Intra-household inequality in Brazil: using a collective model to evaluate individual poverty

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Iglesias Pinedo, Wilman Javier
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7678
Resumo: A distribuição dos recursos nos domicílios é importante para a compreensão do bem-estar material de seus integrantes e para a formulação de políticas redistributivas. Apesar da aparente importância da dimensão intrafamiliar da desigualdade, muito pouco tem sido feito para entender o quanto dos recursos do domicílio são apropriados pelos indivíduos que o compõem, e assim, tentar avaliar a pobreza individual. De fato, a avaliação da pobreza e da desigualdade, muitas vezes, assume uma distribuição igualitária dos recursos entre os membros do agregado familiar. Além disso, as medidas de pobreza não apenas negligenciam a distribuição dos recursos dentro dos domicílios, mas também os ganhos decorrentes do consumo conjunto. No entanto, a parcela de recursos domésticos dedicados a cada membro da família é difícil de identificar porque o consumo é medido ao nível do domicílio e os bens podem certamente ser compartilhados. Esta pesquisa tentou analisar o grau de desigualdade dentro das famílias e sua contribuição para os níveis de pobreza no contexto brasileiro. Em particular, estimou-se o processo de alocação de recursos e as economias de escala nos domicílios do Brasil usando um modelo coletivo de consumo das famílias. Mais especificamente, tentou-se analisar as parcelas de recursos de crianças e adultos e a relação com as economias de escala decorrentes do consumo conjunto e o processo de barganha dos pais, a fim de calcular uma medida direta da pobreza individual para o Brasil. A identificação da parcela de recursos dos membros do agregado familiar requer, além da observação de bens específicos dos adultos, a estimativa conjunta de curvas de Engel para domicílios de casais e solteiros. Esta estratégia de identificação difere do método tradicional de Rothbarth na medida em que é compatível com as economias de escala, bem como com o processo de barganha parental. A base de dados utilizada foi a Pesquisa de Orçamentos Familiares do Brasil (POF 2008-2009). Os principais resultados forneceram evidência de desigualdade e economias de escala dentro dos domicílios brasileiros, o que nos leva à rejeição do modelo unitário de consumo e da abordagem tradicional de Rothbarth no caso do Brasil, respectivamente. Os resultados também mostraram que a parcela dos gastos totais dos homens é ligeiramente maior do que as parcelas das mulheres para quase todas as estruturas familiares consideradas no presente trabalho. Por sua vez, a magnitude das parcelas das crianças, interpretadas como o custo dos filhos para os pais, é comparativamente menor. Outros resultados também mostraram como os recursos destinados a cada membro variam de acordo com o tamanho e a estrutura da família, e, em particular, como as medidas tradicionais de pobreza tendem a superestimar a incidência da pobreza infantil. Além disso, encontrou-se que a parcela de recursos dedicada às crianças aumenta com o número de crianças, mas a parcela média por cada criança tende a diminuir. Por outro lado, verificou-se que as economias de escala dos adultos são grandes e afetam as medidas de pobreza. Especificamente, a pobreza entre adultos é menor porque os pais são altamente compensados pelas economias de escala decorrentes do consumo conjunto. Apesar de os filhos comandarem uma parcela de recursos razoavelmente grande do agregado familiar, tal parcela não é suficiente para evitar que eles tenham taxas mais elevadas de pobreza do que os seus pais. Além disso, foi encontrado que as mães parecem contribuir com mais recursos para os filhos do que os pais, e por outro lado, não foram encontradas diferenças de gênero, mas sim diferenças etárias nas parcelas de recursos entre as crianças. Ainda, os resultados fornecem evidências indicando que o poder de barganha das mulheres dentro da família melhora com a idade, nível de educação e a participação no mercado de trabalho. No geral, a principal conclusão é que a desigualdade intrafamiliar é significativa. Uma consequência importante disso é que as medidas tradicionais per capita de pobreza, que, por construção, ignoram a desigualdade intrafamiliar, apresentam uma imagem enganosa da pobreza, em especial para as crianças. Finalmente, essas estimativas são importantes para as intervenções de políticas redistributivas, porque constituem medidas mais precisas do bem-estar material relativo dos brasileiros em domicílios de diversas composições. Igualmente, o fato de que é plausível medir as parcelas de recursos de cada membro das famílias é um passo muito útil para medir a pobreza individual e, assim, informar de forma mais precisa aos formuladores de políticas que estão focados na redução da pobreza.
