Concentração de iodo na água de consumo e sua possível contribuição na ingestão do micronutriente: EMDI - Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Carina Aparecida
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30179
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.608
Resumo: Introdução: O iodo é um micronutriente essencial para o ser humano e parte constituinte dos hormônios tireoidianos. Ele está presente naturalmente na água de consumo e, em determinadas regiões, a concentração de iodo na água pode apresentar contribuição importante no consumo do micronutriente. Diante disso, determinar a concentração de iodo na água de consumo é fundamental para conhecer a contribuição desta na ingestão do mineral. Objetivo: Analisar a concentração de iodo na água de consumo e sua possível contribuição na ingestão do micronutriente. Metodologia: Este estudo faz parte do Estudo Multicêntrico de Deficiência de Iodo (EMDI-Brasil). As revisões sistemáticas foram elaboradas seguindo as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analyses (PRISMA) e avaliou-se a qualidade metodológica dos artigos incluídos em cada revisão sistemática por meio de instrumentos específicos. As amostras de água analisadas foram coletadas nas Unidades Básicas de Saúde de nove municípios que compõem as diferentes macrorregiões brasileiras, e do Distrito Federal. A coleta das amostras ocorreu nas estações climáticas verão, outono, inverno e primavera. Utilizou-se o método espectrofotométrico “leuco cristal violeta” para determinar a concentração de iodo na água. Para inferir a possível contribuição da água de consumo na ingestão de iodo nos diferentes grupos fisiológicos, considerou-se a ingestão hídrica recomendada pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos (2004). A Necessidade Média Estimada (EAR) de iodo foi utilizada para calcular o percentual do micronutriente na água de consumo e consequentemente, sua contribuição na ingestão de iodo nos diferentes grupos fisiológicos. Realizou-se estatística descritiva dos dados. Para verificar se houve diferença na concentração de iodo na água entre as estações climáticas do ano, de um mesmo local e entre as mesmas estações, em diferentes localidades utilizou-se os testes de Mann-Whitney ou Kruskal-Wallis e considerou-se significância ao nível de 5% (p<0,05). Resultados: Em relação às revisões sistemáticas, verificou-se que os fatores ambientais estão relacionados ao estado nutricional de iodo e que determinados fatores ambientais e químicos interferem na concentração do mineral na água de consumo. De acordo com os artigos originais, foram observadas diferenças significativas entre a concentração máxima e mínima de iodo nas amostras de água de uma mesma localidade. As concentrações máximas de iodo encontradas na água de consumo de Pinhais e de Viçosa poderiam contribuir com mais de 70,0% e de 50,0% na ingestão diária do micronutriente em todos os grupos fisiológicos, respectivamente. Entre as estações climáticas de uma mesma localidade, verificou-se diferença na concentração de iodo na água de consumo do município de Pinhais, entre as estações outono e verão (p=0,041) e inverno e verão (p=0,003). Também se verificou diferença na concentração de iodo na água nas estações verão, outono, inverno e primavera, entre as diferentes localidades (p<0,05). Conclusão: A água de consumo pode apresentar contribuição importante na ingestão de iodo e deve ser considerada na avaliação do estado nutricional do mineral. Além disso, o monitoramento da concentração de iodo na água é uma forma de evitar a ingestão inadequada do micronutriente e possíveis efeitos no estado de saúde da população. Palavras-chave: Iodo. Água Potável. Consumo Alimentar. Estado Nutricional. Saúde Pública.
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spelling Fontes, Edimar Aparecida FilomenoCrispim, Sandra PatriciaRibeiro, Sarah Aparecida VieiraFranceschini, Sylvia do Carmo CastroPinto, Carina Aparecidahttp://lattes.cnpq.br/6397200334620911Priore, Silvia Eloiza2022-11-03T13:55:39Z2022-11-03T13:55:39Z2022-07-20PINTO, Carina Aparecida. Concentração de iodo na água de consumo e sua possível contribuição na ingestão do micronutriente: EMDI - Brasil. 2022. 120 f. Tese (Doutorado em Ciência da Nutrição) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2022.https://locus.ufv.br//handle/123456789/30179https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.608Introdução: O iodo é um micronutriente essencial para o ser humano e parte constituinte dos hormônios tireoidianos. Ele está presente naturalmente na água de consumo e, em determinadas regiões, a concentração de iodo na água pode apresentar contribuição importante no consumo do micronutriente. Diante disso, determinar a concentração de iodo na água de consumo é fundamental para conhecer a contribuição desta na ingestão do mineral. Objetivo: Analisar a concentração de iodo na água de consumo e sua possível contribuição na ingestão do micronutriente. Metodologia: Este estudo faz parte do Estudo Multicêntrico de Deficiência de Iodo (EMDI-Brasil). As revisões sistemáticas foram elaboradas seguindo as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analyses (PRISMA) e avaliou-se a qualidade metodológica dos artigos incluídos em cada revisão sistemática por meio de instrumentos específicos. As amostras de água analisadas foram coletadas nas Unidades Básicas de Saúde de nove municípios que compõem as diferentes macrorregiões brasileiras, e do Distrito Federal. A coleta das amostras ocorreu nas estações climáticas verão, outono, inverno e primavera. Utilizou-se o método espectrofotométrico “leuco cristal violeta” para determinar a concentração de iodo na água. Para inferir a possível contribuição da água de consumo na ingestão de iodo nos diferentes grupos fisiológicos, considerou-se a ingestão hídrica recomendada pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos (2004). A Necessidade Média Estimada (EAR) de iodo foi utilizada para calcular o percentual do micronutriente na água de consumo e consequentemente, sua contribuição na ingestão de iodo nos diferentes grupos fisiológicos. Realizou-se estatística descritiva dos dados. Para verificar se houve