Produção de xilooligossacarídeos por xilanase fúngica recombinante imobilizada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Letícia Persilva
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30472
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.639
Resumo: A endoxilanase é uma enzima que hidrolisa a cadeia de xilana formando xilooligossacarídeos (XOS) menores que são ingredientes prebióticos com potencial aplicação nas indústrias de alimentos e farmacêutica. Entretanto, o uso de enzimas na indústria pode ser limitado devido ao seu alto custo; portanto, faz-se necessário o uso de metodologias como a imobilização, que torna possível a recuperação da enzima, sua reutilização e melhora das características físico- químicas enzimáticas, de acordo com o processo desejado. O objetivo deste trabalho foi produzir XOS por uma xilanase fúngica engenheirada imobilizada. Para isso, a xilanase do fungo Orpinomyces sp., SM2, foi expressa em Escherichia coli e, após a expressão, foi realizada a imobilização do extrato bruto diluído 100 vezes pela metodologia de cross-linking com isopropanol 80 % e glutaraldeído 1 %. Então, fez-se o ensaio de pH ótimo, temperatura ótima e a termoestabilidade a 50 ºC, para comparação das formas livre e imobilizada da enzima. Foi aplicado 1 U do agregado enzimático na sacarificação do farelo de arroz pré-tratado alcalinamente com NaOH 1 %. Alíquotas foram coletadas para a avaliação do perfil dos XOS. Por fim, realizou-se o teste de reutilização da enzima imobilizada na temperatura de 50 ºC, por 10 ciclos, e o ensaio de armazenamento por 15 dias em temperatura ambiente e à 4 ºC. O rendimento de imobilização foi de 1,48 %. A enzima imobilizada obteve melhor atividade na faixa de pH ácida para neutra, sendo 5 o seu pH de máxima atividade; enquanto que a enzima livre apresentou melhor desempenho na faixa básica e seu pH ótimo foi 8. A temperatura ótima foi de 60 ºC para as duas enzimas, porém a xilanase imobilizada apresentou melhor estabilidade em uma faixa maior de temperatura. O tempo de meia vida da xilanase SM2 imobilizada foi de 216 horas e o da enzima livre de 30 horas. No ensaio de sacarificação, após 96 horas, houve a produção de 0,903 ± 0,013 g/L de xilobiose, 0,487 ± 0,000 g/L de xilotriose e 0,809 ± 0,006 g/L de xiloexose pela enzima imobilizada. Para o teste de reutilização, a atividade enzimática aumentou a cada ciclo, e no ensaio de armazenamento não houve diferença estatística nas atividades enzimáticas para as duas condições testadas. Portanto, conclui-se que apesar do baixo rendimento de imobilização da xilanase SM2, este processo melhorou a estabilidade da enzima, tornando-a mais estável em temperaturas mais altas, e aumentando o tempo de meia vida para mais de 7 vezes em comparação com a xilanase livre no ensaio de termoestabilidade. Na sacarificação, mesmo com uma concentração baixa de xilanase imobilizada, houve hidrólise do farelo de arroz pré-tratado, com liberação de XOS. Por fim, foi demonstrado que a enzima imobilizada pode ser reutilizada por mais de 10 ciclos, e como não houve diferença entre as duas formas de armazenamento, sugere-se que não há necessidade de refrigeração para manutenção da atividade da xilanase imobilizada. Palavras-chave: Xilanase. Expressão heteróloga. Imobilização. Xilooligossacarídeos.
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spelling Ventorim, Rafaela ZandonadeFernandes, Letícia Persilvahttp://lattes.cnpq.br/2470609087080753Alfenas, Gabriela Píccolo Maitan2023-03-01T13:44:18Z2023-03-01T13:44:18Z2022-07-29FERNANDES, Letícia Persilva. Produção de xilooligossacarídeos por xilanase fúngica recombinante imobilizada. 2022. 44 f. Dissertação (Mestrado em Bioquímica Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2022.https://locus.ufv.br//handle/123456789/30472https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.639A endoxilanase é uma enzima que hidrolisa a cadeia de xilana formando xilooligossacarídeos (XOS) menores que são ingredientes prebióticos com potencial aplicação nas indústrias de alimentos e farmacêutica. Entretanto, o uso de enzimas na indústria pode ser limitado devido ao seu alto custo; portanto, faz-se necessário o uso de metodologias como a imobilização, que torna possível a recuperação da enzima, sua reutilização e melhora das características físico- químicas enzimáticas, de acordo com o processo desejado. O objetivo deste trabalho foi produzir XOS por uma xilanase fúngica engenheirada imobilizada. Para isso, a xilanase do fungo Orpinomyces sp., SM2, foi expressa em Escherichia coli e, após a expressão, foi realizada a imobilização do extrato bruto diluído 100 vezes pela metodologia de cross-linking com isopropanol 80 % e glutaraldeído 1 %. Então, fez-se o ensaio de pH ótimo, temperatura ótima e a termoestabilidade a 50 ºC, para comparação das formas livre e imobilizada da enzima. Foi aplicado 1 U do agregado enzimático na sacarificação do farelo de arroz pré-tratado alcalinamente com NaOH 1 %. Alíquotas foram coletadas para a avaliação do perfil dos XOS. Por fim, realizou-se o teste de reutilização da enzima imobilizada na temperatura de 50 ºC, por 10 ciclos, e o ensaio de armazenamento por 15 dias em temperatura ambiente e à 4 ºC. O rendimento de imobilização foi de 1,48 %. A enzima imobilizada obteve melhor atividade na faixa de pH ácida para neutra, sendo 5 o seu pH de máxima atividade; enquanto que a enzima livre apresentou melhor desempenho na faixa básica e seu