Osmocondicionamento com selênio em sementes de tomate submetidas ao déficit hídrico

• Autor(a) principal: Silveira, Alice de Souza
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
• Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28257
• topic: Solanum lycopersicum L.; Stress (Fisiologia); Introgressão; Produção e Beneficiamento de Sementes

O tomate (Solanum lycopersicum L.) é considerado sensível ao déficit hídrico e ainda não há disponíveis cultivares comerciais com níveis satisfatórios de tolerância à seca. Dessa forma, o uso de genótipos e elementos químicos como o selênio (Se), que possam expressar maior tolerância à estresses abióticos vêm sendo estudados. Assim, os objetivos com o presente trabalho foram: (I) avaliar o desempenho de sementes de duas linhagens de tomate osmocondicionadas com solução de Se e submetidas ao déficit hídrico durante a germinação; (II) determinar o binômio concentração de Se e tempo de osmocondicionamento mais adequado para ser utilizado nas sementes de tomate e (III) avaliar a qualidade física, fisiológica e atividade enzimática de sementes de duas linhagens de tomate osmocondicionadas com Se e posteriormente submetidas ao déficit hídrico durante a germinação. No Experimento I, sementes de duas linhagens de tomate LA 3475 e LA 4050, com menor e maior tolerância ao déficit hídrico durante o processo de germinação, respectivamente, foram submetidas ao osmocondicionamento com Na 2 SeO 4 , na concentração de 60 μM, em solução de PEG 6000 a -1,0 MPa durante 24, 48 e 72 horas. O controle consistiu em sementes não osmocondicionadas. Posteriormente, as sementes foram submetidas à germinação sob déficit hídrico à -0,3 Mpa. No tratamento sem déficit hídrico foi utilizado água destilada (0,0 MPa). No Experimento II, sementes das duas linhagens foram submetidas ao osmocondicionamento com Na 2 SeO 4 , nas concentrações de 0,0; 12,5; 25,0; 37,5 e 50,0 μM em solução de PEG 6000 a - 1,0 MPa durante 24 e 48 h. Em seguida, foi avaliado o potencial de germinação das sementes. No Experimento III, as sementes foram submetidas ao osmocondicionamento com solução Na 2 SeO 4, na concentração de 12,5 μM, em solução PEG 6000 a -1,0 MPa durante 24 h. O controle consistiu em sementes não osmocondicionadas (0 h). Logo após, as sementes provenientes dos diferentes tratamentos foram submetidas ao déficit hídrico (PEG -0,3 MPa) durante a germinação, conforme metodologia adotada no Experimento I. Nos dois primeiros experimentos, foram avaliadas a germinação (protrusão radicular) e porcentagem de plântulas normais, na primeira e última contagem do teste de germinação e o índice de velocidade de germinação. No experimento III, além da qualidade fisiológica, foram realizadas análise da qualidade física das sementes e da atividade enzimática em plântulas. Foi também realizada análise multivariada de componentes principais (PCA) para todas as características avaliadas e correlação de Pearson (r), calculada com os dados obtidos em todas as avaliações para as duas linhagens. Nos três experimentos, o déficit hídrico reduziu a germinação, a velocidade e a uniformidade de germinação das sementes. No Experimento I, a concentração de 60 μM de Se utilizada no osmocondicionamento não foi benéfica para as sementes de ambas as linhagens. No Experimento II, o osmocondicionamento das sementes com 12,5 μM de Se por 24 h proporcionou maior porcentagem de germinação para ambas as linhagens. No Experimento III, em condição de déficit hídrico, o osmocondicionamento das sementes com Se não proporcionou benefícios para a germinação das sementes em relação àquelas osmocondicionadas sem Se. Em síntese, sementes osmocondicionadas com PEG a -1,0 MPa apresentaram melhoria na qualidade fisiológica e em atributos físicos. Em condições de déficit hídrico, o osmocondicionamento com Se na concentração de 12 μM por 24 h não melhora o desempenho fisiológico e atividade enzimática de sementes das linhagens de tomate LA3475 e LA 4050. Palavras-chave: Solanum lycopersicum L.. Estresse Abiótico. Linhagens de Introgressão. Condicionamento Osmótico. Qualidade de Sementes.