Secagem de frutos de macaúba em função da temperatura do ar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Melina Guimarães
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/20414
Resumo: A macaúba (Acrocomia aculeata) destaca-se dentre as espécies oleaginosas como matéria-prima para o mercado de biodiesel. Entretanto, há alguns gargalos na pós colheita que precisam ser solucionados a fim de viabilizar essa cadeia produtiva. Nesta etapa, as usinas processadoras deixam os frutos expostos ao ambiente para que ocorra a perda de água nos frutos e viabilize o processo de prensagem e obtenção do óleo. Todavia, esse processo acarreta uma possível degradação dos frutos, o que diminui a qualidade do óleo extraído. Diante disso, objetivou-se com este trabalho avaliar temperaturas do ar de secagem de frutos de macaúba que permitissem realizar a secagem de maneira que a qualidade do óleo do mesocarpo atingisse os padrões exigidos para produção de biodiesel. Foram colhidos frutos de macaúba na fazenda Experimental de Araponga-MG e, posteriormente, os mesmos foram levados para o Setor de Armazenamento do Departamento de Engenharia Agrícola da UFV, onde ficaram armazenados por um período de sete dias. Em seguida, realizou-se quatro ensaios em função da temperatura do ar de secagem (40, 50, 60 e 70ºC), mantendo-se velocidade do ar de secagem constante em 1 m.s-¹ , até que o teor final de água atingisse em 0,11 b.s. Posteriormente, foram realizadas as análises laboratoriais avaliando-se os parâmetros quanto ao teor de óleo, índice de acidez e estabilidade oxidativa do óleo do mesocarpo. Os ensaios com melhores tempos de secagem foram os de 60 e 70ºC, apresentando 81,0 e 63,0 horas, respectivamente. Já os ensaios de 40 e 50ºC apresentaram maiores tempos de secagem, levando 121,0 e 132,0 horas, respectivamente. No entanto, em relação a estabilidade oxidativa, apenas os ensaios com 40 e 50°C apresentaram valores satisfatórios, sendo 56,6ºC a temperatura máxima para que o período de indução seja acima de 06 horas. A elevação da temperatura proporcionou o aumento do índice de acidez para todos os ensaios, porém todos mantiveram abaixo do limite de 0,5 mg KOH g -¹ estabelecido para o biodiesel no Brasil. Por outro lado, o parâmetro de teor de óleo não foi influenciado pela temperatura do ar de secagem, e sim pelo teor de óleo inicial das amostras uma vez que, após colhidas, ficaram sete dias armazenados a fim de acumular óleo no mesocarpo. Conclui-se que, as temperaturas do ar de secagem a 40 e 50 °C são adequadas para secagem da macaúba. Contudo, a temperatura recomendada deve ser de no máximo 56,6 °C.
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spelling Secagem de frutos de macaúba em função da temperatura do arDrying of macaúba fruits in the function of air temperatureAcrocomia aculeataMacaúba - Fisiologia pós-colheitaMacaúba - SecagemBiodieselÓleos vegetais como combustívelPré-Processamento de Produtos AgrícolasA macaúba (Acrocomia aculeata) destaca-se dentre as espécies oleaginosas como matéria-prima para o mercado de biodiesel. Entretanto, há alguns gargalos na pós colheita que precisam ser solucionados a fim de viabilizar essa cadeia produtiva. Nesta etapa, as usinas processadoras deixam os frutos expostos ao ambiente para que ocorra a perda de água nos frutos e viabilize o processo de prensagem e obtenção do óleo. Todavia, esse processo acarreta uma possível degradação dos frutos, o que diminui a qualidade do óleo extraído. Diante disso, objetivou-se com este trabalho avaliar temperaturas do ar de secagem de frutos de macaúba que permitissem realizar a secagem de maneira que a qualidade do óleo do mesocarpo atingisse os padrões exigidos para produção de biodiesel. Foram colhidos frutos de macaúba na fazenda Experimental de Araponga-MG e, posteriormente, os mesmos foram levados para o Setor de Armazenamento do Departamento de Engenharia Agrícola da UFV, onde ficaram armazenados por um período de sete dias. Em seguida, realizou-se quatro ensaios em função da temperatura do ar de secagem (40, 50, 60 e 70ºC), mantendo-se velocidade do ar de secagem constante