Efeito do formaldeído na proteção de proteínas e lipídios em rações para ruminantes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1980 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/24369 |
Resumo: | O presente trabalho foi conduzido nas dependências do Departamento de Zootecnia - Centro de Ciências Agrárias - U.F.V. -, com o objetivo de estudar os efeitos do formaldeído sobre a proteção de proteínas em ração para ruminantes. Foram programados dois (2) experimentos de fermentação in vitro, estudando-se as taxas de liberação de amônia pelos grãos de soja moídos e farelos de soja cru e tostado, com e sem adição de formaldeído, um (1) experimento para estudar a digestibilidade da matéria seca, proteína, energia dos grãos |de soja moídos e balanço de nitrogênio com ovinos e um (1) experimento com bezerros fistulados no abomaso, para estudar as digestibilidades e as digestões, no estômago e no intestino, da matéria seca, proteína, energia, matéria orgânica, celulose e extrato etéreo do farelo de soja e o balanço de nitrogênio. Nos experimentos (| e II) de fermentação in vitro, foram utilizadas 432 amostras coletadas a intervalos de I e 2 h., em 12 h. de incubação em líquido de rúmen de novilho 1/2 sangue Holandês x Zebu. As amostras foram analisadas quanto ao teor de amônia verificando-se menores teores quando os grãos de soja moídos foram tratados com formaldeído. Eles variaram de 17,3 a 18,6 mg de NH3-N/ 100 ml de líquido, contra 19,4 a 42,6 para os grãos moídos não tratados. O formaldeído adicionado ao farelo de soja cru causou uma diminuição nas taxas de liberação de amônia, o que não ocorreu no farelo tostado, sugerindo que o aquecimento do farelo durante o processamento industrial, já constitui uma forma de proteção de proteína contra a degradação no rúmen. O experimento com ovinos foi conduzido objetivando verificar o efeito do formaldeído sobre a digestibilidade da matéria seca, proteína e energia, e o balanço de nitrogênio, quando os animais receberam ração contendo grãos de soja moi- dos, tratados ou não com formaldeído, utilizando-se duas re- lações volumoso: concentrado 40:60% e 60:40%. A adição do formaldeído não influenciou os coeficientes de digestibilidade da matéria seca e energia bruta quando o nível do volumoso (silagem de milho) foi de 60%; no entanto houve uma tendência de aumentos quando se reduziu a proporção de volumoso para 40%. O coeficiente de digestibilidade de proteína foi reduzido em 50% quando se tratou a soja com formaldeído; no entanto, o balanço de nitrogênio dos animais apresentou uma tendência em ser superior, independentemente da relação volumoso: concentrado. Os maiores consumos de proteína por unidade de tamanho metabólico foram verificados quando se aumentou a proporção de concentrado na ração (60%) tratada com formaldeído, enquanto que para a matéria seca houve uma diminuição no consumo. No experimento com bezerros fistulados no abomaso, procurou-se estudar os efeitos do tratamento ou não com formaldeído (0 e 4%), e de três (3) níveis de óleo de soja (o;4 e 8%) adicionados ao farelo de soja cru sobre a digestibilidade aparente, digestão antes do abomaso e no intestino,em rações a base de feno de capim-gordura, fubá de milho e farelo de soja. As digestibilidades aparentes da matéria seca, proteína, energia, matéria orgânica e celulose foram menores quando o farelo de soja e o óleo foram tratados com formaldeído, no entanto não houve efeito sobre a digestibilidade do extrato etéreo, A adição de 4 e 8% de óleo diminuiu digestibilidade da celulose, porem o efeito depressor na digestibilidade da matéria orgânica foi verificado apenas com a adição de 8%. Houve aumento na digestibilidade do extrato etéreo à medida que se aumentou o nível de óleo na ração, As quantidades de matéria seca, proteína, matéria orgânica e energia presentes no abomaso, foram maiores quando as rações eram tratadas com formaldeído, e o inverso ocorrendo para as quantidades de extrato etéreo e celulose. À semelhança do que ocorreu no ensaio com ovinos, a diminuição da digestibilidade da proteína foi da ordem de 50% quando se adicionou formaldeído, e o balanço médio de nitrogênio foi positivo para todos os animais, embora menores para aqueles que receberam rações com formaldeído. O formaldeído adicionado às rações para ruminantes mostrou-se eficiente na proteção da proteína contra a degradação ruminal, uma vez que diminuiu a liberação de amônia na fermentação in vitro e causou um aumento nas quantidades de proteína a nível de intestino dos bezerros. |
