Análises citogenéticas em duas espécies do gênero Astyanax Baird & Girard, 1854 (Teleostei: Characiformes) nas bacias dos rios Paraíba do Sul e Itabapoana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinho, Frederico Machado de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28416
Resumo: O gênero Astyanax, o mais diverso da família Characidae, possui 146 espécies válidas que constituem um grupo bastante complexo do ponto de vista taxonômico e citogenético. Dentro deste táxon, dados morfológicos, citogenéticos e moleculares sugerem a existência de complexos de espécies, exemplificados nos grupos Astyanax fasciatus, Astyanax bimaculatus, Astyanax scabripinnis e Astyanax hastatus. Esses complexos são caracterizados por grandes variações nas suas fórmulas cariotípicas, números diploides, morfologias cromossômicas, padrões de bandeamento C e regiões organizadoras de nucléolos (RONs). Esse trabalho caracterizou citogeneticamente duas populações de Astyanax de bacias costeiras: uma população de Astyanax intermedius proveniente da sub-bacia rio Preto, bacia do rio Paraibuna na bacia do rio Paraíba do Sul, em Minas Gerais e Astyanax taeniatus proveniente da bacia do rio Itabapoana nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Foram utilizadas técnicas de citogenética clássica: coloração convencional (Giemsa), Banda C e AgNOR, além de técnicas citogenéticas moleculares: hibridização in situ fluorescente (FISH) com sondas 18S e 5S rDNA e de DNA repetitivo GA (15) e CA (15) . Ambas as espécies analisadas apresentaram número diploide 2n = 50; o estado de caráter mais comum dentro do gênero; Astyanax intermedius apresentou fórmula cariotípica 6m + 8sm + 4st + 32a e Astyanax taeniatus apresentou 6m + 8sm + 36a. Em Astyanax taeniatus, a banda C evidenciou pouca heterocromatina e as marcações foram predominantemente nas regiões subteloméricas em cromossomos meta e sub-metacêntricos, e na região pericentromérica de alguns cromossomos acrocêntricos; características que a diferenciam de outras espécies do gênero, as quais em geral apresentam marcações nas regiões distais dos braços longos e nas regiões pericentroméricas dos cromossomos. As marcações com AgNOR, nesta espécie, foram múltiplas e variáveis, variando entre quatro e dez marcações, padrão também observado em outras espécies de Astyanax, mesmo que, em algumas espécies essa marcação se apresente em apenas um par. Os padrões de FISH obtidos com sondas 18S e 5S rDNA, apresentaram marcações múltiplas em Astyanax taeniatus, acumuladas em quatro e cinco pares cromossômicos, respectivamente, uma característica comum em Astyanax. Dez marcações com a sonda 5S rDNA também foram observadas em outras espécies do gênero, embora que um número menor de marcações também aconteça com outros Astyanax. Ocorreu sintenia entre essas duas sondas no par 12, um caráter compartilhado com outras espécies do gênero. As marcações da sonda 18S rDNA confirmaram parcialmente as marcações AgNOR, uma vez que com o tratamento com o nitrato de prata foram evidenciadas marcações adicionais. As sondas de DNA repetitivo GA (15) e CA (15) ocorreram predominantemente nas regiões subteloméricas e pericentroméricas em cromossomos metacêntricos e submetacêntricos; nos cromossomos acrocêntricos, as marcações ocorreram nas regiões subteloméricas e pericentroméricas em ambas as espécies, além de marcações intersticiais em Astyanax taeniatus, padrão similar ao observado em Astyanax taeniatus da bacia do rio Doce. Estes resultados corroboram a grande diversidade citogenética e grande complexidade existente dentro do gênero Astyanax nas bacias costeiras do sudeste brasileiro.
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spelling Pinho, Frederico Machado dehttp://lattes.cnpq.br/9493653461896065Santos, Jorge Abdala Dergam dos2021-10-19T15:31:50Z2021-10-19T15:31:50Z2017-10-16PINHO, Frederico Machado de. Análises citogenéticas em duas espécies do gênero Astyanax Baird & Girard, 1854 (Teleostei: Characiformes) nas bacias dos rios Paraíba do Sul e Itabapoana. 2017. 44 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2017.https://locus.ufv.br//handle/123456789/28416O gênero Astyanax, o mais diverso da família Characidae, possui 146 espécies válidas que constituem um grupo bastante complexo do ponto de vista taxonômico e citogenético. Dentro deste táxon, dados morfológicos, citogenéticos e moleculares sugerem a existência de complexos de espécies, exemplificados nos grupos Astyanax fasciatus, Astyanax bimaculatus, Astyanax scabripinnis e Astyanax hastatus. Esses complexos são caracterizados por grandes variações nas suas fórmulas cariotípicas, números diploides, morfologias cromossômicas, padrões de bandeamento C e regiões organizadoras de nucléolos (RONs). Esse trabalho caracterizou citogeneticamente duas populações de Astyanax de bacias costeiras: uma população de Astyanax intermedius proveniente da sub-bacia rio Preto, bacia do rio Paraibuna na bacia do rio Paraíba do Sul, em Minas Gerais e Astyanax taeniatus proveniente da bacia do rio Itabapoana nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Foram utilizadas técnicas de citogenética clássica: coloração convencional (Giemsa), Banda C e AgNOR, além de técnicas citogenéticas moleculares: hibridização in situ fluorescente (FISH) com sondas 18S e 5S rDNA e de DNA repetitivo GA (15) e CA (15) . Ambas as espécies analisadas apresentaram número diploide 2n = 50; o estado de caráter mais comum dentro do gênero; Astyanax intermedius apresentou fórmula cariotípica 6m + 8sm + 4st + 32a e Astyanax taeniatus apresentou 6m + 8sm + 36a. Em Astyanax taeniatus, a banda C evidenciou pouca heterocromatina e as marcações foram predominantemente nas regiões subteloméricas em cromossomos meta e sub-metacêntricos, e na região pericentromérica de alguns cromossomos acrocêntricos; características