Estudo do comportamento da birnessita (δ-MnO 2 ) na remoção de corantes em meio aquoso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cosendey, Thais de Abreu
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27719
Resumo: Existe a necessidade de a comunidade acadêmica explorar técnicas que possam assegurar a remoção de poluentes orgânicos persistentes e tóxicos de águas residuárias. Nesse contexto, esse estudo investigou o comportamento e a capacidade do óxido de manganês, tipo birnessita, de remover o corante azul de metileno, como composto modelo. Esse corante está entre os mais resistentes a biodegradação. Foi verificado também a possibilidade de remoção de uma mistura dos corantes, azul de metileno e orange G. A capacidade de remoção de corante orgânico azul de metileno da água pelo contato com a birnessita foi avaliada sob efeito de diferentes variáveis tais como pH (2,0; 4,0; 6,0 e 8,0), doses do óxido (0,025; 0,050; 0,100 e 0,150 g L -1 ) e temperatura (16; 22; 32 e 42 °C). A birnessita apresentou boa capacidade de descoloração do azul de metileno em solução aquosa nos diferentes valores de pH chegando a 99% para os valores de pH 2,0 e 4,0 com 120 minutos de contato. Já nos valores de pH 6,0 e 8,0 a remoção foi mais lenta e não foi possível descolorir completamente a solução mesmo após 1860 min de contato. A resolução de curva multivariada por quadrados mínimos alternados (MCR-ALS) foi aplicada como ferramenta aos dados espectroscópicos UV-Vis e permitiu estimar os perfis espectrais e de concentração dos componentes mais puros da matriz de dados. O corante thionin (λ máx = 601 nm) pôde ser estimado como um dos subprodutos de N-desmetilações do azul de metileno. Procedimentos dessortivos com etanol 99% e NaCl 0,1 mol L -1 feitos sob os sólidos de birnessitas após o tratamento com o corante, mostraram a presença de subproduto adsorvido nas partículas com absorção no comprimento de onda máximo de 601 nm, o qual foi atribuído ao thionin. Análises de carbono orgânico total (TOC) revelaram redução de 60% da matéria orgânica durante o tratamento de 70 mg L -1 do azul de metileno feito por 120 min a 22 °C, em pH 4,0 e com uma dose de 1,00 g L -1 da birnessita. E redução de 80% da matéria orgânica foi alcançada após 3600 minutos de contato. As constantes cinéticas, de pseudo primeira ordem, foram utilizadas para calcular os parâmetros termodinâmicos E * , ΔG * , ΔH * e ΔS * , sendo encontrados como 32,66 kJ mol -1 , entre 54,35 – 59,23 kJ mol -1 , 30,16 kJ mol -1 e -16,74 J mol -1 K -1 , respectivamente. A descoloração da mistura de corantes (azul de metileno 7 mg L -1 e orange G 7 mg L -1 ) foi conseguida em pH 4,0 e foi monitorada por 480 min de reação. Neste período foi possível observar que o decaimento das bandas principais de cada corante na mistura com comprimento de onda máximo em 664 e 485 nm (azul de metileno e Orange G, respectivamente) seguiram o modelo cinético de pseudo primeira ordem.
