Tendência da mortalidade por causas evitáveis na infância: contribuições para a avaliação de desempenho dos serviços públicos de saúde da região Sudeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Saltarelli, Rafaela Magalhães Fernandes
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Prado, Rogério Ruscitto do, Monteiro, Rosane Aparecida, Malta, Deborah Carvalho
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/1980-549720190020
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/24362
Resumo: Analisar a tendência da mortalidade de crianças menores de 5 anos, residentes na Região Sudeste e Unidades Federativas (UFs), utilizando-se a “Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitáveis”. Estudo ecológico de séries temporais da taxa de mortalidade por causas evitáveis e não evitáveis, com correções para causas mal definidas e sub-registro de óbitos informados, no período de 2000 a 2013. Houve declínio da taxa de mortalidade na infância por causas evitáveis (4,4% ao ano) e não evitáveis (1,9% ao ano) na Região Sudeste e nas UFs, exceto para aquelas reduzíveis por imunoprevenção, que se mantiveram estáveis no período. O estudo chama a atenção para a menor redução das causas de óbitos reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação (1,7%), com aumento das taxas de mortalidade por afecções maternas que afetam o feto e o recém-nascido e a estabilidade nos transtornos relacionados com a gestação de curta duração e peso baixo ao nascer. Minas Gerais apresentou o maior percentual de redução anual dos óbitos por causas evitáveis (5,5%), comparado às demais UFs; no entanto, liderou as taxas de mortalidade até o ano de 2010 e o Rio de Janeiro, entre 2010 e 2013. O declínio da taxa de mortalidade na infância já era esperado nessa última década, levando a acreditar na evolução da resposta dos sistemas de saúde, além das melhorias nas condições de saúde e determinantes sociais. No entanto, o coeficiente se mantém alto quando comparado ao de outros países, mostrando que ainda há muito a se avançar.
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