Consumo de lipídios e suas fontes: associação com síndrome metabólica e ganho de peso (Projeto CUME)
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/28957 |
Resumo: | A obesidade e suas comorbidades são um problema de saúde pública no Brasil e dentre os fatores de risco modificáveis tanto para prevenção quanto para tratamento, temos o hábito alimentar, destacando o perfil de ácidos graxos devido a potencial ação protetora/promotora diante a ocorrência das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Nesse sentido, o projeto Coorte das Universidades MinEiras (CUME) foi planejado a fim de investigar o impacto do padrão alimentar brasileiro, de grupos de alimentos e fatores dietéticos específicos no desenvolvimento de DCNT em indivíduos graduados em universidades mineiras. O objetivo geral do presente trabalho foi avaliar a associação do consumo de lipídios e suas fontes com a síndrome metabólica (SM) e ganho de peso em indivíduos adultos participantes do projeto CUME. Este é um estudo epidemiológico de coorte aberta, iniciado em 2016, realizado, com egressos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e de Viçosa (UFV). A coleta de dados foi realizada mediante questionário online basal (Q_0), dividido em duas partes: a primeira parte abrangeu questões sobre aspectos sociodemográficos, antropométricos e de estilo de vida. A segunda fase consistiu em um questionário de frequência de consumo alimentar (QFCA) e questões relativas aos hábitos alimentares para avaliação do consumo alimentar. Após dois anos do preenchimento do Q_0, os participantes responderam ao questionário de seguimento (Q_2) com o objetivo de identificar a incidência de obesidade e outras doenças crônicas, além de investigar mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida. A SM foi diagnosticada segundo os critérios do International Diabetes Federation. Para a classificação de ganho de peso, foi considerado ganho de peso excessivo como um ganho maior ou igual a 10% do peso inicial. O cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC - kg/m²), foi realizado utilizando a estatura e o peso auto relatados. Os testes qui-quadrado e Mann–Whitney foram utilizados para comparação de frequências e valores, respectivamente, de acordo com a presença ou não de SM e também de acordo com a magnitude do ganho de peso. A regressão de Poisson foi usada para estimar razão de prevalência da ocorrência de SM de acordo com o consumo de lipídios e avaliar os efeitos da substituição isocalórica de tipos de gordura, carboidratos e proteínas na presença de SM. Para estimar os valores ausentes no diagnóstico de SM, o método de imputação múltipla e análise de sensibilidade foram aplicados. A Regressão logística foi usada para estimar a razão de chances (OR) e intervalo de confiança(IC, 95%) do ganho de peso excessivo de acordo com o consumo de gorduras e grupos alimentares. A regressão linear múltipla foi utilizada para estimar os valores de IMC após dois anos, de acordo com os tercis de consumo de ácidos graxos e suas fontes. As análises estatísticas foram realizadas no programa STATA ® versão 13.0, considerando o nível de significância estatística de 5%. Como resultados, na análise transversal da linha de base, os participantes tiveram uma prevalência de 7% (n=195) de SM que aumentou diretamente com o maior consumo de lipídios totais, ácidos graxos palmítico e esteárico, ácidos graxos saturados (AGS), trans (AGT), gordura animal e carnes processadas. A substituição isocalórica de 5% de AGS, AGT, ou carboidratos por ácidos graxos monoinsaturados foi associada com menor ocorrência da SM, enquanto a substituição de AGT, proteínas ou carboidratos por AGS apresentou associação direta com a ocorrência de SM. Após dois anos de seguimento, 11,8% dos participantes (n= 129) apresentaram ganho de peso maior ou igual a 10% do seu peso inicial. Os indivíduos com ganho excessivo de peso tiveram uma maior ingestão dos AGS mirístico, palmítico e esteárico. A chance de ter um ganho de peso excessivo aumentou diretamente com o maior consumo de lipídios totais, AGS, ácidos cáprico, mirístico, palmítico, esteárico e palmitoleico, carnes processadas e gorduras lácteas. O consumo de AGS, bem como carnes processadas e embutidos, carnes vermelhas, salgados, frituras e lanches e lácteos integrais, estiveram diretamente associados com maiores valores de IMC após dois anos de seguimento. Como conclusão, o excesso do consumo de lipídios, principalmente os AGS, bem como seus principais grupos fontes (ex. carnes processadas e embutidos e salgados, frituras e lanches) estão relacionadas a uma maior prevalência de SM e ao ganho de peso em adultos com alto grau de escolaridade participantes do CUME, sendo um importante fator de risco modificável em se tratando de excesso de peso e risco cardiometabólico. Palavras-chave: Síndrome Metabólica. Sobrepeso. Ganho de peso. Consumo alimentar. Ácidos graxos. |
