Caesalpinioideae (Leguminosae) no Parque Estadual do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bosquetti, Lorrayne de Barros
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8829
Resumo: O presente trabalho consiste do levantamento florístico da subfamília Caesalpinioideae (Leguminosae) no Parque Estadual do Rio Doce – PERD, localizado na região leste de Minas Gerais (19° 29’ 24” – 19° 48’ 18” S, 42° 38’ 30” – 42° 28’ 18” W), no chamado Vale do Aço. Nele são apresentados chave analítica, descrições e ilustrações para identificação das espécies, comentários sobre caracteres importantes para o reconhecimento dos táxons, bem como, suas variações morfológicas no PERD e a distribuição geográfica destes táxons. Comparações florísticas entre as trilhas estudadas e outras áreas de florestas também foram realizadas. As coletas foram mensais, no período compreendido entre agosto de 2002 e julho de 2003, além de coletas complementares em agosto, setembro, outubro e dezembro de 2003. A área de estudo, localizada na região central e sul do PERD, compreende cerca de 6.000 ha e apresenta-se fisionomicamente em bom estado de preservação, em grande parte caracterizada por representar uma floresta primária bem estratificada. As coletas foram realizadas em trilhas preestabelecidas, sendo elas: da Garapa Torta-TGT; da Lagoa do Meio-TLM; do Aníbal-TAN; da Campolina-TC; da Lagoa Preta-TLP; do Turvo (Campo de Pouso)-TT; da Lagoa Carioca-TLC; do Vinhático-TV; do Porto Capim-TPC; da Mumbaça (vias Lagoa dos Patos e Lagoa Águas Claras) - TMB, além da Estrada que corta o Parque-EST e Estrada do Restaurante (incluindo a trilha da Bomba)-ER. Os materiais foram preparados segundo as técnicas usuais de herborização, sendo registrados e incorporados ao acervo do Herbário da Universidade Federal de Viçosa (VIC) e do PERD. A determinação dos espécimes foi realizada mediante literatura especializada, consultas a especialistas e a herbários. As comparações florísticas foram obtidas através da análise de similaridade (índice de Jaccard). Foram registradas 28 espécies nativas, reunidas em 15 gêneros, sendo os mais representativos Senna e Bauhinia com cinco táxons cada, Chamaecrista com quatro, Copaifera com três e os demais gêneros com um único táxon cada. Das 28 espécies levantadas, 19 são árvores, quatro trepadeiras, três herbáceas e duas arbustivas. A Trilha do Aníbal foi a mais representativa, com 67,8% das espécies, sendo a menor diversidade específica (21,4%) observada na Trilha da Garapa Torta. As espécies mais comuns foram Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr., ocorrendo em todas as trilhas percorridas, Sclerolobium rugosum Mart. ex Benth., ocorrente em dez trilhas e Bauhinia longifolia (Bong.) Steud. em nove trilhas; Chamaecrista ensiformis (Vell.) H.S. Irwin & Barneby, Chamaecrista glandulosa (L.) Greene, Chamaecrista nictitans (L.) Moench, Senna alata (L.) Roxb. e Senna pendula (Willd.) H.S.Irwin & Barneby apresentaram-se restritas, ocorrendo em apenas uma trilha. Foram encontrados três padrões de distribuição geográfica: espécies distribuídas por toda região tropical e subtropical, pela América Latina até espécies restritas ao Brasil. Chamaecrista ensiformis e Copaifera reticulata Ducke tiveram sua primeira citação para o Estado de Minas Gerais neste trabalho. As comparações florísticas entre áreas florestais indicaram principalmente 45% de similaridade entre o PERD e Caratinga, sendo que as áreas de Lavras e PEFI-SP e também Macaé e Itatiaia atingiram nível de 50% de similaridade dentre outras.
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Comparações florísticas entre as trilhas estudadas e outras áreas de florestas também foram realizadas. As coletas foram mensais, no período compreendido entre agosto de 2002 e julho de 2003, além de coletas complementares em agosto, setembro, outubro e dezembro de 2003. A área de estudo, localizada na região central e sul do PERD, compreende cerca de 6.000 ha e apresenta-se fisionomicamente em bom estado de preservação, em grande parte caracterizada por representar uma floresta primária bem estratificada. As coletas foram realizadas em trilhas preestabelecidas, sendo elas: da Garapa Torta-TGT; da Lagoa do Meio-TLM; do Aníbal-TAN; da Campolina-TC; da Lagoa Preta-TLP; do Turvo (Campo de Pouso)-TT; da Lagoa Carioca-TLC; do Vinhático-TV; do Porto Capim-TPC; da Mumbaça (vias Lagoa dos Patos e Lagoa Águas Claras) - TMB, além da Estrada que corta o Parque-EST e Estrada do Restaurante (incluindo a trilha da Bomba)-ER. Os materiais foram preparados segundo as técnicas usuais de herborização, sendo registrados e incorporados ao acervo do Herbário da Universidade Federal de Viçosa (VIC) e do PERD. A determinação dos espécimes foi realizada mediante literatura especializada, consultas a especialistas e a herbários. As comparações florísticas foram obtidas através da análise de similaridade (índice de Jaccard). Foram registradas 28 espécies nativas, reunidas em 15 gêneros, sendo os mais representativos Senna e Bauhinia com cinco táxons cada, Chamaecrista com quatro, Copaifera com três e os demais gêneros com um único táxon cada. Das 28 espécies levantadas, 19 são árvores, quatro trepadeiras, três herbáceas e duas arbustivas. A Trilha do Aníbal foi a mais representativa, com 67,8% das espécies, sendo a menor diversidade específica (21,4%) observada na Trilha da Garapa Torta. As espécies mais comuns