MODELAGENS 2D E 3D PARA AVALIAÇÃO DE REATIVAÇÃO DE FALHAS GEOLOGICAS EM CAMPOS DE HIDROCARBONETO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramirez, Mario Alberto
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Quispe, Roberto Quevedo, Roehl, Deane
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Interdisciplinar de Pesquisa em Engenharia
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/ripe/article/view/21754
Resumo: Reservatórios de petróleo e gás estruturalmente compartimentados por falhas geológicas selantes são encontrados em diversas regiões do mundo. Durante a fase de produção, a integridade do selo destas falhas pode ser comprometida pelas deformações decorrentes dos processos de depleção e/ou injeção de fluidos. Estas deformações, em conjunto com as propriedades físicas e geométricas das rochas e falhas presentes, podem alterar significativamente o estado de tensão fazendo com que uma falha reative e se torne hidraulicamente condutora. A esse fenômeno estão associados riscos de exsudação, perda de integridade de poços e outros potencias problemas geomecânicos. Na literatura, diversas modelagens numéricas têm sido utilizadas a fim de caracterizar e prever os fenômenos de reativação e/ou abertura de falhas geológicas. A maior parte destas abordagens faz uso de modelos bidimensionais considerando seções críticas na hipótese de estado plano de deformação. Essas simplificações são adotadas a fim de evitar a complexidade geométrica e o alto custo computacional de uma modelagem tridimensional. No entanto, a configuração tridimensional dos planos de falha pode induzir a reativação em direção a zonas mais críticas do que aquelas contidas numa única seção. Neste trabalho apresenta-se uma metodologia para análise de reativação de falhas geológicas e discute-se a importância do uso dos modelos 3D na previsão do comportamento geomecânico de reservatórios compartimentados por falhas geológicas. Simulações numéricas considerando modelos 2D e 3D foram realizadas através de um simulador in-house baseado no método dos elementos finitos. Para a representação do meio continuo foram utilizados elementos quadrilaterais para o caso 2D, e elementos hexaédricos para o caso 3D. Para a representação das falhas geológicas foram utilizados elementos de interface de espessura nula segundo o critério de ruptura de Mohr-Coulomb. Da comparação dos resultados, constatam-se situações em que as análises 2D forneceram previsões de reativação e de abertura distintas daquelas obtidas com análises 3D. Particularmente em modelos com geometria irregular confirma-se a importância do emprego de modelo 3D.
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