Restrições financeiras em cooperativas agropecuárias
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/119 |
Resumo: | As cooperativas são reconhecidas como instituições de direitos de propriedade vagamente definidos. Esse problema amplia as limitações de acesso a recursos financeiros impostas pelas imperfeições do mercado de capital, restringindo os investimentos, o que reduz as possibilidades de crescimento e maior competitividade no mercado. Nesse contexto, originam-se os problemas de agência, na relação entre os administradores da cooperativa e cooperados, bem como os problemas na relação entre a cooperativa e os agentes financeiros, uma vez que as cooperativas, principalmente as de pequeno porte, oferecem menores garantias. Essa situação, gerada por termos legais específicos às cooperativas, conduziu o desenvolvimento da hipótese deste estudo, em que foi assumido, a priori, que as cooperativas agropecuárias de pequeno porte enfrentam mais restrições financeiras que as de grande porte para financiar os investimentos efetuados em ativos operacionais fixos. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar se as cooperativas agropecuárias brasileiras sofrem restrições financeiras para financiamento dos seus ativos operacionais fixos, utilizando como amostra cooperativas agropecuárias do Estado do Paraná, no período de 1999 a 2007. Pretendeu-se verificar se os investimentos nessas cooperativas são restritos pela disponibilidade de fundos internos, investigando a sensibilidade do investimento a fluxo de caixa. Buscou-se identificar também o comportamento dos investimentos em cooperativas de diferentes tamanhos. A metodologia utilizada baseou-se em modelos econométricos de Dados em Painel, para estimar a equação de investimento, e de Vetores Autorregressivos com Dados em Painel (PVAR), para a construção da variável Q Fundamental, proxy para oportunidades de investimento. Foram utilizados dados secundários de 60 cooperativas agropecuárias, fornecidos pela Central das Cooperativas do Estado do Paraná, primeira central de cooperativas brasileira a estabelecer uma padronização contábil para o segmento de cooperativas agropecuárias, o que permite análise comparativa dessas informações. Os resultados do Modelo Q de Investimento indicaram, quando analisada a amostra completa de cooperativas, que os investimentos destas são influenciados pelas oportunidades de investimento. Quando adicionada a variável fluxo de caixa, formando o Modelo Q de Investimento Aumentado, foi constatado que os investimentos das cooperativas, apesar de afetados pelas oportunidades de investimento, também são influenciados pelas restrições financeiras, que limitam a obtenção de recursos por essas cooperativas. Pela análise das subamostras, foi possível verificar que pequenas e grandes cooperativas apresentam restrições financeiras; para as pequenas, as oportunidades de investimento não exercem influência sobre os investimentos. Portanto, as cooperativas, dado o seu ambiente legal e institucional, ficam expostas às imperfeições do mercado de capital, independentemente de seu tamanho, sendo necessárias algumas mudanças estruturais que propiciem direitos de propriedade assegurados e maior flexibilidade para a gestão de capital nas cooperativas. |
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Restrições financeiras em cooperativas agropecuáriasFinancial restrictions in agricultural cooperativesCooperativas agropecuáriasRestrições financeirasInvestimentoAgricultural cooperativesFinancial restrictionsInvestmentCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ADMINISTRACAO::ADMINISTRACAO DE SETORES ESPECIFICOSAs cooperativas são reconhecidas como instituições de direitos de propriedade vagamente definidos. Esse problema amplia as limitações de acesso a recursos financeiros impostas pelas imperfeições do mercado de capital, restringindo os investimentos, o que reduz as possibilidades de crescimento e maior competitividade no mercado. Nesse contexto, originam-se os problemas de agência, na relação entre os administradores da cooperativa e cooperados, bem como os problemas na relação entre a cooperativa e os agentes financeiros, uma vez que as cooperativas, principalmente as de pequeno porte, oferecem menores garantias. Essa situação, gerada por termos legais específicos às cooperativas, conduziu o desenvolvimento da hipótese deste estudo, em que foi assumido, a priori, que as cooperativas agropecuárias de pequeno porte enfrentam mais restrições financeiras que as de grande porte para financiar os investimentos efetuados em ativos operacionais fixos. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar se as cooperativas agropecuárias brasileiras sofrem restrições financeiras para financiamento dos seus ativos operacionais fixos, utilizando como amostra cooperativas agropecuárias do Estado do Paraná, no período de 1999 a 2007. Pretendeu-se verificar se os investimentos nessas cooperativas são restritos pela disponibilidade de fundos internos, investigando a sensibilidade do investimento a fluxo de caixa. Buscou-se identificar também o comportamento dos investimentos em cooperativas de diferentes tamanhos. A metodologia utilizada baseou-se em modelos econométricos de Dados em Painel, para estimar a equação de investimento, e de Vetores Autorregressivos com Dados em Painel (PVAR), para a construção da variável Q Fundamental, proxy para oportunidades de investimento. Foram utilizados dados secundários de 60 cooperativas agropecuárias, fornecidos pela Central das Cooperativas do Estado