diferença na concentração de iodo na água entre as estações climáticas do ano, de um mesmo local e entre as mesmas estações, em diferentes localidades utilizou-se os testes de Mann-Whitney ou Kruskal-Wallis e considerou-se significância ao nível de 5% (p<0,05). Resultados: Em relação às revisões sistemáticas, verificou-se que os fatores ambientais estão relacionados ao estado nutricional de iodo e que determinados fatores ambientais e químicos interferem na concentração do mineral na água de consumo. De acordo com os artigos originais, foram observadas diferenças significativas entre a concentração máxima e mínima de iodo nas amostras de água de uma mesma localidade. As concentrações máximas de iodo encontradas na água de consumo de Pinhais e de Viçosa poderiam contribuir com mais de 70,0% e de 50,0% na ingestão diária do micronutriente em todos os grupos fisiológicos, respectivamente. Entre as estações climáticas de uma mesma localidade, verificou-se diferença na concentração de iodo na água de consumo do município de Pinhais, entre as estações outono e verão (p=0,041) e inverno e verão (p=0,003). Também se verificou diferença na concentração de iodo na água nas estações verão, outono, inverno e primavera, entre as diferentes localidades (p<0,05). Conclusão: A água de consumo pode apresentar contribuição importante na ingestão de iodo e deve ser considerada na avaliação do estado nutricional do mineral. Além disso, o monitoramento da concentração de iodo na água é uma forma de evitar a ingestão inadequada do micronutriente e possíveis efeitos no estado de saúde da população. Palavras-chave: Iodo. Água Potável. Consumo Alimentar. Estado Nutricional. Saúde Pública.Introduction: Iodine is an essential micronutrient for humans and a constituent part of thyroid hormones. It is naturally present in drinking water and, in certain regions, the concentration of iodine in the water can make an important contribution to the consumption of the micronutrient. Therefore, determining the concentration of iodine in drinking water is essential to know its contribution to the intake of the mineral. Objective: To analyze the concentration of iodine in drinking water and its possible contribution to the intake of the micronutrient. Methodology: This study is part of the Multicenter Study of Iodine Deficiency (MSID-Brazil). Systematic reviews were prepared following the recommendations of the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analyses (PRISMA) and the methodological quality of the articles included in each systematic review was evaluated using specific instruments. The analyzed water samples were collected in the Basic Health Units of nine municipalities that make up the different Brazilian macro-regions, and in the Federal District. Sample collection took place in the summer, autumn, winter and spring seasons. The spectrophotometric method “leuco cristal violet” was used to determine the concentration of iodine in the water. To infer the possible contribution of drinking water to iodine intake in different physiological groups, the water intake recommended by the US Institute of Medicine (2004) was considered. The Estimated Average Need (EAN) of iodine was used to calculate the percentage of the micronutrient in drinking water and, consequently, its contribution to iodine intake in different physiological groups. Descriptive statistics of the data were performed. To verify if there was a difference in the concentration of iodine in the water between the climatic seasons of the year, in the same place and between the same seasons, in different locations, the Mann-Whitney or Kruskal-Wallis tests were used and significance was considered level of 5% (p<0.05). Results: Regarding the systematic reviews, it was found that environmental factors are related to the nutritional status of iodine and that certain environmental and chemical factors interfere with the concentration of the mineral in drinking water. According to the original articles, significant differences were observed between the maximum and minimum concentration of iodine in water samples from the same location. The maximum concentrations of iodine found in drinking water from Pinhais and Viçosa could contribute with more than 70.0% and 50.0% in the daily intake of the micronutrient in all physiological groups, respectively. Among the climatic seasons of the same location, there was a difference in the concentration of iodine in the drinking water of the municipality of Pinhais, between the autumn and summer seasons (p=0.041) and winter and summer (p=0.003). There was also a difference in the concentration of iodine in the water in the seasons summer, autumn, winter and spring, between the different locations (p<0.05). Conclusion: Drinking water can make an important contribution to iodine intake and should be considered in the assessment of the nutritional status of the mineral. In addition, monitoring the concentration of iodine in water is a way to avoid inadequate intake of the micronutrient and possible effects on the health status of the population. Keywords: Iodine. Potable Water. Food Consumption. Nutritional Status. Public Health.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaCiência da NutriçãoIngestão alimentarIodoÁgua potávelEstado nutricionalSaúde públicaAnálise Nutricional de PopulaçãoConcentração de iodo na água de consumo e sua possível contribuição na ingestão do micronutriente: EMDI - BrasilIodine concentration in drinking water and its possible contribution to micronutrient intake: EDMI - Brazilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Nutrição e SaúdeDoutor em Ciência da NutriçãoViçosa - MG2022-07-20Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf1914289https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/30179/1/texto%20completo.pdf94674d0b88a7a8f66bd4912d155f80c6MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/30179/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/301792022-11-03 10:55:42.172oai:locus.ufv.br:123456789/30179Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452022-11-03T13:55:42LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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