em 1 m.s-¹ , até que o teor final de água atingisse em 0,11 b.s. Posteriormente, foram realizadas as análises laboratoriais avaliando-se os parâmetros quanto ao teor de óleo, índice de acidez e estabilidade oxidativa do óleo do mesocarpo. Os ensaios com melhores tempos de secagem foram os de 60 e 70ºC, apresentando 81,0 e 63,0 horas, respectivamente. Já os ensaios de 40 e 50ºC apresentaram maiores tempos de secagem, levando 121,0 e 132,0 horas, respectivamente. No entanto, em relação a estabilidade oxidativa, apenas os ensaios com 40 e 50°C apresentaram valores satisfatórios, sendo 56,6ºC a temperatura máxima para que o período de indução seja acima de 06 horas. A elevação da temperatura proporcionou o aumento do índice de acidez para todos os ensaios, porém todos mantiveram abaixo do limite de 0,5 mg KOH g -¹ estabelecido para o biodiesel no Brasil. Por outro lado, o parâmetro de teor de óleo não foi influenciado pela temperatura do ar de secagem, e sim pelo teor de óleo inicial das amostras uma vez que, após colhidas, ficaram sete dias armazenados a fim de acumular óleo no mesocarpo. Conclui-se que, as temperaturas do ar de secagem a 40 e 50 °C são adequadas para secagem da macaúba. Contudo, a temperatura recomendada deve ser de no máximo 56,6 °C.The macaúba (Acrocomia aculeata) stands out among the oilseeds as a raw material for the biodiesel market. However, there are some post-harvest barriers that need to be solved in order to strengthen their supply chain. At this stage, the processing plants leave the fruits exposed to the environment for water loss occurring in fruits and makes possible the process of pressing and getting the oil. However, this process leads to a possible degradation of the fruits leading to a poor quality of the extracted oil. The objective of this study was to evaluate the drying air temperatures of macaw palm fruits that allow drying to be carried out in such a way that the quality of the mesocarp oil is within the standards required for biodiesel production. Macaw palm were harvested at the Experimental farm of Araponga-MG and later they were taken to the Storage Sector of the Department of Agricultural Engineering of UFV where they were stored for a period of seven days. Thereafter, four drying tests were performed in function of the drying air temperature (40, 50, 60 and 70°C), keeping air velocity constant at 1 m.s -¹ , until the final water content reached 0.11 b.s. Subsequently, the laboratory analyzes were performed evaluating the parameters as regards the oil content, acidity index and oxidative stability of the macaw palm. The treatments with better drying times were those of 60 and 70°C, presenting 81.0 and 63.0 hours, respectively. The treatments of 40 and 50 °C showed higher drying times, lasting 121.0 and 132.0 hours, respectively. However, with respect to oxidative stability, only the treatments with 40 and 50°C presented satisfactory values, being 56,6 °C the maximum temperature for the induction period to be above 6 hours. The elevation of the temperature provided the increase in the acidity index for all the treatments, but all remained below the limit of 0.5 mg KOH g -¹ established for biodiesel in Brazil. On the other hand, the parameter of oil content was not influenced by the temperature of the drying air, but by the initial oil content of the samples once, after being harvested seven days were stored in order to accumulate oil in the mesocarp. It was concluded that the drying air temperatures of 40 and 50°C are suitable for drying the macaw palm however, the recommended temperature must be of maximum 56.6°C.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de MInas GeraisUniversidade Federal de ViçosaMelo, Evandro de Castrohttp://lattes.cnpq.br/8761649332513668Pimentel, Leonardo DuarteCarneiro, Antônio Policarpo SouzaGonçalves, Melina Guimarães2018-07-03T14:50:05Z2018-07-03T14:50:05Z2018-02-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfGONÇALVES, Melina Guimarães. Secagem de frutos de macaúba em função da temperatura do ar. 2018. 21 f. 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