Aspectos do parasitismo por carrapatos: hospedeiros diversos, patógenos associados, alterações histopatológicas e oxidativas no local de fixação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nogueira, Bárbara Cristina Félix
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30881
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.139
Resumo: Os carrapatos apresentam uma infinidade de hospedeiros, no entanto a maioria dos estudos para desvendar as relações desse parasitismo se concentra em hospedeiros primários e de importância econômica. Mesmo assim, alguns aspectos ainda permanecem pouco abordados tanto para estes hospedeiros como para hospedeiros secundários e acidentais. Diante do exposto, esta tese foi organizada em três capítulos em formato de artigo científico. No primeiro capítulo é apresentada uma avaliação das alterações histopatológicas e as respostas do perfil oxidativo de equinos no local de fixação de A. sculptum. Nele foi observado aumento da celularidade, infiltrado inflamatório, mastócitos, núcleos picnóticos e alterações nos componentes fibrosos da matriz, o nível da enzima antioxidante SOD foi maior em Breton Postier, o que pode significar que esses animais tiveram maior atividade enzimática e, consequentemente, menos dano tecidual, enquanto a GST caiu nos locais de fixação em comparação ao controle, o que pode indicar que os animais estavam em estado de estresse oxidativo significativo ou a possível ocorrência de sequestro enzimático por carrapatos, além disso, foi observada correlação negativa entre a infestação por carrapatos e a resposta inflamatória indicando que animais com maior resposta inflamatória tendem a ter menos infestação por carrapatos. No segundo capítulo foi feita uma avaliação da diversidade de ixodídeos e detecção Rickettsia spp. em carrapatos que parasitam aves no bioma Mata Atlântica. Nele foram capturadas 773 aves, das quais 130 estavam parasitadas por carrapatos 479 carrapatos das espécies Amblyomma longirostre, Amblyomma calcaratum, Amblyomma varium, Amblyomma sculptum e larvas de Amblyomma spp., foi observada distribuição sazonal dos estágios de vida ao longo do ano e foram encontradas correlações negativas significativas entre temperatura e carrapatos e temperatura e aves infestadas. Foram positivas para Rickettsia spp. 43 amostras de carrapatos e a análise de sequência indicou alta identidade de nucleotídeos com Rickettsia rhipicephali, R. massiliae, R. africae e R. honei marmionii, o que chamou a atenção devido ao potencial de dispersão de carrapatos pelas aves somado à agressividade espécies do gênero Amblyomma e o potencial zoonótico de algumas espécies de Rickettsia. No terceiro capítulo foi realizado um compilado de dados publicados que relatam o parasitismo de carrapatos em humanos nos diferentes biomas do Brasil e sua relação com as alterações ambientais. Foram incluídos estudos publicados entre 1909 e 2022, que apresentavam nove espécies da família Argasidae e 32 espécies da família Ixodidae parasitando humanos nos seis biomas do território brasileiro. A espécie com maior número de registros de parasitismo humano foi Amblyomma sculptum, seguido por Amblyomma coelebs, Amblyomma cajennense sensu stricto e Amblyomma brasiliense. Além disso foram encontrados registros para Amblyomma ovale, vetor da Rickettsia parkeri no país, e A. sculptum e A. aureolatum que são as principais espécies que atuam como vetores de Rickettsia rickettsii, o que é bastante preocupante considerando que a ampla distribuição das espécies e fases de vida mais freqüentemente mencionados no parasitismo (ou seja, ninfas e adultos) são os que favorecem a transmissão do patógeno. Palavras-chave: Doenças transmitidas por carrapatos. Ixodidae. Argasidae. Parasitologia.
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spelling Martins, Thiago FernandesNogueira, Bárbara Cristina Félixhttp://lattes.cnpq.br/0801132406656596Campos, Artur Kanadani2023-05-15T14:07:42Z2023-05-15T14:07:42Z2023-02-24NOGUEIRA, Bárbara Cristina Félix. Aspectos do parasitismo por carrapatos: hospedeiros diversos, patógenos associados, alterações histopatológicas e oxidativas no local de fixação. 2023. 161 f. Tese (Doutorado em Medicina Veterinária) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2023.https://locus.ufv.br//handle/123456789/30881https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.139Os carrapatos apresentam uma infinidade de hospedeiros, no entanto a maioria dos estudos para desvendar as relações desse parasitismo se concentra em hospedeiros primários e de importância econômica. Mesmo assim, alguns aspectos ainda permanecem pouco abordados tanto para estes hospedeiros como para hospedeiros secundários e acidentais. Diante do exposto, esta tese foi organizada em três capítulos em formato de artigo científico. No primeiro capítulo é apresentada uma avaliação das alterações histopatológicas e as respostas do perfil oxidativo de equinos no local de fixação de A. sculptum. Nele foi observado aumento da celularidade, infiltrado inflamatório, mastócitos, núcleos picnóticos e alterações nos componentes fibrosos da matriz, o nível da enzima antioxidante SOD foi maior em Breton Postier, o que pode significar que esses animais tiveram maior atividade enzimática e, consequentemente, menos dano tecidual, enquanto a GST caiu nos locais de fixação em comparação ao controle, o que pode indicar que os animais estavam em estado de estresse oxidativo significativo ou a possível ocorrência de sequestro enzimático por carrapatos, além disso, foi observada correlação negativa entre a infestação por carrapatos e a resposta inflamatória indicando que animais com maior resposta inflamatória tendem a ter menos infestação por carrapatos. No segundo capítulo foi feita uma avaliação da diversidade de ixodídeos e detecção Rickettsia spp. em carrapatos que parasitam aves no bioma Mata Atlântica. Nele foram capturadas 773 aves, das quais 130 estavam parasitadas por carrapatos 479 carrapatos das espécies Amblyomma longirostre, Amblyomma calcaratum, Amblyomma varium, Amblyomma sculptum e larvas de Amblyomma spp., foi