As mulheres surdas e o sistema público de saúde: caminhos para o acesso aos direitos sexuais reprodutivos
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Data de Publicação: | 2016 |
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Texto Completo: | https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/11502 http://locus.ufv.br//handle/123456789/26337 |
Resumo: | A presente pesquisa foi desenvolvida a partir da problemática de inserção de pessoas Surdas nos espaços públicos, sobretudo, no que se refere à acessibilidade e à garantia dos direitos humanos. Visamos, então, conhecer e compreender as diferentes formas de acesso às informações a respeito dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres Surdas de classes sociais menos favorecidas. Nosso estudo considerou, portanto, as mulheres Surdas que não estavam registradas nas Estratégias da Saúde da Família, em uma cidade na Zona da Mata Mineira. Sendo assim, este artigo aborda o viés etnográfi - co, com a perspectiva de inserção nas redes sociais virtuais como recurso metodológico no agenciamento dos corpos Surdos femininos, para o entendimento sobre os direitos sexuais e reprodutivos. A etnografi a virtual potencializou as interações entre pesquisador-pesquisadas por meio das tecnologias, mostrando-se efi caz para adentrar aos temas considerados tabus, de acordo com Rodrigues (1980), quando acessados, via relações face a face, a partir do conceito de Goff man (1998). Nesse sentido, as questões voltadas ao gênero e à sexualidade desse segmento de mulheres puderam ser acessadas, haja vista que se atentou às especifi cidades linguísticas e culturais por elas consideradas, revelando-se como espaço privilegiado de agência dos corpos Surdos femininos. |
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Gediel, Ana Luisa Borba2019-07-25T11:34:58Z2019-07-25T11:34:58Z201622386009https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/11502http://locus.ufv.br//handle/123456789/26337A presente pesquisa foi desenvolvida a partir da problemática de inserção de pessoas Surdas nos espaços públicos, sobretudo, no que se refere à acessibilidade e à garantia dos direitos humanos. Visamos, então, conhecer e compreender as diferentes formas de acesso às informações a respeito dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres Surdas de classes sociais menos favorecidas. Nosso estudo considerou, portanto, as mulheres Surdas que não estavam registradas nas Estratégias da Saúde da Família, em uma cidade na Zona da Mata Mineira. Sendo assim, este artigo aborda o viés etnográfi - co, com a perspectiva de inserção nas redes sociais virtuais como recurso metodológico no agenciamento dos corpos Surdos femininos, para o entendimento sobre os direitos sexuais e reprodutivos. A etnografi a virtual potencializou as interações entre pesquisador-pesquisadas por meio das tecnologias, mostrando-se efi caz para adentrar aos temas considerados tabus, de acordo com Rodrigues (1980), quando acessados, via relações face a face, a partir do conceito de Goff man (1998). Nesse sentido, as questões voltadas ao gênero e à sexualidade desse segmento de mulheres puderam ser acessadas, haja vista que se atentou às especifi cidades linguísticas e culturais por elas consideradas, revelando-se como espaço privilegiado de agência dos corpos Surdos femininos.Inspired by deaf people’s interaction in diff erent public spaces and the guarantee of accessibility and human rights, this research was designed to understand the diff erent ways that deaf women from low economic classes have access to information about sexual and reproductive rights using places such as the Family Health Strategies in Viçosa city, Minas Gerais. This ethnographic study aims to understand the agency of deaf women's bodies upon their sexual and reproductive rights. Virtual social networks used by the women were methodological resources. The virtual ethnography potentiated the interactions between researcher-researched through these technologies and were eff ective in broaching topics often considered “tabu” according Rodrigues (1980), when addressed face-to-face, following Goff man’s concept (1998). Using this technology, questions related to gender and sexuality of deaf women could be explored, specifi cally those having unique linguistic and cultural characteristics. Because of this freedom to communicate, the virtual spaces were revealed as a privileged place of agency to the female deaf bodies to discuss their sexual and reproductive rights.porVivência: Revista de Antropologiav. 01, n. 48, p. 75- 88, 2016Mulheres surdasSistema público de saúdeDireitos sexuais reprodutivosDeaf WomenSexual and reproductive rightsHealth public systemAs mulheres surdas e o sistema público de saúde: caminhos para o acesso aos direitos sexuais reprodutivosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/26337/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALartigo.pdfartigo.pdftexto completoapplication/pdf244564https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/26337/1/artigo.pdfd5c921ce320eec167de4a2586dd77b4fMD51123456789/263372019-07-25 08:58:39.051oai:locus.ufv.br:123456789/26337Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452019-07-25T11:58:39LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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