id UFV_b09fb8fd7bce68d05d399af9d28330a1
oai_identifier_str oai:locus.ufv.br:123456789/27719
network_acronym_str UFV
network_name_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
repository_id_str 2145
spelling Oliveira, André Fernando deReis, Efraim LázaroQueiroz, Maria Eliana Lopes Ribeiro deCosendey, Thais de Abreuhttp://lattes.cnpq.br/2546511228041344Neves, Antônio Augusto2021-04-27T12:54:01Z2021-04-27T12:54:01Z2018-03-09COSENDEY, Thais de Abreu. Estudo do comportamento da birnessita (δ-MnO 2 ) na remoção de corantes em meio aquoso. 2018. 72 f. Dissertação (Mestrado em Agroquímica) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2018.https://locus.ufv.br//handle/123456789/27719Existe a necessidade de a comunidade acadêmica explorar técnicas que possam assegurar a remoção de poluentes orgânicos persistentes e tóxicos de águas residuárias. Nesse contexto, esse estudo investigou o comportamento e a capacidade do óxido de manganês, tipo birnessita, de remover o corante azul de metileno, como composto modelo. Esse corante está entre os mais resistentes a biodegradação. Foi verificado também a possibilidade de remoção de uma mistura dos corantes, azul de metileno e orange G. A capacidade de remoção de corante orgânico azul de metileno da água pelo contato com a birnessita foi avaliada sob efeito de diferentes variáveis tais como pH (2,0; 4,0; 6,0 e 8,0), doses do óxido (0,025; 0,050; 0,100 e 0,150 g L -1 ) e temperatura (16; 22; 32 e 42 °C). A birnessita apresentou boa capacidade de descoloração do azul de metileno em solução aquosa nos diferentes valores de pH chegando a 99% para os valores de pH 2,0 e 4,0 com 120 minutos de contato. Já nos valores de pH 6,0 e 8,0 a remoção foi mais lenta e não foi possível descolorir completamente a solução mesmo após 1860 min de contato. A resolução de curva multivariada por quadrados mínimos alternados (MCR-ALS) foi aplicada como ferramenta aos dados espectroscópicos UV-Vis e permitiu estimar os perfis espectrais e de concentração dos componentes mais puros da matriz de dados. O corante thionin (λ máx = 601 nm) pôde ser estimado como um dos subprodutos de N-desmetilações do azul de metileno. Procedimentos dessortivos com etanol 99% e NaCl 0,1 mol L -1 feitos sob os sólidos de birnessitas após o tratamento com o corante, mostraram a presença de subproduto adsorvido nas partículas com absorção no comprimento de onda máximo de 601 nm, o qual foi atribuído ao thionin. Análises de carbono orgânico total (TOC) revelaram redução de 60% da matéria orgânica durante o tratamento de 70 mg L -1 do azul de metileno feito por 120 min a 22 °C, em pH 4,0 e com uma dose de 1,00 g L -1 da birnessita. E redução de 80% da matéria orgânica foi alcançada após 3600 minutos de contato. As constantes cinéticas, de pseudo primeira ordem, foram utilizadas para calcular os parâmetros termodinâmicos E * , ΔG * , ΔH * e ΔS * , sendo encontrados como 32,66 kJ mol -1 , entre 54,35 – 59,23 kJ mol -1 , 30,16 kJ mol -1 e -16,74 J mol -1 K -1 , respectivamente. A descoloração da mistura de corantes (azul de metileno 7 mg L -1 e orange G 7 mg L -1 ) foi conseguida em pH 4,0 e foi monitorada por 480 min de reação. Neste período foi possível observar que o decaimento das bandas principais de cada corante na mistura com comprimento de onda máximo em 664 e 485 nm (azul de metileno e Orange G, respectivamente) seguiram o modelo cinético de pseudo primeira ordem.The academic community needs to explore techniques that can assure the removal of persistent and toxic organic pollutants from residuary waters. In this context, this study investigated the reaction and the capacity of manganese oxide like birnessite to remove the methylene blue dye, as the model compound, since it is among the dyes most resistant to biodegradation. Besides, the possibility of removing a mixture of the two dyes (methylene blue and orange G) was verified. The removal capacity of the organic methylene blue dye from the water by birnessite was studied under the effects of different variables such as pH (2,0; 4,0; 6,0; 8,0), doses of oxide (0,025; 0,050; 0,100 and 0,150 g L -1 ) and temperature (16; 22; 32 and 42 °C). The birnessite manganese oxides had shown good capacity of removing the color of methylene blue in aqueous solution in the different pH values, reaching 99% when in pH 2,0 and 4,0 after 120 minutes of contact. On the other hand, in pH 