Nada será como antes: o Devir florestal e a produção de manchas florestais sucessionais em paisagens manejadas pelos Zo’é na Amazônia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Franco-Moraes, Juliano
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Linguística Antropológica (Online)
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/ling/article/view/51956
Resumo: Segundo o filósofo Heráclito de Éfeso, nada é permanente, exceto a transformação. Tal interpretação do mundo se assemelha à maneira como muitos povos indígenas percebem o processo da sucessão florestal, o que não ocorre com a maneira como muitos cientistas e conservacionistas percebem tal processo. Aqui, apresento o conceito de Devir florestal, que corresponde à uma ontologia sob a qual muitos povos indígenas compreendem a sucessão florestal. A partir de um estudo de caso, mostro que o conhecimento ecológico tradicional dos Zo’é, habitantes da Amazônia brasileira, considera que florestas estão em constante movimento, e que o manejo local, baseado em uma ontologia do Devir, aumenta a diversidade florística. Entender como povos indígenas compreendem a sucessão florestal, assim como quais são as consequências do manejo associado a essa compreensão, é fundamental para que políticas territoriais sejam promovidas de maneira efetiva e em concordância com aspectos sociais, culturais e ecológicos locais.
id UNB-12_b4b7b1743929b0b78fa98f6818582ad1
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/51956
network_acronym_str UNB-12
network_name_str Revista Brasileira de Linguística Antropológica (Online)
repository_id_str
spelling Nada será como antes: o Devir florestal e a produção de manchas florestais sucessionais em paisagens manejadas pelos Zo’é na Amazôniasucessão florestaltransformação da paisagemontologiasbiodiversidadepovos indígenasSegundo o filósofo Heráclito de Éfeso, nada é permanente, exceto a transformação. Tal interpretação do mundo se assemelha à maneira como muitos povos indígenas percebem o processo da sucessão florestal, o que não ocorre com a maneira como muitos cientistas e conservacionistas percebem tal processo. Aqui, apresento o conceito de Devir florestal, que corresponde à uma ontologia sob a qual muitos povos indígenas compreendem a sucessão florestal. A partir de um estudo de caso, mostro que o conhecimento ecológico tradicional dos Zo’é, habitantes da Amazônia brasileira, considera que florestas estão em constante movimento, e que o manejo local, baseado em uma ontologia do Devir, aumenta a diversidade florística. Entender como povos indígenas compreendem a sucessão florestal, assim como quais são as consequências do manejo associado a essa compreensão, é fundamental para que políticas territoriais sejam promovidas de maneira efetiva e em concordância com aspectos sociais, culturais e ecológicos locais.Laboratório de Línguas e Literaturas Indígenas2023-12-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/ling/article/view/5195610.26512/rbla.v15i1.51956Revista Brasileira de Linguística Antropológica; Vol. 15 (2023)Revista Brasileira de Linguística Antropológica; Vol. 15 (2023)Revista Brasileira de Linguística Antropológica; Vol. 15 (2023)Revista Brasileira de Linguística Antropológica; v. 15 (2023)2317-13752176-834X10.26512/rbla.v15ireponame:Revista Brasileira de Linguística Antropológica (Online)instname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/ling/article/view/51956/39009Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Linguística Antropológicahttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessFranco-Moraes, Juliano2023-12-19T18:33:46Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/51956Revistahttps://periodicos.unb.br/index.php/lingPUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/ling/oairbla.unb@gmail.com||asacczoe@gmail.com2317-13752176-834Xopendoar:2023-12-19T18:33:46Revista Brasileira de Linguística Antropológica (Online) - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv Nada será como antes: o Devir florestal e a produção de manchas florestais sucessionais em paisagens manejadas pelos Zo’é na Amazônia
title Nada será como antes: o Devir florestal e a produção de manchas florestais sucessionais em paisagens manejadas pelos Zo’é na Amazônia
spellingShingle Nada será como antes: o Devir florestal e a produção de manchas florestais sucessionais em paisagens manejadas pelos Zo’é na Amazônia
Franco-Moraes, Juliano
sucessão florestal
transformação da paisagem
ontologias
biodiversidade
povos indígenas
title_short Nada será como antes: o Devir florestal e a produção de manchas florestais sucessionais em paisagens manejadas pelos Zo’é na Amazônia
title_full Nada será como antes: o Devir florestal e a produção de manchas florestais sucessionais em paisagens manejadas pelos Zo’é na Amazônia
title_fullStr Nada será como antes: o Devir florestal e a produção de manchas florestais sucessionais em paisagens manejadas pelos Zo’é na Amazônia
title_full_unstemmed Nada será como antes: o Devir florestal e a produção de manchas florestais sucessionais em paisagens manejadas pelos Zo’é na Amazônia
title_sort Nada será como antes: o Devir florestal e a produção de manchas florestais sucessionais em paisagens manejadas pelos Zo’é na Amazônia
author Franco-Moraes, Juliano
author_facet Franco-Moraes, Juliano
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Franco-Moraes, Juliano
dc.subject.por.fl_str_mv sucessão florestal
transformação da paisagem
ontologias
biodiversidade
povos indígenas
topic sucessão florestal
transformação da paisagem
ontologias
biodiversidade
povos indígenas
description Segundo o filósofo Heráclito de Éfeso, nada é permanente, exceto a transformação. Tal interpretação do mundo se assemelha à maneira como muitos povos indígenas percebem o processo da sucessão florestal, o que não ocorre com a maneira como muitos cientistas e conservacionistas percebem tal processo. Aqui, apresento o conceito de Devir florestal, que corresponde à uma ontologia sob a qual muitos povos indígenas compreendem a sucessão florestal. A partir de um estudo de caso, mostro que o conhecimento ecológico tradicional dos Zo’é, habitantes da Amazônia brasileira, considera que florestas estão em constante movimento, e que o manejo local, baseado em uma ontologia do Devir, aumenta a diversidade florística. Entender como povos indígenas compreendem a sucessão florestal, assim como quais são as consequências do manejo associado a essa compreensão, é fundamental para que políticas territoriais sejam promovidas de maneira efetiva e em concordância com aspectos sociais, culturais e ecológicos locais.
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-12-19
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/ling/article/view/51956
10.26512/rbla.v15i1.51956
url https://periodicos.unb.br/index.php/ling/article/view/51956
identifier_str_mv 10.26512/rbla.v15i1.51956
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/ling/article/view/51956/39009
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Linguística Antropológica
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Linguística Antropológica
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Laboratório de Línguas e Literaturas Indígenas
publisher.none.fl_str_mv Laboratório de Línguas e Literaturas Indígenas
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Linguística Antropológica; Vol. 15 (2023)
Revista Brasileira de Linguística Antropológica; Vol. 15 (2023)
Revista Brasileira de Linguística Antropológica; Vol. 15 (2023)
Revista Brasileira de Linguística Antropológica; v. 15 (2023)
2317-1375
2176-834X
10.26512/rbla.v15i
reponame:Revista Brasileira de Linguística Antropológica (Online)
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Revista Brasileira de Linguística Antropológica (Online)
collection Revista Brasileira de Linguística Antropológica (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Brasileira de Linguística Antropológica (Online) - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv rbla.unb@gmail.com||asacczoe@gmail.com
_version_ 1809218721194967040