Ação coletiva e medição religiosa no campo no Brasil: evidências históricas na arquidiocese de Mariana – Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca, Bruno Costa da
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Fiúza, Ana Louise de Carvalho
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: https://doi.org/10.15628/holos.2015.2694
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/17779
Resumo: Este trabalho pretende alinhar os movimentos de Ação Coletiva intermediado pela Igreja Católica Progressista no Brasil às grandes teorias sobre movimentos sociais, especificamente no que tange aos processos de resistências de comunidades rurais da Zona da Mata Mineira. A teoria sobre movimentos sociais abordadas evidenciou uma mudança de concepções marxistas/funcionalista, passando por três outras teorias até chegar a reelaborações teóricas mais atuais, a saber: Teoria de Mobilização de Recursos que explicita a dimensão micro organizacional, sendo extremamente racional; Teoria do Processo Político, que retratou em sua análise explicativa o ambiente macropolítico; e a Teoria dos Novos Movimentos Sociais que privilegiou os aspectos simbólicos e cognitivos. Utilizamos como procedimentos metodológicos a análise documental e bibliográfica. Os resultados analisados que explicam a emersão de movimentos eclesiais progressistas na Arquidiocese incidiram em dois tipos de Estruturas de Oportunidades Políticas: I) a nomeação de um bispo simpatizante com os ideais da Teologia da Libertação e II) o aparecimento dos conflitos socioambientais. Destarte, os tipos de estratégias utilizadas pelos movimentos sociais puderam ser classificadas em três tipos, tituladas neste manuscrito como Técnico-científico, enfrentamento direto e educação-informação. A Igreja Católica contribuiu, portanto, adicionando elementos místicos a essas estratégias historicamente utilizadas.
id UFV_a5dc9c2ac7dedfbca80bd9b9134b62ac
oai_identifier_str oai:locus.ufv.br:123456789/17779
network_acronym_str UFV
network_name_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
repository_id_str 2145
spelling Fonseca, Bruno Costa daFiúza, Ana Louise de Carvalho2018-02-21T16:35:19Z2018-02-21T16:35:19Z2015-061807-1600https://doi.org/10.15628/holos.2015.2694http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/17779Este trabalho pretende alinhar os movimentos de Ação Coletiva intermediado pela Igreja Católica Progressista no Brasil às grandes teorias sobre movimentos sociais, especificamente no que tange aos processos de resistências de comunidades rurais da Zona da Mata Mineira. A teoria sobre movimentos sociais abordadas evidenciou uma mudança de concepções marxistas/funcionalista, passando por três outras teorias até chegar a reelaborações teóricas mais atuais, a saber: Teoria de Mobilização de Recursos que explicita a dimensão micro organizacional, sendo extremamente racional; Teoria do Processo Político, que retratou em sua análise explicativa o ambiente macropolítico; e a Teoria dos Novos Movimentos Sociais que privilegiou os aspectos simbólicos e cognitivos. Utilizamos como procedimentos metodológicos a análise documental e bibliográfica. Os resultados analisados que explicam a emersão de movimentos eclesiais progressistas na Arquidiocese incidiram em dois tipos de Estruturas de Oportunidades Políticas: I) a nomeação de um bispo simpatizante com os ideais da Teologia da Libertação e II) o aparecimento dos conflitos socioambientais. Destarte, os tipos de estratégias utilizadas pelos movimentos sociais puderam ser classificadas em três tipos, tituladas neste manuscrito como Técnico-científico, enfrentamento direto e educação-informação. A Igreja Católica contribuiu, portanto, adicionando elementos místicos a essas estratégias historicamente utilizadas.This work aims to align the movements of Collective Action brokered by the Catholic Church in Brazil Progressive with the major theories of social movements, specifically with respect to the processes of rural communities in resistance of the Zona da Mata Mineira. The theory of social movements addressed showed a change of Marxist / functionalist conceptions, through three other theories to get the most current theoretical reworkings, namely: Resource Mobilization Theory that explains the organizational micro dimension being extremely rational; Political Process Theory, who portrayed in his explanatory analysis the macro-political environment; and the Theory of New Social Movements that favored the symbolic and cognitive aspects. Used as instruments to document and literature review. The results analyzed that explain the emergence of progressive ecclesial movements in the Archdiocese focused on two types of structures Opportunities Policies: I) the appointment of a bishop sympathetic to the ideals of liberation theology and II) appearance of environmental conflicts. Thus, the types of strategies used by social movements could be classified into three types, this manuscript titled as technical-scientific, direct engagement and education-information. The Catholic Church contributed thus adding mystical elements to these strategies historically used.porHOLOSv. 3, p. 371-392, jul. 2015Ação coletivaIgreja católicaMovimentos sociaisAção coletiva e medição religiosa no campo no Brasil: evidências históricas na arquidiocese de Mariana – Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALartigo.pdfartigo.pdftexto completoapplication/pdf794899https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/17779/1/artigo.pdf77f6cf3ffb7068a05b208eff79ab8d6fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/17779/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILartigo.pdf.jpgartigo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg5102https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/17779/3/artigo.pdf.jpg6d3121ffa8b86116d5127b7c47baef1eMD53123456789/177792018-02-21 23:00:49.545oai:locus.ufv.br:123456789/17779Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452018-02-22T02:00:49LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
