Dinâmica da regeneração natural da vegetação arbórea em um fragmento de floresta estacional semidecidual montana secundária, em Viçosa, MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Higuchi, Pedro
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9308
Resumo: O presente estudo foi realizado em dez locais distintos quanto à declividade, exposição e posição topográfica em um fragmento de floresta estacional semidecidual secundária, na Estação de Pesquisa, Treinamento e Educação Ambiental Mata do Paraíso, em Viçosa, MG (latitude = 20o45’ sul, longitude = 42o55’ oeste e altitude média = 690 m). As parcelas apresentaram tamanhos diferenciados para cada classe de tamanho de planta: classe 1 (até 1 m de altura) – área amostral de 5 m2, classe 2 (1 até 3 m de altura) – área de 10 m2, classe 3 (maior do que 3m de altura e menor do que 5cm de DAP) – área amostral de 20 m2. As análises da diversidade florística, dos parâmetros fitossociológicos e das taxas de mortalidade e ingresso foram realizadas utilizando dados da regeneração natural coletados nos anos de 1992, 1995 e 2000, em parcelas permanentes. Considerando todas as épocas estudadas, foram amostrados 4.149 indivíduos pertencentes a 159 espécies, distribuídas em 45 famílias. O índice de diversidade de Shannon-Weaver médio variou de 2,07 (Local 2) a 3,37 (Local 7), considerando a média do período de oito anos. Os locais que apresentaram a transmissividade da radiação fotossinteticamente ativa menor que 2,5%, mantiveram o índice de diversidade elevado ao longo do período de estudo, enquanto os locais com o dossel mais aberto, mantiveram os valores mais baixos. O maior número de plantas amostradas no período estudado foi encontrado nas famílias Leguminosae mimosoideae, seguido de Rubiaceae, Leguminosae faboideae e Monimiaceae. As famílias que apresentaram maior riqueza de espécies foram, em ordem decrescente, Myrtaceae, Lauraceae, Rubiaceae, Leguminosae caesalpinioideae, Euphorbiaceae, Sapindaceae e Leguminosae mimosoideae. Siparuna guianensis apresentou, nos Locais 1, 3, 7, 8 e 9, regeneração natural total maior do que 10% em todos os anos, com taxa anual de ingresso superior a 5% e taxa anual de mortalidade inferior a 11%, permanecendo no sistema durante todo o período de estudo. Por outro lado, algumas espécies, como, por exemplo, Anadenanthera peregrina, no Local 3, Guapira opposita, no Local 4, Guatteria sellowiana, no Local 5, e Piptadenia gonoacantha, no Local 9, apresentaram rápida redução do índice de referência natural total, correndo risco de saírem do sistema. Em todos locais, houve o predomínio de espécies secundárias iniciais, indicando elevada representati- vidade deste grupo ecológico no processo de sucessão. Tomados em conjunto, os resultados permitem concluir que a analise do índice de regeneração natural por classe de tamanho e das taxas de ingresso e mortalidade de espécies são de grande importância para o entendimento da dinâmica de florestas tropicais.
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spelling Reis, Geraldo Gonçalves dosPinheiro, Antonio LelisHiguchi, Pedrohttp://lattes.cnpq.br/0068554244216474Reis, Maria das Graças Ferreira2017-01-10T12:11:29Z2017-01-10T12:11:29Z2003-02-28HIGUCHI, Pedro. Dinâmica da regeneração natural da vegetação arbórea em um fragmento de floresta estacional semidecidual montana secundária, em Viçosa, MG. 2003. 107f. DissertaçãoMestrado em Ciência Florestal) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2003.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9308O presente estudo foi realizado em dez locais distintos quanto à declividade, exposição e posição topográfica em um fragmento de floresta estacional semidecidual secundária, na Estação de Pesquisa, Treinamento e Educação Ambiental Mata do Paraíso, em Viçosa, MG (latitude = 20o45’ sul, longitude = 42o55’ oeste e altitude média = 690 m). As parcelas apresentaram tamanhos diferenciados para cada classe de tamanho de planta: classe 1 (até 1 m de altura) – área amostral de 5 m2, classe 2 (1 até 3 m de altura) – área de 10 m2, classe 3 (maior do que 3m de altura e menor do que 5cm de DAP) – área amostral de 20 m2. As análises da diversidade florística, dos parâmetros fitossociológicos e das taxas de mortalidade e ingresso foram realizadas utilizando dados da regeneração natural coletados nos anos de 1992, 1995 e 2000, em parcelas permanentes. Considerando todas as épocas estudadas, foram amostrados 4.149 indivíduos pertencentes a 159 espécies, distribuídas em 45 famílias. O índice de diversidade de Shannon-Weaver médio variou de 2,07 (Local 2) a 3,37 (Local 7), considerando a média do período de oito anos. Os locais que apresentaram a transmissividade da radiação fotossinteticamente ativa menor que 2,5%, mantiveram o índice de diversidade elevado ao longo do período de estudo, enquanto os locais com o dossel mais aberto, mantiveram os valores mais baixos. O maior