Construção de Compost Barn: tradicional x túnel de vento e nutrição e manejo de vacas leiteiras no período de transição
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/27541 |
Resumo: | Os confinamentos de vacas leiteiras vêm ganhando espaço no Brasil, com o intuito de alcançar maiores produtividades. Desse modo, os dois sistemas mais comumente utilizados são o Free Stall e o Compost Barn. Nos EUA o Compost Barn ganhou espaço por ser uma alternativa de confinamento que proporciona maior conforto aos animais alojados, reduzindo problemas de casco e lesões de jarrete, comuns no Free Stall. Já existe literatura que indica os principais aspectos que devem ser observados em um projeto de Compost Barn. Estes envolvem principalmente o espaçamento de cama por animal (mínimo 15 m2), espaçamento de bebedouro por animal (mínimo 90 cm a cada 15 vacas) e espaçamento de comedouro (mínimo 80 cm por animal). Vacas leiteiras de alta produção tendem a produzir maior calor metabólico e são mais susceptíveis ao estresse térmico, o que irá impactar fortemente na produção, reprodução e saúde. Para atenuar o estresse térmico, os sistemas de ventilação disponíveis são: natural; por ventiladores; e ventiladores com aspersores. No entanto, em Free Stall existem também outros dois sistemas de resfriamento que são os galpões de ventilação cruzada e túnel de vento. Recentemente, o sistema de túnel de vento foi adequado para o Compost Barn, sendo o primeiro projeto desenvolvido em 2015 no Brasil, com intuito de maximizar o conforto animal em épocas de temperaturas elevadas. Os primeiros resultados de campo são satisfatórios, sendo observados principalmente aumentos de produtividade e redução de custos com medicamentos. Juntamente a um adequado conforto térmico é preciso ter atenção quanto ao manejo e nutrição dos animais lactantes. Portanto, grande importância deve ser dada ao período de transição da vaca leiteira, que é definido como as três últimas semanas de gestação e as três primeiras semanas de lactação. Durante o período de transição, o animal tem uma grande queda no consumo de matéria seca (CMS), associado a diversas alterações metabólicas e aumentos nos requisitos de energia e proteína nos últimos 60 dias de gestação. Ademais, no pós-parto imediato, a exigência para a produção de leite aumenta consideravelmente. Por este fato, o animal entra em um estado de balanço energético negativo (BEN), onde há um aumento significativo de produção juntamente com um baixo CMS. O escore de condição corporal (ECC) tem grande influência em doenças que poderão surgir no período de transição. Desse modo, é preciso avaliar o ECC pelo menos em 4 fases da vida da vaca leiteira, que são: secagem, ao parto, no pico de lactação e no momento da inseminação. Animais que secam com altos ECC têm maiores mobilizações de ácidos graxos não esterificados (AGNE) e, consequentemente, maiores concentrações de betahidoxibutirato (BHBO) circulantes. Esses fatores afetam negativamente a eficiência produtiva e reprodutiva dos animais. Além disso, animais com maior ECC tem maiores concentrações de leptina no sangue, que também está associada à redução no CMS, além de interferir no pico de hormônio luteinizante (LH) da primeira ovulação, reduzindo a fertilidade do mesmo. Como consequência dos desbalanço hormonal e BEN, algumas doenças são comuns nesta fase, como a cetose, deslocamento de abomaso e hipocalacemia. Estes distúrbios podem ser evitados com estratégias nutricionais voltadas para o período de transição, como dietas com baixo cálcio, dietas acidogênicas, uso de inonófos, precursores gliconeogênicos, niacina, lipídeos, metionina e colina. No entanto, essas estratégias devem ser combinadas com estratégias de manejo, tendo assim rebanhos mais saudáveis e produtivos. Palavras-chave: Balanço energético negativo. Consumo de matéria seca. Escore de condição corporal. Estresse térmico. Free Stall. Secagem. Ventilação. |
