A LITERATURA ORAL COMO FORÇA DE EXPRESSÃO DA CULTURA POPULAR:: O GRITADOR
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | História, Histórias |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/hh/article/view/10733 |
Resumo: | Contadores de história são comuns em todo o território nacional, e a variedade de lendas, contos, fábulas e anedotas é incalculável. Essas singulares manifestações culturais aparecem por todo o mundo. Africanos, asiáticos, europeus e americanos: as pessoas do mundo todo transmitem o seu conhecimento por meio da palavra falada através do tempo. Não raro, à s vezes esses conhecimentos espalhados pelos continentes se encontram e se fundem, adquirindo uma variedade de riquezas culturais ímpares. São as músicas cantadas e encenadas junto à literatura falada que constituem, em síntese, o poder da palavra no universo cultural da humanidade. Duas facetas empregam o sentido da oralidade: uma assumida pela história e outra assumida pela literatura, ora fundindo-se, ora distinguindo-se. É explicitamente específica a figura do contador, do narrador popular, aquele que unicamente se recorda das histórias fantasiosas ou não, e, nesse momento, ganha importância a partir de uma construção sociocultural. É durante a sua experiência de vida que ele, o contador, ouviu ou vivenciou as histórias para recordá-las e contá-las em uma roda de bate-papo com familiares e amigos. São os casos e são as lendas, é o real e é o imaginário, fundindo-se dentro de uma perspectiva sociocultural. O presente artigo busca intermediar significados encontrados em narrativas orais, presentes no imaginário e nas representações feitas pelo contador da história, e tenta observar elementos tidos como o real, capazes de transmitir história do tempo presente. Essa pesquisa se restringiu a vinte e dois moradores do entorno do Parque Nacional de Aparados da Serra, município de Praia Grande, Santa Catarina. Em sua integralidade destaca-se pela riqueza de detalhes históricos locais, regionais e até de aspecto nacional. Restringi o trabalho a um único exemplo adquirido nas entrevistas: a “Lenda do Gritador”, um conto local ou “causo acontecido” ”“ como diriam alguns dos moradores ”“ das grotas dos Aparados da Serra. Por fim, registro a importância dessas lendas, histórias e causos acontecidos, capazes de produzir sentido para diferentes grupos sociais, que num tempo passado viviam longe das redes de energia elétrica, comunicação e estradas automotivas, nesta busca que “mistura” literatura oral com uma leitura de olhar historiográfico. |
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