Na mesa de Tântalo um livro de Balzac

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vecchio, Daniel
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.brazilianstudies.com/ojs/index.php/glauks/article/view/228
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/16888
Resumo: Composta por noventa e cinco narrativas, a Comédia Humana escrita por Honoré de Balzac (1799-1850) pode ser comparada a um percurso suplicante de um escritor que vendia romances para sobreviver e manter-se como almejam seus personagens na florescente burguesia após a queda de Napoleão Bonaparte em 1815. Sem focarmos na biografia do escritor, mas no fato do quanto ela pode estar refletida nas ações de seus personagens que são testados em percursos semelhantes, não é difícil nos depararmos com as artimanhas e os desejos gananciosos que fomentam a garganta ressequida dessa sociedade, tal como Caríbdis a devorar Tântalo e tantos outros que devoraram sua própria família em prol de uma alta posição hierárquica. São ações que retratam historicamente uma sociedade parisiense em que a ambição já prevalece como um mal devastador. Chamaremos de “castigo de Balzac” a marca que caracteriza os enredos de seus dramas. Para compreendermos um pouco mais sobre a composição dessa marca, vamos nos ater especialmente a sua obra O Pai Goriot (1834), que será comparada a todo instante ao mito de Tântalo, referencial importante para compreendermos a construção poética desse e de outros romances balzaquianos.
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