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CALDATO, AndréRotta, Polyana Pizzi2020-01-29T18:20:03Z2020-01-29T18:20:03Z2019-08-30CALDATO, André. Construção de Compost Barn: tradicional x túnel de vento e nutrição e manejo de vacas leiteiras no período de transição. 2019. 87 f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2019.https://locus.ufv.br//handle/123456789/27541Os confinamentos de vacas leiteiras vêm ganhando espaço no Brasil, com o intuito de alcançar maiores produtividades. Desse modo, os dois sistemas mais comumente utilizados são o Free Stall e o Compost Barn. Nos EUA o Compost Barn ganhou espaço por ser uma alternativa de confinamento que proporciona maior conforto aos animais alojados, reduzindo problemas de casco e lesões de jarrete, comuns no Free Stall. Já existe literatura que indica os principais aspectos que devem ser observados em um projeto de Compost Barn. Estes envolvem principalmente o espaçamento de cama por animal (mínimo 15 m2), espaçamento de bebedouro por animal (mínimo 90 cm a cada 15 vacas) e espaçamento de comedouro (mínimo 80 cm por animal). Vacas leiteiras de alta produção tendem a produzir maior calor metabólico e são mais susceptíveis ao estresse térmico, o que irá impactar fortemente na produção, reprodução e saúde. Para atenuar o estresse térmico, os sistemas de ventilação disponíveis são: natural; por ventiladores; e ventiladores com aspersores. No entanto, em Free Stall existem também outros dois sistemas de resfriamento que são os galpões de ventilação cruzada e túnel de vento. Recentemente, o sistema de túnel de vento foi adequado para o Compost Barn, sendo o primeiro projeto desenvolvido em 2015 no Brasil, com intuito de maximizar o conforto animal em épocas de temperaturas elevadas. Os primeiros resultados de campo são satisfatórios, sendo observados principalmente aumentos de produtividade e redução de custos com medicamentos. Juntamente a um adequado conforto térmico é preciso ter atenção quanto ao manejo e nutrição dos animais lactantes. Portanto, grande importância deve ser dada ao período de transição da vaca leiteira, que é definido como as três últimas semanas de gestação e as três primeiras semanas de lactação. Durante o período de transição, o animal tem uma grande queda no consumo de matéria seca (CMS), associado a diversas alterações metabólicas e aumentos nos requisitos de energia e proteína nos últimos 60 dias de gestação. Ademais, no pós-parto imediato, a exigência para a produção de leite aumenta consideravelmente. Por este fato, o animal entra em um estado de balanço energético negativo (BEN), onde há um aumento significativo de produção juntamente com um baixo CMS. O escore de condição corporal (ECC) tem grande influência em doenças que poderão surgir no período de transição. Desse modo, é preciso avaliar o ECC pelo menos em 4 fases da vida da vaca leiteira, que são: secagem, ao parto, no pico de lactação e no momento da inseminação. Animais que secam com altos ECC têm maiores mobilizações de ácidos graxos não esterificados (AGNE) e, consequentemente, maiores concentrações de betahidoxibutirato (BHBO) circulantes. Esses fatores afetam negativamente a eficiência produtiva e reprodutiva dos animais. Além disso, animais com maior ECC tem maiores concentrações de leptina no sangue, que também está associada à redução no CMS, além de interferir no pico de hormônio luteinizante (LH) da primeira ovulação, reduzindo a fertilidade do mesmo. Como consequência dos desbalanço hormonal e BEN, algumas doenças são comuns nesta fase, como a cetose, deslocamento de abomaso e hipocalacemia. Estes distúrbios podem ser evitados com estratégias nutricionais voltadas para o período de transição, como dietas com baixo cálcio, dietas acidogênicas, uso de inonófos, precursores gliconeogênicos, niacina, lipídeos, metionina e colina. No entanto, essas estratégias devem ser combinadas com estratégias de manejo, tendo assim rebanhos mais saudáveis e produtivos. Palavras-chave: Balanço energético negativo. Consumo de matéria seca. Escore de condição corporal. Estresse térmico. Free Stall. Secagem. Ventilação.The confinement of dairy cows is gaining ground in Brazil, aiming to achieve greater productivity. Thus, the two most commonly used systems are the Free Stall and the Compost Bedded Pack, also known as Compost Barn. In the US, the Compost Barn has gained ground as an alternative that provides greater animal comfort, reducing hoof problems and hock injuries common in Free Stall. There is already information in the literature to indicate the