número de plantas amostradas no período estudado foi encontrado nas famílias Leguminosae mimosoideae, seguido de Rubiaceae, Leguminosae faboideae e Monimiaceae. As famílias que apresentaram maior riqueza de espécies foram, em ordem decrescente, Myrtaceae, Lauraceae, Rubiaceae, Leguminosae caesalpinioideae, Euphorbiaceae, Sapindaceae e Leguminosae mimosoideae. Siparuna guianensis apresentou, nos Locais 1, 3, 7, 8 e 9, regeneração natural total maior do que 10% em todos os anos, com taxa anual de ingresso superior a 5% e taxa anual de mortalidade inferior a 11%, permanecendo no sistema durante todo o período de estudo. Por outro lado, algumas espécies, como, por exemplo, Anadenanthera peregrina, no Local 3, Guapira opposita, no Local 4, Guatteria sellowiana, no Local 5, e Piptadenia gonoacantha, no Local 9, apresentaram rápida redução do índice de referência natural total, correndo risco de saírem do sistema. Em todos locais, houve o predomínio de espécies secundárias iniciais, indicando elevada representati- vidade deste grupo ecológico no processo de sucessão. Tomados em conjunto, os resultados permitem concluir que a analise do índice de regeneração natural por classe de tamanho e das taxas de ingresso e mortalidade de espécies são de grande importância para o entendimento da dinâmica de florestas tropicais.This study was carried out in ten different sites varying in slope, aspect and topographic position in a secondary semideciduous seasonal forest fragment in the Atlantic Forest domain, southeastern Brazil (latitude = 20 o45’ south, longitude = 42 o55 and average altitude = 690 m). The permanent sampling plots had different sizes for each plant size class: class 1 (height up to 1 m) – 5 m2 sampled area, class 2 (height from 1 to 3 m) – 10 m2 sampled area and class 3 (height > 3 m and DBH < 5cm) – 20 m2 sampled area. The analysis of the floristic, phytosociology and mortality and ingrowth rates were carried out using the natural regeneration data collected in 1992, 1995, and 2000. Considering all the period studied, a total of 4,149 individuals of 159 species distributed in 45 families were sampled. The diversity index ranged from 2.07 (site 2) to 3.37 (site 7), considering the average for the eight year period. The sites presenting photosynthetically active radiation transmissivity lower than 2.5% kept a high diversity index throughout the study, while the sites with a more open canopy, kept lower values. The highest number of plants sampled during the period studied belonged to the families Leguminosae mimosoideae, followed by Rubiaceae, Leguminosae faboideae, and Monimiaceae. The families presenting higher species richness were, in decreasing order: Myrtaceae, Lauraceae, Rubiaceae, Leguminosae caesalpinioideae, Euphorbiaceae, Sapindaceae and Leguminosae mimosoideae. Siparuna guianensis presented natural regeneration index higher than 10% at five sites, in the three monitoring years with an annual ingrowth rate higher than 5% and annual mortality rate lower than 11%, being in the system throughout the study period. On the other hand, some species, such as Anadenanthera peregrina (site 3), Guapira opposita (site 9), Guatteria nigrescens (site 5) and Piptadenia gonoacantha (site 9) had a fast reduction in the natural regeneration index. There was a predominance of initial secondary species, indicating that the forest fragment studied is at an intermediate succession stage. Overall, the results showed that the analysis of natural regeneration index by size class and of ingrowth and mortality rates of the species are very important in order to understand the dynamics of tropical forests.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de ViçosaDinâmica de vegetaçãoFloresta estacional semidecidual - Regeneração naturalFloresta estacional semidecidual - Composição florísticaComunidades vegetaisCiências AgráriasDinâmica da regeneração natural da vegetação arbórea em um fragmento de floresta estacional semidecidual montana secundária, em Viçosa, MGTree natural regeneration dynamics in a fragment of a secondary montane semideciduous seasonal forest in Viçosa, MGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Engenharia FlorestalMestre em Ciência FlorestalViçosa - MG2003-02-28Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf498784https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/9308/1/texto%20completo.pdfd2e255cc6be4f890289dd7ccb06aa032MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/9308/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3733https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/9308/3/texto%20completo.pdf.jpgff4345d6edcffb0c095b18617c0f15d0MD53123456789/93082017-01-10 22:00:23.845oai:locus.ufv.br:123456789/9308Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452017-01-11T01:00:23LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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