do Paraná, primeira central de cooperativas brasileira a estabelecer uma padronização contábil para o segmento de cooperativas agropecuárias, o que permite análise comparativa dessas informações. Os resultados do Modelo Q de Investimento indicaram, quando analisada a amostra completa de cooperativas, que os investimentos destas são influenciados pelas oportunidades de investimento. Quando adicionada a variável fluxo de caixa, formando o Modelo Q de Investimento Aumentado, foi constatado que os investimentos das cooperativas, apesar de afetados pelas oportunidades de investimento, também são influenciados pelas restrições financeiras, que limitam a obtenção de recursos por essas cooperativas. Pela análise das subamostras, foi possível verificar que pequenas e grandes cooperativas apresentam restrições financeiras; para as pequenas, as oportunidades de investimento não exercem influência sobre os investimentos. Portanto, as cooperativas, dado o seu ambiente legal e institucional, ficam expostas às imperfeições do mercado de capital, independentemente de seu tamanho, sendo necessárias algumas mudanças estruturais que propiciem direitos de propriedade assegurados e maior flexibilidade para a gestão de capital nas cooperativas.Cooperatives are recognized as institutions with property rights poorly defined. This problem strengthens the limitations of access to financial resources imposed by the imperfections of the capital market, limiting investments and reducing the possibility of growth and more competitiveness in the market. In this context, agency problems start to occur in the relation between the managers and members of cooperatives and in the relation between cooperatives and financial agents, since cooperatives, especially the small ones, provide fewer guarantees. This situation, generated by legal terms specific for cooperatives, led to the development of the hypothesis of the present study, in which, a priori, it was assumed that small agricultural cooperatives face more financial restrictions than large agricultural cooperatives to fund the investments made in fixed operating assets. Therefore, this work aimed at analyzing if Brazilian agricultural cooperatives suffer financial restrictions to fund their fixed operating assets, using agricultural cooperatives from the state of Paraná as sample, from 1999 to 2007. It aimed at verifying if the investments in these cooperatives are restricted by the availability of internal funds, by investigating the sensitivity of cash flow investment. Another objective was to identify the behavior of investments in cooperatives with different sizes. The methodology used was based on the Econometric Models of Panel Data, to estimate the equation of investment, and Panel Vector Autoregression (PVAR) for the construction of the variable Q Fundamental, proxy for investment opportunities. Secondary data of 60 agricultural cooperatives were used, provided by the Central das Cooperativas (Cooperative Center) of the state of Paraná, the first Brazilian cooperative center to establish an accounting standardization for the agricultural cooperative sector, which allows a comparative analysis of such information. The results of the Q Investment Model indicated, when the whole cooperative sample was analyzed, that their investments are influenced by the investment opportunities. When the variable cash flow was inserted, forming the “Augmented” Q Investment Model, it was observed that the investments of the cooperatives, although affected by the opportunities of investment, were also influenced by the financial restrictions which limit the achievement of resources for these cooperatives. By the analysis of the subsamples, it was possible to verify that small and large cooperatives present financial restrictions, and that for the small ones the opportunities of investment do not affect the investments. Therefore, due to their legal and institutional environment, cooperatives are exposed to the imperfections of the capital market, regardless of their size. Some structural changes are necessary to guarantee property rights and more flexibility for the capital management in cooperatives.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade Federal de ViçosaBREconomia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos RecursosDoutorado em Economia AplicadaUFVhttp://lattes.cnpq.br/9727521548920368Ferreira, Marco Aurélio Marqueshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230Y0Resende Filho, Moisés de Andradehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796349A6Braga, Marcelo Joséhttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3Perobelli, Fernanda Finotti Cordeirohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706392H0Mattos, Leonardo Bornacki dehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0Reis, Brício dos Santoshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0Gonçalves, Rosiane Maria Lima2015-03-19T19:35:04Z2009-11-302015-03-19T19:35:04Z2009-06-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfGONÇALVES, Rosiane Maria Lima. Financial restrictions in agricultural cooperatives. 2009. 155 f. Tese (Doutorado em Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2009.http://locus.ufv.br/handle/123456789/119porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFV2016-04-06T11:00:00Zoai:locus.ufv.br:123456789/119Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452016-04-06T11:00LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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