foram Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr., ocorrendo em todas as trilhas percorridas, Sclerolobium rugosum Mart. ex Benth., ocorrente em dez trilhas e Bauhinia longifolia (Bong.) Steud. em nove trilhas; Chamaecrista ensiformis (Vell.) H.S. Irwin & Barneby, Chamaecrista glandulosa (L.) Greene, Chamaecrista nictitans (L.) Moench, Senna alata (L.) Roxb. e Senna pendula (Willd.) H.S.Irwin & Barneby apresentaram-se restritas, ocorrendo em apenas uma trilha. Foram encontrados três padrões de distribuição geográfica: espécies distribuídas por toda região tropical e subtropical, pela América Latina até espécies restritas ao Brasil. Chamaecrista ensiformis e Copaifera reticulata Ducke tiveram sua primeira citação para o Estado de Minas Gerais neste trabalho. As comparações florísticas entre áreas florestais indicaram principalmente 45% de similaridade entre o PERD e Caratinga, sendo que as áreas de Lavras e PEFI-SP e também Macaé e Itatiaia atingiram nível de 50% de similaridade dentre outras.This work consisted of a floristic assessment of the subfamily Caesalpinioideae (Leguminosae) in the Parque Estadual do Rio Doce – PERD, located in the eastern region of Minas Gerais (19° 29’ 24” – 19° 48’ 18” S, 42° 38’ 30” – 42° 28’ 18” W), at the so- called Vale do Aço. Analytical key, descriptions and illustrations are presented for species identification, and comments made about important characters used for recognition of the taxa as well as their morphological variations in the PERD and geographical distribution of the taxa. Floristic comparisons among the trails studied and other forest areas were also carried out. Collections were performed monthly from August 2002 to July 2003, as well as complementary collections in August, September, October, and December 2003. The study area, located in the central and southern PERD region, covers around 6.000 ha and is physionomically in a good state of preservation, largely characterized for representing a well - stratified primary forest. The collections were performed in pre-established trails, as follows: Garapa Torta-TGT; Lagoa do Meio-TLM; Aníbal-TAN; Campolina-TC; Lagoa Preta-TLP; Turvo (Campo de Pouso)-TT; Lagoa Carioca-TLC; do Vinhático-TV; Porto Capim-TPC; Mumbaça (routes Lagoa dos Patos and Lagoa Águas Claras) - TMB, as well as the Road crossing the Parque-EST and Estrada do Restaurante (including Bomba ́s Trail)-ER. The materials collected were prepared according to the conventional herbarium techniques, registered and incorporated into the collection of the Herbarium of Universidade Federal de Viçosa (VIC) and PERD ́s. The determination of species was accomplished with the help of specialized literature, consultations to specialists and herbariums. The floristic comparisons were obtained by analysis of similarity (Jaccard ́s index). Twenty-eight native species were registered, comprising 15 genera, the most representative being Senna and Bauhinia with five taxa, Chamaecrista with four, Copaifera with three and the others with a single taxon each. Out of the 28 species assessed, 19 are trees, 4, climbing plants, 3, herbaceous plants and 2, shrubs. Trilha do Aníbal was the most representative, with 67.8% of the species, and the smallest specific diversity being observed (21.4%) in Trilha da Garapa Torta. The most common species were Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr., ocurring in all the trails studied, Sclerolobium rugosum Mart. ex Benth., occurring in 10 trails and Bauhinia longifolia (Bong.) Steud.ocurring in 9 trails; Chamaecrista ensiformis (Vell.) H.S. Irwin & Barneby, Chamaecrista glandulosa (L.) Greene, Chamaecrista nictitans (L.) Moench, Senna alata (L.) Roxb. and Senna pendula (Willd.) H.S.Irwin & Barneby were restricted to only one trail. Three geographic distribution patterns were found: species distributed throughout the tropical and subtropical region, Latin America and even species restricted to Brazil. Chamaecrista ensiformis and Copaifera reticulata Ducke had their first citation for the state of Minas Gerais in this work. The floristic comparisons among forest areas mainly indicated 45% of similarity between PERD and Caratinga, with the Lavras and PEFI-SP as well as Macae and Itatiaia areas reaching a level of 50% of similarity, among others.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de ViçosaCaesalpinioideae - TaxonomiaCaesalpinioideae - Parque Estadual do Rio Doce (MG)Parque Estadual do Rio Doce (MG) - Composição florísticaCiências BiológicasCaesalpinioideae (Leguminosae) no Parque Estadual do Rio Doce, Minas Gerais, BrasilCaesalpinioideae (Leguminosae) in the Parque Estadual do Rio Doce, Minas Gerais, Brazilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Biologia VegetalMestre em BotânicaViçosa - MG2004-02-19Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf1634634https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8829/1/texto%20completo.pdf85b328d54aed2808ffcb42cd65d60963MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8829/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3635https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8829/3/texto%20completo.pdf.jpga489085f9e241d7f869c52f1a7b1f3feMD53123456789/88292016-10-13 23:00:24.574oai:locus.ufv.br:123456789/8829Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452016-10-14T02:00:24LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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