id UFV_e4dd6d5e1041f9b28b51cb6713c3fcbd
oai_identifier_str oai:locus.ufv.br:123456789/7678
network_acronym_str UFV
network_name_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
repository_id_str 2145
spelling Iglesias Pinedo, Wilman JavierCoelho, Alexandre Bragança2016-05-19T14:40:15Z2016-05-19T14:40:15Z2016-02-23IGLESIAS PINEDO, Wilman Javier. Intra-household inequality in Brazil: using a collective model to evaluate individual poverty. 2016. 75 f. Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2016.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7678A distribuição dos recursos nos domicílios é importante para a compreensão do bem-estar material de seus integrantes e para a formulação de políticas redistributivas. Apesar da aparente importância da dimensão intrafamiliar da desigualdade, muito pouco tem sido feito para entender o quanto dos recursos do domicílio são apropriados pelos indivíduos que o compõem, e assim, tentar avaliar a pobreza individual. De fato, a avaliação da pobreza e da desigualdade, muitas vezes, assume uma distribuição igualitária dos recursos entre os membros do agregado familiar. Além disso, as medidas de pobreza não apenas negligenciam a distribuição dos recursos dentro dos domicílios, mas também os ganhos decorrentes do consumo conjunto. No entanto, a parcela de recursos domésticos dedicados a cada membro da família é difícil de identificar porque o consumo é medido ao nível do domicílio e os bens podem certamente ser compartilhados. Esta pesquisa tentou analisar o grau de desigualdade dentro das famílias e sua contribuição para os níveis de pobreza no contexto brasileiro. Em particular, estimou-se o processo de alocação de recursos e as economias de escala nos domicílios do Brasil usando um modelo coletivo de consumo das famílias. Mais especificamente, tentou-se analisar as parcelas de recursos de crianças e adultos e a relação com as economias de escala decorrentes do consumo conjunto e o processo de barganha dos pais, a fim de calcular uma medida direta da pobreza individual para o Brasil. A identificação da parcela de recursos dos membros do agregado familiar requer, além da observação de bens específicos dos adultos, a estimativa conjunta de curvas de Engel para domicílios de casais e solteiros. Esta estratégia de identificação difere do método tradicional de Rothbarth na medida em que é compatível com as economias de escala, bem como com o processo de barganha parental. A base de dados utilizada foi a Pesquisa de Orçamentos Familiares do Brasil (POF 2008-2009). Os principais resultados forneceram evidência de desigualdade e economias de escala dentro dos domicílios brasileiros, o que nos leva à rejeição do modelo unitário de consumo e da abordagem tradicional de Rothbarth no caso do Brasil, respectivamente. Os resultados também mostraram que a parcela dos gastos totais dos homens é ligeiramente maior do que as parcelas das mulheres para quase todas as estruturas familiares consideradas no presente trabalho. Por sua vez, a magnitude das parcelas das crianças, interpretadas como o custo dos filhos para os pais, é comparativamente menor. Outros resultados também mostraram como os recursos destinados a cada membro variam de acordo com o tamanho e a estrutura da família, e, em particular, como as medidas tradicionais de pobreza tendem a superestimar a incidência da pobreza infantil. Além disso, encontrou-se que a parcela de recursos dedicada às crianças aumenta com o número de crianças, mas a parcela média por cada criança tende a diminuir. Por outro lado, verificou-se que as economias de escala dos adultos são grandes e afetam as medidas de pobreza. Especificamente, a pobreza entre adultos é menor porque os pais são altamente compensados pelas economias de escala decorrentes do consumo conjunto. Apesar de os filhos comandarem uma parcela de recursos razoavelmente grande do agregado familiar, tal parcela não é suficiente para evitar que eles tenham taxas mais elevadas de pobreza do que os seus pais. Além disso, foi encontrado que as mães parecem contribuir com mais recursos para os filhos do que os pais, e por outro lado, não foram encontradas diferenças de gênero, mas sim diferenças etárias nas parcelas de recursos entre as crianças. Ainda, os resultados fornecem evidências indicando que o poder de barganha das mulheres dentro da família melhora com a idade, nível de educação e a participação no mercado de trabalho. No geral, a principal conclusão é que a desigualdade intrafamiliar é significativa. Uma consequência importante disso é que as medidas tradicionais per capita de pobreza, que, por construção, ignoram a desigualdade intrafamiliar, apresentam uma imagem enganosa da pobreza, em especial para as crianças. Finalmente, essas estimativas são importantes para as