dc.title.pt-BR.fl_str_mv Ação coletiva e medição religiosa no campo no Brasil: evidências históricas na arquidiocese de Mariana – Minas Gerais
title Ação coletiva e medição religiosa no campo no Brasil: evidências históricas na arquidiocese de Mariana – Minas Gerais
spellingShingle Ação coletiva e medição religiosa no campo no Brasil: evidências históricas na arquidiocese de Mariana – Minas Gerais
Fonseca, Bruno Costa da
Ação coletiva
Igreja católica
Movimentos sociais
title_short Ação coletiva e medição religiosa no campo no Brasil: evidências históricas na arquidiocese de Mariana – Minas Gerais
title_full Ação coletiva e medição religiosa no campo no Brasil: evidências históricas na arquidiocese de Mariana – Minas Gerais
title_fullStr Ação coletiva e medição religiosa no campo no Brasil: evidências históricas na arquidiocese de Mariana – Minas Gerais
title_full_unstemmed Ação coletiva e medição religiosa no campo no Brasil: evidências históricas na arquidiocese de Mariana – Minas Gerais
title_sort Ação coletiva e medição religiosa no campo no Brasil: evidências históricas na arquidiocese de Mariana – Minas Gerais
author Fonseca, Bruno Costa da
author_facet Fonseca, Bruno Costa da
Fiúza, Ana Louise de Carvalho
author_role author
author2 Fiúza, Ana Louise de Carvalho
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Fonseca, Bruno Costa da
Fiúza, Ana Louise de Carvalho
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv Ação coletiva
Igreja católica
Movimentos sociais
topic Ação coletiva
Igreja católica
Movimentos sociais
description Este trabalho pretende alinhar os movimentos de Ação Coletiva intermediado pela Igreja Católica Progressista no Brasil às grandes teorias sobre movimentos sociais, especificamente no que tange aos processos de resistências de comunidades rurais da Zona da Mata Mineira. A teoria sobre movimentos sociais abordadas evidenciou uma mudança de concepções marxistas/funcionalista, passando por três outras teorias até chegar a reelaborações teóricas mais atuais, a saber: Teoria de Mobilização de Recursos que explicita a dimensão micro organizacional, sendo extremamente racional; Teoria do Processo Político, que retratou em sua análise explicativa o ambiente macropolítico; e a Teoria dos Novos Movimentos Sociais que privilegiou os aspectos simbólicos e cognitivos. Utilizamos como procedimentos metodológicos a análise documental e bibliográfica. Os resultados analisados que explicam a emersão de movimentos eclesiais progressistas na Arquidiocese incidiram em dois tipos de Estruturas de Oportunidades Políticas: I) a nomeação de um bispo simpatizante com os ideais da Teologia da Libertação e II) o aparecimento dos conflitos socioambientais. Destarte, os tipos de estratégias utilizadas pelos movimentos sociais puderam ser classificadas em três tipos, tituladas neste manuscrito como Técnico-científico, enfrentamento direto e educação-informação. A Igreja Católica contribuiu, portanto, adicionando elementos místicos a essas estratégias historicamente utilizadas.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-06
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-02-21T16:35:19Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-02-21T16:35:19Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.15628/holos.2015.2694
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/17779
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 1807-1600
identifier_str_mv 1807-1600
url https://doi.org/10.15628/holos.2015.2694
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/17779
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartofseries.pt-BR.fl_str_mv v. 3, p. 371-392, jul. 2015
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv HOLOS
publisher.none.fl_str_mv HOLOS
dc.source.none.fl_str_mv reponame:LOCUS Repositório Institucional da UFV
instname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron:UFV
instname_str Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron_str UFV
institution UFV
reponame_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
collection LOCUS Repositório Institucional da UFV
bitstream.url.fl_str_mv https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/17779/1/artigo.pdf
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/17779/2/license.txt
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/17779/3/artigo.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 77f6cf3ffb7068a05b208eff79ab8d6f
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
6d3121ffa8b86116d5127b7c47baef1e
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)
repository.mail.fl_str_mv fabiojreis@ufv.br
_version_ 1794528304426909696