observada distribuição sazonal dos estágios de vida ao longo do ano e foram encontradas correlações negativas significativas entre temperatura e carrapatos e temperatura e aves infestadas. Foram positivas para Rickettsia spp. 43 amostras de carrapatos e a análise de sequência indicou alta identidade de nucleotídeos com Rickettsia rhipicephali, R. massiliae, R. africae e R. honei marmionii, o que chamou a atenção devido ao potencial de dispersão de carrapatos pelas aves somado à agressividade espécies do gênero Amblyomma e o potencial zoonótico de algumas espécies de Rickettsia. No terceiro capítulo foi realizado um compilado de dados publicados que relatam o parasitismo de carrapatos em humanos nos diferentes biomas do Brasil e sua relação com as alterações ambientais. Foram incluídos estudos publicados entre 1909 e 2022, que apresentavam nove espécies da família Argasidae e 32 espécies da família Ixodidae parasitando humanos nos seis biomas do território brasileiro. A espécie com maior número de registros de parasitismo humano foi Amblyomma sculptum, seguido por Amblyomma coelebs, Amblyomma cajennense sensu stricto e Amblyomma brasiliense. Além disso foram encontrados registros para Amblyomma ovale, vetor da Rickettsia parkeri no país, e A. sculptum e A. aureolatum que são as principais espécies que atuam como vetores de Rickettsia rickettsii, o que é bastante preocupante considerando que a ampla distribuição das espécies e fases de vida mais freqüentemente mencionados no parasitismo (ou seja, ninfas e adultos) são os que favorecem a transmissão do patógeno. Palavras-chave: Doenças transmitidas por carrapatos. Ixodidae. Argasidae. Parasitologia.Ticks have a wide hos rang; however, most studies to unravel the relationships of this parasitism focus on primary hosts and on those with economic importance. Nevertheless, some aspects still remain little addressed both for these hosts and for secondary and accidental hosts. Under the above circunstances, this thesis was organized into three chapters in the format of scientific articles. In the first chapter, an evaluation of the histopathological changes and responses of the oxidative profile of horses at the site of Amblyomma sculptum fixation is presented. An increase in cellularity, inflammatory infiltrate, mast cells, pyknotic nuclei and alterations in the fibrous components of the matrix were observed, the level of the antioxidant enzyme SOD was higher in Breton Postier, which may indicate that these animals had greater enzymatic activity and, consequently, less tissue damage, while GST dropped in the fixation sites compared to the control, which suggests that the animals were in a state of significant oxidative stress or the possible occurrence of enzymatic sequestration by ticks. In addition, a negative correlation was observed between infestation by ticks and the inflammatory response indicating that animals with a greater inflammatory response tend to have less tick infestation. In the second chapter, we performed an evaluation of the diversity of ixodids and detection of Rickettsia spp. in ticks that parasitize birds in the Atlantic Forest biome. For this, 773 birds were captured, of which 130 were parasitized by ticks (479 ticks of the species Amblyomma longirostre, Amblyomma calcaratum, Amblyomma varium, Amblyomma sculptum and larvae of Amblyomma spp.). A seasonal distribution of life stages was observed throughout the year and were found significantly negative correlations between temperature and ticks and temperature and infested birds. They were positive for Rickettsia spp. (43 tick samples) and the sequence analysis indicated a high nucleotide identity with Rickettsia rhipicephali, R. massiliae, R. africae and R. honei marmionii, which drew attention due to the potential for tick dispersion by birds added to the aggressiveness of the tick species of the genus Amblyomma and the zoonotic potential of some species of Rickettsia. In the third chapter, a compilation of published data was carried out about the parasitism of ticks on humans in the different biomes of Brazil and its relationship with environmental changes. Studies published between 1909 and 2022 were included, which presented nine species of the Argasidae family and 32 species of the Ixodidae family parasitizing humans in the six biomes of the Brazilian territory. The species with the highest number of records of human parasitism was Amblyomma sculptum, followed by Amblyomma coelebs, Amblyomma cajennense sensu stricto and Amblyomma brasiliense. In addition, records were found for Amblyomma ovale, the vector of Rickettsia parkeri in the country, and A. sculptum and A. aureolatum, which are the main species that act as vectors of Rickettsia rickettsii, which is quite worrying considering that the wide distribution of species and the most frequently mentioned life stages in parasitism (i.e., nymphs and adults) are those that favor the transmission of the pathogen. Keywords: Tick-borne diseases. Ixodidae. Argasidae. Parasitology.porUniversidade Federal de ViçosaMedicina VeterináriaCarrapatos como transmissores de doençasIxodidaeArgasidaeParasitologia veterináriaMedicina Veterinária PreventivaAspectos do parasitismo por carrapatos: hospedeiros diversos, patógenos associados, alterações histopatológicas e oxidativas no local de fixaçãoAspects of tick parasitism: diverse hosts, associated pathogens, histopathological and oxidative changes at the site of attachmentinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de VeterináriaDoutor em Medicina VeterináriaViçosa - MG2023-02-24Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf2027244https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/30881/1/texto%20completo.pdf5ab18fd54b5edd06c9eb6870c14b5009MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/30881/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/308812023-05-15 11:07:42.983oai:locus.ufv.br:123456789/30881Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452023-05-15T14:07:42LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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