intervenções de políticas redistributivas, porque constituem medidas mais precisas do bem-estar material relativo dos brasileiros em domicílios de diversas composições. Igualmente, o fato de que é plausível medir as parcelas de recursos de cada membro das famílias é um passo muito útil para medir a pobreza individual e, assim, informar de forma mais precisa aos formuladores de políticas que estão focados na redução da pobreza.The distribution of resources within households is crucial to the understanding of its members’ material well-being and for the design of redistributive policies. Although the apparent importance of the intra-household dimension of inequality, very little research has focused on how much of the family resources are dedicated to each member, and thereby attempting to assess individual poverty. In fact, the assessment of poverty and inequality often assumes an equal distribution of resources among household members. Moreover, poverty measures not only neglect the distribution of resources within families, but also the gains from joint consumption. However, the share of household resources devoted to each family member is hard to identify, because consumption is measured at the household level and goods can indeed be shared. This research attempted to analyze the extent of inequality within households and its contribution to levels of poverty in the Brazilian context. In particular, we estimated the process of resources allocation and economies of scale in households from Brazil using a collective model of household consumption. More specifically, we attempted to analyze the resource shares of children and adults in relation with the scale economies of joint consumption and the parental bargaining in order to calculate a direct measure of individual poverty for Brazil. The identification of the household member’s resource share requires the observation of adult-specific goods and a joint estimation on couples and singles. This identification strategy differs from the traditional Rothbarth method, in that it is compatible with economies of scale as well as with parents’ bargaining. The database used was Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009). The main results provide evidence of inequality and economies of scale within Brazilian households, which leads us to the rejection of the unitary model and the traditional Rothbarth approach for Brazil, respectively. Our findings also showed that men’s share of total expenditures is slightly larger than women's shares for almost all the family structures considered here. The magnitude of children’s shares, interpreted as the cost of children for the parents, is in turn comparatively smaller. We also showed how resources devoted to each household member vary by family size and structure, and we find that, particularly, standard poverty measures tend to overstate the incidence of child poverty. Furthermore, we found that the share of resources devoted to children rises with the number of children, but the average share per child tends to decrease. On the other hand, we found that adult's scale economies are large and affect poverty measures. Specifically, adult poverty is smaller because parents are highly compensated by the scale economies due to joint consumption. Despite that the children command a reasonably large share of household resources, such share is not enough to avoid having higher rates of poverty than their parents. In addition, we found that mothers seem to contribute more resources than fathers to children, and we do not find evidence of gender but age differences in children’s resource shares. Also, results provide evidence indicating that women’s bargaining power within the household improves with their age, level of education and participation in the labor market. Overall, our main finding is that there is substantial intra-household inequality. One important consequence of this is that standard per-capita poverty measures, which by construction ignore intra-household inequality, present a misleading picture of poverty, particularly for children. Finally, our estimates are important for redistributive policy interventions, because they constitute more accurate measures of the relative material welfare of Brazilians in households of varying composition. Furthermore, the fact that it is plausible to measure of each member’s resource shares within households is a very useful step in measuring individual poverty, and thus informing in a more precise way to policy makers which are focused on poverty alleviation.