Sistemas reprodutivos em espécies não-arbóreas de fragmento de Floresta Atlântica do sudeste brasileiro: diversidade, frequência e condições derivadas
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7568 |
Resumo: | Os sub-bosques de florestas tropicais, onde se encontram as espécies não-arbóreas, apresentam uma enorme diversidade de sistemas reprodutivos e, no entanto, são frequentemente negligenciados em estudos de comunidade. O trabalho foi realizado na Estação de Pesquisa Treinamento e Educação Ambiental Mata do Paraíso e as informações estão dispostas em dois capítulos. No primeiro capítulo “Sistemas Reprodutivos em Espécies Não-arbóreas de Fragmento de Floresta Atlântica do Sudeste Brasileiro”, objetivou-se analisar a frequência dos sistemas reprodutivos (autogamia, xenogamia e apomixia) e relacionar a autocompatibilidade, autoincompatibilidade e a apomixia aos hábitos de crescimento, hábitats, síndromes de polinização e também a ausência/presença do polinizador com os hábitos e hábitats de 52 espécies não-arbóreas. Foram obtidas informações sobre o hábito, hábitat, atributos florais e sistemas reprodutivos, in loco (24 espécies) e em estudos de outros autores (demais espécies). Os atributos florais verificados foram: hercogamia, dicogamia, enantiostilia, distilia e a apresentação secundária de pólen, todos facilitadores da polinização cruzada. Dentre as espécies, estudadas a frequência de espécies autógamas / autocompatíveis (48%) foi superior a de espécies xenógamas / autoincompatíveis (35%). Verificou-se que 76% das espécies autocompatíveis apresentaram algum tipo de barreira morfológica ou temporal à autopolinização, que se tornou ineficaz. A frequência de apomixia (17%) foi alta e diferiu dos valores obtidos em outros estudos de sub-bosque (˂2%). As espécies autoincompatíveis são em sua maioria arbustivas, o interior da mata e a dependência por polinizadores; as autocompatíveis e apomíticas com o hábito herbáceo, área aberta e a independência por polinizadores. Em 65% dessas espécies foi verificada a independência do polinizador. Essa condição garante a reprodução das espécies no local afetado pelo depauperamento de polinizadores. Através das informações contidas no primeiro capítulo foi possível constatar que em sete espécies distílicas ocorreram alterações nas suas características reprodutivas. Diante dessa constatação foi escrito o segundo capítulo “Estratégias Reprodutivas Derivadas de Espécies Distílicas de Rubiaceae em Fragmento de Floresta Atlântica no Sudeste Brasileiro”, com o objetivo de descrever as estratégias reprodutivas derivadas da distilia que essas espécies apresentaram. Foram realizadas observações sobre a quebra dos atributos hercogamia, presença dos morfos florais e sistema de incompatibilidade, que são relacionados ao sistema distílico. Nas espécies estudadas foram confirmadas as seguintes alterações no conjunto de atributos: ausência da hercogamia recíproca, monomorfismo e anisopletia, ausência de polinizadores e perda total ou parcial do sistema de incompatibilidade. Diante dessas alterações foram observadas associações de estratégias reprodutivas derivadas do sistema distílico identificadas entre a distilia e autocompatibilidade total ou parcial, monomorfia e apomixia, homostilia e autoincompatibilidade, homostilia e autocompatibilidade e homostilia e apomixia. Essas estratégias parecem ter evoluído de forma independente, mesmo entre espécies congêneres. Os resultados desse estudo demonstram que entre as espécies não-arbóreas da Mata do Paraíso predominaram as espécies independentes de polinizadores (autógamas e apomíticas), incluído as que apresentaram estratégias reprodutivas derivadas da distilia. O predomínio desses sistemas reprodutivos independentes de polinizadores se converge como uma estratégia reprodutiva derivada que tem possibilitado a permanência das populações dessas plantas no local de estudo. |
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Azevedo, Islaine Franciely Pinheiro dehttp://lattes.cnpq.br/4671452041148218Vieira, Milene Faria2016-04-27T16:20:16Z2016-04-27T16:20:16Z2014-12-22AZEVEDO, Islaine Franciely Pinheiro de. Sistemas reprodutivos em espécies não-arbóreas de fragmento de Floresta Atlântica do sudeste brasileiro: diversidade, frequência e condições derivadas. 2014. 61f. Tese (Doutorado em Botânica) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2014.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7568Os sub-bosques de florestas tropicais, onde se encontram as espécies não-arbóreas, apresentam uma enorme diversidade de sistemas reprodutivos e, no entanto, são frequentemente negligenciados em estudos de comunidade. O trabalho foi realizado na Estação de Pesquisa Treinamento e Educação Ambiental Mata do Paraíso e as informações estão dispostas em dois capítulos. No primeiro capítulo “Sistemas Reprodutivos em Espécies Não-arbóreas de Fragmento de Floresta Atlântica do Sudeste Brasileiro”, objetivou-se analisar a frequência dos sistemas reprodutivos (autogamia, xenogamia e apomixia) e relacionar a autocompatibilidade, autoincompatibilidade e a apomixia aos hábitos de crescimento, hábitats, síndromes de polinização e também a ausência/presença do polinizador com os hábitos e hábitats de 52 espécies não-arbóreas. Foram obtidas informações sobre o hábito, hábitat, atributos florais e sistemas reprodutivos, in loco (24 espécies) e em estudos de outros autores (demais espécies). Os atributos florais verificados foram: hercogamia, dicogamia, enantiostilia, distilia e a apresentação secundária de pólen, todos facilitadores da polinização cruzada. Dentre as espécies, estudadas a frequência de espécies autógamas / autocompatíveis (48%) foi superior a de espécies xenógamas / autoincompatíveis (35%). Verificou-se que 76% das espécies autocompatíveis apresentaram algum tipo de barreira morfológica ou temporal à autopolinização, que se tornou ineficaz. A frequência de apomixia (17%) foi alta e diferiu dos valores obtidos em outros estudos de sub-bosque (˂2%). As espécies autoincompatíveis são em sua maioria arbustivas, o interior da mata e a dependência por polinizadores; as autocompatíveis e apomíticas com o hábito herbáceo, área aberta e a independência por polinizadores. Em 65% dessas espécies foi verificada a independência do polinizador. Essa condição garante a reprodução das espécies no local afetado pelo depauperamento de polinizadores. Através das informações contidas no primeiro capítulo foi possível constatar que em sete espécies distílicas ocorreram alterações nas suas características reprodutivas. 