que a diferenciam de outras espécies do gênero, as quais em geral apresentam marcações nas regiões distais dos braços longos e nas regiões pericentroméricas dos cromossomos. As marcações com AgNOR, nesta espécie, foram múltiplas e variáveis, variando entre quatro e dez marcações, padrão também observado em outras espécies de Astyanax, mesmo que, em algumas espécies essa marcação se apresente em apenas um par. Os padrões de FISH obtidos com sondas 18S e 5S rDNA, apresentaram marcações múltiplas em Astyanax taeniatus, acumuladas em quatro e cinco pares cromossômicos, respectivamente, uma característica comum em Astyanax. Dez marcações com a sonda 5S rDNA também foram observadas em outras espécies do gênero, embora que um número menor de marcações também aconteça com outros Astyanax. Ocorreu sintenia entre essas duas sondas no par 12, um caráter compartilhado com outras espécies do gênero. As marcações da sonda 18S rDNA confirmaram parcialmente as marcações AgNOR, uma vez que com o tratamento com o nitrato de prata foram evidenciadas marcações adicionais. As sondas de DNA repetitivo GA (15) e CA (15) ocorreram predominantemente nas regiões subteloméricas e pericentroméricas em cromossomos metacêntricos e submetacêntricos; nos cromossomos acrocêntricos, as marcações ocorreram nas regiões subteloméricas e pericentroméricas em ambas as espécies, além de marcações intersticiais em Astyanax taeniatus, padrão similar ao observado em Astyanax taeniatus da bacia do rio Doce. Estes resultados corroboram a grande diversidade citogenética e grande complexidade existente dentro do gênero Astyanax nas bacias costeiras do sudeste brasileiro.The genus Astyanax is the most diverse one within the Characidae family. It currently comprises 146 described species and consists in a fairly complex group from the taxonomic and cytogenetic perspectives. The genus includes several complex groups such as the Astyanax fasciatus, Astyanax bimaculatus, Astyanax scabripinnis and Astyanax hastatus groups. These groups have great variation in their karyotype formula, ploidy number, chromosomal morphology, C banding pattern and nucleolus organizer region (NORs). This work aims to provide the cytogenetic characterization of Astyanax populations from two coastal basins of Brazil: Astyanax intermedius from Rio Preto sub-basin, Rio Paraibuna basin within Rio Paraíba do Sul basin, Minas Gerais State; and Astyanax taeniatus from Rio Itabapoana basin, Rio de Janeiro and Minas Gerais States. Characterization consisted in classical methods of cytogenetic study: conventional coloration (Giemsa), C Banding, and AgNOR. In addition, we also performed molecular cytogenetic methods: in situ fluorescence (FISH) with probes of rDNA 18S and 5S, and repetitive DNA GA (15) and CA (15) . Both analyzed species presented diploid number of chromosomes 2n = 50, which is the most common character state within the genus. Astyanax intermedius presented caryotipical formula 6m + 8sm + 4st + 32a, whereas Astyanax taeniatus had formula 6m + 8sm + 36a. In the C banding, Astyanax taeniatus shows little heterochromatine with blocks located predominantly in the subtelomerical regions of meta and sub- metacentric chromosomes, and in the pericentromerical region of some acrocentrical chromosomes. These later characters help distinguishing Astyanax taeniatus from the remaining species of the genus, which generally present heterochromatic blocks on the distal regions of the long arms and on the pericentromeric positions of chromosomes. AgNORs sites varied from four to ten, pattern also observed in other species of Astyanax (although in some species this marking can also be seen on a single pair). The pattern from the FISH using 18S and 5S rDNA presented multiple sites in the pairs four and five of Astyanax taeniatus, respectively. Multiple sites from 18S are characteristic among Astyanax. Ten sites of 5S rDNA have already been observed in other species of the genus, even though fewer sites may also occur in some species. We observed synteny between these two probes on pair 12. Markings from 18S partially confirmed the ones acquired from AgNOR, given that silver nitrate treatment evidenced additional markings. Probes of repetitive DNA GA (15) e CA (15) occurred predominantly on subtelomeric and pericentromeric regions of metacentric and submetacentric chromosomes. Additionally to the intersticial markings observed in Astyanax taeniatus, the acrocentric chromosomes presented markings on subtelomeric and pericentromeric regions of the chromosomes, a pattern also observed in the A. taeniatus from Rio Doce basin. Our results corroborate the great cytogenetic diversity and complexity observed in the genus Astyanax from the coastal basins of Southeast Brazil.porUniversidade Federal de ViçosaAstyanax (Peixe)CitogenéticaAnimais costeirosConservação das Espécies AnimaisAnálises citogenéticas em duas espécies do gênero Astyanax Baird & Girard, 1854 (Teleostei: Characiformes) nas bacias dos rios Paraíba do Sul e ItabapoanaCytogenetic analysis in two species from Genus Astyanax Baird & Girard, 1854 (Teleostei: Characiformes) from the Paraíba do Sul and Itabapoana river basinsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Biologia AnimalMestre em Biologia AnimalViçosa - MG2017-10-16Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf686402https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/28416/1/texto%20completo.pdf79c281dadb884d0b828a45adb8171f6bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/28416/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/284162021-10-19 12:32:57.135oai:locus.ufv.br:123456789/28416Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452021-10-19T15:32:57LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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