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorengUniversidade Federal de ViçosaRenda - Distribuição - BrasilFamília - Aspectos econômicos - BrasilPobreza - Brasiligualdade - BrasilCrescimento e Desenvolvimento EconômicoIntra-household inequality in Brazil: using a collective model to evaluate individual povertyDesigualdade intra-familiar no Brasil: uso de um modelo coletivo para avaliar a pobreza individualinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de EconomiaMestre em Economia AplicadaViçosa - MG2016-02-23Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf731194https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7678/1/texto%20completo.pdfde0ca8227319cb94bf2c78c95761a251MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7678/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3601https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7678/3/texto%20completo.pdf.jpg170bbea018be1b719b8d1e8b193a6134MD53TEXTtexto completo.pdf.txttexto completo.pdf.txtExtracted texttext/plain172466https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7678/4/texto%20completo.pdf.txt1cfba0f810e77c7d9d49689762b10712MD54123456789/76782016-05-20 07:04:00.664oai:locus.ufv.br:123456789/7678Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452016-05-20T10:04LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
dc.title.en.fl_str_mv Intra-household inequality in Brazil: using a collective model to evaluate individual poverty
dc.title.pt-BR.fl_str_mv Desigualdade intra-familiar no Brasil: uso de um modelo coletivo para avaliar a pobreza individual
title Intra-household inequality in Brazil: using a collective model to evaluate individual poverty
spellingShingle Intra-household inequality in Brazil: using a collective model to evaluate individual poverty
Iglesias Pinedo, Wilman Javier
Renda - Distribuição - Brasil
Família - Aspectos econômicos - Brasil
Pobreza - Brasil
igualdade - Brasil
Crescimento e Desenvolvimento Econômico
title_short Intra-household inequality in Brazil: using a collective model to evaluate individual poverty
title_full Intra-household inequality in Brazil: using a collective model to evaluate individual poverty
title_fullStr Intra-household inequality in Brazil: using a collective model to evaluate individual poverty
title_full_unstemmed Intra-household inequality in Brazil: using a collective model to evaluate individual poverty
title_sort Intra-household inequality in Brazil: using a collective model to evaluate individual poverty
author Iglesias Pinedo, Wilman Javier
author_facet Iglesias Pinedo, Wilman Javier
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Iglesias Pinedo, Wilman Javier
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Coelho, Alexandre Bragança
contributor_str_mv Coelho, Alexandre Bragança
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv Renda - Distribuição - Brasil
Família - Aspectos econômicos - Brasil
Pobreza - Brasil
igualdade - Brasil
topic Renda - Distribuição - Brasil
Família - Aspectos econômicos - Brasil
Pobreza - Brasil
igualdade - Brasil
Crescimento e Desenvolvimento Econômico
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Crescimento e Desenvolvimento Econômico
description A distribuição dos recursos nos domicílios é importante para a compreensão do bem-estar material de seus integrantes e para a formulação de políticas redistributivas. Apesar da aparente importância da dimensão intrafamiliar da desigualdade, muito pouco tem sido feito para entender o quanto dos recursos do domicílio são apropriados pelos indivíduos que o compõem, e assim, tentar avaliar a pobreza individual. De fato, a avaliação da pobreza e da desigualdade, muitas vezes, assume uma distribuição igualitária dos recursos entre os membros do agregado familiar. Além disso, as medidas de pobreza não apenas negligenciam a distribuição dos recursos dentro dos domicílios, mas também os ganhos decorrentes do consumo conjunto. No entanto, a parcela de recursos domésticos dedicados a cada membro da família é difícil de identificar porque o consumo é medido ao nível do domicílio e os bens podem certamente ser compartilhados. Esta pesquisa tentou analisar o grau de desigualdade dentro das famílias e sua contribuição para os níveis de pobreza no contexto brasileiro. Em particular, estimou-se o processo de alocação de recursos e as economias de escala nos domicílios do Brasil usando um modelo coletivo de consumo das famílias. Mais especificamente, tentou-se analisar as parcelas de recursos de crianças e adultos e a relação com as economias de escala decorrentes do consumo conjunto e o processo de barganha dos pais, a fim de calcular uma medida direta da pobreza individual para o Brasil. A identificação da parcela de recursos dos membros do agregado familiar requer, além da observação de bens específicos dos adultos, a estimativa conjunta de curvas de Engel para domicílios de casais e solteiros. Esta estratégia de identificação difere do método tradicional de Rothbarth na medida em que é