A paixão política de Platão: sobre cercas filosóficas e sua permeabilidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Archai (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/archai/article/view/1267 |
Resumo: | O presente artigo se propõe abordar a questão da relação entre a filosofia e a política, partindo do debate intelectual sobre ética e política do V-IV século em Atenas. Debate, este, que acontece na esteira do surgimento de uma nova individualidade, marcada pela descoberta da tragicidade alma. Destaca-se no interior deste debate a redefinição de uma postura filopolítica, em toda sua ambigüidade histórica e idealidade ética. Aristófanes, Tucídides, Eurípides, Górgias e, obviamente, o próprio Platão estão empenhados na definição da possibilidade (ou menos) de encontro entre filosofia e cidade, público e privado, justiça e interesses, indivíduo e comunidade. A solução platônica para o problema revela complexidade e articulação típicas de seu pensamento: o filósofo que se repara da tempestade atrás de uma cerca acadêmica (Resp. 496d) é o mesmo que, “para não parecer somente palavra a ele mesmo” (VII Epist. 328c) zarpa em direção ao incerto projeto siracusano. |
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A paixão política de Platão: sobre cercas filosóficas e sua permeabilidadeA paixão política de Platão: sobre cercas filosóficas e sua permeabilidadeA paixão política de Platão: sobre cercas filosóficas e sua permeabilidadeA paixão política de Platão: sobre cercas filosóficas e sua permeabilidadePlatãoFilosofia políticaRepúblicaÉtica antigaHistória do Pensamento OcidentalO presente artigo se propõe abordar a questão da relação entre a filosofia e a política, partindo do debate intelectual sobre ética e política do V-IV século em Atenas. Debate, este, que acontece na esteira do surgimento de uma nova individualidade, marcada pela descoberta da tragicidade alma. Destaca-se no interior deste debate a redefinição de uma postura filopolítica, em toda sua ambigüidade histórica e idealidade ética. Aristófanes, Tucídides, Eurípides, Górgias e, obviamente, o próprio Platão estão empenhados na definição da possibilidade (ou menos) de encontro entre filosofia e cidade, público e privado, justiça e interesses, indivíduo e comunidade. A solução platônica para o problema revela complexidade e articulação típicas de seu pensamento: o filósofo que se repara da tempestade atrás de uma cerca acadêmica (Resp. 496d) é o mesmo que, “para não parecer somente palavra a ele mesmo” (VII Epist. 328c) zarpa em direção ao incerto projeto siracusano.O presente artigo se propõe abordar a questão da relação entre a filosofia e a política, partindo do debate intelectual sobre ética e política do V-IV século em Atenas. Debate, este, que acontece na esteira do surgimento de uma nova individualidade, marcada pela descoberta da tragicidade alma. Destaca-se no interior deste debate a redefinição de uma postura filopolítica, em toda sua ambigüidade histórica e idealidade ética. Aristófanes, Tucídides, Eurípides, Górgias e, obviamente, o próprio Platão estão empenhados na definição da possibilidade (ou menos) de encontro entre filosofia e cidade, público e privado, justiça e interesses, indivíduo e comunidade. A solução platônica para o problema revela complexidade e articulação típicas de seu pensamento: o filósofo que se repara da tempestade atrás de uma cerca acadêmica (Resp. 496d) é o mesmo que, “para não parecer somente palavra a ele mesmo” (VII Epist. 328c) zarpa em direção ao incerto projeto siracusano.O presente artigo se propõe abordar a questão da relação entre a filosofia e a política, partindo do debate intelectual sobre ética e política do V-IV século em Atenas. Debate, este, que acontece na esteira do surgimento de uma nova individualidade, marcada pela descoberta da tragicidade alma. Destaca-se no interior deste debate a redefinição de uma postura filopolítica, em toda sua ambigüidade histórica e idealidade ética. Aristófanes, Tucídides, Eurípides, Górgias e, obviamente, o próprio Platão estão empenhados na definição da possibilidade (ou menos) de encontro entre filosofia e cidade, público e privado, justiça e interesses, indivíduo e comunidade. A solução platônica para o problema revela complexidade e articulação típicas de seu pensamento: o filósofo que se repara da tempestade atrás de uma cerca acadêmica (Resp. 496d) é o mesmo que, “para não parecer somente palavra a ele mesmo” (VII Epist. 328c) zarpa em direção ao incerto projeto siracusano.O presente artigo se propõe abordar a questão da relação entre a filosofia e a política, partindo do debate intelectual sobre ética e política do V-IV século em Atenas. Debate, este, que acontece na esteira do surgimento de uma nova individualidade, marcada pela descoberta da tragicidade alma. Destaca-se no interior deste debate a redefinição de uma postura filopolítica, em toda sua ambigüidade histórica e idealidade ética. Aristófanes, Tucídides, Eurípides, Górgias e, obviamente, o próprio Platão estão empenhados na definição da possibilidade (ou menos) de encontro entre filosofia e cidade, público e privado, justiça e interesses, indivíduo e comunidade. A solução platônica para o problema revela complexidade e articulação típicas de seu pensamento: o filósofo que se repara da tempestade atrás de uma cerca acadêmica (Resp. 496d) é o mesmo que, “para não parecer somente palavra a ele mesmo” (VII Epist. 328c) zarpa em direção ao incerto projeto siracusano.Cátedra UNESCO Archai (Universidade de Brasília); Imprensa da Universidade de Coimbra, Portugal; Annablume Editora, São Paulo, Brasil2010-04-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArticlesArtigosapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/archai/article/view/1267Revista Archai; No. 2 (2009): Revista Archai nº2 (janeiro, 2009); 15-30Archai Journal; n. 2 (2009): Revista Archai nº2 (janeiro, 2009); 15-301984-249X2179-4960reponame:Revista Archai (Online)instname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/archai/article/view/1267/1102Cornelli, Gabrieleinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-08-30T14:42:05Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1267Revistahttps://periodicos.unb.br/index.php/archaiPUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/archai/oai||archaijournal@unb.br|| cornelli@unb.br1984-249X1984-249Xopendoar:2017-08-30T14:42:05Revista Archai (Online) - Universidade de Brasília (UnB)false |
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