Estrutura do dossel e crescimento após desbaste em povoamento de clone de eucalipto desramado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monte, Marco Antonio
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3142
Resumo: A estrutura do dossel e o crescimento de plantas de clone de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden, submetidas a diferentes intensidades e freqüência de desrama, iniciando aos 16, 20 e 28 meses de idade, e ao desbaste (0 e 35% do número total de mudas plantadas), aos 55 meses de idade, foram avaliados entre 55 e 93 meses de idade, na região de cerrado. O índice de cobertura de dossel (ICD) foi obtido a partir de fotografias digitais nas dimensões de 640x480 e 1280x960 pixels e classificadas através dos softwares Erdas-Imagine 8.5, Gap Light Analyzer 2.0 e Sidelook 1.1. O ICD e o IAF foram significativamente correlacionados entre si, independentemente do método de classificação utilizado, quando obtidas na dimensão de 1280x960 pixels. Para as fotografias na dimensão de 640x480 pixels, as melhores correlações foram obtidas quando processadas com o Sidelook 1.1. Aos 93 meses de idade, o IAF e o ICD não variaram significativamente (p>0,05) entre tratamentos de desrama e na interação desrama - desbaste, independentemente da idade de início da intervenção de desrama. Porém, houve diferença significativa (p≤0,05) para estas variáveis entre os tratamentos de desbaste. O IAF e o ICD no povoamento desbastado foram, respectivamente, 28,0 e 16,9% menor do que o observado para o povoamento não-desbastado, imediatamente após o desbaste, enquanto aos 93 meses de idade estes valores foram, respectivamente, 13,8 e 6,9%. Estes resultados indicam que houve recomposição substancial da cobertura do dossel três anos após o desbaste. Aos 93 meses de idade, não foram observadas diferenças significativas (p>0,05) para o diâmetro a 1,3 m de altura (DAP), altura total (Ht), volume com casca, incremento periódico anual pós-desbaste (IPA) e incremento médio anual (IMA) entre os tratamentos de desrama artificial, nas três idades de primeira intervenção de desrama. Porém, com remoção superior a 60% da área foliar total, houve predominância de indivíduos em classes diamétricas inferiores, conforme distribuição de Weibull, mesmo não tendo tido diferenças significativas para o DAP médio. A altura total variou significativamente (p≤0,05), apenas em função do desbaste, independentemente da idade da primeira intervenção de desrama, tendo sido maior no povoamento não-desbastado. O volume com casca, o IPA e o IMA foram significativamente (p≤0,05) mais elevados (7,9, 23,0 e 7,3%, respectivamente), para o povoamento desbastado em relação ao não-desbastado, somente quando a primeira intervenção de desrama foi aplicada aos 20 meses de idade. O povoamento não-desbastado já se encontra com o crescimento estagnado, enquanto no desbastado esta estagnação estaria ocorrendo entre 100 e 110 meses de idade da planta, quando deveria proceder à segunda intervenção do desbaste. O presente estudo indicou a possibilidade de uso de fotografias digitais para estimar o índice de cobertura de dossel em povoamentos de eucalipto, sendo que o IAF e o ICD mostraram-se eficientes em detectar variações no dossel ocorridas ao longo de seqüência de idades e, conjuntamente com os dados de crescimento, podem ser utilizados para definir o momento de realizar desbaste em povoamentos florestais.
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spelling Estrutura do dossel e crescimento após desbaste em povoamento de clone de eucalipto desramadoCanopy structure and growth after thinning in a stand of eucalypt clone submitted to artificial pruningDesrama artificialDesbasteEstrutura do dosselArtificial pruningThinningCanopy structureCNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL::SILVICULTURAA estrutura do dossel e o crescimento de plantas de clone de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden, submetidas a diferentes intensidades e freqüência de desrama, iniciando aos 16, 20 e 28 meses de idade, e ao desbaste (0 e 35% do número total de mudas plantadas), aos 55 meses de idade, foram avaliados entre 55 e 93 meses de idade, na região de cerrado. O índice de cobertura de dossel (ICD) foi obtido a partir de fotografias digitais nas dimensões de 640x480 e 1280x960 pixels e classificadas através dos softwares Erdas-Imagine 8.5, Gap Light Analyzer 2.0 e Sidelook 1.1. O ICD e o IAF foram significativamente correlacionados entre si, independentemente do método de classificação utilizado, quando obtidas na dimensão de 1280x960 pixels. Para as fotografias na dimensão de 640x480 pixels, as melhores correlações foram obtidas quando processadas com o Sidelook 1.1. Aos 93 meses de idade, o IAF e o ICD não variaram significativamente (p>0,05) entre tratamentos de desrama e na interação desrama - desbaste, independentemente da idade de início da intervenção de desrama. Porém, houve diferença significativa (p≤0,05) para estas variáveis entre os tratamentos de desbaste. O IAF e o ICD no povoamento desbastado foram, respectivamente, 28,0 e 16,9% menor do que o observado para o povoamento não-desbastado, imediatamente após o desbaste, enquanto aos 93 meses de idade estes valores foram, respectivamente, 13,8 e 6,9%. Estes resultados indicam que houve recomposição substancial da cobertura do dossel três anos após o desbaste. Aos 93 meses de idade, não foram observadas diferenças significativas (p>0,05) para o diâmetro a 1,3 m de altura (DAP), altura total (Ht), volume com casca, incremento periódico anual pós-desbaste (IPA) e incremento médio anual (IMA) entre os tratamentos de desrama artificial, nas três idades de primeira intervenção de desrama. Porém, com remoção superior a 60% da área foliar total, houve predominância de indivíduos em classes diamétricas inferiores, conforme distribuição de Weibull, mesmo não tendo tido diferenças significativas para o DAP médio. A altura total variou significativamente (p≤0,05), apenas em função do desbaste, independentemente da idade da primeira intervenção de desrama, tendo sido maior no povoamento não-desbastado. O volume com casca, o IPA e o IMA foram significativamente (p≤0,05) mais elevados (7,9, 23,0 e 7,3%, respectivamente), para o povoamento desbastado em relação ao não-desbastado, somente quando a primeira intervenção de desrama foi aplicada aos 20 meses de idade. O povoamento não-desbastado já se encontra com o crescimento estagnado, enquanto no desbastado esta estagnação estaria ocorrendo entre 100 e 110 meses de idade da planta, quando deveria proceder à segunda intervenção do desbaste. O presente estudo indicou a possibilidade de uso de fotografias digitais para estimar o índice de cobertura de dossel em povoamentos de eucalipto, sendo que o IAF e o ICD mostraram-se eficientes em detectar variações no dossel ocorridas ao longo de seqüência de idades e, conjuntamente com os dados de crescimento, podem ser utilizados para definir o momento de realizar desbaste em povoamentos florestais.Canopy structure and plant growth of Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden clone, submitted to different intensity and frequency of artificial pruning starting at the ages of 16, 20 and 28 months and, to thinning (0 and 35% of the total planted seedlings) at the age of 55 months, were evaluated between the ages of 55 and 93 months, in the cerrado region. The Canopy Coverage Index (CCI) was obtained from digital photographs with the sizes 640x480 and 1280x960 pixels processed with the Erdas-imagine 8.5, Gap light analyser 2.0 and Sidelook 1.1 softwares. CCI was significantly correlated with LAI, independently of the photographs processing methods when they were taken with the size of 1280x960 pixels, while the Sidelook processing method was the best when 640x480 pixels photographs were taken. At the age of 93 months, there were no significant differences (p>0.05) between pruning treatments and the interaction between pruning and thinning, independently of the age of the first pruning intervention. However, there was significant difference (p≤0.05) between thinning treatment. LAI and CCI in thinned stands were, respectively, 28.0 and 16.9% smaller than in non-thinned one immediately after thinning while at the age of 93 months these values were 13.8 and 6.9 %. These results indicate that there was substantial canopy recovery in the thinned stands three years after thinning. At the age of 93 months, there were no significant differences (p>0,05) for the diameter at 1.3 m height (DBH), total height (Ht), volume outside bark, periodic annual increment after thinning (PAI) and mean annual increment (MAI) among artificial pruning treatments. By removing more than 60 % of total leaf area, a greater proportion of trees was allocated into lower diameter classes, according do Weibull distribution, even though there was no significant differences for average DBH. Total height was significantly (p≤0.05) higher in the non-thinned stand as compared to the thinned one, independently of the age pruning was first applied. The volume outside bark, PAI and MAI varied significantly (p≤0,05) with thinning only when pruning started at the age of 20 months, being, respectively, 7.9, 23.0 and 7.3 % greater in the thinned stand, in comparison to the non-thinned one. Growth had already been stagnated in the non-thinned stand, whereas, in the thinned stand, this stagnation may occur around the age of 100-110 months, when the second thinning intervention should be applied. The overall results indicated that digital photographs can be used for canopy coverage index estimation and that LAI and CCI obtained over an age sequence, in addition to growth data, can be helpful to define at which age thinning should be applied to forest stands.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade Federal de ViçosaBRManejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização deMestrado em Ciência FlorestalUFVhttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778884P3Reis, Geraldo Gonçalves doshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787900Z6Leite, Hélio Garciahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785373Z6Reis, Maria das Graças Ferreirahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783318Z6Soares, Vicente Paulohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781715A9Pinto, Francisco de Assis de Carvalhohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784515P9Monte, Marco Antonio2015-03-26T13:15:28Z2007-04-192015-03-26T13:15:28Z2006-12-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfMONTE, Marco Antonio. Canopy structure and growth after thinning in a stand of eucalypt clone submitted to artificial pruning. 2006. 77 f. Dissertação (Mestrado em Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2006.http://locus.ufv.br/handle/123456789/3142porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFV2016-04-10T02:03:34Zoai:locus.ufv.br:123456789/3142Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452016-04-10T02:03:34LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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