Julinha, a moça do bar, sob a ótica da análise do discurso ecossistêmica e do imaginário: uma análise do conto O BAR, de Ivan Ângelo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Couto, Elza Kioko N. N. do
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Ramadan, Maria Ivoneti
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ecolinguística
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/41385
Resumo: Desde que as correntes linguísticas criaram mecanismos com os quais um leitor/enunciatário tem a prerrogativa de se colocar como coautor do texto, o analista do discurso, como leitor, encontra-se diante de um compromisso: o de não extrapolar o que de um texto se pode extrair em termos de sentido. Na tentativa de buscar o justo equilíbrio entre o que o texto suscita e a perspicácia interpretativa do leitor, recorremos à Análise do Discurso Ecossistêmica (ADE) para analisar o conto O Bar, de Ivan Angelo, com o propósito de descrever e analisar a construção dos sentidos gerados por sujeitos que empregam linguagens (face a face, virtual ou potencialmente) dentro de contextos ecossistêmicos interacionais de comunicação: meios ambientes natural, mental, social. As considerações - nada conclusivas quanto ao percurso narrativo das personagens masculinas do conto - são respaldadas, subsidiariamente, por premissas estabelecidas pela teoria do Imaginário de Gilbert Durand e pela comparação com outras personagens literárias psiquicamente cindidas, de acordo com a teoria do duplo. Assim sendo, ao conjugar processos de análise, o analista ecossistêmico do discurso apropria-se de um arcabouço teórico menos deslizante, propício a desvendar o inteligível, o sensível, o superficial e o profundo, enfim, o que se insere nos interstícios do texto. No entanto, em que pese o suporte teórico aplicado à análise, na tentativa de trazer à luz a intencionalidade do narrador e o que subjaz ao que está posto na construção dos enunciados narrativos, as estratégias de análise não são infalíveis. Além disso, a opacidade do texto literário, por seu caráter polissêmico, impõe ao analista se situar no terreno da verossimilhança e não no da verdade factual. Assim sendo, Julinha, a moça que entra no bar para telefonar, ao mesmo tempo que serve como modelo de denúncia social, também contribui, para que o analista da ADE pondere acerca da necessidade de relações mais humanizadas entre homens e mulheres.
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