Plato and democracy’s ambiguous beauty (ii): philosophy and power
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Archai (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/archai/article/view/3865 |
Resumo: | The opposition between philosophy and philodoxy in Plato’s thought seems to suggest that philosophy could be taken, at first sight, as the sketch of an alternative political project to democracy. If democracy lies on the crowd’s power, and the opinions (doxai) current among it, philosophy would rest on philosopher’s power, i.e. on the power of those who possess the “art of ruling”. The present paper focuses on the insufficiency of this first approach and questions the relationship between philosophy and power. We will argue that Plato places this relationship on a twofold notion. On the one hand, the notion that if philosophy would have enough power to oppose the democratic city, this power, consisting in absolute tyranny, would mean the corruption of philosophy as such. On the other hand, the notion that if philosophy rest exclusively on its arguments with no relationship with power whatsoever, it would be simply powerless and have no place within the polis. |
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Plato and democracy’s ambiguous beauty (ii): philosophy and powerPlatão e a beleza ambígua da democracia (II): a filosofia e o poderDemocraciaMultidãoFilodoxiaTiraniaPoderDemocracyMultitudePhilodoxyTyrannyPowerThe opposition between philosophy and philodoxy in Plato’s thought seems to suggest that philosophy could be taken, at first sight, as the sketch of an alternative political project to democracy. If democracy lies on the crowd’s power, and the opinions (doxai) current among it, philosophy would rest on philosopher’s power, i.e. on the power of those who possess the “art of ruling”. The present paper focuses on the insufficiency of this first approach and questions the relationship between philosophy and power. We will argue that Plato places this relationship on a twofold notion. On the one hand, the notion that if philosophy would have enough power to oppose the democratic city, this power, consisting in absolute tyranny, would mean the corruption of philosophy as such. On the other hand, the notion that if philosophy rest exclusively on its arguments with no relationship with power whatsoever, it would be simply powerless and have no place within the polis.A contraposição entre filosofia e filodoxia no pensamento de Platão sugere que a filosofia possa ser pensada, numa primeira abordagem, como o esboço de um projeto político alternativo à democracia. Se a democracia assentaria no poder da multidão, e na prevalência das opiniões (doxai) que circulam por essa mesma multidão, a filosofia basear-se-ia no poder dos filósofos, isto é, daqueles que possuiriam a “arte de reinar”. O presente artigo aborda a insuficiência desta primeira abordagem e questiona a relação entre a filosofia e o poder. Ver-se-á que Platão tenta situar esta relação entre uma dupla noção. Por um lado, a noção de que, se a filosofia tivesse poder suficiente para se contrapor à cidade democrática, um tal poder seria uma tirania absoluta que não poderia deixar de a corromper enquanto filosofia. Por outro lado, a noção de que, se a filosofia se baseasse exclusivamente nos seus argumentos e não se relacionasse de forma nenhuma com o poder, ela seria simplesmente impotente e não conseguiria ter lugar no seio da polis.A contraposição entre filosofia e filodoxia no pensamento de Platão sugere que a filosofia possa ser pensada, numa primeira abordagem, como o esboço de um projeto político alternativo à democracia. Se a democracia assentaria no poder da multidão, e na prevalência das opiniões (doxai) que circulam por essa mesma multidão, a filosofia basear-se-ia no poder dos filósofos, isto é, daqueles que possuiriam a “arte de reinar”. O presente artigo aborda a insuficiência desta primeira abordagem e questiona a relação entre a filosofia e o poder. Ver-se-á que Platão tenta situar esta relação entre uma dupla noção. Por um lado, a noção de que, se a filosofia tivesse poder suficiente para se contrapor à cidade democrática, um tal poder seria uma tirania absoluta que não poderia deixar de a corromper enquanto filosofia. Por outro lado, a noção de que, se a filosofia se baseasse exclusivamente nos seus argumentos e não se relacionasse de forma nenhuma com o poder, ela seria simplesmente impotente e não conseguiria ter lugar no seio da polis.A contraposição entre filosofia e filodoxia no pensamento de Platão sugere que a filosofia possa ser pensada, numa primeira abordagem, como o esboço de um projeto político alternativo à democracia. Se a democracia assentaria no poder da multidão, e na prevalência das opiniões (doxai) que circulam por essa mesma multidão, a filosofia basear-se-ia no poder dos filósofos, isto é, daqueles que possuiriam a “arte de reinar”. O presente artigo aborda a insuficiência desta primeira abordagem e questiona a relação entre a filosofia e o poder. Ver-se-á que Platão tenta situar esta relação entre uma dupla noção. Por um lado, a noção de que, se a filosofia tivesse poder suficiente para se contrapor à cidade democrática, um tal poder seria uma tirania absoluta que não poderia deixar de a corromper enquanto filosofia. Por outro lado, a noção de que, se a filosofia se baseasse exclusivamente nos seus argumentos e não se relacionasse de forma nenhuma com o poder, ela seria simplesmente impotente e não conseguiria ter lugar no seio da polis.A contraposição entre filosofia e filodoxia no pensamento de Platão sugere que a filosofia possa ser pensada, numa primeira abordagem, como o esboço de um projeto político alternativo à democracia. Se a democracia assentaria no poder da multidão, e na prevalência das opiniões (doxai) que circulam por essa mesma multidão, a filosofia basear-se-ia no poder dos filósofos, isto é, daqueles que possuiriam a “arte de reinar”. O presente artigo aborda a insuficiência desta primeira abordagem e questiona a relação entre a filosofia e o poder. Ver-se-á que Platão tenta situar esta relação entre uma dupla noção. Por um lado, a noção de que, se a filosofia tivesse poder suficiente para se contrapor à cidade democrática, um tal poder seria uma tirania absoluta que não poderia deixar de a corromper enquanto filosofia. Por outro lado, a noção de que, se a filosofia se baseasse exclusivamente nos seus argumentos e não se relacionasse de forma nenhuma com o poder, ela seria simplesmente impotente e não conseguiria ter lugar no seio da polis.Cátedra UNESCO Archai (Universidade de Brasília); Imprensa da Universidade de Coimbra, Portugal; Annablume Editora, São Paulo, Brasil2017-05-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArticlesArtigosapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/archai/article/view/386510.14195/1984-249X_20_1Revista Archai; No. 20 (2017): Revista Archai nº20 (Maio, 2017); 15Archai Journal; n. 20 (2017): Revista Archai nº20 (Maio, 2017); 151984-249X2179-4960reponame:Revista Archai (Online)instname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/archai/article/view/3865/3535Sá, Alexandre Franco deinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-06-08T15:48:19Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/3865Revistahttps://periodicos.unb.br/index.php/archaiPUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/archai/oai||archaijournal@unb.br|| cornelli@unb.br1984-249X1984-249Xopendoar:2018-06-08T15:48:19Revista Archai (Online) - Universidade de Brasília (UnB)false |
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