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Bressan, JosefinaPeluzio, Maria do Carmo GouveiaLopes, Lílian LelisHermsdorff, Helen Hermana Miranda2022-05-11T18:24:29Z2022-05-11T18:24:29Z2020-03-27LOPES, Lílian Lelis. Consumo de lipídios e suas fontes: associação com síndrome metabólica e ganho de peso (Projeto CUME). 2020. 87 f. Tese (Doutorado em Ciência da Nutrição) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2020.https://locus.ufv.br//handle/123456789/28957A obesidade e suas comorbidades são um problema de saúde pública no Brasil e dentre os fatores de risco modificáveis tanto para prevenção quanto para tratamento, temos o hábito alimentar, destacando o perfil de ácidos graxos devido a potencial ação protetora/promotora diante a ocorrência das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Nesse sentido, o projeto Coorte das Universidades MinEiras (CUME) foi planejado a fim de investigar o impacto do padrão alimentar brasileiro, de grupos de alimentos e fatores dietéticos específicos no desenvolvimento de DCNT em indivíduos graduados em universidades mineiras. O objetivo geral do presente trabalho foi avaliar a associação do consumo de lipídios e suas fontes com a síndrome metabólica (SM) e ganho de peso em indivíduos adultos participantes do projeto CUME. Este é um estudo epidemiológico de coorte aberta, iniciado em 2016, realizado, com egressos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e de Viçosa (UFV). A coleta de dados foi realizada mediante questionário online basal (Q_0), dividido em duas partes: a primeira parte abrangeu questões sobre aspectos sociodemográficos, antropométricos e de estilo de vida. A segunda fase consistiu em um questionário de frequência de consumo alimentar (QFCA) e questões relativas aos hábitos alimentares para avaliação do consumo alimentar. Após dois anos do preenchimento do Q_0, os participantes responderam ao questionário de seguimento (Q_2) com o objetivo de identificar a incidência de obesidade e outras doenças crônicas, além de investigar mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida. A SM foi diagnosticada segundo os critérios do International Diabetes Federation. Para a classificação de ganho de peso, foi considerado ganho de peso excessivo como um ganho maior ou igual a 10% do peso inicial. O cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC - kg/m²), foi realizado utilizando a estatura e o peso auto relatados. Os testes qui-quadrado e Mann–Whitney foram utilizados para comparação de frequências e valores, respectivamente, de acordo com a presença ou não de SM e também de acordo com a magnitude do ganho de peso. A regressão de Poisson foi usada para estimar razão de prevalência da ocorrência de SM de acordo com o consumo de lipídios e avaliar os efeitos da substituição isocalórica de tipos de gordura, carboidratos e proteínas na presença de SM. Para estimar os valores ausentes no diagnóstico de SM, o método de imputação múltipla e análise de sensibilidade foram aplicados. A Regressão logística foi usada para estimar a razão de chances (OR) e intervalo de confiança(IC, 95%) do ganho de peso excessivo de acordo com o consumo de gorduras e grupos alimentares. A regressão linear múltipla foi utilizada para estimar os valores de IMC após dois anos, de acordo com os tercis de consumo de ácidos graxos e suas fontes. As análises estatísticas foram realizadas no programa STATA ® versão 13.0, considerando o nível de significância estatística de 5%. Como resultados, na análise transversal da linha de base, os participantes tiveram uma prevalência de 7% (n=195) de SM que aumentou diretamente com o maior consumo de lipídios totais, ácidos graxos palmítico e esteárico, ácidos graxos saturados (AGS), trans (AGT), gordura animal e carnes processadas. A substituição isocalórica de 5% de AGS, AGT, ou carboidratos por ácidos graxos monoinsaturados foi associada com menor ocorrência da SM, enquanto a substituição de AGT, proteínas ou carboidratos por AGS apresentou associação direta com a ocorrência de SM. Após dois anos de seguimento, 11,8% dos participantes (n= 129) apresentaram ganho de peso maior ou igual a 10% do seu peso inicial. Os indivíduos com ganho excessivo de peso tiveram uma maior ingestão dos AGS mirístico, palmítico e esteárico. A chance de ter um ganho de peso excessivo aumentou diretamente com o maior consumo de lipídios totais, AGS, ácidos cáprico, mirístico, palmítico, esteárico e palmitoleico, carnes processadas e gorduras lácteas. O consumo de AGS, bem como carnes processadas e embutidos, carnes vermelhas, salgados, frituras e lanches e lácteos integrais, estiveram diretamente associados com maiores valores de IMC após dois anos de seguimento. Como conclusão, o excesso do consumo de lipídios, principalmente os AGS, bem como seus principais grupos fontes (ex. carnes processadas e embutidos e salgados, frituras e lanches) estão relacionadas a uma maior prevalência de SM e ao ganho de peso em adultos com alto grau de escolaridade participantes do CUME, sendo um importante fator de risco modificável em se tratando de excesso de peso e risco cardiometabólico. Palavras-chave: Síndrome Metabólica. Sobrepeso. Ganho de peso. Consumo alimentar. Ácidos graxos.Obesity and its comorbidities are a public health problem in Brazil and among the modifiable risk factors for both prevention and treatment, there is the eating habits highlighting the fatty acid profile due to the potential protective / promoting action in the face of the occurrence chronic non-communicable diseases (NCDs). In this sense, the Cohort of Universities of Minas Gerais (CUME project) was