compatível com as economias de escala, bem como com o processo de barganha parental. A base de dados utilizada foi a Pesquisa de Orçamentos Familiares do Brasil (POF 2008-2009). Os principais resultados forneceram evidência de desigualdade e economias de escala dentro dos domicílios brasileiros, o que nos leva à rejeição do modelo unitário de consumo e da abordagem tradicional de Rothbarth no caso do Brasil, respectivamente. Os resultados também mostraram que a parcela dos gastos totais dos homens é ligeiramente maior do que as parcelas das mulheres para quase todas as estruturas familiares consideradas no presente trabalho. Por sua vez, a magnitude das parcelas das crianças, interpretadas como o custo dos filhos para os pais, é comparativamente menor. Outros resultados também mostraram como os recursos destinados a cada membro variam de acordo com o tamanho e a estrutura da família, e, em particular, como as medidas tradicionais de pobreza tendem a superestimar a incidência da pobreza infantil. Além disso, encontrou-se que a parcela de recursos dedicada às crianças aumenta com o número de crianças, mas a parcela média por cada criança tende a diminuir. Por outro lado, verificou-se que as economias de escala dos adultos são grandes e afetam as medidas de pobreza. Especificamente, a pobreza entre adultos é menor porque os pais são altamente compensados pelas economias de escala decorrentes do consumo conjunto. Apesar de os filhos comandarem uma parcela de recursos razoavelmente grande do agregado familiar, tal parcela não é suficiente para evitar que eles tenham taxas mais elevadas de pobreza do que os seus pais. Além disso, foi encontrado que as mães parecem contribuir com mais recursos para os filhos do que os pais, e por outro lado, não foram encontradas diferenças de gênero, mas sim diferenças etárias nas parcelas de recursos entre as crianças. Ainda, os resultados fornecem evidências indicando que o poder de barganha das mulheres dentro da família melhora com a idade, nível de educação e a participação no mercado de trabalho. No geral, a principal conclusão é que a desigualdade intrafamiliar é significativa. Uma consequência importante disso é que as medidas tradicionais per capita de pobreza, que, por construção, ignoram a desigualdade intrafamiliar, apresentam uma imagem enganosa da pobreza, em especial para as crianças. Finalmente, essas estimativas são importantes para as intervenções de políticas redistributivas, porque constituem medidas mais precisas do bem-estar material relativo dos brasileiros em domicílios de diversas composições. Igualmente, o fato de que é plausível medir as parcelas de recursos de cada membro das famílias é um passo muito útil para medir a pobreza individual e, assim, informar de forma mais precisa aos formuladores de políticas que estão focados na redução da pobreza.
publishDate 2016
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-05-19T14:40:15Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-05-19T14:40:15Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-02-23
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv IGLESIAS PINEDO, Wilman Javier. Intra-household inequality in Brazil: using a collective model to evaluate individual poverty. 2016. 75 f. Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2016.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7678
identifier_str_mv IGLESIAS PINEDO, Wilman Javier. Intra-household inequality in Brazil: using a collective model to evaluate individual poverty. 2016. 75 f. Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2016.
url http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7678
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Viçosa
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Viçosa
dc.source.none.fl_str_mv reponame:LOCUS Repositório Institucional da UFV
instname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron:UFV
instname_str Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron_str UFV
institution UFV
reponame_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
collection LOCUS Repositório Institucional da UFV
bitstream.url.fl_str_mv https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7678/1/texto%20completo.pdf
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7678/2/license.txt
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7678/3/texto%20completo.pdf.jpg
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7678/4/texto%20completo.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv de0ca8227319cb94bf2c78c95761a251
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
170bbea018be1b719b8d1e8b193a6134
1cfba0f810e77c7d9d49689762b10712
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)
repository.mail.fl_str_mv fabiojreis@ufv.br
_version_ 1801213013722660864