Certificação florestal do Forest Stewardship Council (FSC) e o manejo integrado de pragas florestais em empreendimentos certificados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Pedro Guilherme Lemes
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8430
Resumo: A certificação florestal busca garantir que o manejo florestal seja feito de acordo com o desenvolvimento sustentável. O Programa Brasileiro de Certificação Florestal (CERFLOR) é o sistema de certificação mais conhecido no Brasil, e internacionalmente, os principais são o Forest Stewardship Council (FSC) e o Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC). O FSC começou a funcionar em 1993 como a primeira organização não-governamental composta por partes interessadas para garantir a sustentabilidade social, ambiental e econômica dos recursos florestais. O empreendimento florestal deve seguir os dez princípios e 56 critérios para usar o selo do FSC em seus produtos. Ao adotar políticas de responsabilidade social, a empresa se diferencia por utilizar práticas sociais e ambientais e facilita a obtenção de novos mercados. Dentro dos “Princípios & Critérios”, está a Política de Pesticidas do FSC com princípios ativos proibidos cujo uso deve ser interrompido imediatamente, pela empresa que queira se certificar. Empreendimentos certificados enfrentam dificuldades para se ajustar ao uso de pesticidas químicos de acordo com as exigências impostas pelo FSC. O objetivo desse estudo foi verificar o histórico, procedimentos da derrogação para o uso de produtos proibidos, discutir as técnicas e alternativas de controle e verificar os impactos da certificação florestal do FSC nas práticas de manejo integrado de pragas florestais da perspectiva dos empreendimentos florestais brasileiros. As alternativas existentes não provaram ter eficiência no controle de formigas cortadeiras comparadas ao uso de iscas granuladas à base de sulfluramida e fipronil, formulação em pó a base de deltametrina e termonebulizável a base de fenitrothion e em grânulos dispersíveis a base de fipronil para o controle de cupins. As alternativas propostas não demonstraram a mesma eficiência em campo e o prazo de derroga é insuficiente para desenvolver novas alternativas, especialmente para substituir as iscas e inseticidas que estão restritos pelo FSC, principalmente, em relação às formigas cortadeiras. Mais de 90% das empresas brasileiras certificadas pelo FSC classificaram as formigas cortadeiras como “muito importantes” e o controle químico de insetos foi considerado “muito importante” por 82% delas. A sulfluramida, que está em derrogação, foi classificada como “muito importante” por 96,5% das empresas certificadas, seguida pelo fipronil. A maioria das empresas está satisfeita com o FSC e o manejo integrado de pragas, porém quase 30% delas concordam plenamente que a proibição dos inseticidas usados no controle de formigas e cupins é uma barreira não-tarifária sobre a produtividade dos plantios florestais brasileiros. Proibir o uso desses químicos e usar alternativas sem a mesma eficiência da sulfluramida, para o manejo de formigas cortadeiras resultará em um mal manejo de pragas, maiores perdas na produção e aumento dos custos. Além disso, o uso de normas internacionais para o manejo florestal sustentável requer adaptação às realidades locais.
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O FSC começou a funcionar em 1993 como a primeira organização não-governamental composta por partes interessadas para garantir a sustentabilidade social, ambiental e econômica dos recursos florestais. O empreendimento florestal deve seguir os dez princípios e 56 critérios para usar o selo do FSC em seus produtos. Ao adotar políticas de responsabilidade social, a empresa se diferencia por utilizar práticas sociais e ambientais e facilita a obtenção de novos mercados. Dentro dos “Princípios & Critérios”, está a Política de Pesticidas do FSC com princípios ativos proibidos cujo uso deve ser interrompido imediatamente, pela empresa que queira se certificar. Empreendimentos certificados enfrentam dificuldades para se ajustar ao uso de pesticidas químicos de acordo com as exigências impostas pelo FSC. O objetivo desse estudo foi verificar o histórico, procedimentos da derrogação para o uso de produtos proibidos, discutir as técnicas e alternativas de controle e verificar os impactos da certificação florestal do FSC nas práticas de manejo integrado de pragas florestais da perspectiva dos empreendimentos florestais brasileiros. As alternativas existentes não provaram ter eficiência no controle de formigas cortadeiras comparadas ao uso de iscas granuladas à base de sulfluramida e fipronil, formulação em pó a base de deltametrina e termonebulizável a base de fenitrothion e em grânulos dispersíveis a base de fipronil para o controle de cupins. As alternativas propostas não demonstraram a mesma eficiência em campo e o prazo de derroga é insuficiente para desenvolver novas alternativas, especialmente para substituir as iscas e inseticidas que estão restritos pelo FSC, principalmente, em relação às formigas cortadeiras. Mais de 90% das empresas brasileiras certificadas pelo FSC classificaram as formigas cortadeiras como “muito