6,0 and 8,0, the removal was slower and it was not possible to completely discolor the solution even after 1860 min (31 h) of contact. The multivariate curve resolution with alternating least squares (MCR-ALS) was used as a tool for the spectroscopic UV-Vis data and allowed to estimate the spectral and concentration profiles of the purest components of the data matrix. The thionine dye (λmax = 601 nm) was found as one of the by-products of N-demethylation of methylene blue. Dessorptives procedures with ethanol 99% and NaCl 0,1 mol L -1 made under the solids of birnessites after the treatment with the dye have shown the presence of sub product adsorbed in the particles with adsorbtion in the maximum wave length of 601 nm, which was attributed to Thionin. Analysis of total organic carbon (TOC) revealed 60% reduction of organic matter during treatment of methylene blue 70 mg L -1 for 120 min, at 22 °C, at pH 4,0 and with a dose of 1,00 g L -1 of birnessite. An 80% reduction was met after 3600 minutes of contact. The kinetic constants of the pseudo first order were used to calculate the thermodynamic parameters E * , ΔG * , ΔH * e ΔS * , having been found 32,66 kJ mol -1 , between 54,35 – 59,23 kJ mol -1 , 30,16 kJ mol -1 e -16,74 J mol -1 K -1 , respectively. The discoloration of the dye mixture (methylene blue 7 mg L -1 and orange G 7 mg L -1 ) was reached under pH 4,0 and monitored for 480 min of reaction. In this period, it was possible to observe that the decay of the main bands in each dye of the mixture with maximum wavelength at 664 and 485 nm (methylene blue and orange G, respectively) followed the kinetical model of pseudo first order.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaÓxido de manganêsBirnessitaAzul de MetilenoDegradação ambientalQuímica AnalíticaEstudo do comportamento da birnessita (δ-MnO 2 ) na remoção de corantes em meio aquosoStudy of reaction of birnessite (δ-MnO 2 ) in the removal of dyes in aqueous mediuminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de QuímicaMestre em AgroquímicaViçosa - MG2018-03-09Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf2173445https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27719/1/texto%20completo.pdfa8f867c54ab84839a6cadfaf2f493804MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27719/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/277192021-04-27 18:21:35.674oai:locus.ufv.br:123456789/27719Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452021-04-27T21:21:35LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
dc.title.pt-BR.fl_str_mv Estudo do comportamento da birnessita (δ-MnO 2 ) na remoção de corantes em meio aquoso
dc.title.en.fl_str_mv Study of reaction of birnessite (δ-MnO 2 ) in the removal of dyes in aqueous medium
title Estudo do comportamento da birnessita (δ-MnO 2 ) na remoção de corantes em meio aquoso
spellingShingle Estudo do comportamento da birnessita (δ-MnO 2 ) na remoção de corantes em meio aquoso
Cosendey, Thais de Abreu
Óxido de manganês
Birnessita
Azul de Metileno
Degradação ambiental
Química Analítica
title_short Estudo do comportamento da birnessita (δ-MnO 2 ) na remoção de corantes em meio aquoso
title_full Estudo do comportamento da birnessita (δ-MnO 2 ) na remoção de corantes em meio aquoso
title_fullStr Estudo do comportamento da birnessita (δ-MnO 2 ) na remoção de corantes em meio aquoso
title_full_unstemmed Estudo do comportamento da birnessita (δ-MnO 2 ) na remoção de corantes em meio aquoso
title_sort Estudo do comportamento da birnessita (δ-MnO 2 ) na remoção de corantes em meio aquoso
author Cosendey, Thais de Abreu
author_facet Cosendey, Thais de Abreu
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt-BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2546511228041344
dc.contributor.none.fl_str_mv Oliveira, André Fernando de
Reis, Efraim Lázaro
Queiroz, Maria Eliana Lopes Ribeiro de
dc.contributor.author.fl_str_mv Cosendey, Thais de Abreu
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Neves, Antônio Augusto
contributor_str_mv Neves, Antônio Augusto
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv Óxido de manganês
Birnessita
Azul de Metileno
Degradação ambiental
topic Óxido de manganês
Birnessita
Azul de Metileno
Degradação ambiental
Química Analítica
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Química Analítica
