Innovating the management of mites on strawberry crops

• Autor(a) principal: Vacacela Ajila, Henry Eduardo
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: eng
• Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
• Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/32242
• topic: Phytonemus pallidus; Tetranychus urticae; Neoseiulus californicus; Phytoseiulus macropilis; Ácaros - Alimentos; Radiação ultravioleta; Morango - Doenças e pragas - Controle; Entomologia agrícola

Na cultura do morango duas espécies de ácaros praga são as responsáveis por provocar grandes prejuízos na produção. A principal, o ácaro rajado Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae), pode provocar perdas acima do 80% quando não é controlada de uma forma adequada. Por outro lado, o ácaro Phytonemus pallidus (Banks) (Acari: Tarsonemidae) também constitui uma praga de importância no morango. Apesar de não ter sido anteriormente reportada no Brasil, esta praga está comumente associada ao morango em diversos países no mundo. Portanto, nesse trabalho, inicialmente, foi reportado a presença desta nova praga na cultura de morango em Minas Gerais-Brasil. Posteriormente, nós examinamos a adequabilidade de diferentes tipos de pólen como alimento suplementar para o ácaro predador Neoseiulus californicus (McGregor) (Acari: Phytoseiidae) quando a população de sua presa T. urticae é baixa. Também foi investigado a adequabilidade de diferentes tipos de pólen na sobrevivência e reprodução de N. californicus e os efeitos de uma dieta mista de pólen e presa na história de vida do predador. Adicionalmente, nós testamos a dinâmica populacional de T. urticae em plantas de morango na presença de N. californicus, com e sem pólen, e em comparação ao ácaro predador especialista Phytoseiulus macropilis (Banks) (Acari: Phytoseiidae). Além disso, nós avaliamos a toxicidade da calda sulfocálcica no ácaro fitófago T. urticae e nos inimigos naturais P. macropilis e N. californicus. No mesmo estudo, foi avaliado o efeito subletal de concentrações da calda sulfocálcica na oviposição, viabilidade dos ovos e no comportamento de forrageamento das três espécies de ácaros. Por fim, nós estudamos o efeito da irradiação ultravioleta (UV) na mortalidade das fêmeas e esterilidade dos ovos de T. urticae. Foi investigado se ácaros “inativos” (fêmeas e ovos de T. urticae) podem provocar efeitos negativos nos parâmetros biológicos dos ácaros predadores N. californicus e P. macropilis. Os principais resultados do presente estudo indicam que P. pallidus foi encontrado no cultivo de morango orgânico em dois municípios do estado de Minas Gerais. Também, foi demonstrado que N. californicus é um eficiente agente de controle biológico de T. urticae e que a provisão de alimento suplementar pode manter os predadores no cultivo de morango antes que a praga se estabeleça na cultura ou em períodos de escassez da mesma. Adicionalmente, foi verificado que a calda sulfocálcica exibiu uma alta toxicidade para os predadores N. californicus e P. macropilis em comparação de T. urticae. Contrariamente, concentrações de calda sulfocálcica usadas em campo provocaram uma maior redução na oviposição de T. urticae do que na dos predadores. Curiosamente, embora a viabilidade de ovos de P. macropilis tenha sido menos afetada devido as exposições da calda sulfocálcica, esses ácaros foram incapazes de evitar áreas tratadas. Finalmente, foi demonstrado também que a irradiação UV provocou efeito negativo no ácaro fitófago T. urticae causando a esterilidade dos ovos e a mortalidade das fêmeas. Sendo assim, os ácaros predadores N. californicus e P. macropilis podem se alimentar das fêmeas e ovos “estéreis” de T. urticae sem afetar seus parâmetros biológicos. Desta maneira, esse processo pode melhorar as técnicas de criações massais usadas no controle biológico de pragas.