importantes” e o controle químico de insetos foi considerado “muito importante” por 82% delas. A sulfluramida, que está em derrogação, foi classificada como “muito importante” por 96,5% das empresas certificadas, seguida pelo fipronil. A maioria das empresas está satisfeita com o FSC e o manejo integrado de pragas, porém quase 30% delas concordam plenamente que a proibição dos inseticidas usados no controle de formigas e cupins é uma barreira não-tarifária sobre a produtividade dos plantios florestais brasileiros. Proibir o uso desses químicos e usar alternativas sem a mesma eficiência da sulfluramida, para o manejo de formigas cortadeiras resultará em um mal manejo de pragas, maiores perdas na produção e aumento dos custos. Além disso, o uso de normas internacionais para o manejo florestal sustentável requer adaptação às realidades locais.Forest certification seeks to guarantee that forest management is done in accordance with the principles of sustainable development. CERFLOR (Brazilian Program of Forest Certification) is the most known forest certification system in Brazil and globally, the leaders are FSC (Forest Stewardship Council) and PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification). The FSC began operating in 1993 as the first non-governmental organization composed of various stakeholders to ensure social, environmental and economic sustainability of the forest resources. The forest company must follow the 10 principles and 56 criteria in order to use the FSC label on their products. By adopting corporate social responsibility policies, the company differs itself from others by using social and environmental practices and helps to get into new markets. Within the "Principles & Criteria", the FSC Pesticides Policy prohibits some active ingredients which use must be discontinued immediately by a company that want to be certified. In Brazil and around the world, certified enterprises are facing difficulties to adjust the use of chemical pesticides in accordance with the requirements of the FSC. The objective of this study was to verify the history, the procedures of derogation for the use of banned pesticides, to discuss alternatives of techniques and control and to verify the impacts of FSC forest certification in the practices of integrated management of forest pests from the perspective of Brazilian forest enterprises. The alternatives have proved to be inefficient to proper control of leaf-cutting ants compared to the use of sulfluramid and fipronil granulated baits, powder formulation of deltamethrin and fog with fenitrothion and dispersible granules of fipronil for termite control. The alternatives proposed by scientific research did not demonstrate the same efficiency in the field and the derogation deadline is insufficient, specially to replace the use of baits and insecticides that are restricted by FSC, mainly in relation to leaf cutting ants. More than 90% of Brazilian companies certified by FSC rated the leaf cutting ants as "very important" and chemical control was considered "very important" by 82% of them. The sulfluramid, which is in derogation, has been rated as "very important" by 96.5% of certified companies, followed by fipronil. Most companies are satisfied with FSC and the integrated pest management, but almost 30% of them strongly agree that the prohibition of pesticides used in the control of ants and termites is a non-tariff barrier on the productivity of Brazilian forest plantations. Prohibit the use of these chemicals and using alternatives without the same efficiency of sulfluramid for the management of leaf cutting ants will result in mismanagement, losses in production and increased costs. Besides that, the use of international standards for sustainable forest management requires adaptation to local realities.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de ViçosaProdutos químicosPragas florestais - ControleManejo integrado de pragasFormigas cortadeiras - ControleProteção FlorestalCertificação florestal do Forest Stewardship Council (FSC) e o manejo integrado de pragas florestais em empreendimentos certificadosForest Stewardship Council (FSC) forest certification and the integrated management of forest pests in certified companiesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de EntomologiaDoutor em EntomologiaViçosa - MG2015-06-02Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf2684842https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8430/1/texto%20completo.pdfa4fa0d6a54f36f072d163d94384e007cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8430/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3568https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8430/3/texto%20completo.pdf.jpgf58ee9cacc60374149039f68d1fb2f86MD53TEXTtexto completo.pdf.txttexto completo.pdf.txtExtracted texttext/plain261848https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8430/4/texto%20completo.pdf.txt73893526b9fb6fa8c5a71c717e1d085aMD54123456789/84302016-09-02 07:26:11.337oai:locus.ufv.br:123456789/8430Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452016-09-02T10:26:11LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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