Federal University of Viçosa (UFV), under number 044/2012 and 1,139,717 / 2015. As results, the CKD-EPI formula was more accurate in estimating GFR, and could be used simply and with low cost in the early diagnosis of CKD and in the prevention of diseases. The association of CKD with age, schooling, urea and uric acid was found, and at each 1-year increase in age, the individual was 9% more likely to present CKD; the increase of 1 mg/dL in urea and uric acid increases by 17% and 29%, respectively, the chance of the individual presenting with CKD. Regarding the progression of CKD, evaluated during the three-year period (2012-2015), a statistically significant reduction of the estimated GFR was observed at approximately 2 mL/min/1.73m2 and an increase of 75.35 mg/g albuminuria. When the individuals with macroalbuminuria were evaluated, the estimated GFR had a more pronounced reduction, equivalent to 7.53 mL/min/1.73m2, showing that patients with markers of renal damage present an increased risk for CKD progression. Regarding the complications of CKD, the parameters indicative of anemia and mineral and bone disorders tend to progress negatively with the progression of each stage of the disease and over time. A statistically significant reduction was observed for hemoglobin, hematocrit, total iron binding capacity, transferrin saturation index, calcium and GFR. Increased PTH and creatinine were also observed. Regarding the CKD trajectory, a mean reduction of 4.34 (± 13.03) mL/min/1.73m2 was observed in the GFR for one year (2015-2016). Of the individuals followed up, 44.7% had a rapid progression of CKD (reduction in GFR greater than 5 mL/min/1.73m2 in one year). Another important finding of the present study was the nonlinear variation in GFR values found over time, sometimes with increase, or with a reduction in GFR, which indicates the need for more studies for a more accurate understanding of the trajectory of CKD, the order to guide clinical decision-making. Finally, the important role of professionals working in PHC for the early diagnosis, follow-up and referral of patients to specialists, as well as the identification and correction of the main complications and comorbidities of CKD, are fundamental for the delay in the progression of the disease and to improve the quality of life of patients.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaRins - DoençasHipertensãoAtenção primária à saúdeNutriçãoA trajetória da doença renal crônica em portadores de hipertensão arterial no contexto da atenção primária à saúdeThe trajectory of chronic kidney disease in patients with arterial hypertension in primary health careinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Nutrição e SaúdeDoutor em Ciência da NutriçãoViçosa - MG2017-09-29Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf1814233https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/23700/1/texto%20completo.pdf03de84ed5b3b3d0cc53a363fa1d8b741MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/23700/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/237002019-02-26 08:19:49.656oai:locus.ufv.br:123456789/23700Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452019-02-26T11:19:49LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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SILVA, Luciana Saraiva da. A trajetória da doença renal crônica em portadores de hipertensão arterial no contexto da atenção primária à saúde. 2017. 118 f. Tese (Doutorado em Ciência da Nutrição) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2017. |
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