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O predomínio desses sistemas reprodutivos independentes de polinizadores se converge como uma estratégia reprodutiva derivada que tem possibilitado a permanência das populações dessas plantas no local de estudo.Understories of Tropical Rainforests present an enormous diversity of reproductive systems, and yet they are frequently neglected in community studies. The work was conducted at Mata do Paraíso Station for Research, Training and Environmental Education and the information detailed along two chapters. In the first chapter “Reproductive Systems in Non-tree Species of Atlantic Rainforest Fragment of Southeastern Brazil”, the aims were to evaluate the frequency of the reproductive systems (autogamy, xenogamy and apomixis) and relate self-compatibility, self- incompatibility and apomixis to growth habits, habitats and pollination syndromes, and also associate the absence / presence of pollinators to the habits and habitats of 52 of non-tree species. Data on habit, habitats, floral traits and reproductive systems were obtained either in loco (24 species) or in studies by other authors (the other 28 species). Floral traits verified were: herkogamy, dichogamy, enantiostyly, distyly and secondary pollen presentation, all of which are outcrossing facilitators. Among the studied species the frequency of autogamous / self-compatible species (48%) was higher than that of xenogamous / self-incompatible ones (35%). Seventy-six percent of the self-compatible species present some type of either morphological or temporal barrier to self- pollination, which was ineffective. The frequency of apomixis (17%) was high and differed from the values obtained in other understory studies (<2%). Self-incompatible species are associated to shrubby habit, the forest interior, and the dependence on pollinators; self-compatible and apomictic ones to herbaceous habit, open areas and independence on pollinators. In 65% of these species there was independence on pollinators. This condition ensures species reproduction in sites affected by pollinator depletion. Through the information described in the first chapter I found that in seven distylous species there were alterations in the reproductive traits. Thus, in the second chapter “Derived Reproductive Strategies of Distylous Rubiaceae Species in Atlantic Rainforest Fragment in Southeastern Brazil”, the aim was to describe the distyly- derived reproductive strategies presented by these species. Observation on the breakdown of traits reciprocal herkogamy, presence of floral morphs and incompatibility system, all of which are related to the distylous system, were made. In these species alterations in the following traits were confirmed: absence of reciprocal herkogamy, monomorphism and anisoplethy, absence of pollinators and total or partial loss of the incompatibility system. Due to these alterations, associations between reproductive strategies derived from the distylous system occurred: distyly and total or partial self-compatibility, monomorphism and apomixis, homostyly and self- incompatibility, homostyly and self-compatibility, and homostyly and apomixis. These strategies seem to have evolved independently, even among congeneric species. The results of this study show that in the Mata do Paraíso understory pollinator-independent plants (autogamous and apomictic) are the majority, including the species that present reproductive strategies derived from distyly. The predominance of these pollinator- independent reproductive systems converges as a derived reproductive strategy that has enabled the permanence of these plant populations in the studied site.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de ViçosaPlantas - ReproduçãoAutogamiaXenogamiaApomixiaBotânicaSistemas reprodutivos em espécies não-arbóreas de fragmento de Floresta Atlântica do sudeste brasileiro: diversidade, frequência e condições derivadasReproductive systems in non-tree species of Atlantic Rainforest fragment of southeastern Brazil: diversity, frequency and derived conditionsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Biologia VegetalDoutor em BotânicaViçosa - MG2014-12-22Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf848419https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7568/1/texto%20completo.pdfee24157bfe51d8ace49bbcc730db2df6MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7568/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3641https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7568/3/texto%20completo.pdf.jpg17b60e9f0760dd96811b6d65cb7bd523MD53TEXTtexto completo.pdf.txttexto completo.pdf.txtExtracted texttext/plain143005https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7568/4/texto%20completo.pdf.txt5572609d4a126d2dadbf28319c6b1106MD54123456789/75682016-04-28 07:06:15.988oai:locus.ufv.br:123456789/7568Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452016-04-28T10:06:15LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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