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Nos experimentos (| e II) de fermentação in vitro, foram utilizadas 432 amostras coletadas a intervalos de I e 2 h., em 12 h. de incubação em líquido de rúmen de novilho 1/2 sangue Holandês x Zebu. As amostras foram analisadas quanto ao teor de amônia verificando-se menores teores quando os grãos de soja moídos foram tratados com formaldeído. Eles variaram de 17,3 a 18,6 mg de NH3-N/ 100 ml de líquido, contra 19,4 a 42,6 para os grãos moídos não tratados. O formaldeído adicionado ao farelo de soja cru causou uma diminuição nas taxas de liberação de amônia, o que não ocorreu no farelo tostado, sugerindo que o aquecimento do farelo durante o processamento industrial, já constitui uma forma de proteção de proteína contra a degradação no rúmen. O experimento com ovinos foi conduzido objetivando verificar o efeito do formaldeído sobre a digestibilidade da matéria seca, proteína e energia, e o balanço de nitrogênio, quando os animais receberam ração contendo grãos de soja moi- dos, tratados ou não com formaldeído, utilizando-se duas re- lações volumoso: concentrado 40:60% e 60:40%. A adição do formaldeído não influenciou os coeficientes de digestibilidade da matéria seca e energia bruta quando o nível do volumoso (silagem de milho) foi de 60%; no entanto houve uma tendência de aumentos quando se reduziu a proporção de volumoso para 40%. O coeficiente de digestibilidade de proteína foi reduzido em 50% quando se tratou a soja com formaldeído; no entanto, o balanço de nitrogênio dos animais apresentou uma tendência em ser superior, independentemente da relação volumoso: concentrado. Os maiores consumos de proteína por unidade de tamanho metabólico foram verificados quando se aumentou a proporção de concentrado na ração (60%) tratada com formaldeído, enquanto que para a matéria seca houve uma diminuição no consumo. No experimento com bezerros fistulados no abomaso, procurou-se estudar os efeitos do tratamento ou não com formaldeído (0 e 4%), e de três (3) níveis de óleo de soja (o;4 e 8%) adicionados ao farelo de soja cru sobre a digestibilidade aparente, digestão antes do abomaso e no intestino,em rações a base de feno de capim-gordura, fubá de milho e farelo de soja. As digestibilidades aparentes da matéria seca, proteína, energia, matéria orgânica e celulose foram menores quando o farelo de soja e o óleo foram tratados com formaldeído, no entanto não houve efeito sobre a digestibilidade do extrato etéreo, A adição de 4 e 8% de óleo diminuiu digestibilidade da celulose, porem o efeito depressor na digestibilidade da matéria orgânica foi verificado apenas com a adição de 8%. Houve aumento na digestibilidade do extrato etéreo à medida que se aumentou o nível de óleo na ração, As quantidades de matéria seca, proteína, matéria orgânica e energia presentes no abomaso, foram maiores quando as rações eram tratadas com formaldeído, e o inverso ocorrendo para as quantidades de extrato etéreo e celulose. À semelhança do que ocorreu no ensaio com ovinos, a diminuição da digestibilidade da proteína foi da ordem de 50% quando se adicionou formaldeído, e o balanço médio de nitrogênio foi positivo para todos os animais, embora menores para aqueles que receberam rações com formaldeído. O formaldeído adicionado às rações para ruminantes mostrou-se eficiente na proteção da proteína contra a degradação ruminal, uma vez que diminuiu a liberação de amônia na fermentação in vitro e causou um aumento nas quantidades de proteína a nível de intestino dos bezerros.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade Federal de ViçosaSilva, José Fernando Coelho dahttp://lattes.cnpq.br/3880305120359632Castro, Antônio Carlos GonçalvesGarcia, José AméricoVieira, Paulo de Figueiredo2019-04-08T17:31:00Z2019-04-08T17:31:00Z1980-07-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfVIEIRA, Paulo de Figueiredo. 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