pH ótimo foi 8. A temperatura ótima foi de 60 ºC para as duas enzimas, porém a xilanase imobilizada apresentou melhor estabilidade em uma faixa maior de temperatura. O tempo de meia vida da xilanase SM2 imobilizada foi de 216 horas e o da enzima livre de 30 horas. No ensaio de sacarificação, após 96 horas, houve a produção de 0,903 ± 0,013 g/L de xilobiose, 0,487 ± 0,000 g/L de xilotriose e 0,809 ± 0,006 g/L de xiloexose pela enzima imobilizada. Para o teste de reutilização, a atividade enzimática aumentou a cada ciclo, e no ensaio de armazenamento não houve diferença estatística nas atividades enzimáticas para as duas condições testadas. Portanto, conclui-se que apesar do baixo rendimento de imobilização da xilanase SM2, este processo melhorou a estabilidade da enzima, tornando-a mais estável em temperaturas mais altas, e aumentando o tempo de meia vida para mais de 7 vezes em comparação com a xilanase livre no ensaio de termoestabilidade. Na sacarificação, mesmo com uma concentração baixa de xilanase imobilizada, houve hidrólise do farelo de arroz pré-tratado, com liberação de XOS. Por fim, foi demonstrado que a enzima imobilizada pode ser reutilizada por mais de 10 ciclos, e como não houve diferença entre as duas formas de armazenamento, sugere-se que não há necessidade de refrigeração para manutenção da atividade da xilanase imobilizada. Palavras-chave: Xilanase. Expressão heteróloga. Imobilização. Xilooligossacarídeos.Endoxylanases hydrolyze the xylan chain releasing smaller xylooligosaccharides (XOS). XOS are prebiotic ingredients with potential application in the food and pharmaceutical industries. However, the use of enzymes in the industry can be a limiting factor due to their high costs. Therefore, it is necessary to use methodologies such as immobilization that makes it possible to recover and reuse the enzyme several times and also to improve the enzymatic physicochemical characteristics according to the process. The purpose of this work was to produce XOS by an engineered and heterologously expressed immobilized fungal xylanase. For this, the SM2 xylanase from Orpinomyces sp. was expressed in Escherichia coli. After expression, the immobilization of the crude extract 100 times diluted was performed by the cross-linking methodology with 80 % isopropanol and 1 % glutaraldehyde. Then, the optimal pH, the optimal temperature and the thermostability at 50 ºC assays were performed for the free and immobilized xylanase. 1 U of the enzymatic aggregate was applied for the saccharification of rice bran, pretreated with 1 % NaOH. Aliquots were collected for the evaluation of the XOS profile. Finally, the reuse test was carried out at temperature of 50 ºC for 10 cycles and storage assay was performed for 15 days at room temperature and at 4 ºC. The immobilization yield was 1.48 %. The immobilized enzyme showed better activity in the acidic to neutral pH range, with maximal activity at pH 5, while the free xylanase showed better performance in the basic range of pH, and its optimal pH was 8. The optimal temperature was 60 ºC for both enzymes, but the immobilized xylanase showed better stability over a wider temperature range. The half- life of immobilized xylanase SM2 was 216 horas and the free enzyme showed half-life of 30 hours. After 96 hours of saccharification, there was release of 0.903 ± 0.013 g/L of xylobiose, 0.487 ± 0.000 g/L of xylotriose and 0,809 ± 0.006 g/L of xylohexose by the immobilized xylanase. In the reuse test, the enzymatic activity increased with each cycle and the storage assay showed that there was no statistical difference in the activities between the two tested temperatures. Therefore, it is concluded that despite the low immobilization yield of SM2 xylanase, the process improved the stability of the enzyme, making it more stable at higher temperatures and increasing the half-life to more than 7 times, compared to free xylanase for the thermostability test. For the saccharification assay, even using low concentration of immobilized xylanase, it was able to hydrolyze the pre-treated rice bran. The reuse test showed that there was an increase in the enzymatic activity. Finally, as the storage assay demonstrated that there was no difference between the two forms of storage, it is suggested that there is no need for refrigeration to maintain the enzymatic activity of the immobilized xylanase. Keywords: Xylanase. Heterologous expression. Immobilization. XylooligosaccharidesFundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de ViçosaBioquímica AplicadaHidrolasesEnzimas - Aplicações industriaisHidróliseEndoxilanaseXilooligossacarídeosEnzimologiaProdução de xilooligossacarídeos por xilanase fúngica recombinante imobilizadaXylooligosaccharides production by immobilized recombinant fungal xylanaseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Bioquímica e Biologia MolecularMestre em Bioquímica AplicadaViçosa - MG2022-07-29Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf552507https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/30472/1/texto%20completo.pdf8245446644c5bf7ddcdd4d93e4ceb14cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/30472/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/304722023-03-01 10:44:19.682oai:locus.ufv.br:123456789/30472Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452023-03-01T13:44:19LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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