planned in order to investigate the impact of the Brazilian dietary pattern, food groups and specific dietary factors on the development of NCDs in individuals graduated from universities in Minas Gerais, Brazil. The general objective of the present work was to evaluate the association between the consumption of lipids and their sources with the metabolic syndrome (MS) and weight gain, in adult individuals participating in the CUME project. This is an open-cohort epidemiological study, started in 2016, conducted with graduates from the Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) and Universidade Federal de Viçosa (UFV). Data collection was performed using a baseline online questionnaire (Q_0), divided into two parts: the first part covered questions about sociodemographic, anthropometric, and lifestyle aspects. The second phase consisted of a food frequency questionnaire (FFQ) and questions related to eating habits to assess food consumption. Two years after completing the Q_0, the participants answered the follow-up questionnaire (Q_2) in order to identify the incidence of obesity and other chronic diseases, in addition to investigating changes in eating habits and lifestyle. MS was diagnosed according to the International Diabetes Federation criteria, previously validated for this population. For the classification of weight gain, excessive weight gain was considered to be a gain greater than or equal to 10% of the initial weight. The calculation of the Body Mass Index (BMI - kg/m²) was performed using the self-reported height and weight, also validated for this population. The chi-square and Mann–Whitney tests were used to compare frequencies and values, respectively, according to the presence or absence of MS and according to the magnitude of weight gain. Poisson regression was used to estimate the prevalence ratio of the occurrence of MS according to the consumption of lipids and to evaluate the effects of isocaloric substitution of types of fat, carbohydrates and proteins in the presence of MS. To estimate the values missing in the diagnosis of MS, the multiple imputation method and sensitivity analysis were applied. Logistic regression was used to estimate the odds ratio (OR) and confidence interval (CI, 95%) of excessive weight gain according to the consumptionof fats and food groups. Multiple linear regression was used to estimate BMI values after two years, according to the fatty acid consumption tertiles and their sources. Statistical analyzes were performed using the STATA ® version 13.0 program, considering the level of statistical significance of 5%. As a result, in the cross-sectional analysis of the baseline, the participants had a prevalence of 7% (n = 195) of MS which increased directly with the higher consumption of lipids, palmitic and stearic fatty acids, saturated fatty acids (SFA), trans (TFA), animal fat and processed meats. The 5% isocaloric substitution of SFA, TFA, or carbohydrates with monounsaturated fatty acids was associated with a lower occurrence of MS, while the substitution of TFA, proteins or carbohydrates with SFA showed a direct association. After two years of follow-up, 11.8% of participants (n = 129) presented weight gain greater than or equal to 10% of their initial weight. Individuals with excessive weight gain had a higher intake of myristic, palmitic and stearic fatty acids. The chance of having an excessive weight gain increased directly with the increased directly with the higher consumption lipids, SFA, capric, myristic, palmitic, stearic and palmitoleic acids, processed meats and milk fats. The consumption of SFA, as well as processed and sausage meats, red meats, snacks, fried foods and snacks and whole dairy products, were directly associated with higher BMI values after two years of follow-up. In conclusion, the excess consumption of lipids, mainly SFA, as well as its main source groups (e.g. processed and salted meats, fried foods and snacks) are related to a higher prevalence of MS and weight gain in adults with high level of education participating in CUME project, being an important modifiable risk factor when it comes to overweight and cardiometabolic risk. Keywords: Metabolic Syndrome. Overweight. Weight gain. Food consumption. Fatty acids.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaSíndrome metabólicaSobrepesoGanho de pesoAlimentos - ConsumoÁcidos graxosCiência da NutriçãoConsumo de lipídios e suas fontes: associação com síndrome metabólica e ganho de peso (Projeto CUME)Consumption of lipids and their sources: association with metabolic syndrome and weight gain. (CUME project)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Nutrição e SaúdeDoutor em Ciência da NutriçãoViçosa - MG2020-03-27Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf2227229https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/28957/1/texto%20completo.pdfa65714e5d030250de56c30a872d92264MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/28957/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/289572022-06-28 08:50:45.597oai:locus.ufv.br:123456789/28957Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452022-06-28T11:50:45LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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