Perfil de ácidos graxos e cinética da digestão de nutrientes em caprinos

• Autor(a) principal: Matos, Rogério da Silva
• Data de Publicação: 2008
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
• Texto Completo: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5592
• topic: Caprinos; Lipídios; Biohidrogenação; Caprines; Lipids; Biohydrogenation; CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::ZOOTECNIA::NUTRICAO E ALIMENTACAO ANIMAL

Objetivou-se com este estudo, avaliar o efeito do uso de fontes lipídicas apresentando diferentes graus de saturação de ácidos graxos (AG) sobre o consumo, a digestibilidade, o balanço de nitrogênio, o fluxo de nutrientes, a produção e a eficiência microbiana, as características ruminais, e o perfil de AG da digesta omasal (fluxo). Utilizou-se 8 cabras fistuladas no rúmen, não-gestantes e não-lactantes, distribuídas em um delineamento em quadrado latino 4 x 4, duplicado. Foram utilizadas 4 dietas, sendo uma dieta controle (DC) e três suplementadas com diferentes fontes de lipídios: óleo de soja (OS), óleo de palmiste (OP), óleo de canola (OC). A suplementação com óleo em 2,3% na MS da dieta total não influenciou o consumo de matéria seca (MS), de energia e nutrientes, exceto de extrato etéreo (EE), com maior consumo para as suplementadas. A digestibilidade aparente total da MS e nutrientes não sofreram efeito das diferentes fontes, embora o tratamento com óleo de canola tenha promovido redução na digestibilidade ruminal da MS, da matéria orgânica (MO), da fibra em detergente neutro (FDN), da proteína bruta (PB), do EE e dos caboidratos totais (CT). O balanço de nitrogênio foi mais eficiente sem a inclusão das fontes lipídicas. Os fluxos de MS e de nutrientes, diferiram entre as rações avaliadas, sendo que o maior fluxo de todas essas variáveis (g.d-1) foi observado quando utilizada a dieta óleo de canola, assemelhando-se apenas com a óleo de palmiste nos valores de FDN e CT. Valores reduzidos para a concentração de nitrogênio amoniacal foram obtidos com o uso da ração OP. Na avaliação do pH e da cinética de trânsito não foram verificados variações entre dietas. No omaso, foi observado elevados teores de ácido trans-vacênico (C18:1 tans-11) quando utilizado a dieta OS. Na análise de eficiência de conversão de alguns AGs em C18:1 trans-11 no rúmen, verificou-se que a dieta OS também apresentou superioridade em relação às demais, sugerindo maior produção de ácido linoléico conjugado (CLA). Conclui-se que o óleo de soja pode ser suplementado na dieta de cabras leiteiras, associado à redução do pH ruminal, com o uso de maior proporção de concentrado na dieta, como estratégia para aumentar a excreção de CLA no leite, sem comprometer a digestibilidade dos nutrientes, a eficiencia microbiana e as condições do meio ruminal.