main aspects to be noted in a Compost Barn project. These aspect are mainly mainly related to bed spacing per animal (minimum 15 m2), drinkers spacing per animal (minimum 90 cm per 15 cows) and feeder spacing (minimum 80 cm per animal). High productive dairy cows produce greater metabolic heat and are susceptible to heat stress, which will strongly impact production, reproduction and health. To alleviate the heat stress of animals, the ventilation systems available are: natural ventilation; ventilation by fans; and ventilation by fans plus sprinklers. However, in Free Stall there are also two newer cooling systems named cross ventilation and wind tunnels. Recently, the wind tunnel systems were adapted for Compost Barns, and the first project built in Brazil was in 2015, aiming to maximize animal comfort in periods of high temperatures. The first field results are satisfactory, with increases in animal productivity and reduction in costs with medicines. Along with adequate thermal comfort, attention must be paid to the management and nutrition of lactating animals. Therefore, great importance must be given to the transition period of a dairy cow, which is defined as the last three weeks of gestation and the first three weeks of lactation. During the transition period, the animal has a large drop in dry matter intake (DMI), associated with several metabolic changes and increases in energy and protein requirements in the last 60 days of gestation. Moreover, in the immediate postpartum period, the requirements for milk production increase considerably. Because of this fact, the animal enters a state called negative energy balance (NEB), where there is a significant increase in production along with a low DMI. The body condition score (BCS) has a great influence on diseases that may occur during the transition period, so it is necessary to evaluate the BCS in at least 4 phases of the dairy cow's productive life, which are: at dry off, at calving, at the peak of lactation and at the time of insemination. Animal drying with high BCS have greater non- esterified fatty acids (NEFA) mobilization and, consequently, higher blood concentrations of beta-hydroxybutyrate (BHB). These factors are associated to low productive and reproductive efficiency. Additionally, over-conditioned animals have greater blood concentrations of leptin, which is associated with a reduction in DMI, and affects also the peak of the luteinizing hormone (LH), reducing fertility. As a consequence of the hormonal unbalance during NEB, some disorders are common during the NEB, such as ketosis, displacement of abomasum, and hypocalacemia. These metabolic disorders can be prevented with a good management during the transition period, such as using acidogenic diets, inonophones, gluconeogenic precursors, niacin, lipids, methionine and choline. However, these nutritional strategies should be combined with management strategies, so that complications at this stage are rare, thus leading to healthy and productive herds. Keywords: Negative energy balance. Dry matter consumption. Body condition score. Thermal stress. Free Stall. Drying. Ventilation.porUniversidade Federal de ViçosaBovinos de leite - CriaçãoConfinamentoTemperatura - Efeito fisiológicoVentilaçãoBovinos de leite - NutriçãoBovinos de leite - InstalaçõesBovinos de leite - Fatores climáticosProdução AnimalConstrução de Compost Barn: tradicional x túnel de vento e nutrição e manejo de vacas leiteiras no período de transiçãoCompost Barn construction: traditional x wind tunnel and nutrition and management in the transition period for dairy cowsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de ZootecniaMestre em ZootecniaViçosa - MG2019-08-30Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf1612353https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27541/1/texto%20completo.pdf2f1d3d97dbaead1dd94aeb11e0718928MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27541/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/275412020-01-29 15:20:52.729oai:locus.ufv.br:123456789/27541Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452020-01-29T18:20:52LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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