description Existe a necessidade de a comunidade acadêmica explorar técnicas que possam assegurar a remoção de poluentes orgânicos persistentes e tóxicos de águas residuárias. Nesse contexto, esse estudo investigou o comportamento e a capacidade do óxido de manganês, tipo birnessita, de remover o corante azul de metileno, como composto modelo. Esse corante está entre os mais resistentes a biodegradação. Foi verificado também a possibilidade de remoção de uma mistura dos corantes, azul de metileno e orange G. A capacidade de remoção de corante orgânico azul de metileno da água pelo contato com a birnessita foi avaliada sob efeito de diferentes variáveis tais como pH (2,0; 4,0; 6,0 e 8,0), doses do óxido (0,025; 0,050; 0,100 e 0,150 g L -1 ) e temperatura (16; 22; 32 e 42 °C). A birnessita apresentou boa capacidade de descoloração do azul de metileno em solução aquosa nos diferentes valores de pH chegando a 99% para os valores de pH 2,0 e 4,0 com 120 minutos de contato. Já nos valores de pH 6,0 e 8,0 a remoção foi mais lenta e não foi possível descolorir completamente a solução mesmo após 1860 min de contato. A resolução de curva multivariada por quadrados mínimos alternados (MCR-ALS) foi aplicada como ferramenta aos dados espectroscópicos UV-Vis e permitiu estimar os perfis espectrais e de concentração dos componentes mais puros da matriz de dados. O corante thionin (λ máx = 601 nm) pôde ser estimado como um dos subprodutos de N-desmetilações do azul de metileno. Procedimentos dessortivos com etanol 99% e NaCl 0,1 mol L -1 feitos sob os sólidos de birnessitas após o tratamento com o corante, mostraram a presença de subproduto adsorvido nas partículas com absorção no comprimento de onda máximo de 601 nm, o qual foi atribuído ao thionin. Análises de carbono orgânico total (TOC) revelaram redução de 60% da matéria orgânica durante o tratamento de 70 mg L -1 do azul de metileno feito por 120 min a 22 °C, em pH 4,0 e com uma dose de 1,00 g L -1 da birnessita. E redução de 80% da matéria orgânica foi alcançada após 3600 minutos de contato. As constantes cinéticas, de pseudo primeira ordem, foram utilizadas para calcular os parâmetros termodinâmicos E * , ΔG * , ΔH * e ΔS * , sendo encontrados como 32,66 kJ mol -1 , entre 54,35 – 59,23 kJ mol -1 , 30,16 kJ mol -1 e -16,74 J mol -1 K -1 , respectivamente. A descoloração da mistura de corantes (azul de metileno 7 mg L -1 e orange G 7 mg L -1 ) foi conseguida em pH 4,0 e foi monitorada por 480 min de reação. Neste período foi possível observar que o decaimento das bandas principais de cada corante na mistura com comprimento de onda máximo em 664 e 485 nm (azul de metileno e Orange G, respectivamente) seguiram o modelo cinético de pseudo primeira ordem.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-03-09
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-04-27T12:54:01Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-04-27T12:54:01Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv COSENDEY, Thais de Abreu. Estudo do comportamento da birnessita (δ-MnO 2 ) na remoção de corantes em meio aquoso. 2018. 72 f. Dissertação (Mestrado em Agroquímica) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2018.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://locus.ufv.br//handle/123456789/27719
identifier_str_mv COSENDEY, Thais de Abreu. Estudo do comportamento da birnessita (δ-MnO 2 ) na remoção de corantes em meio aquoso. 2018. 72 f. Dissertação (Mestrado em Agroquímica) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2018.
url https://locus.ufv.br//handle/123456789/27719
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Viçosa
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Viçosa
dc.source.none.fl_str_mv reponame:LOCUS Repositório Institucional da UFV
instname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron:UFV
instname_str Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron_str UFV
institution UFV
reponame_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
collection LOCUS Repositório Institucional da UFV
bitstream.url.fl_str_mv https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27719/1/texto%20completo.pdf
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27719/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv a8f867c54ab84839a6cadfaf2f493804
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)
repository.mail.fl_str_mv fabiojreis@ufv.br
_version_ 1801212881757274112